Tenho certeza que você vai gostar de uma delas

Pra desopilar




Quando você estiver triste, sentido-se deprimida
Lembre-se da bunda de Lindsay Lohan



Literatura

"O trabalho crítico de Gumbrecht se inscreve de modo idiossincrático e singular nos estudos contemporâneos dos afetos. Abre mão da interpretação e da representação como eixo de leitura e procura explicitar a experiência histórica na materialidade da própria experiência estética. O que importa, sim, é descobrir princípios ativos em artefatos e entregar-se a eles de modo afetivo e corporal render-se a eles e apontar em direção a eles. "




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Contraponto Editora
ATMOSFERA, AMBIÊNCIA, STIMMUNG: SOBRE UM POTENCIAL OCULTO DA LITERATURA
HANS ULRICH GUMBRECHT
Tradução: Ana Isabel Soares
176 páginas -- de R$ 38,00 por R$ 22,80 no site da editora.

É frequente vermos manifestações do leitor comum que, tomado por certa aversão pela teoria da literatura, rejeita a abordagem acadêmica por não levar em conta o gosto e o prazer da leitura. Não se pode dizer que esteja de todo equivocado. Mas Hans Ulrich Gumbrecht é uma voz singular na crítica contemporânea. O livro que o leitor tem em mãos se propõe a entender o que é a realidade da literatura hoje, colocando em foco precisamente a experiência do que se passa entre a literatura e o leitor.
O que a literatura traz de sua materialidade histórica e o que faz na vida de quem lê ao intervir em nosso mundo? Há décadas, Gumbrecht situa sua pesquisa numa perspectiva ignorada pelas principais correntes das teorias da literatura como o desconstrutivismo, de um lado, e os estudos culturais, de outro e insiste na capacidade de a literatura criar efeitos de presença, não só de sentido. Não é suficiente insiste Gumbrecht entender o que a literatura diz e representa: como críticos, precisamos explicitar a realidade que a literatura cria independentemente da interpretação e também do puro prazer estético.
O estudo do Stimmung conceito de difícil tradução, recuperado das discussões estéticas dos primórdios da modernidade está comprometido com o que o autor denomina a ontologia da literatura, isto é, com o conjunto de modos fundamentais como os textos literários enquanto fatos materiais e mundo de sentido se relacionam com as realidades que existem fora deles. No conceito se reconhecem a semântica musical do processo de afinar um instrumento, a voz e a oralidade da escrita e também o conjunto de sensações num ambiente, numa atmosfera que estabelece um continuum entre a realidade do texto literário e aquela de sua recepção.
O trabalho crítico de Gumbrecht se inscreve de modo idiossincrático e singular nos estudos contemporâneos dos afetos. Abre mão da interpretação e da representação como eixo de leitura e procura explicitar a experiência histórica na materialidade da própria experiência estética. O que importa, sim, é descobrir princípios ativos em artefatos e entregar-se a eles de modo afetivo e corporal render-se a eles e apontar em direção a eles.
O que é fascinante é que essa realidade se manifesta no corpo do leitor, na maneira como a obra nos toca como uma atmosfera, um clima ou uma sintonia ou desarmonia musical, deixando a marca do encontro físico e material que se efetua de modo objetivo e imediato na leitura e promove uma mediação histórica concreta com seu contexto e seu ambiente específicos.
Este livro não só discute a genealogia dos conceitos de atmosfera, ambiência e Stimmung, mas examina, através de uma série de leituras exemplares, momentos históricos da modernidade, do Renascimento até o século XX. Reconhecemos e frisamos na leitura deste importante estudo o desafio que Gumbrecht se coloca: resgatar a vitalidade e a proximidade estética que tendem a desaparecer nos estudos literários atuais.
Karl Erik Schøllhammer 




Dilma dialoga com os movimentos sociais

Dilma a oposição: Respeite e honre o adversário



Depois de virar o jogo do golpe, com vitórias importantes nesta semana, a presidente Dilma Rousseff se reuniu com representantes de movimentos sociais em Brasília e mandou um recado direto ao senador Aécio Neves: "Uma coisa que devemos ter e que eu acho muito importante é o respeito ao adversário. Que é o seguinte: eu brigo até a hora do voto, depois eu respeito o resultado da eleição"; ela citou em seguida a importância do 'fair play' no esporte, e ressaltou: "respeite o resultado e respeite e honre o adversário. Porque se não respeitar o resultado, você não pode entrar no jogo"; segundo Dilma, "o Brasil não deve tomar as palavras de golpismo de Carlos Lacerda sobre Getúlio"; sobre os protestos de domingo 16, ela comentou: "Não vejo problema e nunca verei problema em manifestação"




do Brasil 247 

*Roberto Requião: a nova Geni

Confusão e criminalização de uma atividade pública fundamental
Alguns críticos estão querendo transformar o BNDES em uma nova Geni. Na ânsia de criticar a instituição chegam a cometer erros graves. Um deles me chamou atenção em particular, porque tem sido muito citado nas audiências públicas que participo no Senado Federal.
Estou me referindo aos empréstimos externos do BNDES. Os empréstimos para apoiar exportação de serviços e equipamentos são absolutamente comuns no mundo. Nossos concorrentes inclusive usam esse instrumento de forma muito mais agressiva e em volumes muito maiores do que o Brasil, sem nenhuma contestação interna. E mesmo no Brasil, eles já existem há quase 40 anos. Mas inesperadamente se transformou em algo “pecaminoso”, para alguns, para alegria dos países concorrentes do Brasil. Ainda não consegui entender a razão. Mesmo porque as explicações para esse suposto “pecado” são notadamente precárias.
Uma crítica, em particular, me assustou pela precaridade, mas de tão repetida, contaminou alguns parlamentares e virou tema de debates recorrentes no Congresso Nacional. Eu me refiro à diferença entre a taxa de juros Selic e a taxa de juros dos empréstimos externos do Brasil.
Estranhamente, os críticos estão fazendo confusão entre empréstimos em dólar e em real. Até outro dia, era de conhecimento comum que as taxas de juros em diferentes moedas são sempre diferentes por dois motivos muito simples: (1) sempre existe expectativa de alterações nas taxas cambiais e (2) a conjuntura econômica diversa em cada país faz com que a política monetária deles não seja igual a cada momento. Ou seja, as leis do mercado fazem com que as taxas de juros em moedas diferentes sejam sempre diferentes.
Portanto, os empréstimos em dólar feitos pelo BNDES aos importadores de produtos brasileiros, por seguirem em termos gerais as regras de mercado, só podem ter taxas de juros inferiores à Selic, pois as taxas de juros do dólar hoje são extremamente baixas. São baixas porque o Banco Central dos EUA, diferentemente do nosso, faz grande esforço para manter o desemprego baixo.
Como mostraremos a seguir, é certo que isso não implica em si em subsídio por parte do governo brasileiro nem aos exportadores nem aos países importadores de nossos bens e serviços.



Bom dia

Que o Senhor
Derrame todas bençãos
Em nossas vidas
Hoje 
E
Sempre!





Infraestrutura é a chave do crescimento, por André Araújo

- A poluição real da Baia da Guanabara e da Lagoa Rodrigo de Freitas mais as lagoas da Barra encherá o Brasil de vergonha nas Olimpíadas, serão exibidas para o mundo inteiro.
As Olimpíadas, pensadas como grande painel de propaganda do Brasil serão nesse quesito contra propaganda.
O Brasil tem necessidades de investimentos em infra estrutura em dimensões chinesas. Esses investimentos serão o grande gancho para o relançamento da economia brasileira na rota do crescimento uma vez que os outros possíveis gatilhos, o consumo domestico e as exportações, tem escassas possibilidades no curto prazo.
O volume de investimentos necessários em saneamento são fabulosos, não só água e esgoto, também tratamento do lixo, os investimentos em mobilidade nas nove áreas metropolitanas também serão imensos, todos são
setores onde o Brasil está muito atrasado, de Norte a Sul. A falta de saneamento rebaixa o Brasil para padrões inferiores a  dos demais emergentes, causa doenças e custos no sistema publico de saúde. Outro setor crucial onde investimentos são necessários é o de educação fundamental, pouco considerado em planos de investimentos. Nossas escolas são em grande parte arcaicas, de baixas condições de uso, sem equipamentos modernos, todo investimento em educação fundamental terá efeitos multiplicadores certos. Nas matriculas do 2º ciclo metade dos alunos não completam o curso, condenando-se a baixas oportunidades de emprego pelo resto da vida.
No sistema de transportes todos os modais necessitam de grandes investimentos, na energia planos de 100 ou 200 bilhões de reais são insuficientes, as necessidades são muito maiores se o horizonte for de longo prazo.
Para viabilizar o relançamento da economia brasileira pelo caminho da infra estrutura faltam três elementos:
-Organização
-Neutralizar a burocracia de licenciamentos
-Meios de financiamento
Os três fatores exigem forte liderança. O modelo de Juscelino deve ser lembrando. Percebendo que a burocracia ministerial de seu tempo não daria conta de um vasto plano de desenvolvimento, criou 30 Grupos de Trabalho que operavam em paralelo ao organograma ministerial e deu a eles METAS claras para atingir em 5 anos. Qualquer obstaculo o Presidente ele mesmo se encarregava de resolver.
A questão da burocracia de licenciamentos é crucial ou se exige PRAZOS para licenciar ou será impossível qualquer plano de infra estrutura no Brasil. Colocar micro interesses no caminho de grandes projetos é mortal, aumento os custos e alonga varias vezes o prazo. O conjunto do Pais tem que ter prioridade em relação a interesses de minorias.
A questão de recursos tem que ser resolvida por mecanismos criativos como pagamento em bônus, na visão de que esses investimentos não são despesas, criam riqueza nova que será o lastro dos bônus.
Sem um plano de infra estrutura de natureza estratégica o Brasil não terá a ANCORA de um novo ciclo de crescimento.
Todo o conjunto de mecanismos empresariais que seriam parceiros desse ciclo, as grandes empreiteiras nacionais, foram destruídas na Lava Jato, de modo que será preciso criar uma nova alternativa com construtoras e empreendedoras estrangeiras, o que exige liderança e a imagem do Pais, algo que deve ser cuidado com profissionalismo, o Brasil é um dos raros países do mundo que não tem campanha permanente de projeção do Pais na mídia estrangeira, não faz campanhas para atrair turismo e nem para interessar investidores, somos bem caipiras e toscos nesse campo. Lembro que um único seminário para atrair investidores para o Brasil realizado pelo Mario Garnero em 1970 na Suíça, trouxe cerca de 300 novas firmas ao Brasil. Foi um sucesso e nunca mais se fez.