Poesia do dia

Sou
- Leônia Teixeira

Sou palavras sem sentido, olhar sem direção, frases incompletas.
Sou o que me permito ser mesmo sem permissão.
Sou saudade, sonhos, fantasia
Sou sentimento, ressentimento, descobrimento.
Sou pedra de um jogo, perdida !
Sou frase que falta em um poema
Sou verso que sobra em canção,
Sou a voz que vem da alma, mente...coração.
Sou um ser entre tantos: sem rumo, sem estrada, sem noção.
Sou alguém que sente, que se sente, que fala, que cala
Sou história contada pela metade, música tocada sem refrão
Sou do livro, página virada
Sou cena de um capítulo não passado
Sou breu, sou alguém que se perdeu
Sou amor, desejo, paixão.
Sou da lua o escuro, do sol o se pôr,
Sou do vento tempestade, do mar ondas sou.
Sou rio imenso, sem fim, perdida dentro de mim
Sou voz que não se escuta, do silêncio o grito.
Sou disfarce sem disfarce, verdade...mentira.
Sou amor, sonhado, recriado, inventado
Sou poema, poesia, verso, melodia
Sou solidão, melancolia.
Sou da terra, sou do mar, sou da lua, sou amar.
Sou um pouco de tudo que já fui
Sou do nada tudo que sou !

Qual o candidato que melhor representa/defende os interesses dos?...

Ricos
Bancos
Empresários

Resposta: Aécio Neves (Psdb)

Qual o candidato que melhor representa/defende os interesses dos?...

Pobres
Jovens
Aposentados
Trabalhadores

Resposta: Dilma Roussef (PT)

Resumindo: Nesta eleição os campos estão bem definidos. Sabemos para quem o candidato eleito vai governar. Portanto, se situe, se encaixe na sua condição social e econômica e vote consciente, para depois não se arrepender.


Toma-lá-dá-ca: "Já escolhem ministros do PSB", por Josias de Souza

Roberto Amaral, o presidente do PSB, chutou o pau da barraca. Em carta aberta, ele escancarou a guerra pelo comando da legenda, aderiu à candidatura de Dilma Rousseff e insinuou que o apoio da maioria dos seus correligionários a Aécio Neves guia-se pelo fisiologismo:
“Em momento crucial para o futuro do país, o debate interno do PSB restringiu-se à disputa rastaquera dos que buscam sinecuras e recompensas nos desvãos do Estado”, escreveu Amaral. “Nas ante-salas de nossa sede em Brasília já se escolhem os ministros que o PSB ocuparia num eventual governo tucano.”
Amaral rodou a baiana em texto divulgado no sábado (11), a poucas horas da entrevista marcada por Marina Silva para informar, neste domingo, que rumo irá tomar no segundo turno da eleição. Ele perdeu as estribeiras após constatar que o partido deve apeá-lo da presidência, em reunião marcada para esta segunda-feira.
Enquanto Amaral levava o destampatório ao ar em seu site pessoal, Aécio recebia em Pernambuco o apoio da viúva e dos filhos de Eduardo Campos. Depois, em ato público, o presidenciável tucano divulgou uma carta comprometendo-se a acatar parcialmente as exigências “programáticas” que Marina fizera para apoiá-lo.
Formalizado na quinta-feira, num encontro da Executiva do PSB, o apoio a Aécio foi qualificado por Roberto Amaral como um “suicídio político-ideológico.” Conhecido por seus vínculos com o petismo, Amaral votara contra Aécio e Dilma, a favor da neutralidade da legenda. Perdeu. A grossa maioria preferiu associar-se a Aécio.
Pois bem. Agora, na bica de ser arrancado da presidência do partido, um posto que assumira por força das contingências —era vice quando morreu o titular, Eduardo Campos—, Amaral atravessa o Rubicão de volta, para cair nos braços da candidata petista: “Sinto-me livre para lutar pelo Brasil com o qual os brasileiros sonhamos, convencido de que o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff é, neste momento, a única alternativa para a esquerda socialista e democrática.”
Considerando-se que Amaral foi ministro de Lula (Ciência e Tecnologia) e conselheiro de estatal sob Dilma, deve-se concluir que, tolas ou oportunistas, as ideologias que coabitam o PSB dançam e rebolam, movem-se de um lado para o outro. Mas continuam sempre a reboque de um velho e bom organograma funcional.



A meritocracia Aécim: Marajá aos 17 anos

A biografia oficial de Aécio Neves na Câmara dos Deputados registra forte indício de que ele foi funcionário fantasma da casa no período de 1977 a 1981.

Eis a prova:

http://www2.camara.leg.br/a-camara/conheca/historia/Ex_presidentesCD_Republica/aecio.html

- Aécio nasceu em março de 1960;

- Foi secretário de Gabinete Parlamentar na Câmara dos Deputados, no período de 1977 a 1981 (o "prodígio" conseguiu o "emprego" com 17 anos);

Detalhe: neste período seu pai era Deputado Federal pela ARENA, o partido da ditadura.

O problema é que neste período ele estava estudando, bem longe de Brasília, no Rio de Janeiro, conforme reportagem da revista época:


http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR81182-6009,00.html
- Estudou o último ano do ensino médio (idade em torno de 17 anos) no Rio de Janeiro. Segundo outras fontes, foi no colégio particular da elite carioca, São Vicente de Paula;

- depois estudou engenharia durante 3 anos na PUC do Rio de Janeiro, onde viveu dos 11 aos 22 anos;

- aos 22 anos (1982/1983), voltou para Belo Horizonte, para se formar em Economia pela PUC mineira e virar assessor do avô. Formou-se em 1984.

Com estas informações, constata-se que era impossível Aécio bater o ponto na Câmara Federal em Brasília e estudar no Rio de Janeiro ao mesmo tempo, no período de 1977 até 1981.

Leia também: 

Dilma: Nunca peguei dinheiro público e fiz aeroporto, deixando as chaves pra familiar meu cuidar

Mídia usou, e a descartou Marina Silva

É assim que a mídia sempre faz, usa e abusa dos traíras, depois passa na moenda e joga no lixo. Se ilude com essa gente os fracos de espírito e cegos pelos holofotes. Confira (abaixo) o exemplo do que afirmo, no texto do Josias de Souza:

Coreografia demorada esvaziou o papel de Marina

No mundo dos negócios, tempo é dinheiro. Na política, tempo é poder. Há uma semana, derrotada na sua pretensão de passar ao segundo turno da disputa presidencial, Marina Silva tornara-se uma poderosa terceira colocada. Seu apoio era cobiçado por todos. Que fez Marina? Matou o tempo, em vez de vivê-lo.
Antes mesmo da abertura das urnas, Marina comentara, em privado, que jamais cogitaria apoiar Dilma. A campanha de desqualificação lhe deixara marcas na alma. Restavam Aécio ou o voto nulo. Qualquer que fosse a decisão, haveria uma justificativa plausível.
Com Aécio, Marina poderia sustentar que a política baseada apenas nos bons sentimentos, por estéril, não muda as coisas. Optando pelo voto nulo, diria que não se pode enxergar apenas os objetivos-fim, sem considerar os objetivos-meio. Ou, por outra: política sem sonho não vale a pena.
Aprisionada em algum lugar entre o ideal e a prática, Marina girou por uma semana como um parafuso espanado. Reuniu-se com correligionários. Deitou sobre o papel um lote de compromissos que queria impor a Aécio. Divulgou nota para desmentir que houvesse decidido. Prometeu dizer algo na quinta-feira. Cancelou. Visitou FHC. Conversou com fulano. Recebeu beltrano. Ouviu sicrano. E nada.
Súbito, Beto Albuquerque, o número 2 da chapa de Marina, fez uma declaração pró-Aécio. Os partidos que integravam a coligação derrotada formalizaram apoio ao tucano —primeiro o PPS; depois o PSB. Até a família de Eduardo Campos —a viúva Renata e os filhos— aderiram ao rival de Dilma.
Em Pernambuco, Aécio absorveu parcialmente neste sábado as teses de Marina. Divulgou uma carta. Em São Paulo, a esfinge mandou dizer, por meio do porta-voz Walter Feldman: “Em relação ao conteúdo do debate programático do primeiro turno, avança de maneira consistente. Mas não há que se imaginar que seja o programa da Rede.'' Nem poderia. O eleitor não quis.
Marina anunciará sua decisão neste domingo. Dará entrevista às 10h30. A importância da decisão, seja qual for, será inversamente proporcional ao espaço que ocupará nas manchetes. O Datafolha informou há dois dias: 66% dos eleitores que declaram ter votado em Marina no primeiro turno já migraram para Aécio. Apenas 18% dizem preferir Dilma no segundo round.
Marina ainda não se deu conta. Mas o tempo, por vingativo, não perdoa quem tenta matá-lo. A posição da candidata que diz representar a “nova política” tornou-se politicamente irrelevante.




Policial Civil Lucas Gomes Arcanjo Denuncia Aécio Neves

Dilma: Nunca peguei dinheiro público e fiz aeroporto, deixando as chaves pra familiar meu cuidar

Questionada em entrevista coletiva hoje sábado (11), em Minas Gerais sobre se tinha medo de ser atacada por Aécio Neves no próximo debate na televisão, terça-feira (14) na Bandeirante.

A resposta:
“Ô meu querido, eu não temo nada sabe. Eu tenho uma vida limpa e além de eu ter uma vida limpa, eu tenho tolerância zero com a corrupção. Eu gostaria muito que alguém confrontasse o retrospecto da vida. E também tem outra coisa, eu não faço mau uso do dinheiro público, eu jamais desapropriei um pedaço da fazenda de algum familiar meu, jamais construí um aeroporto nessa fazenda e jamais peguei a chave desse aeroporto e entreguei para ser gerida por um familiar meu. Eu quero te dizer o seguinte, eu tenho uma prática de uso absolutamente correto dos recursos públicos e quem me conhece sabe que é assim, a regra é essa, não tem essa história de tentar explicar o inexplicável porque eu acho muito estranho, não é só uma questão de ser legal ou ilegal, não é moral”.

Mais uma vez, Dilma foi abordada sobre o vazamento de provas pela mídia tradicional envolvendo a Petrobras, desta vez, sobre o uso eleitoral do tema, advertido por Miguel Rossetto aqui no Muda Mais. A presidenta falou sobre o processo, sobre a necessidade de as provas serem divulgadas juntamente com a denúncia e recomendou cuidado com o “vazamento de dados”, afinal, as pessoas podem ser surpreendidas após as eleições, por descobrir que os denunciantes são os denunciados. “Vazamento seletivo durante campanha eleitoral tem uma característica eleitoreira”, advertiu.

“O que eu considero incorreto é que as provas e as denuncias não estão sendo encaminhadas direito nessa fase. Pra se divulgar, divulga-se tudo, nós vamos ver todos os envolvidos”, declarou. Para a presidenta, as denúncias que estão sendo alardeadas pela mídia tradicional não saem da Polícia Federal e mais uma vez ressaltou: “doa a quem doer, as pessoas têm que responder pelo que fazem, seja de que partido sejam, têm que explicar as coisas”. Mas ressaltou que não pode condenar ninguém sem provas, pois seria uma medida demagógica eleitoral e, por isso, requereu das autoridades competentes os dados sobre os envolvidos. “Eu demito quem tem culpa”, afirmou.

Dilma ainda lembrou que hoje não há aparelhamento da PF como ocorria no passado e recomendou aos jornalistas que verificassem quem foi o último diretor da PF no governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC). Mas, antecipou parte do trabalho, ao indicar que era um filiado ao PSDB. “O candidato adversário fala sempre em aparelhamento da máquina. Não há maior aparelhamento da máquina do que colocar um diretor-geral da PF um filiado de um partido político”. Ainda sobre aparelhamento, Dilma declarou que nunca foi presidente da Caixa Econômica Federal aos 25 anos de idade. “Eu, todos os cargos que tive, foram pelos meus méritos e não por indicação de ninguém”.

A presidenta ainda falou sobre saúde e o programa de governo para o próximo mandato, caso eleita, com destaque para o Mais Especialidades. Além disso, lembrou que o governo de Minas Gerais assinou um termo de ajustamento de gestão com Tribunal de Contas do Estado porque não cumpriu o mínimo constitucional e deixou um deficit de R$ 7,8 bilhões. “Então, qual é a credibilidade do meu adversário dizer que vai de fato investir em saúde se quando pôde não fez. A pergunta é: por que faria?”

Dilma ainda se disse estarrecida com o fato de o governo de Minas optar em deixar os municípios sem Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) para não fazer a parceria com o governo federal. Apenas 28% do Estado tem cobertura, o que não é comum no Brasil. “A prova, ou a contraprova, é que o resto do Brasil investiu, porque senão nós não teríamos a cobertura de 150 milhões de pessoas na área do atendimento de urgência, que são todas as viaturas do SAMU e o sistema de central de reservas”, afirmou.