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A máfia que mais lucra no mundo

Máquina de fazer dinheiro em favor de especuladores
Não há nenhuma máfia no mundo, nenhuma quadrilha que opera no lucrativo mercado de drogas que gera mais dinheiro do que o transferido diariamente pelo Banco Central a seus capi do mercado financeiro especulativo. Isso acontece por uma razão muito simples. O BC conta com a ignorância geral a propósito de política monetária para mascarar suas operações secretas, protegidas por sigilo bancário e por uma norma aprovada no governo FHC que os torna virtualmente imunes à fiscalização pelo Congresso.

Uma fórmula matemática hermética para o comum dos mortais, denominada modelo de metas de inflação, se presta à manipulação destinada a justificar aumentos sucessivos e indecentes da taxa básica de juros, ou sua manutenção em patamares extremamente elevados.




O mercado critica a política monetária do Banco Central, por Luis Nassif

Por trás das teorias, das formulações, existem conceitos básicos que não podem ser ignorados. Como, por exemplo, o impacto de juros elevados na dinâmica de crescimento da dívida. Ou a evidência de que, se uma recessão de quase 3% não derrubou a inflação, obviamente não se trata de uma inflação de demanda. Também o fato óbvio de que os dois canais de transmissão dos juros sobre os preços são o crédito (= demanda) e o câmbio...Continua>>>




Luis Nassif - O mercado critica a política monetária do BC

O chamado mercado – o conjunto de vozes dissonantes, da maneira como é captado pela mídia – tem enorme dificuldade em admitir o óbvio.

Por trás das teorias, das formulações, existem conceitos básicos que não podem ser ignorados. Como, por exemplo, o impacto de juros elevados na dinâmica de crescimento da dívida. Ou a evidência de que, se uma recessão de quase 3% não derrubou a inflação, obviamente não se trata de uma inflação de demanda. Também o fato óbvio de que os dois canais de transmissão dos juros sobre os preços são o crédito (= demanda) e o câmbio.

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Ao contrário do que se supõe, o nível de conhecimento efetivo do mercado é pequeno. Há um conjunto de economistas e operadores mais experientes, capazes de identificar melhor os rumos da economia. São aqueles que desenvolveram uma capacidade especial de sentir os humores do momento e antecipar os movimentos seguintes. Para tanto, é necessário conhecimento macroeconômico, não apenas da teoria mais geral, mas das correlações mais específicas da economia nacional, visão política e intuição sobre a psicologia do mercado.

Mas a maioria segue os sinais imediatos dos ventos. Aliás, a facilidade com que a maioria adere ao efeito manada é que garante o sucesso dos especialistas.

É por isso que muitas vezes renegam o óbvio. Julgam o óbvio simples demais para uma área em que os Economistas correlacionam séries estatísticas das formas mais imaginosas possíveis, principalmente depois que a planilha eletrônica popularizou o processamento estatístico..

Dias Carneiro definia bem esse tipo de economistas, que juntava duas séries estatísticas sem nenhuma correlação entre si e gerava conclusões das mais estapafúrdias.

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O físico Brito Cruz, ex-reitor da Unicamp, tinha uma maneira muito simples de identificar os competentes dos bufões. Quem pensa claro, escreve claro, diz ele. Em relação aos que escrevem de forma complexa, há dois tipos: os gênios e os embusteiros. Gênio, eu conheci um: Einstein.

Também na Economia existem os craques e os embusteiros, os analistas e formadores de opinião de primeira e segunda classe.

Os de segunda classe são aqueles que recorrem a slogans ideológicos, vez por outra aderem ao padrão do colunista pitbull. Em geral são os mais ouvidos pela mídia, porque o que dizem fala mais de perto ao leitor comum. Tem o mesmo apelo do comentarista de futebol.

Em geral desprezam a lógica, não explicam suas análises com correlações claras de causalidade. E recorrem intermitentemente a bordões ideológicos.

Com a economia despencando 3%, insistem: se a expectativa de inflação subiu, obviamente o BC terá que aumentar a Selic, porque é isso o que está no manual.

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A melhor maneira de separar o economista de segunda classe do de primeira é pedir que explique as correlações, os pontos centrais de transmissão da política monetária, da cambial etc.

Os de primeira classe explicam. E é isso o que fizeram no jornal O Valor de ontem: Yoshiaki Nakano, Luiz Carlos Mendonça de Barros e Zeina Latif foram unânimes em enxergar o óbvio:

Se a economia está caindo 3% e a inflação não cedeu, não há nada a se fazer em relação a política monetária – que visa, em última instância, derrubar a demanda. É evidente que a política monetária não está funcionando.

Se a inflação foi alimentada por altas nos preços dos insumos (energia, combustíveis e câmbio) e se a demanda está despencando, o remédio é ficar quieto esperando passar o efeito dessas altas.

Se a política monetária mostra-se ineficaz em relação à inflação, em vez de explicações que mais parecem de manual de Economia, o BC deveria estar estudando outras formas de trabalhar a questão. Ou pela âncora cambial, ou mudando o padrão DI (de indexação diária dos títulos da dívida pública).

A elevação da Selic irá arrebentar de vez com o equilíbrio fiscal. E dois anos de recessão produzem um desastre ampliado;

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Confirmam o que este blog vem alertando há tempos para essa imprudência de deixar o controle da inflação como uma peça independente, nas mãos de quem não tem nenhum diagnóstico novo e eficaz a oferecer.



Agenda Presidencial


Agenda presidencialNesta quarta-feira (13), a presidenta Dilma Rousseff se reúne com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, às 9h30. Depois, às 11h, o encontro será com o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner. Os dois compromissos ocorrem no Palácio do Planalto.

* Agenda sujeita a alterações ao longo do dia. Para atualizações, acesse o Portal Planalto.





O tempo do cotidiano e o tempo histórico



 "De uma coisa temos certeza, estes tempos vão passar e outros virão. Nossa decisão é nos inscrever nas fileiras daqueles que os construirão na perspectiva da emancipação humana. Uma das vantagens de se pensar com base no tempo histórico é essa. Tal perspectiva não tem o poder de eliminar as mazelas do cotidiano, mas nos permite olhar para elas e vislumbrar a exata estatura das coisas. E elas, meus caros, hoje em dia, são pequenas... muito pequenas."

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