Resultado da "Dança dos famosos" será contestado


Aécio de PapelãoNós do Psdb vamos pedir na justiça a recontagem dos votos do Dança dos Famosos, pois alguns internautas acreditam que ocorreram fraudes


Aécio de Papelão

America Latina: mais um presidente de Esquerda eleito

Hoje domingo (30/11), será noticia a eleição de político de Esquerda como presidente do seu país, mais uma vez Tabaré Vasquéz, presidirá o Uruguai - a primeira vez foi em 2005. Com sua vitória a sociedade uruguaia poderá ter quinze anos de transformações sociais.

Ruína neoliberal
A ascensão de governos de esquerda na América Latina é consequência direta do colapso das economias do continente após as políticas neoliberais implantadas na década de 90. O Brasil, como se sabe, recorreu três vezes ao Fundo Monetário Internacional. A Argentina, que havia implantado à força a política que igualava o peso ao dólar, viveu agudas crises políticas e econômicas – na mais grave, o ex-presidente Fernando de la Rúa se viu forçado a fugir da Casa Rosada de helicóptero.
Nos anos 90, vendas de ativos de públicos, na era das privatizações, não foram suficientes para estancar o endividamento interno e externo dos países latino-americanos, nem para gerar bem-estar social.
Com o desemprego nas alturas, as transformações começaram pela Venezuela, onde um militar, Hugo Chávez, liderou uma bem-sucedida revolução. Depois, favorecido pela alta dos preços internacionais do petróleo, conseguiu implantar políticas sociais que garantiram à Venezuela o mais longo ciclo da esquerda no continente – iniciada com Chávez, em 1999, a chamada Revolução Bolivariana perdura até hoje com Nicolás Maduro, ainda que enfrente dificuldades crescentes.
O modelo lulista
No entanto, o fenômeno que permitiu a expansão da esquerda na América Latina foi a vitória emblemática de Luiz Inácio Lula da Silva, no Brasil, em 2002. Primeiro trabalhador a presidir a maior democracia do continente, Lula soube encontrar um modelo de distribuição de renda em que todos ganharam. 
Surfando no ciclo de alta das commodities, implantou políticas macroeconômicas sensatas, expandiu o mercado de capitais, o que permitiu que o Brasil gerasse uma nova safra de bilionários, e ainda assim liderou um dos maiores processos de distribuição de renda na história. Nada menos que 40 milhões de pessoas deixaram a miséria e se incorporaram à classe média.
Não por acaso, Lula terminou seu segundo mandato com 70% de aprovação popular e passou a faixa presidencial à ex-guerrilheira Dilma Rousseff, reeleita para mais quatro anos em outubro deste ano. Com Lula e Dilma, o Brasil se prepara para um ciclo de 16 anos de um governo popular, que poderão ser 20 caso Lula decida ser candidato em 2018.
Chavismo ou lulismo
O sucesso da esquerda na América Latina com dois grandes faróis, Chávez e Lula, abriu duas vertentes, logo classificadas por historiadores como "carnívora" ou "herbívora". No primeiro time, jogariam lideranças políticas mais alinhadas com o chavismo, e menos apegadas a contratos e aos ritos democráticos. O exemplo mais clássico, o de Evo Morales, o primeiro líder indígena a governar a Bolívia.
Entre os "herbívoros", destacam-se os políticos que seguem a cartilha lulista, como Ollanta Humala, no Peru, e mesmo Michelle Bachelet, no Chile. São governos pró-mercado, mas com intensos canais de diálogo com a sociedade e políticas de inclusão social.
No meio do caminho, nem tão carnívoro e nem tão herbívoro, o melhor exemplo é o do equatoriano Rafael Correa, um economista com formação nos Estados Unidos, mas que se comporta como o "enfant terrible" do continente. Foi ele, por exemplo, quem concedeu a asilo diplomático a Julian Assange, fundador do Wikileaks, e um dos maiores inimigos dos Estados Unidos.
Assim como ele, o também ex-guerrilheiro Daniel Ortega, da Nicarágua, implanta políticas sociais, sem romper com o mercado. Seu modelo é Lula.



Os limites da esquerda
Independente das vertentes e das políticas abraçadas pela esquerda latino-americana, muitos já se questionam sobre a longevidade dos governos populares.
No Brasil, Dilma foi reeleita, mas enfrentou uma eleição dificílima. Em outros países, crises econômicas e políticas fustigam governos de esquerda.
Os dois países que representam, hoje, os maiores riscos são justamente a Venezuela e Argentina. O primeiro, atingido diretamente pela queda nos preços do petróleo, já enfrenta crises de abastecimento e terá dificuldades para manter uma política de distribuição de renda. Na Argentina, a alta inflação, que se soma à baixa credibilidade internacional do País, dificulta a atração de investimentos.
Crises localizadas, no entanto, não representam o desejo de uma restauração neoliberal. Na Venezuela, o político Henrique Capriles, principal opositor de Maduro, tem dito que seu modelo, num eventual governo, será o de Lula – assim como também prometem os principais opositores argentinos.
Neste ambiente de profundas transformações, em que, segundo a Comissão Econômica para a América Latina, milhões de pessoas deixaram a pobreza e a média de crescimento foi próxima a 2014, o ano decisivo será o de 2018, quando Lula, principal liderança da região, poderá tentar voltar ao poder, abrindo as portas para um ciclo de 20 anos no Brasil.

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Haddad e a derrota do cinismo

por Paulo Moreira Leite - Brasil 247
Eleito por 55% dos votos para administrar a maior cidade do país, logo depois da posse o prefeito de São Paulo Fernando Haddad teve uma das mais justas e proveitosas ideias em matéria de finanças públicas: diminuir — e até eliminar — o IPTU pago pelos mais pobres e elevar a parcela desembolsada pelos ricos. Mas, em dezembro de 2013, um ano depois da vitória, o Tribunal de Justiça deu uma liminar que suspendia a decisão do prefeito.
Dias atrás, a liminar foi derrubada.
Vale registrar em primeiro lugar, um fato político de grande relevância: graças a esta decisão, a cidade livrou-se de um ato de ditadura judicial. Não há outra palavra para definir uma medida — liminar! — que passa por cima da decisão soberana de uma população que deu 3,3 milhões de votos para o prefeito. Alegou-se que “faltou debate” para as mudanças no IPTU mas o fato é que, do ponto de vista da democracia, não há argumento que justifique uma decisão como esta.
Haddad recuperou uma das prerrogativas fundamentais do cargo: estabelecer fontes de receita e, com aprovação da Câmara Municipal, traçar metas de trabalho.  É uma vitória importante mas nem tudo deve ser motivo de festa.
Vamos ver o que aconteceu: durante um ano de judicialização financeira, a prefeitura ficou sem recursos indispensáveis para Haddad realizar boa parte dos investimentos que pretendia e que foram, através do voto, aprovados pelo eleitorado. A cidade foi prejudicada, em particular os cidadãos que utilizam serviços públicos.
O prefeito teve uma perna política quebrada. Segue um candidato real e fortíssimo à reeleição — mas em condições mais difíceis, em grande parte determinadas pela pedra colocada em seu caminho, justamente no momento em que teria sido  possível planejar obras e investimentos que serão exibidos na segunda metade do mandato.
Cabe recordar que, seis meses antes da liminar contra o IPTU, a sede da prefeitura de São Paulo foi alvo de protestos violentos, que ameaçaram arrombar suas portas. As manifestações de junho de 2013 tiveram início, como todos sabem, com manifestações contra o aumento da passagem de ônibus. O estrangulamento financeiro ajudou a estrangular, também,  opções políticas de Haddad.
Neste período, a aprovação do PT despencou para níveis absurdos quando se recorda que  eleitores petistas sempre tiveram um papel importante na vida política da cidade. Após a democratização, a vitória de Haddad, em 2012, foi a terceira de um candidato do partido, em sete vitórias possíveis, o que não é sinal de pouca coisa.
Esse desfalque financeiro atingiu os paulistanos  em 2014, o ano em que Dilma Rousseff iria disputar a reeleição, numa campanha onde teve, em São Paulo, o pior desempenho do partido em muitos anos. Não se trata, obviamente, de imaginar que a queda paulistana de Dilma teve origem em causas municipais. Claro que não. Muitos outros fatores pesaram, é claro. O próprio Haddad cometeu erros por conta própria.



Um ponto não pode ser ignorado, porém.
Em 2002, quando chegou ao Planalto pela primeira vez, a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva contou com a alavanca de Marta Suplicy, que vencera a disputa pela prefeitura, como Haddad, dois anos antes da campanha presidencial. Lula foi o candidato mais votado na capital paulista.  Marta não só tinha recursos razoáveis, mas soube aproveitá-los em investimentos que beneficiaram a maioria da população. Em 2006, na reeleição, Lula ficou perto de repetir a maioria. Em 2010,  Dilma passou dos 45% mas em 2014 acabou com dez pontos a menos do que ela mesma recebeu em 2010 e vinte a menos de Lula doze anos antes. A candidata foi derrotada em bairros da periferia que, apenas dois anos antes, haviam sido essenciais para a vitória de Haddad.
Para entender ao que houve, é preciso recordar quem estava por trás da campanha contra o IPTU: o PSDB que fez campanha presidencial para Aécio Neves, a FIESP de Paulo Skaf, os grandes beneficiários diretos da queda da popularidade do prefeito da maior cidade do país.
Você pode achar que o reajuste do IPTU foi derrubado  — em nome de causas conservadoras mas aceitáveis no debate político, como  a denúncia de todo gasto público, proteção dos direitos individuais dos mais ricos, menor presença do Estado e até para ampliar o debate político. Vamos admitir que em determinados casos as razões mais importantes foram essas.
É bonito para quem pensa dessa forma mas ilusório.  A vitória de Haddad também foi uma derrota do cinismo.

Dilma Invocada: Jânio de Freitas também delira

Me comparar com um ditador e afirmar que:

O ajuste de Joaquim Levy será feito com mudança nos rumos sociais do governo...É pura ficção, opinião pessoal do grande jornalista.

  • Primeiro: a comparação não merece sequer comentário. 
  • Segundo, não existe ajuste do Joaquim Levy. Existe ações governamentais
  • Terceiro, não haverá mudança nos rumos sociais do governo.
"Continuarei priorizando a inclusão social, o emprego, o acesso à educação, a garantia de direitos a estabilidade política e econômica, o investimento em infraestrutura e na modernização do País e a elevação da renda do povo”...




Black Friday mesmo, é com tucanos

de 
Bento Bravo - Facebook

Minas Gerais: tucanos estão limpando os cofres do Estado


No apagar das luzes da administração tucana em Minas Gerais, o governador Alberto Coelho (PP) transferiu, via decreto, quase R$ 250 milhões do fundo de saúde dos servidores públicos para o caixa único do estado. “Esta é mais uma ação que mostra que os tucanos estão limpando os cofres do estado antes de entregar o governo ao PT”, afirma o vice-líder do PT na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (AL-MG), deputado Rogério Correia.

De acordo com ele, há suspeitas de que os recursos sequestrados dos servidores sirvam para ajudar a financiar o reajuste deles próprios, no percentual de 4,65%, retroativo a outubro, conforme promessa feita pela administração tucano após sua derrota nas eleições para o candidato petista, Fernando Pimentel (PT). “O perigo é o PT assumir o governo sem caixa nenhum”, alerta Correia.

O montante de cerca R$ 250 milhões corresponde à contribuição de 3,2% para a assistência médica do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), descontada diretamente no contracheque do funcionalismo público. O Ipsemg beneficia quase um milhão de pessoas, entre servidores e dependentes, em sistema de coparticipação.

A destinação da contribuição estava prevista no decreto 39.874/2008, alterado por decisão individual do governador, manifesta no decreto 46.649/2014, publicado no Diário Oficial de Minas na última quinta (20).  Agora o valor que deveria ser aplicado na saúde do servidor pode ser utilizado para quaisquer outros fins.



Segundo o vice-líder do PT, os impactos do novo decreto são vários. O mais grave deles se refere à perda das receitas de aplicações financeiras provenientes da utilização da conta original do Ipsemg, que já se encontra bastante sucateado. O cálculo é que, somente em 2014 e 2015, tais investimentos renderiam cerca de R$ 11.732.743,00 a cada ano.

Outros riscos são a perda da flexibilidade de pagamento online de contas de utilidade pública e impostos, evitando juros e multas, além da possibilidade de atraso no pagamento de faturas de hospitais, clínicas e laboratórios, e de decisões judiciais em caráter de urgência.

Rogério Correia alerta que a fórmula adotada pelo governo tucano para saquear o fundo de saúde dos servidores sequer é original. Conforme ele, o governo do estado já havia transferido R$ 3,4 bilhões de recursos referentes à previdência social dos servidores para a conta única, no ano passado.

A medida, aprovada por decisão da assembleia de maioria tucana, resultou na extinção da Fundação de Seguridade Social de Minas Gerais (Fundasemg), até então o segundo maior fundo de previdência privada do país.

Para Wagner Ferreira, coordenador-geral do Sindicato dos Servidores da Justiça de 2ª Instância de MG (Sinjus-MG) e membro do conselho de beneficiários do Ipsemg, o governo tucano mais uma vez se apropriou do dinheiro dos servidores sem disser ao menos o que irá fazer com esse recurso. “Querem acabar com o Ipsemg que é patrimônio do servidor”, denuncia.

Segundo ele, o ex-governador Eduardo Azeredo, acusado de ser o cabeça do “Mensalão do PSDB”, também desviou recursos do Instituto, que quase foi à falência. “Até a edição deste decreto, conseguimos recuperar parte do rombo que foi dado na época do governador Azeredo e melhorar em parte o atendimento, mas, agora, voltamos a estaca zero, esclarece.