Carta aberta a Carlos Bolsonaro,
Nobre vereador, foi com amargura, dor, tristeza e profunda decepção que li nesta rede social sua opinião sobre a liberação do ex-presidente Lula para comparecer ao velório e cremação do corpo de seu neto Arthur, uma criança de apenas sete anos, vítima da Meningite Meningocócica.
Quando li sua frase dizendo que "a saída de Lula para o enterro do neto ( aquele mesmo neto que a juíza Gabriela Hardt impediu de abraçar o avô no último Natal, abraço esse que nunca mais poderá acontecer) o coloca na condição de coitado", vi o quanto o senhor e sua família são pobres. Vocês são tão pobres que só têm dinheiro, enquanto Lula é SIMPLESMENTE ADMIRÁVEL! Porque mesmo com toda a injustiça e perseguição que vem sofrendo nunca teve pressão alta, não simulou doença, não pediu para ser levado a nenhum hospital, não pegou atestado médico para fugir de nada e muito menos inventou algum tipo de falcatrua para depois usar a nossa bandeira para enxugar lágrimas de crocodilo como fez o seu irmão Flávio Bolsonaro! Mantém o andar firme, a cabeça erguida, a expressão serena e continua dono absoluto da maior de todas as riquezas que o senhor e sua família jamais terão: O AMOR E O RESPEITO DE MILHÕES DE BRASILEIROS.
Agenda presidencial
A passagem de Arthur
Começava um carnaval meio trôpego
Com a lama das minas ainda grudada em nós
Quando o pequeno Arthur
Fez sua passagem.
O carcereiro dá a notícia atroz
E sobre Lula desce um véu negro.
De todos as outras mortes nenhuma o abateu tanto.
E ela veio novamente, inexorável.
O pequeno Arthur fez sua passagem.
As outras mortes doídas as derrotas políticas, a prisão injusta. O desmonte das coisas que ele fez pelos pobres. O ódio insidioso dos fascistas deformados. De todos os revezes, nenhum outro doeu tanto. Uma criança inverte a ordem, desgraçadamente. O pequeno Arthur fez sua passagem.
Papo de gênios
Albert Einstein disse a Charles Chaplin:
- O que mais admiro em tua arte é que tu não fala uma palavra e o mundo todo te entende. E Chaplin retrucou:
- Mas tua glória é muito maior, pois o mundo todo te admira, sem entender uma palavra que diz.
Vida que segue...
Poesia da manhã
Estou pensando que a vida é maravilhosa
Que o dia está lindo
Que meus erros ainda podem ser consertados
Que a música que toca agora é aquela que lembra você
Que o relógio passa lentamente mais eu estou com pressa
Que não suporto nada frio nem morno, tem que ser quente, fervendo
Para consumir a maldade, a hipocrisia, a falsidade...
Tô pensando que sonhar é preciso
Que amar é viver
Que você é especial
E que eu sou diferente
Todo mundo quer ser bom, mas da lua só vemos um lado
Vida que segue...
Lula e o aceno proibido, por Armando Rodrigues Coelho Neto
Escrevo em estado de choque, como resultado da morte de alguém que não conheci: Arthur Lula da Silva, sete anos. O nome disso é empatia, ou seja, “a capacidade psicológica para sentir o que sentiria uma outra pessoa, caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela. Consiste em tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente outro indivíduo”. Ser empático é superar o egoísmo, é se colocar quase involuntariamente no lugar do outro. É um ato de entrega humana. É o que consta em verbetes da rede mundial de computadores.
Não tenho netos legítimos, mas tenho uma coleção de falsos netos. Tenho uma belíssima relação com eles e meus amigos avôs e avós não precisam explicar muito seus vínculos com eles. Menos ainda explicar a dor que sentiriam com a morte de um deles. Daí me haver doído sobremaneira o desprezo da horda presidencial para com o neto do Lula. Do mesmo modo, o escárnio, as ironias e tripúdios impublicáveis quanto à morte daquela criança. Veio de gente até da Polícia Federal, um deles tentando responsabilizar o ex-presidente Lula com um pretenso veto de vacina contra meningite. Gente que de forma gratuita e imediata transferiu para o garoto o ódio sem nexo que sente pelo avô dele.
Mais que transferência de ódio, foi constrangedor ver pessoas considerarem a morte do garoto como pena suplementar para Lula, por conta de crimes que nem o verdugo Sejumoro conseguiu demonstrar.
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