Mostrando postagens com marcador #Aécioporto. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador #Aécioporto. Mostrar todas as postagens

Aécioportoneves está nu na praça

A nova matéria da Folha sobre as trampolinagens com dinheiro público do candidato tucano - embora seja incompleta porque  este blog já mostrou aqui que o Governo de Minas prevê, no Orçamento, a possibilidade de pagar mais R$ 3,5 milhões ao tio de Aécio pelo terreno do aeroporto – tem mais significado pelo que representa politicamente do que pela denúncia, em si.

Aécio Neves e sua "Bolsa Família"

Parasitismo estatal para si, liberalismo para os outros

por Luis Carlos da Silva, especial para o Viomundo

Em várias declarações já ouvimos Aécio dizer que os petistas não podem perder a presidência da República, dentre outros motivos, para não ver cair seu padrão de vida. Provocação barata que ocupa o espaço dos debates estruturais que deveriam presidir uma disputa eleitoral da magnitude desta que temos à frente.

Mas, entremos no clima por ele proposto.

Aécio, de fato, não precisa se preocupar com seu padrão de vida. Ganhando ou perdendo eleições. Aliás, nunca se preocupou. Descendente das oligarquias conservadoras mineiras, que foram geradas nas entranhas do Estado, desde o império, ele não tem a menor ideia do que seja empreender na iniciativa privada. Do que seja arriscar em negócios e disputas de mercado. Do que seja encarar uma falência, uma cobrança bancária, uma perda de patrimônio.

Pasmem: é esse o candidato que faz apologia do livre mercado, da iniciativa individual como base para a ascensão social e da ideia do “cada um por si” como critério de sobrevivência na selva do capitalismo contemporâneo.

Até sua carreira eleitoral tem como fato gerador a agonia terminal do avô, cuja morte “coincidiu” com o dia de Tiradentes . Seu primeiro cargo eletivo é tributário disso: em 1986 ele obteve mais de 200 mil votos para deputado federal sem lastro político próprio. Quatro anos mais tarde, distante do “fato gerador”, ele se reelegeu com magros 42.412 votos.

No quadro a seguir temos um diminuto resumo da versão de sua “bolsa família”.

Reitera-se: trata-se de um “diminuto resumo”. A história de seus avós paternos e maternos é a reprodução integral de como foram formadas as elites mineiras: indispensável vínculo estatal (cargos de confiança no Executivo, cartório e muita influência no Judiciário), formação de patrimônio fundiário à base da incorporação de terras devolutas e estreitas ligações com carreiras parlamentares.

O pai, Aécio Cunha, por exemplo, morava no Rio de Janeiro quando, em 1952 retorna a Belo Horizonte e, com 27 anos de idade, em 1954, “elegeu-se deputado estadual, pela região do Mucuri e do Médio Jequitinhonha, ainda que pouco conhecesse a região (…)” conforme descrição no Wikipédia. Seus oito mandatos parlamentares nasceram de sua ascendência oligarca. Do avô materno, Tancredo, dispensa-se maiores apresentações. Atípico sobrevivente de várias crises institucionais que levaram presidentes à morte, à deposição e ao exílio, Tancredo Neves sempre esteve na “crista da onda”. Nunca como empresário. Quase sempre como interlocutor confiável dos que quebravam a normalidade democrática.

Aécio Neves, por sua vez, era um bon vivant quando passa a secretariar o avô, governador de Minas Gerais, a partir de 1983. Nunca foi empresário, nunca prestou concurso público, nunca chefiou nenhum empreendimento privado. Sua famosa rádio “Arco Íris” foi um presente de José Sarney e Antônio Carlos Magalhães. Boa parte de seu patrimônio é herança familiar construída pelo que se relatou anteriormente. O caso do aeroporto do município mineiro de Cláudio é apenas mais uma ponta do iceberg.

Enfim, ele é isso: um produto estatal que prega liberalismo, competição, livre mercado… para os outros. Uma contradição em movimento. Herdeiro, portanto, de uma típica “bolsa família”; só que orientada para poucos.

Aliás, esse parasitismo estatal é característico da maior parte das elites brasileiras. Paradoxal é defenderem os valores neoliberais.

Luis Carlos da Silva é sociólogo e assessor do bloco Minas Sem Censura



Serraram as asas do Aécio

por Fernando Brito - Tijolaço

É pior a emenda que o soneto, dizia minha velha avó.
Os pareceres dos ex-ministros Carlos Velloso e Ayres Brito, do Supremo Tribunal Federal, chovem no molhado.
Tratam de, como dizem os advogados, “lana caprina”: coisas desimportantes
É evidente que não é irregular fazer uma obra em terreno com a imissão de posse. Do contrário, uma ponte, um viaduto, uma avenida teriam de esperar até as calendas para serem feitos, pois a Justiça brasileira é o que é.
E nem mesmo que parentes ou até o próprio governador do Estado possam ter terras desapropriadas por interesse social.
Absurdo seria o contrário, porque, então, ser mandatário ou parente de mandatário significaria ter direitos acima dos que têm o cidadão comum, pois seus imóveis ficariam “blindados” contra desapropriações.
E isso, ao menos na lei, é impensável.
O problema da obra do aeroporto – além do superfaturamento, que já evidenciamos aqui e não apetece a imprensa – é de natureza administrativa e ética.
O problema, não, os problemas.
O primeiro deles é a prioridade da obra: um aeroporto para um município que não chega a 30 mil habitantes e a 36 km em linha reta de outro já existente e de ótima capacidade, inclusive para operações noturnas, em Divinópolis. Onde, aliás, reabasteceu-se 0 malsinado helicóptero Perrella.
Mas Cláudio, sendo um pequeno município que tem a singular característica de sediar, a apenas seis quilômetros da pista de pouco, a fazenda de Aécio, o Governador que determinou a obra.
O segundo problema é o custo da desapropriação. Qual foi a base, o valor venal do imóvel, como corriqueiro, ou seu valor de mercado e, neste caso, qual é?
O senhor Aécio Neves diz que a opção, que implicou oferecer um milhão de reais a seu tio-avô, era “a mais barata”.
Se o “titio” tivesse aceito um valor simbólico – mil reais, digamos – nada haveria a questionar.
Mas o Estado lhe ofereceu um milhão de reais e ele, ainda assim, não aceitou.
Nos autos do processo, certamente, deve haver sua pretensão: dois, três, quem sabe dez milhões?
Se a Justiça arbitrar R$ 2 milhões, ainda será o “mais barato”. Ou três?
O terceiro problema é o ético.
Se o titio, sem se comover com o pedido do sobrinho e com o desenvolvimento econômico do município – razão que alega Aécio para a urgência da obra- não concordou com uma desapropriação simbólica, porque é que não se procurou alternativas para, já que se pagava a mercado (será?) e caro, faze-lo a quem não poderia ser acusado de favorecimento?
Do outro lado da estrada havia um terreno igualmente plano, desimpedido e até maior.
O quarto problema é também de natureza ética. E vergonhoso.
Como é que se deram pareceres um mês antes do assunto vir à tona e seis anos depois da decisão ser tomada?
Não foram, ao menos pelo que indica a data aposta ao parecer de Velloso, feitos para dirimir dúvida sobre realizar ou não o investimento público ou, muito menos, para responder ao clamor público.
Não creio que um ex-ministro do Supremo, para contratar-se a um serviço de emissão de parecer, fosse capaz de fraudar a data. É provável, mesmo, que se trate de um erro material, ao escrever junho no lugar de julho.
Isso, porém, elide o mais importante da interpretação do episódio.
É que Aécio, fragilizado moralmente, correu a cobrir-se de pareceres que afirmam o óbvio, para ocultar o ignóbil.
Porque não há parecer que esconda o fato de que a obra não era essencial senão para seu conforto, tanto que “funciona” há quatro anos como pista privada, trancada a chave, salvo nos momentos em que serve de área de lazer a aeromodelistas.
Assim como não se poderá ocultar o preço astronômico de uma simples faixa de asfalto e um alambrado e menos ainda se explicará o asfaltamento de uma pista capaz de receber jatos no Norte de Minas, em Montezuma, um município pobre, paupérrimo, com sete mil e pico de moradores.
Onde, aliás, está outra propriedade do senador, esta vinda de “usucapião” de terras devolutas do Estado que governava.
Aécio Neves não entendeu que o Brasil é uma república, não uma sesmaria.
Serraram-lhe as asas, e ele está apavorado.


Aécioporto custou quase oito vezes mais que o padrão de obras iguais em Minas Gerais

Ao anunciar o “pacote” de obras do qual fazia parte o asfaltamento da pista do Aeroporto de Cláudio, o governo de Minas Gerais anunciou também a pavimentação de estradas no interior do estado, que tinham piso de cascalho, exatamente como o da pista que existia antes na fazenda de seu tio.
Eram 295, 2 km de estradas, a um custo de R$ 96,6 milhões.
Como está detalhadamente registrado aqui na página do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (devidamente salva, para o caso de retirarem-na do ar).
Ou seja, o Governo de Minas pagava R$ 330 mil por quilômetro de asfaltamento, tudo incluído.
Como a pista de Cláudio tem exatamente um quilômetro e, digamos, quatro vezes a largura mínima de um estradinha, o custo de seu revestimento asfáltico – que não pede, pelo pequeno tráfego de aeronaves leves, mais do que o preparo normal de uma estrada destinada ao transito de veículos em geral, inclusive a passagem de caminhões.
E como já existia a pista de cascalho, tal como as estradinhas mineiras tinham, a terraplenagem é miníma e igual para ambas.
Portanto, uma boa base de preço seria algo em torno de R$ 1,3 milhão.
Some aí a colocação de cerca em torno do terreno, a pequena área de estacionamento, os dois postes de iluminação e a casinhota que aparece nas fotos, com muito boa vontade, teríamos mais uns R$ 500 mil, sendo muito, muito generosos.
Até porque a mesma pavimentação no Aecioporto II, na cidadezinha de Montezuma, custou R$ 268 mil, na mesma época,em valores oficiais. Um preço compatível com os praticados pelo DER.
Mesmo com todas as possibilidades de ser generoso com Aécio, a diferença é monstruosa.
A obra de Cláudio, em valores da mesma data em que se contratou estradas àquele preço, custou R$ 13,4 milhões.
Mais de sete vezes mais cara.
Não são números aleatórios, repito, são os valores praticados, na mesma data, pelo DER de Minas, em obras absolutamente semelhantes e que divergem de forma astronômica.
Basta que algum jornal se interesse pela planilha de custo e o escândalo explodirá.
E não haverá parecer jurídico que o segure.
no Tijolaço


Elio Gaspari: a explicação de Aécio não decola

Desde domingo, quando o repórter Lucas Ferraz contou que a Viúva construiu uma pista de pouso asfaltada no município de Cláudio (MG), a seis quilômetros da fazenda centenária do ramo materno da família de Aécio Neves, o candidato tucano à Presidência da República ofereceu explicações insuficientes para satisfazer a curiosidade de uma pessoa que pretenda votar nele em nome do seu compromisso com a gestão e a transparência.

Situações desse tipo afloram em campanhas eleitorais e a maneira como os candidatos lidam com elas instrui o julgamento que se faz deles.

O campo de aviação de Cláudio fica a 120 quilômetros do aeroporto de Confins e a 36 quilômetros da pista bem equipada de Divinópolis. Lá estão as terras da família Tolentino, na qual nasceu Risoleta, avó de Aécio e mulher de Tancredo Neves.

Ela morreu em 2003, deixando no espólio a Fazenda da Mata, recanto onde seu neto às vezes se refugia. A obra custou R$ 13,9 milhões ao governo do estado e foi construída em 2010 quando ele o governava. No ano anterior, segundo o IBGE, a receita orçamentária realizada do município foi de R$ 26,3 milhões.

Aécio respondeu com uma generalidade: “Tudo foi feito com a mais absoluta transparência e correção.” Juntou uma redundância: “O aeroporto foi construído em área pertencente ao estado, não havendo, portanto, investimento público em área privada.” Finalizou com uma precipitação: “Já foi tudo explicado.”

Por enquanto há em Cláudio uma pista de um quilômetro, capaz de receber jatinhos de até 50 lugares, sem equipamento ou homologação da Anac. Falta explicar é a necessidade de a Viúva ter construído essa nova pista naquelas terras.

A área foi desapropriada em 2008. Sem isso a obra não poderia ter sido custeada pelo governo do estado. Os Tolentino disputam o valor oferecido pelas terras (R$ 1 milhão). Uma peritagem, ainda que tardia, poderá resolver a questão.

O próprio candidato argumenta que “aeroportos locais, que não possuem voos comerciais, ou pistas de pouso fechadas são prática comum em aeroportos públicos, no interior do país, como forma de evitar invasões (...) que possam oferecer riscos à segurança dos usuários”.

Tem toda razão e leva ainda o mérito de expor uma questão relacionada com os investimentos públicos em pistas que só recebem aviões privados. Talvez Cláudio precisasse de uma. Do jeito que está, recebe irregularmente uns dois aviões por semana.

O ex-governador informa também que não se tratou de construir uma nova pista, mas apenas de modernizar outra, de terra, feita em 1983, quando seu avô era governador e um Tolentino, prefeito da cidade. A Viúva não deve ter ficado com essa conta, pois a terra era privada.

A comodidade de uma pista de pouso paga e mantida pela Boa Senhora é o objeto do desejo de todo fazendeiro. Tome-se, porém, o exemplo de Paul Mellon, um finíssimo bilionário que vivia entre seu haras da Virgínia e o mundo.

Comprou um avião e, para seu conforto, construiu um aeroporto dentro de suas terras, em Upperville. Lá, avisa-se: “Uso privado. É necessária autorização para pousar.”

Mellon fez o aeroporto com o dinheiro dele. A pista de Cláudio, como diria Armínio Fraga, foi construída com o “meu, o seu, o nosso”.

no O Globo


Do Balaio do Kotscho - Dilma sozinha na estrada; Aécio vira vidraça

A apenas 76 dias da abertura das urnas e 24 do início do horário eleitoral na televisão, Dilma Rousseff continua liderando as pesquisas, mas a presidente me parece cada vez mais sozinha na estrada, com a campanha à reeleição mostrando rachaduras no governo, no partido e na base aliada.

Mais do que os números preocupantes do último Datafolha, que mostraram crescimento nos índices de rejeição da candidata e desaprovação ao seu governo, já apontando para um segundo turno contra Aécio Neves, é o quadro econômico desfavorável a principal razão das defecções nos Estados e dos atritos entre dilmistas e lulistas no comando da campanha.

A semana começa com a projeção do PIB para este ano caindo pela primeira vez abaixo de 1% (0,97%), mantendo a curva descendente registrada nos últimos meses. A este crescimento abaixo das previsões do governo, soma-se a renitente taxa de inflação, que no momento aponta para 6,44% no ano. Estes constituem os principais adversários de Dilma nas eleições de 2014, já que Aécio Neves e Eduardo Campos, na mesma pesquisa, não saem do lugar.

Por mais que Lula e Dilma jurem fidelidade eterna, o fato é que os assessores de um e de outro entraram em rota de colisão ao definir os rumos da campanha. De um lado, Franklin Martins e Gilberto Carvalho, mais próximos a Lula, defendem uma estratégia ofensiva contra a oposição e a mídia aliada; de outro, os colaboradores mais próximos de Dilma, tendo à frente o marqueteiro João Santana, preferem tocar o barco sem fazer marola até começar a propaganda na TV, em que a presidente tem o dobro do tempo de seus principais concorrentes juntos.

A solidão de Dilma fica mais patente quando se nota que raros são os que saem em defesa das políticas do governo, mesmo entre seus ministros. Boa parte das lideranças empresarias e sindicais que apoiaram a presidente em 2010 agora estão na moita ou pularam para o outro lado, como acontece com muitos aliados do PMDB, um partido ainda de caciques regionais que procuram, em primeiro lugar, salvar a própria pele.

Até aqui, o candidato tucano nadou de braçada no embalo da mídia amiga, ao centrar sua campanha em denúncias de corrupção no governo e críticas à política econômica de Dilma, sem apresentar propostas viáveis para os problemas que o país enfrenta.

Algo, porém, fugiu do controle no último final de semana, e pode alterar o cenário até aqui favorável desenhado pelas pesquisas. Não por acaso, a "Folha", único dos grandes grupos de mídia que não faz parte do Instituto Millenium, rompeu a rede de proteção montada para Aécio Neves, ao dar em manchete uma grave denúncia contra o candidato do PSDB, algo até então inédito na nossa isenta imprensa.

Segundo o jornal, já no fim do seu segundo mandato, Aécio gastou R$ 14 milhões do governo mineiro para construir um aeroporto em terras da sua família, no município de Cláudio. Em longa nota divulgada por sua assessoria, o candidato contesta a reportagem: "Todas as atitudes do governo de Minas Gerais referentes ao aeroporto de Cláudio se deram dentro da mais absoluta transparência e lisura". Aécio só não explicou por que as chaves do aeroporto ficam com seu tio-avô Múcio Guimarães Tolentino, dono da área desapropriada pelo governo.

O caso da desapropriação está na Justiça e o Ministério Público de Minas Gerais anunciou que vai abrir inquérito civil para investigar a construção do aeroporto. Em política, sabe-se, já entra perdendo quem precisa se defender em histórias no mínimo controversas como a desta obra público-privada.

Resta saber como vai reagir o candidato tucano, agora que passou de estilingue a vidraça, ele que se habituou conviver com uma mídia familiar sempre dócil, parceira dos seus projetos políticos.

Muita água ainda vai correr por baixo da ponte nesta campanha eleitoral. A imprensa prestaria um bom serviço ao país se agisse sempre assim, mostrando os prós e contras de todos os candidatos, com a mesma régua. Não custa nada sonhar, mas a julgar pela parca repercussão do assunto nos outros veículos, ainda estamos longe disso.

Vida que segue.


Bloco Minas Sem Censura quer investigação sobre aeroporto construído em Cláudio

Representando o bloco Minas Sem Censura, os deputados Pompilio Canavez, Rogério Correia e Adelmo Leão foram nesta terça-feira (22) à Procuradoria de Justiça, em Belo Horizonte, solicitar a investigação do aeroporto construído na cidade de Cláudio com dinheiro público em terreno pertencente à família do senador tucano Aécio Neves. A obra cobrou da população mineira quase R$14 milhões e foi realizada durante o segundo mandato de Aécio como governador de Minas Gerais.

Os deputados entregaram ao promotor Júlio César Luciano, sorteado pelo Ministério Público Estadual para cuidar do caso, cópias da reportagem que denunciou o empreendimento a todo o país, do programa Proaero, do processo de desapropriação do território do tio-avô de Aécio, Múcio Guimarães Tolentino, na justiça mineira e outras informações. “Pedimos para que o Ministério Público averigue e cumpra o seu papel. Os mineiros querem saber por que esse aeroporto sempre teve uso particular. Inclusive tem cadeado. Esse caso se enquadra em uma improbidade administrativa”, afirmou o deputado Pompilio Canavez, líder do Minas Sem Censura. O parlamentar também questiona onde o interesse público se encaixaria nesse empreendimento, já que em cidades vizinhas a Cláudio existem aeroportos capazes de suprir as demandas.

O aeroporto não tem funcionários e sua operação ainda não é considerada regular pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que também não recebeu do estado todos os documentos para realizar a homologação do aeroporto e permitir que seja aberto ao público. Para pousar por lá é necessária a autorização de familiares do senador Aécio Neves.

Na reunião, o deputado Rogério Correia apontou outras questões relacionadas ao aeroporto, como o alto gasto para sua construção, equivalente ao valor de aeroportos completos e com voos regulares. “Que aviões pousam lá? Quem são os passageiros? Isso precisa ser levantado”, indagou Rogério. Outro fato destacado é que a empreiteira que fez a obra do aeroporto, Vilasa Construtora Ltda, fez uma doação de R$ 67 mil para a campanha de Aécio Neves em 2006.

Com a representação em mãos, o promotor Júlio Cesar assegurou que o assunto será apurado e fará o possível para dar uma resposta aos deputados e ao povo mineiro.
CPI
Para que a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) também investigue o caso, os deputados do Bloco Minas Sem Censura estão recolhendo assinaturas de parlamentares para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). “A dificuldade é que a ALMG está em recesso, mas estamos entrando em contato com cada deputado pedindo a assinatura. Mas sabemos que ter uma CPI em Minas Gerais é muito difícil. Já são 12 anos que não acontece”, explicou o líder do bloco, Pompilio Canavez.

Para efetivar uma CPI são necessárias 26 assinaturas. “Queremos livrar nosso país do que acontece em Minas Gerais”, pontuou Rogério Correia.


#Aécioporto, Psdb e a estratégia do "pega ladrão"

O tucano constrói uma pista de pouso em terras do tio, pelo valor de um aeroporto, é denunciado pela mídia amiga e processa a presidente da República porque uma agência reguladora - ANAC -vai investigar o caso. Seria para rir se não fosse canalhice e cinismo demais - até para os padrões tucanos -.

Leiam a nota oficial do partido (abaixo):


"Não é de hoje que o PSDB tem denunciado o uso da máquina pública federal em favor da candidatura da Presidente Dilma Rousseff, inclusive com decisão do TSE já reconhecendo essa prática e aplicando multa a entidade pública. Desta vez, o abuso em favor do PT é da ANAC, praticando conduta vedada pela legislação eleitoral.

É vergonhosa a utilização de mais uma estrutura do estado para perseguir adversários políticos do governo.

Estamos representando contra a ANAC e contra a Presidente Dilma para que este ato seja punido de forma rigorosa.

Registramos, por fim, que o processo de homologação do Aeroporto de Claudio junto à ANAC vem ocorrendo de forma legal e transparente como comprovam os inúmeros ofícios trocados entre os órgãos federais e o governo do estado desde 2011. Tanto é verdade que foi a própria Secretaria Nacional de Aviação Civil que, em abril de 2014, transferiu a jurisdição do Aeroporto de Claudio para o Estado de Minas Gerais sem que qualquer irregularidade fosse indicada.

Deputado federal Carlos Sampaio – coordenador jurídico da Coligação Muda Brasil”


Twitter da manhã

O aeroporto nas terras do tio do Aécio, feito por Aécio, no governo do Aécio é do filho do Lula.
Repassem!
@josecerra



Aécioporto se traiu

No telejornal (sic) do Gilberto Freire com “i” (*) o Arrocho Neves se traiu.

Ao falar sobre o aeroporto que construiu para o Titio se percebe:

- Anastasia e Pimenta da Veiga, ao seu lado, demonstram desalento e ceticismo;

- O candidato gagueja;

- Diz que a região tem 300 indústrias que “produzem produtos” (e, portanto, mereciam coisa melhor -PHA);

- Jogou fora a longa exposição: 37″ numa matéria de 3′17′- ou seja, teve mais tempo do que o Lula no jn, em toda a sua carreira de homem público;

- Não bastasse a “linguagem do corpo”, que passava credibilidade igual a zero – parecia tucano paulista a discorrer sobre o trensalão – cometeu ato falho imperdoável: falou “economicamentes”.

Como é que o “i” deixou passar essa ?

Pano rápido.

Em tempo: como bom tucano, ainda se refere à Fel-lha (**), que fez a denúncia, com o repórter Lucas Ferraz, como “um grande jornal paulista”.

Deve estar à espera de um novo Datafalha, em que, segundo a Quenedy – essa moça vai longe … -, apareça como grande vitorioso !

Em tempo2: o que diria o Máximo Consultor Armínio NauFraga sobre a construção do aeroporto do Titio ? Ele concorda com a intervenção estatal em Claudio, ou preferiria que o próprio Titio, agente privado, construísse o aeroporto ?

Em tempo3: o Globo Overseas soterra o aeroporto do Titio. Ataulfo Merval trata da versão bolinha de papel do Padim Pade Cerra sobre o Golpe de 64 como se fosse um “Estadista do Império”, do Nabuco ! O noticiário é escasso. Amanhã, quarta-feira, some no Globo.

Paulo Henrique Amorim



Caro titio: aecioporto custa tanto quanto aeroporto comercial no Ceará

por Fernando Brito no Tijolaço

O “aecioporto” construído no município de Cláudio, junto à fazenda de Aécio Neves, custou, como está publicado, R$ 13,4 milhões, isso na data da licitação, em dezembro de 2008.
Como se viu, ele consiste quase que exclusivamente numa pista de 30 metros de largura com 1 km de extensão.
Não tem estação de passageiros, área de carga, apenas um “quadradão” asfaltado para o estacionamento de aeronaves e automóveis.
O valor, corrigido de janeiro de 2009 para maio de 2012, pelo IGP-M, equivale a R$ 17,9 milhões.
Fora o “milhãozinho” que o titio de Aécio achou pouco pelo terreno, sem contar a valorização da área não desapropriada.
No Ceará, um aeroporto comercial – o de Aracati – voltado para o turismo, com uma capacidade para atender Boeings 737 em até 1200 vôos por ano (o de Cláudio, segundo a Folha, recebe um avião pequeno por semana) custou R$ 19 milhões em obras civis, em valor de 2013.
Tem pista de 2200 metros de extensão (incluindo 400 m de área de escape), capaz de suportar aeronaves pesadas. Tem área de taxiamento e pátio de estacionamento de aeronaves de 13 mil metros quadrados, o que, sozinha, já equivale a quase metade da pista de Cláudio. Tem posto para bombeiros. Tem, sobretudo, uma estação de passageiros para atender o movimento turístico.
O custo total da obra, operada por parceria com a TAM, ficou em R$ 19 milhões, em valores de 2012.
Quem diz é a Globo, não eu.
Depois de exigências de equipamentos, o aeroporto de Aracati foi homologado pela ANAC e, além dos vôos turísticos ou regulares para aquele trecho do litoral cearense, vai receber as aeronaves para o Centro de Manutenção da TAM, ali ao lado.
Quem sabe algum jornal se interessa pelo assunto?
Se quiserem, procurem a Anac, que tem planilhas de custo padrão para aeroportos. É só pedir que eles dão.


#Aécioporto - choque de indigestão

por Ricardo Melo na Folha de São Paulo

Aécio Neves presenteou a família com um aeroporto; a conta, R$ 14 milhões, foi espetada no lombo do contribuinte

"Os equívocos em relação à Petrobras foram muitos. E taí. Hoje a empresa frequenta mais as páginas policiais [...] do que as páginas de economia." As palavras são do candidato tucano Aécio Neves em sabatina realizada na quarta (16), ao criticar o governo Dilma Rousseff.

Nada como um dia depois do outro. Graças ao repórter Lucas Ferraz, ficamos sabendo neste domingo (20) que, antes de deixar o cargo de governador, nosso impoluto Aécio presenteou a própria família com um aeroporto no interior de Minas Gerais, na cidade de Cláudio. Deu de presente é modo de dizer. A conta, R$ 14 milhões, foi espetada novamente no lombo do contribuinte. Tudo dinheiro público.

O Brasil conhece à exaustão obras e estradas construídas perto de propriedades de políticos, sempre sob o argumento de pretensos interesses rodoviários e sociais. Cinismo à parte, para não dar muito na vista, ao menos se permite a circulação de anônimos pelas rodovias.

No caso do aeroporto de Cláudio dispensaram-se maiores escrúpulos. "Choque de gestão" na veia. A pista é de uso praticamente privado da família Neves e seus apaniguados. Um diálogo esclarecedor: perguntado pelo repórter se alguém poderia usar o aeroporto, o chefe de gabinete da prefeitura local foi direto. "O aeroporto é do Estado, mas fica no terreno dele. É Múcio que tem a chave." O dele e o Múcio citados referem-se a Múcio Tolentino, tio-avô de Aécio e ex-prefeito do município. Pela reportagem, descobre-se ainda que Aécio é figura frequente no lugar --a cidade abriga um de seus refúgios favoritos.

Pego no escândalo, o candidato embaraçou-se todo. Alega que a área do aeródromo particular foi desapropriada. O que, vamos e venhamos, já é discutível: no mínimo não pega bem um governador indenizar sua própria família para uma obra de utilidade social mais do que duvidosa.

Mas a coisa só piora: o processo de desapropriação está em litígio, ou seja, a propriedade permanece sob controle do clã Neves & Cia. Talvez uma ou outra aeronave de conhecidos, ou algum Perrella da vida, tenha acesso à pista. Fora isso, ignoram-se benefícios econômicos gerados pela empreitada ao povo mineiro. Questionado pela reportagem sobre quantas vezes esteve no estacionamento aéreo familiar e o motivo pelo qual uma obra custeada com dinheiro público tem uso privado, Aécio não respondeu. Ou melhor: o silêncio equivale a uma resposta. E a campanha mal começou.

CHEIRO DE QUEIMADO NO AR

Um avião civil é fulminado a 10 mil metros de altura, matando centenas de inocentes. Israel volta a atacar Gaza sem piedade. No Iraque, os anos de intervenção americana resultaram na criação de um califado. Na ausência de lideranças convincentes, a primavera árabe desembocou no inverno de outra ditadura sanguinária no Egito. A direita avança na Europa.

Com a economia mundial em pandarecos, guerras são sempre uma válvula de escape para lubrificar a engrenagem do capital, fazer a máquina girar. A extensão dos conflitos é imprevisível, principalmente quando a ONU mostra-se cada vez mais uma entidade decorativa. Mas que há um odor muito forte de queimado no ar, isto há.


Rui Falcão: Aécio não distingue o público do privado

A notícia de que o governo de Minas Gerais construiu um aeroporto numa fazenda de um tio do Aécio Neves – candidato do PSDB à Presidência –, ao custo de R$ 14 milhões, repercutiu no cenário político. O comitê da campanha da presidenta Dilma Rousseff (PT) à reeleição estuda mover uma ação judicial por improbidade administrativa contra o presidenciável tucano.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão.O presidente nacional do PT, Rui Falcão. A questão virou alvo do Ministério Público de Minas Gerais. O promotor Eduardo Nepomuceno anunciou que irá analisar os fundamentos da desapropriação e por que parentes de Aécio controlam na prática o aeroporto, que deveria ser público. Eles teriam as chaves do espaço.

Leia mais:
Altamiro Borges: Folha bombardeia aeroporto de Aécio
Paulo Nogueira: O aeroporto de Aécio e o comportamento da mídia

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou que o senador tucano não distingue o ''público do privado". "Ele usou o governo de Minas Gerais como extensão de suas propriedades", afirmou.

Já o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, classificou a construção do aeroporto como um "escândalo" e um "absurdo". "Mostra a hipocrisia do PSDB e do Aécio que a qualquer evento gritam CPI e apontam dedo. Agora, fazem um negócio desses."

O deputado estadual Rogério Corrêa (PT) também disse que começará a colher assinaturas nesta semana para abertura de uma CPI no Estado sobre o governo Aécio.

Governo de Minas Gerais construiu aeroporto em terra de tio de Aécio Neves

O governo de Minas Gerais construiu, em 2010, um aeroporto dentro de uma fazenda de um parente do senador e candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB), na cidade de Cláudio. A obra, que custou R$ 14 milhões, foi feita no fim do segundo mandato do tucano como governador do estado. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com a publicação, o aeroporto é administrado por familiares de Aécio. A família de Múcio Guimarães Tolentino, 88 anos, que é tio-avô do tucano e ex-prefeito do município de Cláudio, guarda as chaves do portão do local.

Orçado em R$ 13,5 milhões, o aeroporto foi feito pela construtora Vilasa, responsável por outros aeroportos incluídos no programa mineiro. O custo final da obra, somados aditivos feitos ao contrato original, foi de R$ 13,9 milhões, segundo a Folha de S. Paulo.

O jornal afirma que, para pousar no aeroporto, é preciso pedir autorização aos filhos de Múcio. Segundo um deles, Fernando Tolentino, a pista recebe pelo menos um voo por semana, e seu primo Aécio Neves usa o aeroporto sempre que visita a cidade. Múcio é irmão da avó de Aécio, Risoleta Tolentino Neves, que foi casada por 47 anos com Tancredo Neves.

Segundo a publicação, a pista do aeroporto tem um quilômetro e pode receber aeronaves de pequeno e médio porte, com até 50 passageiros. Sem funcionários, o local é considerado irregular pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que afirmou que ainda não recebeu do governo estadual todos os documentos necessários para a homologação do aeroporto.

A obra foi executada pelo Departamento de Obras Públicas do Estado (Deop) e faz parte de um programa lançado por Aécio para aumentar o número de aeroportos de pequeno e médio portes em Minas.

Segundo o jornal, o governo do estado desapropriou a área de Múcio Tolentino antes da licitação do aeroporto e até hoje eles discutem na Justiça a indenização. O estado fez um depósito judicial de mais de R$ 1 milhão pelo terreno, mas o tio de Aécio contesta o valor.

De acordo com a Folha, antes de o aeroporto ser construído, havia no local uma pista de pouso mais simples, de terra, construída em 1983, quando Tancredo Neves era governador de Minas Gerais e Múcio era prefeito de Cláudio, terra natal de Risoleta.

Ao jornal, Aécio afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a construção do aeroporto seguiu critérios técnicos, e que o governo de Minas Gerais não levou em consideração o fato de o proprietário do terreno ter parentesco com ele.

Contudo, segundo a Folha, Aécio não respondeu quantas vezes usou o aeroporto, e o motivo pelo qual o local, construído com dinheiro público, tem uso privado.

Fonte: Jornal do Brasil
Com Brasil 247



Nossa oposição não é mais descarada porque é um Aécio só

Abaixo a manchete do O Globo e o desmentido do mineroca.
Nossa oposição é uma comerdia rsss.
Divirtam-se com a semvergonhice deles:

Aécio nega que durante seu governo(?) tenha liberado dinheiro para aeroporto da família

"Tudo feito com a mais absoluta transparência e correção. Aliás, como sempre faço".kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Esses tucanos ainda vão me matar de rir. Mas por favor, que ninguém invente de processa-los por isso. Sou petista. Porém, não filiado. Ano que vem posso até se filiar, se José Dirceu for candidato a presidente do partido.
Oraite?