Serra - Factóides, baixarias e falsidades

A tríade baixo nível que relaciono no título acima, também relacionada em entrevista por nossa candidata, Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados), constitui as principais marcas da campanha dos tucanos e da oposição a Presidência da República. Principal alvo dessas baixarias, Dilma, deixou claro estar cansada disso tudo mas ofereceu uma garantia: nada disso a fará "descer o nível" da campanha. Excelente esta sua determinação porque tudo indica que vamos assim até o dia da eleição.





Ainda ontem, um debate entre presidenciáveis, do qual participou o candidato da oposição, José Serra (PSDB-DEM-PPS) mostrou que ele não está disposto a mudar esta sua estratégia, até porque não tem outra e nem propostas, projeto e rumos a oferecer ao país.





Mesmo que a Dilma tenha razão num ponto: este factóide de quebra de sigilos tão explorado pela oposição já devia ter sido sepultado há mais de uma semana, desde que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) arquivou o pedido de cassação do registro de sua candidatura apresentado por Serra e pela coligação de direita que o apoia.





Forjam escândalos porque só tem eles para sobreviver


Mas, na falta do que apresentar e discutir com os brasileiros, a oposição continua a alimentar este - e outros que ainda vai forjar - escândalo da violação de sigilos. O mais recente capítulo da trama é o anúncio da advogada de Eduardo Jorge (vice-presidente nacional do PSDB) de que houve acesso, também, aos dados cadastrais do empresário Alexandre Bourgeois, genro de Serra.





Aí, só há uma resposta e ela já foi dada pelo presidente nacional do PT, ex-senador José Eduardo Dutra: estas quebras de sigilos (não houve no caso do genro, informa o Ministério da Fazenda) são crimes comuns e não políticos, portanto, casos de polícia.





“Tem um salto gigantesco entre os vazamentos na Receita e a minha campanha. E o TSE já reconheceu isso”, afirmou a candidata petista ao destacar que a decisão do TSE de arquivar representação contra ela mostra que não há como vincular o caso da quebra de sigilos com sua campanha, nem como transformar este crime comum em crime político, como forçam os tucanos.





“Em 2009, em setembro, abril, ou outubro, não existiam campanha nem pré-campanha, candidatura nem pré-candidatura”, completou Dilma. Naquele período, lembro, o que se desenrolava, sim, era o auge da disputa interna no PSDB para ser candidato a presidente entre Serra e seu companheiro tucano governador de Minas, Aécio Neves. É o período, também, em que se fala da preparação de um dossiê contra Serra, por um repórter vinculado a um jornal de Minas, que sempre apoiou Aécio.
Zé Dirceu

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