O comércio do impeachment

O "Braddock do impeachment e o que o pig não apura

Finalmente, apareceu um jornal espanhol para fazer (em parte) o que a imprensa brasileira não faz: um perfil do “Braddock” dos tais “Revoltados Online”, o cidadão Marcello Cristiano Reis.
Foi Afinso Benites, no El País.
Diz-lhe  Marcelo que vive da venda de camisetas e, com elas, obteve os R$ 20 mil para alugar o trio elétrico de suas manifestações, além de, é claro se manter (mora no mesmo prédio em que o Ministro da Justiça tem apartamento, na Belavista paulistana) e suas viagens país afora.
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Infelizmente, o repórter do jornal espanhol não perguntou como é que ele e a sua organização atuavam no mercado de precatórios e da “compra de títulos do ICMS”, um negócio paralelo e sombrio, no qual acontecem coisas de arrepiar os cabelos.
Aliás, o Azenha e o Paulo Nogueira já haviam mencionado isso.
Mas agora estão as imagens, irrefutáveis.
Foi neste mercado de precatórios que ele diz que ganharam , espontaneamente, R$ 650 mil em precatórios (valor de 2010), de um misterioso “revoltado”.
Uma fortuna que, corrigida hoje pela Taxa Selic chega a R$ 1 milhão, doação digna daquelas “boas” de bancos e empreiteiras a candidatos presidenciais.
Haja camiseta!
A imagem e o link estão aqui, para o caso de algum jornalista se interessar em saber que destino teve esta suposta fortuna, uma vez que precatórios são títulos judiciais contra os Estados ou  a União e sua transferência só se pode dar com registro em escritura pública.
Aí está um rascunho do personagem.
E aonde estão os jornalistas?
Abaixo, um trecho da matéria de Afonso Benites no El País, que pode ser lida na íntegra clicando no título.
Fernando Brito - Tijolaço

O comércio do impeachment

Afonso Benites, no El País
Um empresário de São Paulo que se diz falido pelo Governo do PT. Uma publicitária que mora no Mato Grosso e vive “de renda”. Esses são alguns dos comerciantes que se aproveitam do movimento que pede o impeachment de Dilma Rousseff (PT) para ganhar dinheiro ou para financiar os protestos. Vendendo camisetas a 99 reais e adesivos a 3,50, Marcello Reis, de 40 anos, e Letícia Balaroti, de 28, estão na linha de frente dos produtos anti-Dilma.

Uma reflexão sobre o Brasil e o PT

Uma excelente reflexão sobre o PT, nossa história, os 12 anos de governos do partido no plano federal e, coroando isso tudo, uma análise do momento vivido pelo país e pela legenda está exposta na "Carta Aberta ao PT", escrita pelo deputado Edinho Silva (SP), presidente estadual petista por cinco anos (de 2008 a 2013) e atual integrante do diretório nacional. Edinho mergulha fundo em todos esses pontos, o que nos proporciona, também, um roteiro para a nossa reflexão e para cada um delinear sua atuação daqui para a frente.
O deputado começa sua carta aberta destacando que não podemos, nós petistas, em nenhum momento, ter crise de identidade. Não há razão, mostra ele. "Nascemos da força dos excluídos, parimos um projeto para eles, fizemos curvas, buscamos atalhos, mas o nosso maior objetivo é a construção de um Brasil sem exclusão social, sem preconceitos, discriminação e que radicalize a democracia em seu sentido mais amplo. O PT nasceu para esse objetivo, sua existência não tem outra razão que não seja ser instrumento dessa busca."
Em meio ao turbilhão de tantas ameaças dos que querem provocar a derrocada do Brasil, o deputado Edinho louva o fato de as instituições brasileiras funcionarem," inclusive, porque nós investimos muito para que isso acontecesse. Os governos Lula e Dilma fortaleceram as instituições da democracia. Hoje, elas funcionam e têm legitimidade para isso."
Incluímos "nas relações econômicas e sociais 40 milhões de brasileiros"
"Se a corrupção é endêmica e povoa as instâncias governamentais – observa – ela tem que ser combatida com muita dureza. Nós sempre defendemos isso. Fomos nós que adotamos como política pública o Orçamento Participativo, a prestação de contas em plenárias populares, a radicalização da transparência. Isso tudo desde as nossas primeiras prefeituras. Errado está quem desrespeitou a nossa história."
Em outro trecho de sua carta, Edinho Silva lembra: "Trouxemos para as relações econômicas e sociais 40 milhões de brasileiros que viviam escondidos nos calabouços da miséria, mostramos que a ascensão social é possível, a educação se tornou a mola propulsora para o futuro de uma juventude que nunca teve futuro."
Ele destaca, também que "os negros, mulheres e índios entraram na agenda nacional, combatemos o preconceito, falamos de igualdade entre todos os brasileiros e brasileiras, não como um sonho inatingível, mas como algo palpável ao nosso cotidiano. O Estado brasileiro passou a funcionar não como instrumento de uma minoria, mas sim para levar direitos e benefícios para cada rincão desse continental país. O Brasil se tornou um país de todos.
Sem ilusões de que aqueles que sugam o país assumam o que fazem
Mais adiante, observa que neste momento em que o PT inicia seu 4º mandato à frente da Presidência da República, "esse início de mais um ciclo está marcado pela ofensiva conservadora, a pior da história da República." E pergunta: "Qual a novidade? Achávamos que a elite brasileira, insuflada por uma retomada das mobilizações da direita no continente, iria ficar assistindo nós nos sucedermos na presidência da República, consolidando o nosso projeto?"

Rir é o melhor remédio

- Mãe, me dá dinheiro.
- Meu filho quer dinheiro pra quê?
- Para dar um velhinho que tá na rua, gritando direto. 
- Que bom filho, fazer caridade faz bem. Toma o dinheiro.

Rapidamente o garoto pega o dinheiro e vai saindo as carreiras. A mãe desconfiada da inédita generosidade do filho, pergunta:

- Joãozinho, e o que o velhinho tá gritando?
- Olha o quebra queixo, olha o quebra queixo!!!

A noite quente do casal 

O marido liga para esposa e diz:
- Querida, se prepare que hoje a noite vamos pegar fogo.

A mulher responde:
- Uauuuuu, jura amor???
- Juro! Acabei de quebrar o ventilador!

#ImpitimanÉmeuZovo

Tenho convicção que a molecagem cearense com o ImpitimanÉmeuZovo, derrubou a tentativa de impeachment contra a presidente Dilma Roussef. Porém, ao contrário da maioria dos democratas - seja de centro, esquerda ou direita -, eu torci, torço para que tentem. Será a oportunidade da sociedade brasileira dar um fim nessa caduca UDN. E reafirmar a opção pela democracia.

Portanto, continuo crendo que seria, é, será bom para o Brasil que esses velhacos tentem ganhar no grito.

Veremos o que vale mais, o ronco rouco das ruas ou o alarido artificial das redações midiáticas.

Oraite?

Eu o Coronel em mim, mando e desmando, faço e desfaço

Excelente texto do jornalista e *condenado, José Cristian Góes

Dedico a Gilmar Mende e Joaquim Barbosa. E você dedica a quem?

Está cada vez mais difícil manter uma aparência de que sou um homem democrático. Não sou assim, e, no fundo, todos vocês sabem disso. Eu mando e desmando. Faço e desfaço. Tudo de acordo com minha vontade. Não admito ser contrariado no meu querer.  Sou inteligente, autoritário e vingativo. E daí?


No entanto, por conta de uma democracia de fachada, sou obrigado a manter também uma fachada do que não sou. Não suporto cheiro de povo, reivindicações e nem com versa de direitos. Por isso, agora, vocês estão sabendo o porquê apareço na mídia, às vezes, com cara meio enfezada: é essa tal obrigação de parecer democrático.

Minha fazenda cresceu demais. Deixou os limites da capital e ganhou o estado. Chegou muita gente e o controle fica mais difícil. Por isso, preciso manter minha autoridade. Sou eu quem tem o dinheiro, apesar de alguns pensarem que o dinheiro é público. Sou eu o patrão maior. Sou eu quem nomeia, quem demite. Sou eu quem contrata bajuladores, capangas, serviçais de todos os níveis e bobos da corte para todos os gostos.

Apesar desse poder divino sou obrigado a me submeter à eleições, um absurdo. Mas é outra fachada. Com tanto poder, com tanto dinheiro, com a mídia em minhas mãos e com meia dúzia de palavras modernas e bem arranjadas sobre democracia, não tem para ninguém. É só esperar o dia e esse povo todo contente e feliz vota em mim. Vota em que eu mando.



Ô povo ignorante! Dia desses fui contrariado porque alguns fizeram greve e invadiram uma parte da cozinha de uma das Casas Grande. Dizem que greve faz parte da democracia e eu teria que aceitar. Aceitar coisa nenhuma. Chamei um jagunço das leis, não por coincidência marido de minha irmã, e dei um pé na bunda desse povo.

Na polícia, mandei os cabras tirar de circulação pobres, pretos e gente que fala demais em direitos. Só quem tem direito sou eu. Então, é para apertar mais. É na chibata. Pode matar que eu garanto. O povo gosta. Na educação, quanto pior melhor. Para quê povo sabido? Na saúde...se morrer “é porque Deus quis”.

Às vezes sinto que alguns poucos escravos livres até pensam em me contrariar. Uma afronta. Ameaçam, fazem meninice, mas o medo é maior. Logo esquecem a raiva e as chibatadas. No fundo, eles sabem que eu tenho o poder e que faço o quero.  Tenho nas mãos a lei, a justiça, a polícia e um bando cada vez maior de puxa-sacos.

O coronel de outros tempos ainda mora em mim e está mais vivo que nunca. Esse ser coronel que sou e que sempre fui é alimentado por esse povo contente e feliz que festeja na senzala a minha necessária existência .



Sou petista. Mas, não sou masoquista

Amanhece e vou assistir um telejornal da manhã, vem a primeira reportagem sobre o governo federal - Dilma/PT - e logo após jornalistas fazem comentários, mais ou menos assim:

  • O governo federal errou porque disse que não negociaria com o Congresso
  • O governo federal errou porque o Congresso disse que não negociaria com ele
  • O governo federal errou porque negociou com o Congresso
Como veem, não tem jeito. Faça o que fizer o governo Dilma está errado.

Mas, eis que vem os comerciais e tchan, tchan, tchan...haja propaganda do governo federal.

Vá gostar assim de apanhar.

Só mesmo sendo masoquista.

Pior que com nosso suado dinheirinho.

Por isso, deixo bem claro: Sou petista. Mas, não sou masoquista!

Dilma e o imposto de renda

Muito bem, o Congresso pretende corrigir a tabela do imposto de renda em 6,5%, o Executivo concorda. Desde que os parlamentares a criação da alíquota ...