Khalil Gilbran: Viva Belchior


Resultado de imagem para belchior

(...) Sem sombra de dúvidas, Belchior é um dos maiores compositores de todos os tempos da nossa música popular, as sutilezas poéticas de sua obra são encantadoras, emocionam e gozam de uma liberdade que, por vezes, podem ser comparadas às genialidades de Fernando Pessoa e Bob Dylan. Se Bel queria mesmo que seus versos, feito faca, cortassem a nossa carne, ele conseguiu. Porque a juventude do nosso coração é perversa e nos faz sofrer, perceber que “ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais”. Nesse mundo, é difícil não querer o a cabeça pensa, querer o que a alma deseja, e enxergar que “a vida inteira está naquela estrada, ali em frente”.
Resta-nos saber quais versos Belchior ainda guarda para nós “sob as dobras do blusão”. Que discos tem ouvido? Com que pessoas tem conversado?
Ele é “apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vindo do interior”, mas soube compreender e cantar, como poucos, a nossa solidão, o nosso som, a nossa fúria e a nossa “pressa de viver”.
Viva Belchior!

by Khalil Gilbran

"Quem não luta pelos seus direitos, não é digno deles", Rui Barbosa

Belchior, obrigado por tantas coisas boas


Resultado de imagem para belchior

E então leio que artistas fizeram uma homenagem a Belchior, o gênio perdido da música brasileira.
Fico estranhamente tocado, ou não estranhamente. Belchior foi o último ídolo que eu tive na música. Eu era um adolescente quando Elis consagrou músicas de Belchior como Velha Roupa Colorida e Como Nossos Pais.
Eu simplesmente amava Belchior, com sua voz anasalada e melancólica, suas melodias tristes embaladas em letras longas e poéticas. Achava que Belchior ia durar muito, fazer muitas coisas, mas ele foi minguando, e minguando, como se uma dose excepcional de talento e inovação tivesse se comprimido em um ou dois discos apenas. (Mas que discos, Deus.)
Eu próprio acabaria por abandoná-lo, não totalmente, é verdade. Não mudo de estação quando, o que é raro, toca Belchior no rádio. E quando apanho o violão sempre existe a possibilidade de eu tocar alguma coisa de Belchior, como Todo Sujo de Batom, minha predileta. (Sempre me vi no “cara tão sentimental” da música.)
A homenagem a Belchior, idealizada pelo jornalista Jorge Wagner, está disponível na internet, e então fico ouvindo as canções.
Gosto muito da versão de Todo Sujo de Batom, com guitarra pesada, meio punk, da banda The Baggios. Uma interpretação original, mas que ao mesmo tempo preservou a alma da pequena obra prima de Belchior.
Mas é em Paralelas que meu coração dispara. Porque nela me encontro com minha mãe. Mamãe gostava que eu tocasse e cantasse para ela. Acho que foi minha única fã como músico, a única pessoa que se interessava genuinamente por me ouvir. Ah, os ouvidos generosos das mães. Algumas de minhas melhores lembranças de mamãe estão ligadas às músicas que cantávamos juntos.
Mesmo em Londres, quando mamãe já estava em seus últimos dias, com enormes dificuldades em falar ao telefone, eu cantava para ela a 10 mil km de distância, mas por algum milagre no mesmo espaço naqueles momentos que duravam as músicas. Paralelas era a favorita de mamãe. Sua passagem preferida era a que dizia: “No Corcovado quem abre os braços sou eu.” É, de fato, uma passagem linda, lírica, um instante de absoluta inspiração de Belchior.
Numa pergunta que fiz numa entrevista com Paul McCartney em Londres, abri com o seguinte introito: “Primeiro de tudo, muito obrigado por tantas coisas boas que você me trouxe.”
(Depois perguntei qual música sua ele gostaria que John cantasse, e ele respondeu Maybe I’m Amazed.)
Se um dia eu entrevistar Belchior, vou abrir com a mesma frase. Um agradecimento. Ele preencheu meu mundo jovem com um punhado de canções que me fizeram refletir, rir, chorar. E principalmente ajudou numa conexão que me é tão cara, com minha mãe, a quem neste momento eu pediria colo caso ela estivesse por perto.
por Paulo Nogueira - Diário do Centro do Mundo

"Quem não luta pelos seus direitos, não é digno deles", Rui Barbosa

Charge do dia

Reciclagem

Essa lógica se aplica ao desgoverno de Temer e do Psdb

"Quem não luta pelos seus direitos, não é digno deles", Rui Barbosa

Dilma: "A cegueira política de Temer no Programa do Ratinho"

A entrevista do senhor Michel Temer ao apresentador Ratinho é um primor de misoginia e patriarcalismo.

É estarrecedor que no século 21 um presidente, mesmo ilegítimo, teve opiniões para tacanas, rebaixadas e subalternas sobre o papel da mulher na sociedade brasileira.

Sua filosofia política e seu imenso conservadorismo impedem de ver o valor das lutas e a realidade das conquistas obtidas nas mulheres brasileiras obtiveram o longo das últimas décadas.

Como mulheres brasileiras não merecem que um golpista, líder de um governo que está impondo o retrocesso social e econômico mais impiedoso sobre o nosso país, mais uma vez, um público e manifestar suas opiniões ultrapassadas.

O Brasil precisa de eleições diretas já!

Dilma Rousseff

A liderança de Lula para 2018 revela o fracasso do golpe e da velha mídia. Por Joaquim de Carvalho

A liderança de Lula em todos os cenários para a disputa eleitoral de 2018 revela o fracasso do golpe. Mas não só isso. É a derrota da velha mídia.
A Globo é a expressão maior de um tipo de comunicação que ficou para trás, assim como, num passado mais distante, a carta já foi o caminho mais rápido e seguro da informação.
Nada superaria a pena de Pero Vaz de Caminha para comunicar a celebrar a descoberta de um novo mundo.
A Globo, com seus jornais, rádios e TV, era imbatível quando podia fazer a edição de um debate presidencial sem contestação.

Também podia confundir a população ao mostrar um comício das diretas já em São Paulo e dar a entender que se tratava de uma festa pelo aniversário da cidade.
Também podia mostrar o Brasil das belezas naturais, gigante por natureza, como a pororoca do Amazonas no tempo de Amaral Netto, e esconder a tortura que acontecia nos porões da ditadura.
Hoje não é mais assim.
A Globo deu, imediatamente começa a ser contestada, em tempo real, na internet.
Na véspera da greve geral, o principal jornal da emissora gastou mais de dois minutos de seu tempo com as gracinhas trocadas entre William Bonner, Renata Vasconcellos e Maria Júlia Coutinho, a MÁ-JÚ, e nem um segundo com a notícia de que estava sendo organizada a paralisação gigante.
Numa linguagem que eles acham moderna, inteligente e engraçada, disseram que a temperatura ia cair, mas William Bonner e Renata Vasconcelos não noticiaram que, naquele mesmo instante, já se sabia da decisão tomada em assembleias lotadas – com gente de carne e osso –, que deixaria a população das grandes cidades a pé.

No dia seguinte, era nítido o engessamento dos repórteres da cobertura da maior greve da história do Brasil, ocorrida na sexta-feira, dia 28.
Não podiam falar greve geral e tinham de dar ênfase ao papel dos sindicatos na organização da paralisação – se sindicato não liderar greve, quem vai liderar?
Em outros tempos, esse tipo de manipulação demoraria para ser debatido pelo grande público. Agora é imediato.
O conluio que existe entre a Globo e uma autoridade menor da república, o juiz de primeira instância Sérgio Moro, produz estrago, é verdade. Mas não dura tanto como no passado.
A leitura de grampos ilegais que procuravam destruir a imagem de Lula e Dilma e a apresentação com power point do procurador Dallagnol aconteceram há um ano, um pouco menos, mas parecem muito mais antigos.
São cenas que, relembradas, ainda causam repugnância nas pessoas que amam a Justiça e a decência cívica.
Mas, sob certo aspecto, já podem ser vistas como os discursos dos militares que pregavam o Ame-o ou Deixe-o ou as entrevistas do delegado Fleury.
Se você olhar atentamente para Bonner e Renata na bancada no Jornal Nacional, você já começa a ver neles a semelhança física com os militares ou o delegado.
Uns torturavam gente, os outros espancam os princípios do jornalismo.
No final das contas, o que fazem é a mesma coisa: defendem o interesse dos mais ricos.
É, em estado puro, o que se pode definir como plutocracia.
Se ainda alguém se surpreende quando vê Lula na dianteira das pesquisas para presidente, não pense que é por ele apenas.
É o tempo.
O Brasil é o País da desigualdade e o combate a ela é a ideia que faz do seu portador um homem invencível.
Nem um exército de Moro, Bonner e Renata Vasconcelos conseguem deter o espírito do tempo.
PS: 1) O texto não menciona uma única vez o nome de Michel Temer. Este já está com o destino selado: será, para sempre, visto como um homem da estatura histórica de Joaquim Silvério dos Reis.
2) O golpe fracassou como instituto político, mas seus efeitos são vigorosos e, por enquanto, intactos: o massacre dos direitos sociais.
"Quem não luta pelos seus direitos, não é digno deles", Rui Barbosa

Michel Temer, a personificação do Canalha

amigo_da_onca.jpg

"As reformas fundamentais que nós estamos fazendo no Estado brasileiro, entre elas a Trabalhista, gera em um primeiro momento incompreensões, contestações, mas que são típicas da democracia plena que nós vivemos em nosso país", frase do corrupto e golpista Michel Temer, ladrão de mandato presidencial.

"Quem não luta pelos seus direitos, não é digno deles", Rui Barbosa

Morre o poeta, cantor e compositor Belchior

Morreu hoje domingo 30 de Abril aos 70 anos o poeta, cantor e compositor cearense Belchior, em Santa Cruz (RS). o corpo está sendo transportado para Sobral, a terra natal do artista, onde será sepultado. O governo do Estado do Ceará confirmou a morte e decretou luto oficial de três dias. A causa da morte ainda não foi divulgada. Belchior foi um dos maiores poetas não apenas da música brasileira, como da própria língua portuguesa.
Resultado de imagem para belchior
"Quem não luta pelos seus direitos, não é digno deles", Rui Barbosa