Familiares e amigos de Delcídio querem ele delate e seja premiado




Eu também quero. 
Faço questão que ele conte todas as roubalheiras que saiba.
Faço questão que ele dê os nomes de todos os ratos que com ele comeram o queijo fino e diferenciado.
Mas, também faço questão que ele prove todas as acusações que fizer e não venha começar a delação dizendo:

"Até 31 de Dezembro de 2002 eu era honesta. A partir de 01 de Janeiro de 2003 deixei de ser, tudo culpa do PT, de Lula e da Dilma"...

É que muitos brasileiros já sabem de cor e salteado que se ele contar alguma trambicajem que esteve envolvido ou sabe que cometeram antes de 2003, os delegados, promotores e o Morojá-mor responsável pela Operação vaza a jato dirão em unissimo:




A Folha errou o escambau

É safadeza mesmo

A Folha errou, por Luciano Coutinho

No primeiro dia deste mês, a manchete desta Folha foi a reportagem "BNDES suavizou exigências para socorrer amigo de Lula", na qual o jornal afirma que o banco contornou norma interna que impediria conceder empréstimos para empresa cuja falência tenha sido requerida.

A matéria insinua que o objetivo seria dar tratamento privilegiado à empresa São Fernando Energia e a seu acionista José Carlos Bumlai por conta de uma suposta relação com o ex-presidente Lula.

Não houve nenhuma flexibilização de normas internas do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A operação referida pela Folha foi feita na modalidade indireta, em que o BNDES atua em parceria com bancos credenciados.

Nesse caso, a análise do crédito e o risco de inadimplemento (pagar os valores devidos caso o mutuário não o faça) são assumidos pelos agentes repassadores, que foram BTG e Banco do Brasil. Em particular, cabem aos agentes atestar que fizeram a análise cadastral, o que incluiu identificar e avaliar processos judiciais e apontamentos que ameacem a solvência do postulante final.

O jornal tentou fazer crer que a operação seria irregular em razão da suposta existência de uma norma interna que vedaria financiar uma pessoa jurídica contra a qual exista um pedido de falência. O normativo em questão, contudo, tem sua finalidade ligada intimamente à etapa de análise de crédito, que, repita-se, nas operações indiretas não cabe ao BNDES, mas aos repassadores da operação.




A Folha não tinha nenhum indício de que teria havido tráfico de influência, mas tentou por dias encontrar algo atípico na operação. Não encontrou nada, mas nem assim deixou de levar sua insinuação à frente.
O jornal também ignorou o contexto em que os financiamentos ao grupo ocorreram. O primeiro, em 2008, aconteceu em um período de crescimento do setor, quando o BNDES e outras instituições financeiras apoiaram dezenas de empreendimentos semelhantes.
Nas operações da São Fernando Açúcar e Álcool, todos os procedimentos foram observados, as devidas garantias exigidas, o rating e o cadastro da empresa eram bons. O projeto foi concluído.

Em 2012, o financiamento indireto à São Fernando Energia ocorreu como parte da reestruturação do grupo, o que melhorou a posição de crédito do BNDES. Quando a empresa deixou de honrar com sua recuperação judicial, o banco não hesitou em pedir sua falência.

O erro da Folha foi grave, pois lançou uma suspeição indevida sobre o BNDES, que se espalha nas redes sociais e contribuiu para associar o nome do banco a operações policiais.

Para ser aprovado, um financiamento no BNDES passa pela avaliação de pelo menos duas equipes de análise e dois órgãos colegiados, num processo que envolve mais de 50 pessoas. Ingerências impróprias são virtualmente impossíveis.

O banco tentou em vão por 25 dias obter uma retratação da Folha. A concessão foi abrir este espaço de artigos, que não tem o mesmo impacto de uma manchete de domingo.

Embora a nova Lei de Direito de Resposta seja um avanço, optamos por não nos valer de seus mecanismos judiciais para restabelecer mais rapidamente os fatos para os leitores.

O BNDES não teme o debate e nem ser avaliado por suas opções estratégicas. Mas as informações precisam ser fidedignas para que a discussão seja justa.




LUCIANO COUTINHO, 69, economista e professor da Unicamp, é presidente do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Briguilinks

Pra começar bem o domingo

Literatura

Noites de Copacabana nos anos 50 
- O novo livro do consagrado escritor Ruy Castro A NOITE DE MEU BEM contando a estoria do samba canção e dos ambientes onde se desenrolou esse gênero musical. O livro é ricamente ilustrado e é uma delicia de ler e relembrar esses anos dourados, edição da Companhia das Letras.
O pano de fundo do samba canção é a época que se seguiu ao fechamento dos cassinos, cenários das grandes orquestras dos anos 40. O espaço físico e o ambiente luxuoso dos cassinos apelavam às orquestras e cantores de voz potente para grandes espaços, o que atraia as composições do samba clássico, dos ritmos americanos, dos boleros, rumbas, tangos e salsas. Os artistas eram cantores e cantoras famosas, bem pagos, maestros experientes e músicos tarimbados. Não havia problema de custos, o negocio dos jogos dava muito lucro e permitia pagar bons cachês, patrocinar cardápios de primeira em jantares dançantes a preço de custo, o jogo pagava tudo. 
Com o fechamento dos cassinos como entreter os ricos frequentadores dessas casas em busca de diversão?
No Rio isso só seria possível em espaços pequenos que passaram a surgir em Copacabana, bares em terréus limitados
onde só seria possível conjuntos de três a cinco integrantes e musica intimista. Surge então o samba-canção, ritmo que se enquadrava nesses espaços, agora chamados de "boates" que viraram uma coqueluche nas ruas internas de Copacabana., mais de 50 surgiram e outras no centro, como a Night and Day de Carlos Machado no Hotel Serrador.
Os chamados "granfinos", uma certa faixa da alta sociedade que tinha por habito sair para noitadas, passaram a procurar as boates para jantar, ouvir boa musica e dançar. Romances e fossas se curtiam nas casas onde o samba canção era o carro chefe, o que criou um grupo de cantores e cantoras especializados no gênero, compositores antigos passaram a compor sambas-canções, ícones como Dolores Duran, Lucio Alves, Dick Farney, Jamelão, Lupicinio Rodrigues compunham o roteiro que também agregou Ary Barroso com seu Risque, Nora Ney, os clientes consumiam whisky ainda muito caro
nesses anos agradáveis onde a economia fluía bem e sentido de progresso estava no ar, especialmente no governo JK.
È evidente que a frequência das boates exigia lastro financeiro não só para a conta mas para a vestimenta que era pelo padrão da época era "chic", a sociedade era bem segmentada nas classes alta, média e baixa, era o tempo da Miss Elegante Bangu, das Dez Mais Elegantes do Ibrahim Sued e de seu concorrente Jacinto de Thormes , depois também os homens Dez Mais Elegantes, ranking que era esperado com ansiedade pelos leitores da Revista Manchete.
O livro de Ruy Castro não se limita a tratar de musica mas traça um pano de fundo da sociedade carioca daquela época,
através dos frequentadores das boates e da curtição do samba-canção, trata dos hábitos de vida do Rio e dos que não sendo do Rio passavam lá longas temporadas, especialmente o pessoal do Norte Nordeste e de Minas Gerais, camada que
fornecia boa parte da frequência das boates, uma atração turística especial do Rio, ia-se à cidade para isso.
O samba canção foi o gênero prévio da bossa nova, uma especie de ritmo de transição entre os sambas clássicos dos anos 30 e 40 e a modernidade da bossa nova que chegaria nos anos 60 no bairro vizinho de Ipanema.
Um  livro imperdível.
Recebido por e-mail


Mais ruim que Eu, só merda de porco

Síndrome

Não te enganes, amigo
É cheiro de morte, sim.
Pavor da voz, do passo incerto
Da taquicardia
Do minuto seguinte
Pavor do pavor.
O absoluto caos
Em cada esquina
Por trás de cada porta
Em cada olhar.
Um trago duplo
Um antidistônico
Só dão um tempo e a certeza
Do retornar mais terrível.
Não feches, não abras as mãos
Não as coloque em nenhum lugar
Porque nada mais é seguro.
Não pises
Não fales não cales
Não olhes
Não ouças nada do que se diga
Agora, e não creias em nada
Do que foi dito antes.
Nada importa.
É que no próximo ato
Certamente, o abismo te aguarda.


Francisco Cleóbulo Teixeira

Josias de Souza é minha diversão

A capacidade dele falar besteira é incomparável, Confere:
Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado revela: 47% dos eleitores dizem que jamais votariam em Lula. Entre os potenciais presidenciáveis nenhum outro ostenta taxa de rejeição tão vistosa. Aécio é refugado por 24% do eleitorado. Alckmin e Marina são enjeitados por 17% dos pesquisados.
A três anos de 2018, Lula tornou-se um ex-Lula também quando medido pela taxa de intenção de votos. Num cenário com Aécio, o tucano lidera a sondagem com 31%, nove pontos percentuais acima de Lula (22%). Marina (21%) aparece grudada nos calcanhares de vidro do morubixaba petista, tecnicamente empatada com ele. Num hipotético segundo turno entre Aécio e Lula, o tucano prevaleceria por 51% a 32% se a eleição fosse hoje.
Substituindo-se Aécio por Alckmin, Marina assume a liderança com 28% —seis pontos percentuais à frente de Lula (22%) e dez pontos adiante de Alckmin (18%). Num segundo turno entre Marina e Lula, a candidata da Rede venceria a eleição por 51% a 31%. Num tira-teima entre PSDB e PT, Alckmin venceria Lula por 45% a 34%.
Lula caiu do pedestal, eis a principal informação contida na sondagem do Datafolha. Ele já foi pessoalmente imbatível. Em 2006, reelegeu-se cavalgando o escândalo do mensalão. Em 2010, eletrificou Dilma, seu poste. No ano passado, apesar do estrago promovido pelos delatores da Petrobras, conseguiu novamente carregar a pupila nas contas, mesmo tendo que anabolizar a propaganda de João Santana.
Hoje, Lula tornou-se o fardo de si mesmo. A ruína ético-financeira que carcome a gestão da falsa gerentona exerce sobre Lula os efeitos de uma espécie kriptonita, a pedra usada na ficção pelos inimigos do Super-Homem para minar-lhe os superpoderes. A diferença entre realidade e ficção é que Lula não precisou de nenhum Lex Luthor para se tornar um político convencional.
Lula dispensa oposicionistas. O melado que escorre da Lava Jato teve origem na sua administração. O escândalo caiu no colo da sucessora, que teve de abolir do vocabulário sua expressão favorita: “herança maldita”. De resto, a capacidade gerencial de Dilma é uma fábula 100% criada por Lula.
No final dos seus dois reinados, em 2010, Lula era considerado o melhor presidente que o Brasil já teve por 71% dos eleitores. No final de 2014, o índice despencou para 56%. No último mês de abril, caiu pra 50%. Hoje, apenas 39% avaliam que nunca antes na história desse país houve um presidente como Lula. Depois de tanta tempestade, começa a chegar a cobrança.
É uma comédia