PauloBR - O último?

O Judiciário brasileiro
só produz bestialógicos:
inventou os doleiros
com perfis ideológicos.
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Inventou o crime de Caixa-1,
pior que o de Caixa 2.,
mas não faz sentido algum!
O que virá depois?
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Contra alguns, o ministro é um possesso:
ao inimigo barbudo, a permanente devassa.
Aos amigos, patrões bicudos, nem processo -
ou, se houver, que fique às traças.
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Não é o último lance,
é apenas o mais novo.
Sempre haverá nova chance
de prejudicarem nosso povo.
Repente sobre o texto O último lance de Moro-Gilmar escrito por Luis Nassif

Luis Nassif - O último lance de Moro-Gilmar



  1. Manteve um fluxo interminável de vazamentos contra Lula, em relação ao tal tríplex de Guarujá e o sítio de Atibaia.
  2. Quebrou “inadvertidamente” o sigilo que a própria Polícia Federal solicitava para a ampliação das investigações sobre o sítio, a fim de não interromper o fluxo de vazamentos.
  3. Mandou deter funcionários da Murray, empresa controlada pela Mossak Fonseca, lavanderia panamenha, em nome da qual estavam vários imóveis do edifício Solaris de Guarujá. Quando se soube que a Murray detinha o controle também da mansão dos Marinho, das Organizações Globo, em Paraty, foram soltos imediatamente e o assunto morreu.
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Essas preliminares são importantes para se analisar os antecedentes de sua decisão de “oferecer” ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) três delatores visando incriminar o Caixa 1 da campanha de Dilma Rousseff.
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Esse jogo estava desenhado desde novembro de 2014, logo após o encerramento das eleições.
No dia 18 de novembro de 2014, alertado por fonte altamente informada, publiquei o post “Armado por Toffoli e Gilmar já está em curso o golpe sem impeachment” (http://bit.ly/1TjVrfU). Lá, explicava que o processo de impeachment exigiria 2/3 do Congresso a favor. Já a rejeição das contas impediria a diplomação A estratégia de Toffoli e Gilmar consistiria em trabalhar o conceito de irregularidade no caixa 1. “Gilmar alegará que algum financiamento oficial de campanha, isto é Caixa 1, tem alguma relação com os recursos denunciados pela Operação Lava Jato. Aproveitará o enorme alarido em torno da Operação para consumar o golpe”.
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No dia 21 de novembro, Gilmar montou uma operação de guerra para analisar as contas de Dilma, inclusive digitalizando todos os recibos e colocando na Internet, confirmando o que antecipara.
No dia 22 de novembro, sob o título “Juiz Moro monta a segunda garra da pinça do impeachment”( http://bit.ly/1PNqts6) relatava o segundo passo da operação, a decisão de Moro de estender a quebra de sigilo das empresas de Alberto Yousseff até 2014.
Nos dias seguintes, Moro e a Lava Jato trataram de abastecer a imprensa de notícias insistentes sobre o Caixa 1 visando preparar o clima para a votação final no TSE.
No dia 25 de novembro, por exemplo, o pessoal de Moro vazou para o Estadão uma tal “Operação Apocalipse”, um executivo da Galvão Engenharia teria feito em junho desembolso a emissário da Petrobras. informava que, segundo Paulo Roberto Costa, o dinheiro ia para Renato Duque que repassaria parte para o PT.
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Por aqueles dias, advogados de empreiteiros acusaram Moro de estar ocultando o nome de políticos mencionados nas delações, visando manter o controle sobre aspectos políticos da operação.
No dia 26 de novembro Moro veio a público defender-se da acusação. Admitiu que crimes de agentes políticos eram da alçada do STF e sustentou que se limitava a apurar “crimes licitatórios, de lavagem e, quanto à corrupção, apenas de agentes da Petrobras”.
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Por pouco Gilmar não logrou emplacar a tese do Caixa 1.
Já tinha assegurado 3 votos a favor quando Luiz Fux, o esperado quarto voto, refugou. Sem ter maioria, Gilmar acabou votando pela aprovação das contas com ressalvas.
Gilmar não desistiu. No dia 30 de agosto de 2015, o Procurador Geral da República Rodrigo Janot arquivou pedido de Gilmar para investigar duas prestadoras de serviços da campanha de Dilma.
Janot alegou "a inconveniência" da Justiça Eleitoral e Ministério Público Eleitoral se tornarem "protagonistas exagerados do espetáculo da democracia, para os quais a Constituição trouxe, como atores principais, os candidatos e os eleitores", demonstrando ainda preocupação de haver judicialização exagerada capaz de atrapalhar as condições de governabilidade do país. 
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Agora, Moro joga a última grande cartada, com essa proposta de transformar o TSE em um tribunal criminal, para ouvir depoimentos de presos da Lava Jato. Comprova que a Lava Jato virou o fio e se despiu das preocupações de aparentar uma postura neutra.
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Por já ter virado o fio, provavelmente será a última tentativa de Gilmar Mendes e Moro de atuar politicamente através da Justiça.
Superado mais esse movimento, espera-se que volta uma relativa normalidade política para que o governo comece a governar e a oposição a fazer a crítica política – como ocorre nas democracias maduras, e não nas republiquetas de Terceiro Mundo.

Ói o níu júrnalism

Nunca leio o jornal “valor”. nenhuma objeção de natureza política ou ideológica. não leio como não leria a “gazeta esportiva”, ou um jornal de golfe. mas hoje dei com um exemplar desse influente diário paulistano, no qual aparece uma reportagem i-na-cre-di-tá-vel. tendo como fonte uma abstração chamada “moradores”, o repórter (candidato ao pulitzer, imagino) diz que uma antena de celulares da “Oi”, instalada nas imediações do “sítio usado por Lula”, em Atibaia, configura um privilégio.
A reportagem (que poderia ser chamada de “recortagem”, ou “reporcagem”) mereceu meia página do jornal. se o autor (ou seu editor) tivesse tido a pachorra de perguntar aos personagens, a matéria teria ido para a gaveta. Sim, porque:
1 – Lula não usa celular.
2 – Nenhum de seus familiares é usuário da “Oi”.
Assim sendo, me pergunto. onde, cazzo, está o “privilégio”?
Deve ser o tal de níu júrnalism.
do escritor Fernando Moraes no Facebook

Gênio total

:
Provavelmente os Marinhos aceitem incluir o helicóptero (também em nome de offshore) no negócio. Quem sabe, troca-lo pelo barco de alumínio de 4,100 reais ou pelas caixas 37 de bebidas.  Resta saber se a Mossack & Fonseca garante a assinatura do laranja.

Paulo Nogueira - a caçada a Getúlio e a Lula, semelhanças e a grande diferença

Acabo de reler, décadas depois, Minha Razão de Viver, o livro de memórias do jornalista Samuel Wainer.

A conclusão doída a que cheguei é que de Vargas a Lula (e Dilma) o Brasil não mudou virtualmente nada.

É notável a semelhança entre a caçada que a plutocracia fez a Getúlio, entre 1950 e 1954, e a que faz agora contra Lula e Dilma.

Wainer acompanhou o cerco a Getúlio de uma posição privilegiada. Era um jornalista e amigo de extrema confiança de GV.

Na tentativa de criar um contraponto ao massacre ininterrupto da imprensa, Wainer, com o aval de Getúlio, criou o primeiro e mais relevante jornal popular brasileiro: a Última Hora.

Em suas memórias, Wainer fala dos jornais de então e você parece estar lendo coisas sobre os jornais de hoje.

As mesmas táticas golpistas, a mesma avidez em derrubar um governo fora de seu controle, a mesma brutalidade nos métodos desonestos de manipular a opinião pública.

Wainer conta sobre o que ele chama de "Conspiração do Silêncio". Ela residia, como sugere o nome, em silenciar sobre as coisas boas do governo e berrar ininterruptamente denúncias, fundadas ou não.

É exatamente o que tem feito a imprensa desde 2003, quando o PT subiu ao poder.

Um exemplo: durante anos seguidos, a Petrobras cresceu fabulosamente. Não foi notícia. Quando a Petrobras entrou em crise, como de resto todas as companhias de petróleo do mundo, isso virou primeira página de todos os jornais e revistas.

Wainer fala no "analfabeto político", aquele que vê qualquer coisa no jornal e acha, automaticamente, que é verdade. Saiu na Folha, ou no Estadão, ou no Globo? Batata.

Jamais foi difícil, para os barões da imprensa, manobrar os crédulos. Getúlio, um estrategista brilhante, tentou se defender do ataque incessante da mídia com um novo jornal progressista.

A Última Hora foi um sucesso extraordinário, mas era um lutador contra uma matilha. Wainer foi objeto de uma perseguição feroz: queriam fechar o jornal apenas porque ele não nascera no Brasil.

Ele veio para o país aos dois anos. Cresceu no Bom Retiro e se tornou tão brasileiro quanto você e eu. Mas o fato de haver nascido na Bessarábia virou o argumento pelo qual a direita, liderada por Lacerda, tentou destruí-lo.

Você nota que motivos ridículos para massacrar alguém, como cerveja e uma canoa de lata, não são uma novidade na cena política nacional.

A maior diferença entre os dias de Vargas e estes nossos é a existência de uma coisa que barão da imprensa nenhum tem o poder de controlar: a internet.

Sites independentes como o DCM e as redes sociais funcionam como um contraponto imensamente mais poderoso do que a Última Hora foi mesmo em seu melhor momento.

Não há mais como manter uma "Conspiração do Silêncio". A internet não deixa.

Assuntos que a imprensa ignora, como a abjeta Paraty House dos Marinhos, acabam chegando ao conhecimento de milhões de brasileiros pelos sites independentes e pelas redes sociais.

Críticas a protegidos da mídia como o juiz Sérgio Moro multiplicam-se na internet, o que permite a muitas pessoas formar um juízo que não tenha como base apenas a opinião dos donos de jornais e revistas.

De Getúlio a Lula e Dilma, o Brasil continua o mesmo sob um aspecto, repito: a plutocracia continua a sabotar a democracia.

Fica claro nas memórias de Wainer.

O fato novo, e que faz muita diferença, é o florescimento da Era Digital.

Ficou muito mais difícil, se não impossível, os barões da imprensa manipularem os brasileiros como se fôssemos um rebanho de idiotas.

Bom dia!




Mensagem da madrugada


O que você tem de diferente

É

O teu mais bonito