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"Brasil governado por um bando de malucos" é destaque mundial

‘Brasil governado por loucos’: imprensa internacional repercute entrevista de Lula
A imprensa internacional repercutiu a primeira entrevista do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como preso político, concedida na sexta-feira (26) aos jornais Folha de S.Paulo e El Pais, destacando a afirmação de Lula de que o Brasil passou a ser governado “por um bando de lunáticos” e de que vai lutar para mostrar ao povo brasileiro e ao mundo as armações de Sergio Moro para incriminá-lo e tirá-lo da disputa eleitoral.
O principal jornal da França, o Le Figaro, ressaltou a “obsessão” de Lula, a quem chama de ícone da esquerda, de provar sua inocência, ainda que custe a própria liberdade. “Eu quero sair daqui com a cabeça erguida, como entrei: inocente. Muitas pessoas pensaram que eu teria que fugir, sair do Brasil ou me refugiar em uma embaixada. Mas eu decidi que o meu lugar era aqui. Posso ficar na prisão por cem anos, mas não vou trocar minha dignidade pela minha liberdade”, relatou o jornal.
O britânico The Guardian deu destaque a Lula ter classificado os membros do governo Bolsonaro de “lacaios dos Estados Unidos”, e reproduziu uma de suas falas sobre o tema “Nunca vi um presidente saudar a bandeira americana. Nunca vi um presidente sair dizendo ‘Eu amo os Estados Unidos. Você deve amar sua mãe, você deve amar o seu país. O que é isso de amar os Estados Unidos? Alguém acha mesmo que os Estados Unidos vão favorecer o Brasil?”, cita o The Guardian.

canal de notícias americano Fox News, citando reportagem da agência Associated Press, também escolheu ressaltar que Lula quer provar sua inocência das condenações que recebeu por conta das irregularidades cometidas pela força-tarefa da Lava Jato. “Estou obcecado em desmascarar o juiz Moro e aqueles que me sentenciaram. Quero expor a farsa montada no Departamento de Justiça dos Estados Unidos.”
A agência russa Sputnik relatou a comparação de Lula, durante a entrevista, do tratamento que a imprensa brasileira dá a ele e a Bolsonaro “Imagina se os milicianos do Bolsonaro fossem amigos da minha família”, destacou o site – além de o próprio Bolsonaro residir no mesmo condomínio de um dos acusados pelo assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (Psol-RJ), o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente, homenageou e empregou familiares de um miliciano, quando era deputado estadual no Rio
O argentino Página 12 citou a passagem da entrevista em que Lula afirma a “maluquice” que chegou ao governo brasileiro. “Vamos fazer uma autocrítica geral nesse país. O que não pode é o Brasil estar governado por esse bando de malucos. O país não merece isso e sobretudo o povo não merece isso”, escreveu o jornal.
Na versão em espanhol da entrevista produzida pela filial brasileira, o El País traduziu ressaltou: “Lula está preso, ele quer conversar e sabe que esta entrevista é uma oportunidade para fazê-lo depois de um ano silenciado pela prisão”.
A multiestatal teleSUR lembrou do caminho jurídico que tornou a entrevista possível. “O ex-mandatário fez suas declarações durante a entrevista que foi autorizada no último dia 18 de abril pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, José Antonio Dias Tóffoli, após um processo legal para sua realização”.

da RBA - Rede Brasil Atual
Vida que segue

Pérolas do Lula



  • Vamos fazer uma autocrítica geral nesse país. O que não pode é esse país estar governado por esse bando de maluco que governa o país. O país não merece isso e sobretudo o povo não merece isso
  • Imagine se os milicianos do Bolsonaro fossem amigos da minha família?
  • Esse analfabeto aqui consegui um trilhão em reservas sem prejudicar o povo [..] Paulo Guedes precisa tomar vergonha na cara. Querendo pegar um trilhão do bolso dos velhinhos
  • Ele não causa mal ao PT. Ele causa mal a ele mesmo. O Ciro Gomes precisa aprender uma lição elementar: é preciso aprender a ouvir coisas de que você não gosta. Suportar os contrários. Conviver na diversidade. Ele precisa aprender essa lição mínima. O dia em que ele pedir para me visitar, eu vou aceitar que ele me visite aqui, para ter uma conversa boa com ele. Porque eu gosto dele. Eu gosto do Flávio Dino
  • Tem um menino que vai crescer muito, que é o Boulos
  • Fico preso cem anos. Mas não troco minha dignidade por minha liberdade

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Para as duas maiores redes de tv brasileira (Globo e Record) a entrevista do ex-presidente Lula não é notícia. Isso é que podemos chamar de imparcialidade jornalística...

Vida que segue

Fato, foto e frase do dia


"Fico preso cem anos. Mas não troco minha liberdade pela minha dignidade."
Lula

Vida que segue

Lula e o trilhão do Guedes


(...) Eu tenho compromisso com esse povo. E eu estou vendo a obsessão que está acontecendo agora. De destruir a soberania nacional. De destruir empregos. De juntar R$ 1 trilhão, para que? Às custas dos aposentados?
Se eles lessem alguma coisa, se eles conversassem, eles saberiam que esse cidadão aqui, analfabeto, com um curso de torneiro mecânico, juntou R$ 370 bilhões e dólares de reservas, que a R$ 4 o dólar dá mais de R$ 1,2 trilhão, sem causar nenhum prejuízo a nenhum brasileiro.
Então, se eles querem economizar R$ 1 trilhão tem uma fórmula secreta: coloque o povo no orçamento da União. Gere emprego. Gere crédito para as pessoas.
Ah, o povo tá devendo? Tire todo o penduricalho da dívida do povo e ele paga apenas o principal no banco e você vai perceber que as pessoas voltam a comprar. Um país que não gera emprego, não gera salário, não gera consumo, não gera renda, quer pegar do aposentado e do velhinho R$ 1 trilhão? O Guedes precisava criar vergonha.
Onde ele fez esse curso de economia dele? Se ele quiser me visitar aqui, eu discuto com ele esse problema dos pobres sem causar prejuízo aos pobres. Por que ele não mostra os privilegiados [de quem] eles falam que vão acabar com os privilégios? Coloca a lista no jornal de dez privilegiados. Coloca o nome CPF. Não.
É o coitado que vai ter que trabalhar até 65 anos, que vai ter que contribuir 40 anos [para se aposentar]. Ele não percebe que muita gente morre sem chegar a essa idade. Lamento profundamente o desastre que está acontecendo nesse país. E é por isso que eu me mantenho em pé.
Vida que segue

Lula: eu só quero que julguem os autos



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sejumoru debocha do STF


O STF retirou a censura imposta pelo ministro Fux a Lula e liberou entrevistas do ex-presidente para o jornal Folha de São Paulo e El País.

Hoje a Polícia Federal anunciou que as entrevistas terá plateia de convidados dela. Óbvio que fez isso a mando de moro. Manobra para tumultuar a entrevista e desrespeitar decisão o tribunal.

Até quando os ministros do STF vão se submeter as canalhices de Sérgio Moro?

Vergonhoso!

Vida que segue

Ciro Gomes porta-voz de Jair Bolsonaro?

Ciro, antes de sair criticando Lula, Gleisi e o PT aconselho que pesquise um pouco o que você falou na entrevista passada, é que está ficando chata demais esta mania que tu tem de dizer e desdizer toda hora. Do jeito que vai Bolsonaro te chama já, já para ser porta-voz do desgoverno dele.
Se alui...


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Ciro Gomes: é imperativo que Bolsonaro esclareça o "Caso Queiroz"


Em entrevista ao jornalista Florestan Fernandes Júnior no El Pais Ciro Gomes foi perguntado:

Florestan Bolsonaro disse que não vai aceitar corrupção. Mas antes da posse, sua família já estava envolvida em suposto escândalo de corrupção. Agora que é presidente não seria bom que este caso fosse bem esclarecido?

Ciro Gomes R. É imperativo, especialmente para quem assentou na sua identidade o moralismo e que tem a presença simbólica do (Sérgio) Moro, um juiz exibicionista, chibata moral da nação. E tem coisas práticas: Bolsonaro, como deputado, já malversou verba do seu gabinete. O caso do Queiroz, agora, trata-se de uma notícia crime em potencial. É uma questão de moral e de decência esclarecer isso. Até porque esta foi a pedra angular da campanha que deu ao Bolsonaro o mandato como presidente. Se Bolsonaro emprestou dinheiro ao tal Queiroz, cadê o cheque? Que dia foi? Essa foi uma nova operação Uruguai como a do Collor? Foi antes ou depois do escândalo, para tentar cobrir o episódio? Se foi um empréstimo, de onde saiu o dinheiro do Bolsonaro para emprestar? São coisas concretas relativas ao presidente. Sérgio Moro está obrigado a esclarecer isso à nação brasileira. Eu quero dar um tempo. Não quero ser um trombeteiro que nem um petista raivoso, que é o tipo mais parecido com um bolsominion. Deixa o Bolsonaro tomar pé das coisas. Mas daqui a uns 100 dias, tenho toda uma plataforma por onde vou começar a cobrar. Porque foi este o papel que a nação deu a mim. O papel da oposição é estimular Bolsonaro ao jogo democrático, obrigá-lo a seguir a institucionalidade democrática.
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Entrevista de Haddad no Roda Viva hoje às 22 horas



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Bolsonaro foge até de entrevista, por medo de se deparar com Haddad

TV Cultura convida Jair Bolsonaro para entrevista no Roda Viva, ele recusa porque Fernando Haddad também seria entrevistado no mesmo programa
O blogueiro Mauricio Stycer informa no UOL que a TV Cultura planejava exibir na próxima segunda-feira (22) um “Roda Viva” dividido em duas partes, com uma mesma bancada de jornalistas entrevistando separadamente Jair Bolsonaro e Fernando Haddad por uma hora cada. Mas o candidato do PSL recusou o convite e apenas o petista será entrevistado, por 60 minutos, a partir das 22h30.
De acordo com a publicação, o modelo do programa seria idêntico ao exibido na última segunda-feira (15), quando os candidatos ao governo de São Paulo, João Doria (PSDB) e Marcio França (PSB), foram entrevistados durante uma hora cada um. “A produção do programa também convidou Jair Bolsonaro, do PSL, para uma entrevista que seria exibida na sequência, mas o candidato não manifestou interesse em participar”, informa a TV Cultura em nota. O blog apurou que o canal chegou a oferecer a Bolsonaro a possibilidade de gravar a entrevista com ele no Rio, em sua residência, com o mesmo time de jornalistas destacados para a entrevista com Haddad no estúdio da emissora, em São Paulo.
O Roda Viva com o candidato petista contará com os seguintes jornalistas: Bernardo Mello Franco, colunista de O Globo; Fernando Canzian, repórter especial da Folha; Maria Cristina Fernandes, colunista do Valor Econômico; Vicente Nunes, editor-executivo do Correio Braziliense; e Vera Magalhães, colunista de O Estado de S. Paulo e da Jovem Pan. Em 30 de julho, Bolsonaro esteve no “Roda Viva”. Durante a entrevista, ele foi questionado diversas vezes sobre a ditadura militar que vigorou no Brasil entre 1964 e 1985 e disse que “não houve golpe” na ocasião. Na avaliação do coordenador de sua campanha, deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), o presidenciável “foi submetido a um pelotão de fuzilamento ideológico, sem propósito”, completa o Portal UOL.
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1ª entrevista de Haddad no 2º turno


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A globo fede

Muito boa essa nova série de entrevistas do Jornal Nacional, a gente fica conhecendo melhor as opiniões de William Bonner e Renata Vasconcelos sobre os problemas do país. O único problema é que tem sempre um candidato a presidente da República interrompendo os dois.
Marcia Denser

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Bonner bota Ciro nas cordas. Ciro sai e nocauteia a Globo


Ciro.jpg

Dos 27 minutos da entrevista do jornal nacional com Ciro Gomes, quem mais falou foram os entrevistadores.
Bonner tem uma dificuldade patológica de fazer perguntas.
Claro, ele nunca foi repórter na vida...
Na qualidade de leitor oficial das instruções que emanam do Ali Kamel, suas supostas perguntas são um libelo, uma acusação.
Ele tentou emparedar Ciro na cela da "corrupção" e passou a primeira parte da entrevista  em cima desse tema que interessa mais à Globo Overseas e aos moralistas sem moral, como o Moro, que recebe auxílio-moradia, do que a qualquer outro.
Em seguida, Bonner foi mais Bonner que nunca: tentou provar ao Ciro que ele era um porra-louca porque disse "eu vou tirar você do SPC".
Esse tema levou quatro horas e noventa e oito minutos na pergunta desconexa e nas intervenções ríspidas do Bonner, enquanto o Ciro tentava falar.
Ele não queria saber como o Ciro ia tirar você do SPC.
Mas por que o Ciro disse assim, na porra-louquice!
Um non-sense ridículo.
Para tentar demonstrar pela enésima vez que o Ciro é um desvairado.
Só que o Ciro se portou com uma frieza insuportável.
Qualquer ser humano que não fosse o Ciro teria cuspido na cara do Bonner.
Mas, o Ciro, não.
Tranquilo, sem gaguejar, à espera de poder falar.
Sem suar.
Irreconhecível.
Até que falou.
E fez o que Bonner tentava impedir.
Explicou como vai tirar você do SPC. Defendeu o Lula com unhas, dentes e competência.
(O Lula, na cadeia, obrigado a só assistir a tevê aberta, deve estar sensibilizado.)
Explicou o papel do consumo na estratégia para recuperar o crescimento econômico e que São Paulo tucano é o pai do PCC.
Ciro voltou a falar do fusível (que a Renatinha pensou que era "fuzil"): se houver impasse numa proposta como a reforma da Previdência, ele convoca um referendo: o fusível, e não fuzil...
Kamel tentou enredá-lo na "reforma" trabalhista, fazê-lo apoiar a abolição da abolição da Escravatura. Não conseguiu: Ciro denunciou isso aí como uma agressão aos direitos do trabalhador.
E, no capítulo da corrupção, assunto-mãe da ideologia que a Globo expressa, o Ciro lembrou que o Moro não prendeu um único tucano!
Apesar de toda a corrupção deslavada que praticam debaixo do nosso nariz.
Foi difícil, mas Ciro se impôs ao fuzilamento do Kamel, com a metralhadora portátil do Bonner.
No resto, um absurdo que uma emissora privada de televisão tenha esse poder de servir de palco privilegiado para um candidato a Presidente da República.
Pena que o Kamel não tenha perguntado ao Ciro como pretende enfrentar a Globo!
Em tempo: Kamel avisou que não entrevistará o Haddad.
Em tempo2: Renata Vasconcelos poderia ser poupada de ter que ler perguntas, submetida às interrupções grosseiras e machistas do Bonner. Desempenha o papel de que a Fátima Bernardes se cansou.
Paulo Henrique Amorim
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Brasil de Fato entrevista José Dirceu


Brasil de Fato: A conjuntura atual é marcada pela queda de Dilma Rousseff. Quais deficiências da esquerda permitiram que isso acontecesse?

Zé Dirceu:  
O golpe tem razões estruturais. Se você olhar a História do Brasil, vai verificar que de tempo em tempo –conforme o nível de organização, politização e, principalmente, ocupação de espaços institucionais, no sentido eleitoral, de governo e parlamentar, como também de auto-organização das classes populares— sempre há uma interrupção do processo. Foi assim em 1964 e se repetiu em 2016. Em outros momentos houve tentativa de golpe, como em 1955, tentativa de impedir a posse de Juscelino. Em 1945, Getúlio foi deposto por um golpe da cúpula das Forças Armadas, elegeu Dutra, voltou nos braços do povo e foi “suicidado" em 54.
O golpe foi dado pelo que representavam histórica e estruturalmente a médio prazo as transformações que estávamos fazendo e o empoderamento político. As classes trabalhadoras criaram muitas vezes partidos, entidades, movimentos, mas foram abortadas pela repressão. Se você olhar a questão do pré-sal, dos bancos públicos, a política externa. A capacidade que o Brasil estava adquirindo, de ter autonomia, soberania e crescimento. As bases que estavam sendo criadas para um mercado interno, através da distribuição de renda. Participação nos Brics. Aqui a Unasul. O processo de crescimento de governos progressistas. Tudo isso pesou no golpe.
Nós estamos em uma situação muito diferente de outros momentos. Nós temos um candidato que ganharia as eleições, temos partidos políticos, movimento social, seja rural, urbano ou sindical. Tem um nível de organização. A correlação de forças é desfavorável a nós, mas temos uma base social e política, um legado. Há um nível de conscientização razoável para travar a luta, até mesmo a luta institucional. Tanto é que eles, para fazer a eleição, têm que inabilitar o Lula. Já fizeram outras vezes. Os militares cassaram Jango, Juscelino, Jânio, Lacerda, Magalhães Pinto, Adhemar de Barros. Eles perderam as eleições em 66 e perderem de novo em 74, para o MDB. E perderiam no Colégio Eleitoral em 78.
No caso particular, nós estivemos no governo um período maior: 13 anos e meio. Um processo bem longo de hegemonia política. Ganhar quatro eleições em um país como o Brasil não é para amador. Nossa debilidade talvez tenha sido não ter o nível de organização e mobilização para se contrapor ao tipo de golpe que tem sido dado agora em vários países, que é a mobilização de classes médias, às vezes de classes populares, muito apoio da mídia, a partir de razões muitas delas reais, muita intervenção externa e uso do Parlamento e do Judiciário. Foi o caso de Honduras, Paraguai e depois Brasil. O golpe foi a saída que tiveram para abortar a volta do Lula em 2018, que seria natural. Em 2014, ele deveria ter sido o candidato, mas optou por não ser. Elegeu a Dilma, mas poderia ter sido candidato. Mas o nível de conscientização, mobilização e capacidade de luta das classes populares foi de grande fragilidade, e continua sendo até hoje.
Nós subestimamos muito a questão da luta contra a corrupção. A história do Brasil é a luta contra a corrupção. O Jânio foi isso. O Collor foi isso. O Golpe de 64 era contra a corrupção. Nós não nos preparamos para a possibilidade de ter um golpe. Desde 2005, no chamado Mensalão, nós erramos na avaliação do que estava acontecendo. Fomos recuando, fomos perdendo terreno. Por fim, eles puseram a cara para fora. Agora eles estão aí, querendo institucionalizar o golpe. Daqui a pouco criam um sistema político-eleitoral de mentira. Tirando o Parlamento, em que é difícil fazer maioria –por isso falam em semi-presidencialismo toda hora, porque a Presidência da República a gente pode chegar, se não for agora, daqui quatro anos. Eles não têm como impedir que a gente ganhe uma eleição presidencial.
Repito: a prova disso é o banimento do Lula. Por que só ele está banido? Por que nenhum outro acusado "de corrupção"? Os processos contra os políticos de outros partidos têm um tratamento e encaminhamento diferentes. Quantas vezes já saiu que Roberto Jefferson recebeu 40 milhões dos irmãos Batista? Os outros partidos receberam. Eles que financiaram as alianças do Aécio. Não tem prisão. Não estou querendo dizer que deveria ter ilegalidades, mas a verdade é que não tem. Não tem nem processo. De vez em quando a imprensa fala. E o tratamento do Alckmin? O Trensalão foi arquivado no Supremo Tribunal Federal. Em São Paulo, as denúncias todas não têm deputado, não têm governo, não têm político. É só empresário e funcionário das secretarias. O Ministério Público não investiga.
Isso foi uma arma que foi usada contra nós. Isso não quer dizer que não haja corrupção e que não é preciso tomar medidas para se combater.

Band Eleições: Ciro Gomes

Confira a participação de Ciro no programa Band Eleições parte II


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Roda Viva: Boulos lacrou

O que achei do camarada Boulos na TV Cultura, por Walter Falceta

Boulos nadou de braçada. Deu ao Brasil uma aula de coerência, cidadania e pensamento solidário e popular. Fundamental crítica cristalina ao processo injusto e ilegal que levou Lula ao cárcere. Defendeu suas convicções, sem tornar a divergência um argumento de desqualificação da gestão petista. Tocou em quatro pontos nevrálgicos da complexa questão política brasileira:
a) a necessidade da reforma política:
b) a necessidade da reforma urbana;
c) e eliminação das regalias do judiciário;
d) a necessidade de uma reforma tributária que retire os privilégios dos banqueiros e do capital rentista.
Foi claríssimo ao afirmar que não é contrário à atividade daqueles que mantêm micro, pequenas e médias empresas, geradores da maior parte dos empregos no Brasil.
Manifestou-se contra o modelo que beneficia megacorporações e as grandes instituições financeiras, promotoras da desigualdade.
Tratou com conhecimento da questão venezuelana e denunciou sem papas na língua o retrocesso promovido pelo governo golpista.
Mostrou a importância da representação de mulheres, negros, indígenas e LGBT nos processos decisórios e no avanço do rito civilizatório.
Comoveu ao defender, sobretudo, a empatia e a solidariedade, essas virtudes tão presentes no sonho jovial dos elevados de espírito.
Por fim, encantou ao declarar como seu ídolo o Doutor Sócrates, corinthianista como ele, corinthianista como nós.
Obrigado, Guilherme! Na cova dos leões, representou-nos com coragem e ternura.
Walter Falceta Jr. tem 54 anos, atua como jornalista desde 1983. É o atual presidente do Coletivo Democracia Corinthiana
Guilherme Boulos, pré-candidato ao Planalto pelo PSOL

Boulos no Roda Viva deu um banho de inteligência e elegância

Kiko Nogueira, jornalista do DCM - Diário do Centro do Mundo -,  descreve a entrevista que Guilherme Boulos, pré-candidato do Psol a presidência deu ao programa Roda Viva (TV Cultura/SP), como "um banho de inteligência e elegância". 

Kiko Nogueira disse que Boulos “atropelou figuras sorumbáticas como Rubens Figueiredo, cientista político tucano da estirpe de Marco Antônio Villa, e um tal Fabio Wajngarten, empresário de mídia que ajudou a organizar reuniões de Jair Bolsonaro com a comunidade judaica”.

Boulos afirmou: 
“Se queremos moralizar o país vamos começar moralizando o judiciário, que tem auxilio moradia, auxilio viagem, auxílio bolo, auxílio de tudo”. 

A cabeça do brasileiro >>>



Fórum: Em 2007 você lançou o livro A cabeça do brasileiro. Depois de onze anos como você acha que está nossa cabeça em relação a eleição deste ano? E o que você enxerga de diferente entre a eleição de 2014 e a de 2018?


Alberto Carlos Almeida - O grande diferencial nas eleições em 2018 é que elas ocorrerão em meio a uma crise profunda, tanto política quanto econômica. Do ponto de vista econômico, a sociedade viu seu poder aquisitivo diminuir e todo esse cenário terá uma recuperação lenta. A população não sente uma melhora em sua qualidade de vida e isso tem ligação com o Judiciário, com a prisão de vários políticos. As pessoas acabam tendo uma percepção de que a situação só piorou e isso se aprofunda cada vez mais. Prevalece a ideia de que os políticos são ladrões e, “além de roubar, eles pioraram minha situação”. Eu, particularmente, não gosto da famosa análise do “rouba, mas faz”, acho superficial. No entanto, esses políticos que roubam fazem parte de um contexto no qual no povo não tem controle sobre isso. A verdade é que a vida piorou e o governo federal não está cumprindo suas principais atribuições, que são cuidar para que não haja muito desemprego e garantir poder de compra à população. O cenário provoca uma imensa desesperança nas pessoas. Há uma desesperança do ponto de vista da demanda, ou seja, do eleitor, pelos motivos que mencionei, e também da oferta, pois existe um desestímulo em consequência da judicialização do processo político, o que prejudica muito. Dificilmente alguém de fora da política pensa em ingressar nessa atividade, pois qualquer coisa que aconteça ele pode ser processado. Há uma paralisia e, apesar de termos muitos pré-candidatos à presidência, vários vão acabar desistindo no meio do caminho.