Rodrigo Vianna: romper o cerco conservador
Brasil quer mudança! por Rodrigo Vianna
O sentimento está nas ruas e nas redes. Só que há um detalhe: ”Mudança” não significa andar pra trás.
O Escrevinhador tem lado. Quer Mudanças, sem retrocesso. Ninguém precisa amar o PT, Lula e Dilma para entender o que está em jogo nessa eleição.
Quem está do outro lado?
“Mudança” com FHC, Serra e Alckmin?
“Mudança” com a turma do apagão de eletricidade, do desemprego, do arrocho salarial, do Brasil entregue ao FMI, da falta d´água e do preconceito contra o Nordeste?
“Mudança” com a Globo mandando no Brasil?
Não. O Brasil não quer essa “mudança”. Há um clima estranho no ar. Há uma onda conservadora. Há um ódio contra o Nordeste e o povo trabalhador. É preciso enfrentar essa onda. Para ganhar ou perder. Mas com a certeza de que é possível ganhar. E de que o melhor para o Brasil é derrotar o ódio que vem da elite de São Paulo.
O Escrevinhador também quer Mudanças. De verdade. Votamos Dilma. De peito aberto, mantendo a independência para fazer as críticas necessárias às vacilações e inconsistências dos governos do PT.
Votamos Dilma, à espera de um segundo mandato que enfrente a direita e se oponha à onda conservadora que avança – especialmente em São Paulo.
O Escrevinhador quer Mudanças. E faz a sua parte. Nós mudamos.
A partir desta quinta-feira (9 de outubro), o blog está de cara nova. A mudança no “layout” deve ocorrer no fim da tarde… No mesmo endereço, com outra cara.
Mudamos, sem mudar de lado.
Confira, navegue, critique, compartilhe, comente.
Carta para além do muro (ou porque agora Dilma) por Jean Wyllys
A juventude está cada vez mais antenada com as idéias de Dilma Rousseff
Brasil de hoje não é igual ao da época deles
Em campanha no Nordeste, a Presidenta Dilma Rousseff deu o tom da postura que vai adotar no segundo turno, em que enfrenta Aécio Neves (PSDB) na corrida pelo Palácio do Planalto. A candidata à reeleição esteve em João Pessoa (PB), onde comparou as gestões petistas com a do PSDB a frente ao governo federal.
"Quando eles dirigiam o país o salário era pequeno e desemprego alto. Eles elevaram os juros à estratosfera. O Armínio Fraga (ex- presidente do Banco Central no governo de Fernando Henrique Cardoso e já anunciado como ministro da Fazenda de Aécio) conseguiu que os juros médios praticados no Brasil fossem de 25%. Hoje, são 11%.", declarou a Presidenta nesta quarta-feira (8).
Em seu discurso, Dilma enalteceu as medidas de seu governo no combate à corrupção ao lembrar a diferença no número de investigações feitas pela Polícia Federal em seu mandato e no do ex-presidente FHC. "Defendo a PF autônoma, pois, no passado, diretor da PF era filiado ao PSDB. No meu governo, diretor da Polícia Federal não é filiado a partido nenhum. No governo do meu adversário, o Ministério Público era escolhido fora da lista. Nunca tivemos o engavetador geral da República. Eles (PSDB) tiveram a pachorra de engavetar todas as investigações", disse.
A Presidenta ainda citou a última crise econômica para confrontar os números da sua administração com a dos adversários. "Eles quebraram esse país três vezes. Na crise de 1998 e 1999, eles se ajoelharam ao FMI (Fundo Monetário Internacional) porque não tinham dinheiro para honrar as contas do país. A dívida era de R$ 162 bilhões e eles tinham R$ 38 bilhões. Hoje, somos credores líquidos, o mundo nos deve R$ 77 bilhões, inclusive o FMI, porque temos R$ 376 bi de reservas. Nossa inflação é metade da deles. Enfrentamos crises e não desempregados nem arrochamos salários.", enfatizou.
"(Eles) Conseguiram uma verdadeira e fantástica maldade com os jovens: eles aprovaram uma lei que proibia o governo federal de investir em escolas técnicas. Em oito anos, eles fizeram 11. Hoje, em quatro anos, fizemos 208 para oito milhões de estudantes. O Brasil de hoje não é igual ao Brasil da época deles. As Universidades chegaram. Os jovens fazem doutorado, mestrado", continuou a Presidenta em referência ao PSDB.
Ao lado do governo Ricardo Coutinho (PSB), que mais cedo havia oficializado o apoio à candidatura petista, Dilma defendeu a criminalização da homofobia e uma reforma política. "O Brasil precisa de uma reforma política. Ninguém aguenta mais e ninguém tem forças para fazer a reforma política sem a participação popular. E eu sou a favor de um plebiscito que defina o tipo de financiamento de campanha", finalizou.
Abaixo, outras frases de Dilma:
Agradeço aos cidadãos da Paraíba o voto que me deram nessa eleição.
Eu só posso agradecer essa honraria que me deram
Eu carrego esses votos com imensa honra,
Grandes brasileiros, homens e mulheres, perceberam que o Brasil sem o Nordeste não era o Brasil inteiro
Estou aqui porque aqui Paraíba é um estado essencial para o Brasil.
Eu acredito que a Paraíba é essencial para o Brasil ser uma nação rica e soberana. Eu estou falando do Nordeste do Brasil
Estamos (ela e o governador) estamos juntos e misturados
Vamos combater a mentira e o ódio
Quero lembrar a vocês que nessas eleições vamos assistir duas coisas: a mentira e a desinformação
A mentira e a desinformação pra tentar impedir que o povo faça a escolha do desenvolvimento e não do retrocesso
O sentimento é a esperança que temos no Brasil
Nós vamos combater a mentira. A nossa palavra chave é verdade
Quando o outro projeto, o projeto tucano do PSDB, dirigiu o nosso país, muitos de vocês ainda eram muito jovens
Os jovens estavam condenados a não ter oportunidades.Aconteceu que o Lula fez 214
Só por isso, fizemos o Pronatec. Fizemos uma parceria com o sistema S.
A maioria dos matriculados no Pronatec são mulheres
Eles vivem falando que fizeram o Bolsa Família. Os programas deles são micro para um Brasil que é macro.
O Bolsa Família atingiu 50 milhões de pessoas. Com ele, atingia 5 milhões
Para nós, todos os brasileiros são importantes
Nós, além de colocar no orçamento políticas que equilibram relação regional, portanto colocar Norte e Nordeste no orçamento
No Brasil de hoje as pessoas melhoraram de vida
Brasil de hoje é um q as pessoas melhoraram de vida. Na época deles 52% era classe D e E. Hj, mais de 70% é A, B ou C
Houve uma imensa transformação social. Imensa e silenciosa
Por isso aqui, na Paraíba, investimos em infraestrutura, além de investimento em políticas sociais
Eles não dizem como vão fazer as coisas
Tem muita coisa a melhorar a fazer no Brasil. Eu e o Ricardo Coutinho queremos melhorar saúde, segurança e infraestrutura
A gente não mexe em time que está ganhando
Nós somos um governo que se preocupa com o social: igualdade de oportunidade para todos
Questão que considero fundamental: respeito a homens, mulheres, índios, negros e a qualquer orientação sexual
Temos que combater também a homofobia e criminalizar a homofobia sim
Não teremos democracia, se não criminalizamos a homofobia
É um absurdo querer romper com os BRICS
Alisson Matos, editor do Conversa Afiada
2º turno campanha começa pelo Nordeste
Rodrigo Vianna: A implosão de Marina Silva: a candidata do “novo” já negocia reeleição com Aécio
Briguilinks do dia passado a limpo
Apenas com Dilma o Brasil continuará melhorando a vida das pessoas. Veja os depoimentos de quem teve sua vida mudada pelos governos Lula e Dilma Rousseff e agora mostra a cara para defender a reeleição de Dilma 13. Eles nos contam porque é preciso mudar mais. Envie o seu vídeo de apoio à Dilma Rousseff! Pelo Whatsapp. Veja os números aqui. Pelo e-mail:mudamaisbrasil@gmail.com Pelo
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Dilma é uma incógnita. A personalidade forte e centralizadora conflita com a mulher de discursos engessados e nada incisivos. As roupas padecem do mesmo mal. Constantemente oscilando entre pólos opostos, buscam suavidade para alguém de postura rígida. É inegável que ela soube utilizar seu posto político para aperfeiçoar e rejuvenescer sua imagem. Embora ela seja admiradora
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Chegou à hora de todo cidadão do N/NE, que tem um braço familiar em SP, mostrar mais uma vez, o amor pelo Brasil! Liga para o parente e destrinça para eles porque Dilma é a melhor opção para o Brasil e em especial para o N/NE. Digam para eles com estamos e quais são as perspectiva de estudo, trabalho e renda para um segmento representativo da nação brasileira que estava relegado ao improviso
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O programa de governo de governo de Arrocho Neves, Blablarina e a GAFE - Globo, Abril, Folha, Estadão -, é o programa CARACU, ondeles entram com a cara e o povo brasileiro com o resto. É isto que eles pensam. Mas, vão cagar fora do penico outra vez.
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A produção nacional de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus cresceu 13,7% em setembro e superou a marca de 300 mil unidades pela primeira vez no ano, segundo dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), nesta segunda-feira (6), em São Paulo. Na avaliação de Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da entidade, os resultados
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Estreou no Brasil uma startup chamada Nubank que promete combater dois males financeiros de uma só vez ao oferecer um cartão de crédito livre de taxas que dispensa a maior parte da costumeira burocracia do setor. O cartão é totalmente controlado pelo smartphone através de um aplicativo para Android ou iOS. E é a única peça física à qual o usuário tem acesso; todo o restante é feito de forma
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Sofrer! Mas, relembrar o passado é importante para decidir o futuro. Retirado de: http://www.conversaafiada.com.
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Perguntas simples e cascudas aparecem para todo mundo nesta época. Daí o sujeito reflete com as poucas informações que tem e encontra uma resposta. Na primeira verbalização ela se mostra frágil. Ele então pergunta em mesas de almoço, trabalho e bar e recebe três respostas radicalmente diferentes de três pessoas que admira profundamente. Apela para a timeline do Facebook, pergunta para os seletos
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por Fábio Martins, no Facebook, sugerido por Débora Sampaio Ameaças, injúrias, racismo!Entre outras coisas é o que venho enfrentando desde sexta feira quando neguei cumprimentar um político!Me calei fiz questão de não responder individualmente insultos que venho recebendo, pois acredito e ponho fé no direito das pessoas se posicionarem perante qualquer situação (democracia é isto!) e foi somente
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A unica coisa que se iguala a vaidade desse sujeito é a capacidade de falar besteira, ele é a Ofélia da política brasileira - só abre a boca quando tem certeza -, triste. Confira abaixo mais um excelente texto do jornalista Luis Nassif: FHC, um presidente bom de bico Nas redes sociais popularizou-se a figura do troll. São perfis do Twitter, Facebook e comentaristas de sites jornalísticos e
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Feitas as análises convencionais, numéricas, do processo eleitoral, hora de pensar no sentido político do segundo turno das eleições.Porque ele, agora, com menor influência das máquinas, ganha um peso muito mais expressivo.O conservadorismo vão tentar dirigir a população para um duelo "petismo x antipetismo".O duelo não é esse, até porque Lula é imensamente maior do que o PT, embora ele próprio
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Muitos dos meus amigos falando sobre Dilma e PT que eu acho que esqueceram de procurar alguns fatos sobre o candidato "limpo" Aécio, eis alguns fatos sobre ele também: 1- Censurou a parte da imprensa mineira que ousou denunciar esquemas de corrupção quando governador de MG. 2- Também tentou censurar o Google, Yahoo! e Bing, movendo um processo para retirada de links relacionados ao uso de
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É preciso muita calma nessa hora, é preciso ir fundo para entender para onde podem levar o Brasil Por enquanto é temerário comentar o produto das urnas deste dia 5 de outubro, cujas características mais protuberantes foram os conflitos ameaçadores: se tivemos algumas boas novas nas escolhas majoritárias (executivos e senadores) já parece incontestável que entre os deputados a nova turma é ainda..
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O elitismo e o preconceito que vemos se espalhar pelas redes sociais e pela imprensa se reflete no discurso do tucano FHC. Nesta segunda, o ex-presidente desmereceu os eleitores de Dilma: "Não é porque são pobres que apoiam o PT, é porque são menos informados", afirmou em entrevista ao UOL.Na absurda entrevista de Fernando Henrique ainda encontramos frases aterrorizantes como a afirmação de
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Agora Aécio e aliados vão dizer que é mudança versus continuidade. Mas não é. Agora é esquerda versus direita. Ou centro-esquerda versus centro-direita. Com Marina no segundo turno, se poderia levar razoavelmente a sério a hipótese da mudança. Mas com Aécio, não. O Aécio real, o de Armínio Fraga, tem um programa econômico que é uma réplica do thatcherismo dos anos 1980. Thatcher, para quem
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MAÇONARIA - Após errarem 88% das previsões para o primeiro turno, Ibope, Datafolha, CNT/Sensus e Vox Populi resolveram aumentar a margem de erro de suas pesquisas. "Subimos para 40% para mais ou para menos. É a mesma probabilidade de acerto que têm hoje o horóscopo dos jornais e a previsão do tempo para mais de cinco dias", explicou Turíbio dos Santos, diretor do sindicato dos pesquisadores. Em
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“Não queremos os fantasmas do passado A recessão e o arrocho. O povo não quer mais aqueles que chamavam aposentado de vagabundo. Não quer mais racionamento de energia, nem aqueles que se ajoelhavam para o FMI”
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FHC: "Não é porque são mais pobres que votam no PT, mas porque são menos informados. Como era a Arena no regime militar: se apoiava nos grotões. Essa caminhada do PT dos centros urbanos industriais para os grotões é um sinal preocupante, porque é um sinal de perda de seiva. Estão apoiados num setor da sociedade sobretudo mal informado. Mas é preciso colocar um pouco na perspectiva, porque, por
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do blog do Zé Passou o 1º turno, ontem, agora é hora de consolidar o apoio do cidadão eleitor que apoiou e votou na presidenta Dilma Rousseff no 1º turno contra tudo e contra todos. Menos do que contra os candidatos Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (coligação PSDB-DEM), o que mais se sobressai é que a maioria (a presidenta Dilma ganhou quase 42% dos votos) votou contra a posição da mídia, toda
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Dilma: "Essa história de que o povo não sabe votar porque não fez universidade é uma falácia, uma mentira"
A presidenta disse que é muito importante ter propostas em todas as áreas, mas principalmente na área da saúde. Nesse momento destacou os avanços que pretende continuar implementando na saúde, com o Mais Especialidades - que irá ampliar o serviço que já é oferecido em algumas policlínicas do país, realizando e agilizando as consultas, exames e tratamentos com especialistas no mesmo lugar e com rapidez. Dilma destacou também a Integração das polícias e da Força Nacional , que criará os Centros de Comando e Controle de Segurança em todo o Brasil, integrando as polícias Federal, Rodoviária Federal, Civil, Militar, a Força Nacional de Segurança e o apoio das Forças Armadas no combate ao crime. O sucesso da integração das polícias foi comprovado na Copa do Mundo.
Dilma chamou atenção para o que ela chamou de "oposição parcialmente verdadeira", que vem circulando em alguns meios: há análises que indicam que PT e PSDB são dois projetos antagônicos e que, enquanto o primeiro governa para os pobres, o outro governa para os ricos. Realmente, trata-se de dois projetos antagônicos - a parte verdadeira da afirmação, mas o PT governa o país para todos:
"Os governos dessa coligação tivemos uma preocupação que pode ser sintetizada com a seguinte frase: incluir os pobres no orçamento e elevá-los a uma situação cada vez melhor. Temos muito orgulho disso. Mas fizemos uma política no Brasil em que todos ganharam. A classe média no Brasil foi a que mais cresceu. Tem uma mudança significativa na estrutura de classes no Brasil", concluiu.
A presidenta demonstrou uma série de dados que dão conta de que a afirmação supramencionada é verdadeira:
"Em 2002, 54% da população brasileira estava na classe D e E. Aconteceu uma expansão da classe média. Uma grande expansão. A classe C passa de 68 milhões para 118 milhões e 900 mil brasileiros. A classe A e B passam de 14,1 milhões para 29 milhões e 500 mil. E a classe D e E sai de 97,8 milhões e vai pra 54,2 milhões. O que significa isso? Significa que, a cada 4 brasileiros, 3 estão na classe C, B e A. Essa foi a grande revolução histórica e silenciosa que fizemos".
Dilma disse ainda: "O Brasil precisa olhar para o mais pobre. Além disso, os governos precisam melhorar a qualidade d emprego pra classe média. O que eu quero dizer é que o Brasil não tem uma política só. O Brasil tem que ter as duas. Para os mais pobres e para a nova classe média. Para todos".
Antes de finalizar a coletiva, Dilma respondeu algumas perguntas. Ao ser questionada sobre a afirmação de que quem vota no PT é "menos informado", foi taxativa: "Acho lamentável. Acho uma visão elitista. A visão mais atrasada do mundo é não perceber que cada um dos 202 milhões de brasileiros é importante. Fico estarrecida com isso, de que o povo não sabe votar, e eu ouvi muito isso na minha vida. Essa história de que o povo não sabe votar porque não fez uma Universidade é uma falácia, uma mentira", finalizou.
Vem para Dilma você também!
Digam para eles com estamos e quais são as perspectiva de estudo, trabalho e renda para um segmento representativo da nação brasileira que estava relegado ao improviso...
Continua>>>
O programa de governo da oposição
É isto que eles pensam.
Mas, vão cagar fora do penico outra vez.
Algumas informações sobre o "Limpinho" Neves
1- Censurou a parte da imprensa mineira que ousou denunciar esquemas de corrupção quando governador de MG.
2- Também tentou censurar o Google, Yahoo! e Bing, movendo um processo para retirada de links relacionados ao uso de drogas
Continua>>>
Na primavera nem tudo são flores
Agora é Esquerda x Direita
Cotinua>>>
Dilma solta o verbo
A recessão e o arrocho.
O povo não quer mais aqueles que chamavam aposentado de vagabundo.
Não quer mais racionamento de energia, nem aqueles que se ajoelhavam para o FMI”
É hora de campanha, não de avaliação
Passou o 1º turno, ontem, agora é hora de consolidar o apoio do cidadão eleitor que apoiou e votou na presidenta Dilma Rousseff no 1º turno contra tudo e contra todos. Menos do que contra os candidatos Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (coligação PSDB-DEM), o que mais se sobressai é que a maioria (a presidenta Dilma ganhou quase 42% dos votos) votou contra a posição da mídia, toda ela contra a candidata do PT e as posições do partido.
É hora, também, de chamar o voto de esquerda a partir de compromissos sociais e políticos históricos do PT com nosso projeto de desenvolvimento nacional apoiado na distribuição de renda, nos programas sociais, no mercado interno e na poupança nacional.
Apoiado, também, não se pode deixar de ressaltar, na defesa de nossa política externa soberana, da integração sul-americana, de uma política econômica que não se renda ao neoliberalismo e ao Estado mínimo, porque aí, nesse apoio e reeleição da presidenta, está a garantia de manutenção e ampliação das conquistas sociais, trabalhistas, da continuidade do aumento real do salário mínimo e dos benéficos da previdência.
Reeleger Dilma é dizer não ao recuo e ao retrocesso social
Além da manutenção de conquistas sociais como o Bolsa Família, o PróUni-FIES (financiamento de curso superior a estudantes), o programa Mais Médicos, o PRONATEC (escolas e curso técnicos) e o Minha Cada Minha Vida.
A hora, então é de apoiar a presidenta Dilma como reafirmação do apoio ao papel dos bancos públicos, do investimento publico que garanta em 1º lugar o emprego e a renda dos trabalhadores e que se oponha a banca e ao capital financeiro. Fazer campanha e reeleger Dilma é compromisso com as reformas política e tributária, com os avanços sociais na reforma agrária, na saúde e educação e na mobilidade urbana.
A hora, portanto, insistimos, é de chamar e convocar a juventude, para fazer avançar nosso governo na defesa de seu lazer e cultura. Hora de compromisso com a diferença e de repúdio à homofobia e ao racismo. Hora de se comprometer com uma mudança radical do país em suas políticas de segurança e penitenciária.
Para tanto é preciso diálogo e a reafirmação de compromissos programáticos
Um apoio e um ânimo cada vez maior na campanha que virão no 2º turno, com certeza, em cima e com base em compromissos programáticos e de abertura do governo para o diálogo e participação na elaboração das políticas públicas. Compromisso como o de mobilizar o país para avançar na reforma política com financiamento público das campanhas eleitorais, único caminho para por fim ao domínio do poder econômico nas eleições, o que hoje ocorre pelo financiamento privado.
Compromisso pela reforma tributária que realize a justiça social e federativa, viabilize os investimentos públicos e a estabilidade fiscal do país – e que o faça sem recessão, arrocho salarial, desemprego, diminuição da renda do trabalhador e desindustrialização do país. Que possibilite e dê as condições para uma revolução social, cultural e tecnológica no nosso Brasil.
É hora, também, de refazer o pacto produtivista e nacional entre os trabalhadores e os empresários que não se conformam com a rapina do capital financeiro; hora do mercado interno e da reindustrialização do país; hora de mais, cada vez mais amplos investimentos em educação e inovação; hora de se avançar nas concessões da infraestrutura e no pré-sal; em uma nova política urbana como a de São Paulo, que rompa com o atual modelo onde predomina a especulação imobiliária e a segregação social; hora de eleger a juventude como prioridade de governo e da sociedade.
É hora – e o momento nunca foi tão crucial quanto este – de chamar todas as forças democráticas, nacionalistas, populares para defender nosso legado e a reeleição da presidenta Dilma e do governo do PT. Para fazer avançar e aprofundar as mudanças e reformas que nossa juventude e sociedade reclamam, nossos empresários demandam e nosso povo aspira. Hora mais do que nunca, de garantir as conquistas dos últimos 12 anos. Hora de dizer não ao recuo, ao retrocesso, ao atraso, a volta aos fantasmas do passado.
Paulo Nogueira: Agora é esquerda versus direita e não mudança versus continuidade
Mas não é.
Agora é esquerda versus direita. Ou centro-esquerda versus centro-direita.
Com Marina no segundo turno, se poderia levar razoavelmente a sério a hipótese da mudança.
Mas com Aécio, não.
O Aécio real, o de Armínio Fraga, tem um programa econômico que é uma réplica do thatcherismo dos anos 1980.
Thatcher, para quem não lembra, foi a real inspiração de FHC – a começar pela fé cega em que privatizações e desregulamentações eram a receita sagrada para dinamizar uma economia.
Na verdade, como o tempo mostrou em todos os países que adotaram o thatcherismo, era uma fórmula para concentrar renda e favorecer uma pequena elite que seria apelidada posteriormente de o “1%”.
No Brasil, a concentração só não foi maior porque um efeito colateral da estabilização favoreceu os pobres, que não tinham refúgio nos bancos para se proteger da inflação.
Fosse o Brasil, na era FHC, um país estável, como a Inglaterra de Thatcher, hoje provavelmente ele seria amaldiçoado como é, entre os britânicos, a Dama de Ferro.
Enxergar com clareza a oposição entre direita e esquerda vai ajudar muita gente indecisa a tomar uma posição, quer para um lado ou para outro.
A alta votação de Aécio surpreendeu, mas nem tanto assim. Muita gente antipetista se bandeara para Marina por entender que ela era a chance real de bater Dilma.
Quando, às vésperas da eleição, Aécio começou a aparecer na frente de Marina, os marinistas de ocasião voltaram para seu favorito.
Ficaram com ela, essencialmente, as mesmas pessoas que votaram nela em 2010. São eleitores que gostam de sua trajetória, e enxergam nela uma espécie de Lula de saias, com colheradas de sustentabilidade.
É difícil acreditar que a maior parte desses eleitores opte por Aécio, ainda que a própria Marina o apoie.
Também não devem ser subestimados os mais de 2 milhões de votos que tiveram, conjuntamente, Luciana Genro e Eduardo Jorge.
Os que os escolheram – tipicamente jovens idealistas – tenderão a ficar com Dilma diante do bloco de direita que se comporá em torno de Aécio.
Passada a ressaca, fica claro que parte da euforia tucana – e da mídia que apoia o PSDB — é fruto de uma estratégia de marketing destinada a convencer indecisos de que a vitória está próxima e intimidar os adversários.
É o chamado otimismo de conveniência.
Nunca, nos embates entre PT e PSDB, foi tão nítida a diferença entre as visões de mundo que os comandam.
Isso pode ser demonstrado pela opção que terão os simpatizantes de quatro candidatos com propostas opostas, Pastor Everaldo e Levy Fidelix, de um lado, e Luciana Genro e Eduardo Jorge, de outro.
Os eleitores de Everaldo e Fidelix cravarão certamente Aécio. Os de Luciana Genro e Eduardo Jorge, muito provavelmente, Dilma.
Isso conta, se não tudo, muito da escolha que os brasileiros terão que fazer em 26 de outubro.
Diga-me quem apoia você e eu direi quem você é: esta é uma frase que ajuda a entender o que está em jogo agora.
Luis Nassif: no segundo turno, a disputa será política
As ondas se deram entre quatro públicos distintos:
Um segmento centro-esquerda, representado pela candidatura Dilma, que vota nela por convicção..
Um segmento neoliberal, em torno de Aécio, também por convicção.
Os inconformados – os que não conseguem se ver representados em nenhum candidato.
Os indignados, que acreditam que toda política é corrupta e são fundamentalmente antipetistas.
Movimento 1 – a mídia e a construção da corrupção.
O primeiro divisor de água da campanha, transformando o antipetismo na maior força da oposição. Esse sentimento cresceu exponencialmente com a cobertura intensiva do julgamento do mensalão, com o episódio Paulo Roberto Costa e com Pasadeña – que Dilma jogou, de graça, no caldeirão das suspeitas. A grande vitória da mídia foi ter pregado no PT a máscara da corrupção.
Movimento 2 – a busca do sonho.
No início da campanha, Dilma Rousseff representava o establishment. Eduardo Campos e Aécio Neves não representavam nada – por absoluto desconhecimento junto ao eleitor.
A tragédia de Eduardo Campos empurrou os inconformados para Marina Silva, que acabou soçobrando, não por falta de tempo, mas por excesso. Só quando acabou o sonho Marina, aparentemente parte dos inconformados passou a olhar e a descobrir Aécio.
Movimento 3 – o início da politização.
A campanha permitiu, pela primeira vez, que Dilma exercitasse (ao menos no discurso) um início de politização – de explicar um projeto de governo, em vez de enumerar obras -, assim como Aécio Neves.
O segundo turno
Nos últimos debates, Aécio descontraiu e recuperou a imagem do “moço de família” que não havia conseguido no início. Por outro lado, deixará de ser novidade. Haverá quase um mês para que sejam expostas suas vísceras e as diferenças programáticas com Dilma.
Na outra ponta, a visibilidade do horário gratuito reduziu a rejeição a Dilma. Sua arma estará no discurso político, na explicitação das diferenças programáticas.
Nos últimos tempos, a própria Dilma melhorou o discurso, tornando-o mais redondo e substituindo a evocação de projetos pontuais por uma visão mais politizada e abrangente do modelo político que representa.
Aécio cavalgou a última onda dos inconformados. Continuará com os indignados e provavelmente irá ganhar o apoio de parte do eleitorado de Marina. As mágoas de campanha dificultarão a passagem dos eleitores de Marina para Dilma.
Por outro lado a explicitação dos princípios político-econômicos de Aécio farão os inconformados pensar duas vezes antes de pular para seu barco. E, apesar de Aécio não ter a face macilenta e tenebrosa de José Serra, a perspectiva de se jogar fora um projeto de país em que acreditam deverá mobilizar as forças que hoje em dia apoiam Dilma sem entusiasmo.
O desempate programático
Aguardem baixarias dos grupos de mídia e nas redes sociais, menos na campanha propriamente dita. Se Aécio resolver apelar pelas denúncias, ambos os candidatos serão soterrados por um caminhão de denúncias recíprocas.
A partir de agora, o embate será eminentemente programático.
Dilma conseguirá crescer se expuser de forma clara o que o país poderá perder com o abandono das bandeiras social-desenvolvimentistas por um candidato neoliberal.
De seu lado, Aécio explorará o que o país terá a ganhar com a condução mais competente da macroeconomia. Essa ofensiva em cima do ponto mais vulnerável do governo Dilma a obrigará a atitudes firmes para mostrar que efetivamente o segundo governo será composto por ideias novas.
Antes de demonstrar que a política econômica irá mudar, Dilma terá que convender os recalcitrantes que ELA mudou.
Assim como ninguém esclarecido acreditará que Aécio ganhará sensibilidade social com a campanha, poucos estão acreditando que a pedagogia da campanha mudará o temperamento e o estilo de Dilma.
Ambos terão enormes desafios para reduzir o ceticismo. Terão que explicitar projetos e programas – e serem confrontados com sua história.
Os modelos em jogo
Assim como nas democracias maduras da Europa, há dois modelos em jogo. Um trabalhista ou socialdemocrata, representado por Dilma; outro neoliberal, representado por Aécio.
Ambos estão calçados em diferenças programáticas significativas.
O socialdemocrata – ou desenvolvimentista apud Dilma -, pressupõe prioridade para a construção do estado do bem estar social e para as políticas econômicas proativas. É mais sensível aos pleitos das minorias (está-se falando do governo como um todo, não especificamente da postura pessoal de Dilma) e para o combate à miséria. Menos sensível para a melhoria do ambiente econômico e para reformas institucionais, embora ambos os objetivos sejam conflitantes entre si. Aceita a iniciativa privada mas sem abrir mão do protagonismo da presidência. O erro é muito mais na forma autoritária, que no conteúdo. Muitas vezes é descuidado com a gestão macroeconômica.
O neoliberal concede toda prioridade à melhoria do ambiente econômico. É insensível em relação às políticas sociais – com exceção dos períodos eleitorais - e aos reclamos da sociedade como um todo e a formas de coordenação da economia, como as políticas industriais. E mais sensibilidade para a gestão macroeconômica e para a responsabilidade fiscal.
Essas diferenças explodem em dois ambientes preferenciais.
Orçamento
O desenvolvimento de Dilma utilizou o orçamento arbitrariamente, mas tendo como foco o social e o desenvolvimentismo. Avançou muito no combate à miséria mas contaminou o ambiente econômico com sua imprevisibilidade. A melhoria depende apenas da vontade pessoal, não de dogmas ideológicos.
O neoliberalismo de FHC – que está na matriz de Aécio – entrega todo o ouro ao mercado. O ajuste fiscal proposto visa ganhar espaço para o Banco Central praticar políticas de juros sem restrição fiscal. E julga que, abrindo tudo ao mercado e à economia internacional, o progresso virá por si só. Está firmemente amarrado aos princípios ideológicos do neoliberalismo.
Emprego
Dilma preservou o emprego ainda que à custa de sacrificar o ambiente econômico (não por relação direta com o emprego, mas pela pouca eficácia da área econômica). O ajuste de Aécio-Armínio, por mais que negue, é fundamentalmente recessivo e, sem ter que prestar contas aos eleitores, tratará o pleno emprego como ameaça à estabilidade de preços.
O que queremos ser quando crescer
O terceiro campo é dentro da ideia “o que queremos ser quando crescer”.
O último capítulo do meu livro “Os Cabeças de Planilha” foi uma longa entrevista com FHC. Ele não tinha a menor ideia sobre mecanismos de desenvolvimento, papel das pequenas e micro empresas, da inovação, das políticas sociais, da diplomacia, criação de redes econômicas, arranjos produtivos etc. Sua única proposta era turbinar os grandes grupos financeiros, julgando que eles trariam a reboque a modernização do país.
Dilma sabe como crescer. Sua vulnerabilidade está no seu método centralizador de governar.
Os fatores político-midiáticos
Dois episódios poderão influir com maior ou menor intensidade na campanha:
Os escândalos de Paulo Roberto Costa e Yousseff.
Há um acordo de delação premiada. E a informação de que o sigilo dos relatos é protegido por lei. Mas como a lei – ora, a lei -, os vazamentos continuarão sendo praticados, com direito a cada revista colocar o que quiser no texto – e atribuir a fontes anônimas.
O caso da água em São Paulo.
Nos próximos dias a Sabesp terá que encarar, finalmente, a crise de água. Dependendo da abrangência do rodízio, poderá colocar em xeque as promessas de campanha do PSDB.
Pedro Porfírio: Na primavera nem tudo são flores
Por enquanto é temerário comentar o produto das urnas deste dia 5 de outubro, cujas características mais protuberantes foram os conflitos ameaçadores: se tivemos algumas boas novas nas escolhas majoritárias (executivos e senadores) já parece incontestável que entre os deputados a nova turma é ainda pior do que a anterior, cujo maior emblema é o descarado Eduardo Cunha, patrocinador de expedientes nada republicanos, que ganhou um caminhão de votos. Quando o porta-voz da ditadura Jair Bolsonaro se faz o deputado federal mais votado do Estado do Rio com quase 500 mil votos temos de admitir que na primavera nem tudo são flores.