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Dossiê * Eduardo Cunha

Eduardo Cunha formava rede de captadores com PC Farias, publica jornal

Jornal GGN - Em ação por danos morais contra o Blog, o deputado federal e atual presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), contesta um artigo de Luis Nassif que cita seu envolvimento com o chamado esquema PC Farias. Diz a defesa de Cunha que o texto, de maio de 2013 (leia aqui), "imputou-lhe falsamente fato ofensivo à sua reputação, uma vez que é público e notório que o 'esquema PC Farias' dedicava-se à corrupção e à sonegação fiscal, sendo o próprio PC lembrado como um malfeitor e inimigo público." Ele quer indenização por constar ao lado do homem que levou Collor ao impeachment.
O envolvimento a nível nacional de Eduardo Cunha nos escândalos que orbitaram em torno de PC Farias, no início da década de 1990, é registrado em reportagens do jornal O Globo. Em uma delas, de 14 de junho de 1992, o periódico publicou com exclusividade o nomes de "10 captadores de dinheiro" que formavam a rede montada por PC para alimentar a campanha presidencial de Collor em 1989.
"Segundo relatos, a rede de PC era formada pelos ex-secretários de Assuntos Estratégico Pedro Paulo Leoni Ramos (Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso), Paulo Octávio Pereira e Luís Estevão de Oliveira (Brasília), o ex-ministro de Educação Carlos Chiarelli (Rio Grande do Sul), o ex-deputado José Carlos Martinez (Paraná), o ex-governador João Castelo (Norte do País), o ex-presidente da TVE Leleco Barbosa, o publicitário Juca Colagrossi e o atual presidente da Telerj, Eduardo Cunha, do Rio", afirmou o jornal [imagem acima].
O esquema consistia em escalar um operador em cada região do país, com exceção de São Paulo, região coordenada única e exclusivamente pelo irmão de Collor, Leopoldo. No Rio de Janeiro, Cunha era um dos captadores da rede de PC. Segundo O Globo, à época, informantes relataram que uma parte dos recursos angariados pela rede de PC não foi usada na campanha de Collor.
"Os três informantes do Globo concordam com a avaliação feita por Pedro Collor de Mello, irmão do presidente [que entregou à Veja um dossiê contra PC Farias, quando este ameaçou entrar no mercado editorial de Alagoas e concorrer com a família Collor], de que teriam sido gastos apenas 60% ou 70% do dinheiro captado na campanha. Por essas contas, o saldo ao final do segundo turno teria sido de mais de US$ 30 milhões", apurou o jornal. Os captadores da rede de PC aceitavam doações de empresários "preferencialmente em dólares ou em Certificados de Depósitos Bancário (CDB)".
No dia seguinte, 15 de junho de 1992, o jornal dedicou uma página inteira para repercutir a notícia com governadores que passaram a exigir de Collor uma explicação sobre seu envolvimento com PC, acusado de tráfico de influência, enriquecimento ilícito, desvio de recursos de campanha, entre outros crimes.
A manchete principal era "Governadores exigem ação no caso PC" [anexo]. Na mesma página, Cunha, então presidente da Telerj (companhia de telefonia do Estado), ganhou espaço para se defender. Além de negar todas as informações sobre ter participado da rede de captadores de PC Farias, Cunha disse ameaçou processar o repórter que assinou a matéria sem consultá-lo antes.
No início dos anos 1990, os problemas envolvendo PC Farias não eram os únicos com os quais Cunha tinha de lidar. Ele também sofreu desgaste com uma série de reportagens da Folha de S. Paulo sobre sua atuação na Telerj. No período, ele foi acusado de lançar editais para a contratação de empresa que seria responsável pela elaboração e comercialização das listas telefônicas do Rio. À época, o jornalista Janio de Freitas escreveu que Cunha, com as licitações enviesadas, estava a favorecer empresas como a Listel, do Grupo Abril. Outra favorecida em decisões de Cunha seria a NEC, do Grupo Globo.
Janio também é autor de um artigo chamado "Os representantes" [anexo]. No texto, ele aborda os homens indicados por PC Farias para cargos importantes em diversos governos. O caso destacado como o mais "espantoso" é o de Eduardo Cunha, que com dificuldade foi removido da Telerj. Janio cravou que Cunha foi "escolhido a dedo" por PC para o cargo.
A VOLTA COM JORGE LA SALVIA
Quem defendia PC Farias no escândalo que pipocou no início do governo Collor e rendeu o impeachment do ex-presidente era advogado argentino Jorge La Salvia, que também comandava a Secretaria Geral do PRN na campanha de Collor, em 1989. 
La Salvia e Cunha retornaram com força às páginas de Folha de S. Paulo quando o hoje presidente da Câmara estava na chefia da Cehab (Companhia de Habitação do Rio de Janeiro), por indicação do deputado evangélico Francisco Silva (PRN). O jornal fez uma série de denúncias sobre a relação suspeita de Cunha e La Salvia, e isso custou a cabeça do hoje peemedebista, em 13 de abril de 2000 - sua mulher, então jornalista da Globo, viveu o constrangimento de noticiar a demissão da Cehab.
Em fevereiro de 2000, a Folha publicou a reportagem "Governo do Rio abriga ex-colloridos" [anexo], na qual sustenta que "Dois personagens do período Collor voltam a se encontrar, desta vez na Companhia Estadual de Habitação (Cehab) do governo Garotinho: Eduardo Cunha, tesoureiro no Rio de Janeiro da campanha presidencial de 89 e ex-presidente da Telerj (91 a 93), e Jorge La Salvia, ex-procurador de Paulo César Farias e que o teria ajudado quando fugiu do Brasil para a Tailândia. Eduardo Cunha assumiu a presidência da Cehab em setembro. Desde então, Jorge La Salvia frequenta o prédio da companhia, no centro do Rio."
Continua o jornal: "Ele [Cunha] dirigiu a Telerj de fevereiro de 91 a abril de 93, quando foi substituído, já no governo Itamar, por José de Castro. Era considerado, então, do esquema PC, mas sempre negou que tivesse participado do esquema. Cunha chegou a ser réu em um dos maiores processos do caso PC, acusado, assim como Jorge La Salvia e outras 39 pessoas, de envolvimento com Jorge Luiz Conceição, que operava contas fantasmas do chamado esquema PC.”
RELAÇÃO CUNHA-LA SALVIA É INVESTIGADA
Em março do mesmo ano, na matéria "Governo do Rio abre sindicância" [anexo], publicou a Folha: “O governador do Rio, Anthony Garotinho, abriu ontem sindicância para esclarecer a presença de Jorge La Salvia na Cehab. La Salvia é acusado de ter participado do chamado esquema PC durante o governo Collor e responde a vários processos por sonegação fiscal. A Folha informou domingo que Jorge La Salvia frequentava a Cehab. O presidente da empresa, Eduardo Cunha, explicou, então, que La Salvia representava os interesses de uma empresa de administração de crédito imobiliário, a Caci, em uma licitação. Disse ainda que nunca tinha se encontrado com La Salvia na Cehab e que nunca o recebera em seu gabinete. Essa informação foi desmentida por um diretor da própria Caci, Sérgio Mauro Gomes, que informou que foi apresentado a La Salvia no gabinete de Eduardo Cunha.”

Em abril de 2000, no texto "Collorido ressurge em duas novas crises" [anexo]: "O argentino Jorge La Salvia é o ponto comum de três grandes crises recentes na política brasileira. Ele foi o procurador de Paulo César Farias, o PC, durante todo o governo Collor. É o estopim das investigações na Cehab/RJ, pela amizade com outro collorido, Eduardo Cunha. E aparece agora nas investigações que apuram a autoria dos grampos no BNDES. A Folha apurou que foram detectadas várias ligações telefônicas entre Temílson Antônio Barreto de Resende, o Telmo, indiciado como um dos autores do grampo, e Jorge La Salvia."
Francisco Silva foi, na época, o deputado evangélico responsável por abrir as portas do governo Garotinho para Eduardo Cunha. "Eles [Cunha e Francisco Silva] têm um outro fator em comum: o advogado Carlos Kenigsberg. Foi Kenigsberg quem representou, em janeiro, [Francisco] Silva no leilão em que o deputado arrematou [por menos de 20% do valor de mercado] a casa onde Cunha mora, na Gávea (zona sul).” O escândalo da casa também foi entendido como ocultação de patrimônio.
Na ação por danos morais, a defesa de Cunha reclama que o Blog "deixou de informar que o inquérito [instaurado contra Cunha e La Salvia] desobordou em ação penal trancada pelo Tribunal Regional Federal em sede de habeas corpus, por aticipicidade do fato denunciado."
Apelidado de "Trombadinha da Telej"


por PC Farias

O JN falando da carga fiscal é de um cinismo impressionante.

...A verdadeira tragédia fiscal, no Brasil, é que grandes empresas como a Globo simplesmente levaram ao estado da arte a sonegação.

...É hoje amplamente conhecida, graças ao blog Cafezinho, que a Receita flagrou a Globo numa operação desonesta na compra dos direitos da Copa de 2002.

Briguilinks

Faça da tua vida um road movie Pronto para o passeio? A estrada é suave e a conversa vai ser boa. Para dar a partida, temos todo um gênero no cinema dedicado a filmes que se passam nas estradas, com protagonistas em fuga ou em rumo de um destino especial. São road movies, e a lista desse gênero, além de enorme, inclui algumas das melhores obras da história do cinema. Você provavelmente
O meio termo vale a pena? Em muitos casos, ao balançar entre preço mais baixo e benefícios, você acaba ficando sem os dois. Felizmente, este não parece ser exatamente o caso da família 730, embora ainda haja algumas falhas que vamos explorar mais para frente.Antes de tudo, vamos ser diretos: a única diferença entre o 730 e o 735 é que o primeiro tem suporte a dois chips SIM permitindo
Nos últimos programas, ele tem dito coisas que não estão no roteiro do pessoal da Globo. A última delas foi uma defesa da "biografia impecável" de Dirceu perante um pelotão de velhas senhoras furiosas. Não vejo Jô, e para ser sincero não me interessa a razão pela qual ele tem saído do trilho da Globo. Mas vi um vídeo de pouco mais de um minuto em que ele falou de Dirceu. O que mais me chamou
Para os apresentadores e comentaristas dos telejornais da Globo se indignarem com apropriação indébita e sonegação de grandes empresas. Por que será, que isso nunca acontece? Briguilinas do dia>>> 
...Desde que o homem se apercebeu que seria lucrativo para ele contar com dinheiro para dois, o mercado produtor - trabalho e capital - perdeu importância. Os agiotas, financistas, rentistas e cia institucionalizaram a corrupção. Esta máxima (acima) só não vale para o Brasil. No Brasil a corrupção teve início no dia Primeiro de Janeiro de Dois Mil e Três (01/01/2003), quando Luis Inácio Lula da
A comissão nacional da verdade (CNV) divulgou ontem seu relatório final, onde relaciona 377 nomes sob a qualificação de 'autores de graves violações de direitos humanos'. Nela consta o nome de Leo Guedes Etchegoyen. Sobre o fato, nós, viúva e filhos, manifestamos a nossa opinião. Jamais fomos contatados por qualquer integrante ou representante daquela comissão, nem o Exército recebeu qualquer
no Diário do Nordeste Espanto, e enorme, provoca-me a sucessão de prisões, ao longo de todo o País, de executivos de grandes empresas ou de administradores do setor público, sob a acusação de formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa / passiva, desvios de verbas, lavagem de dinheiro etc. Consultei um de meus botões - especialista em "Três meus; um, teu" - e o tal botão pediu-me cautela,
Sem manchete "espetaculosa", sem repercussão nos portais de seus jornais e sem chamada no televisivo Jornal Nacional, a revista Época, da Globo, publicou na terça-feira (9) que, a operação Lava Jato da Polícia Federal (PF) apreendeu, três semanas atrás, na sede da empreiteira Camargo Corrêa, uma tabela que relaciona políticos, obras e valores em dólares. Suspeita-se que a lista indique propinas
A melhor piada sobre a paixão dos franceses pelo Woody Allen foi feita pelo próprio Woody Allen. Naquele filme em que ele é um diretor que fica cego no meio das filmagens, continua a filmar mesmo sem enxergar nada e, claro, faz um filme que ninguém entende — a não ser os franceses, que descobrem significados ocultos no caos. O filme termina com o diretor, ridicularizado pela crítica americana,
Agora só falta o PAC do pig - regulamentação da mídia - João Augusto Briguilinas do dia>>> 
Sete Selos: Antologia Apocalípticapor Vários AutoresO medo do fim do mundo assola a humanidade desde suas primeiras civilizações. Apocalipse, Armageddon, Dilúvio, Profecias Maias... Nosso planeta nunca esteve tão ameaçado. Prever um futuro incerto e envolto em tragédia, pode ambientar nosso lar em diferentes situações e inesperados fins: fogo, gelo, água, areia, fome, pestilências,



Manifestação em frente ao jornal 'O Globo' trocará nome da rua para Leonel Brizola

Vamos trocar no nome da rua onde se localiza o jornaleco "O Globo", no Rio de Janeiro.

A rua se chamará Leonel BRIZOLA.

É uma justa homenagem a um brasileiro que enfrentou com bravura o império midiático dos marinhos. Lembrando que foi BRIZOLA quem conseguiu na justiça que o JN divulgasse uma retratação histórica.

Concentração: 17 horas na esquina do Edifício Balança mas não cai (Rua de Santana x Av Presidente Vargas), próximo do metrô da Central.

Local da atividade: 18 horas na Rua Leonel BRIZOLA (EX- Rua Irineu Marinho)

https://www.facebook.com/events/195105990651601/#sthash.TXypBn9V.dpuf

Os recentes escândalos da sonegação de imposto de renda na compra de direitos de transmissão da Copa de 2002 da FIFA através de operações em paraísos fiscais, e as operações da Globo com o Banco Rural consideradas crimes contra o sistema financeiro pelo ex-PGR Antônio Fernando de Souza serão temas lembrados.

A manifestação será pacífica, como a vitoriosa manifestação de 03/07 - Ocupe a Rede Globo - que transcorreu democraticamente sem qualquer transtorno.

A quadrilha de Curitiba não quer aceitar a delação de Palocci, por que?


Resultado de imagem para globo e bancos

Porque ela atinge os realmente poderosos do Brasil. Que são eles: os Bandiqueiros - banqueiros, agiotas nacionais e internacionais e rentistas - e os meios de comunicação, em especial a Rede Globo - famiglia Marinho -
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Delação de Palocci: Record põe no ar os "rabos presos" da Globo

por Fernando Brito: O Domingo Espetacular, da Record, colocou hoje no ar uma longa e detalhada reportagem de Luiz Carlos Azenha  que costura o fio que une a ameaça – sempre refugada – de delação premiada do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e os benefícios – legais e ilegais – dados no início do Governo Lula à Rede Globo de Televisão, envolvida num caso de sonegação fiscal bilionário e, sobretudo, arriscada a falir por conta de seus negócios desastrosos na Europa.
A história é longa, mas tem o mérito de revelar o contexto, que a mídia tradicional sempre se recusou a retratar e cujo enredo, quase que de forma solitária, só foi contada pelos blogs de esquerda.
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Alguns motivos porque a globo reconheceu "erro"

 – o avanço das grandes corporações internacionais de mídia, que chegam ao Brasil com a força da internet, especialmente o Google;

2 – o fato de a Globo ter-se transformado em alvo de manifestações populares em todo o Brasil (o laser no rosto do apresentador em São Paulo é um símbolo de que o povo ameaça, simbolicamente, "invadir" os estúdios globais; e o estrume lançado contra a porta da Globo em São Paulo é também metáfora dos novos tempos malcheirosos para os Marinho);

3 – as denúncias de Miguel do Rosário, no blog "O Cafezinho", sobre o processo contra a Globo por milionária sonegação fiscal (o processo foi roubado do escritório da Receita no Rio, já sabemos; mas sob ordem de quem? e o que havia de tão comprometedor ali?);

4 – as denúncias contra Ricardo Teixeira (elas ameaçam o produto mais rentável no jogo de poder das comunicações – o futebol).

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A canastrice infringente das atrizes globais

No ranking de artistas pagando mico para pegar carona no atual momento político, pouca gente achava que seria possível superar Caetano Veloso, o velho baiano black bloc.
Pois Caetano acaba de ser ultrapassado por cinco atrizes da Globo. Com folga. Bárbara Paz, Susana Vieira, Rosamaria Murtinho, Carol Castro e Nathália Timberg acharam fundamental tirar um foto de preto, postada no Instagram de Bárbara com a legenda: “Atrizes em luto pelo Brasil”. Foi um protesto contra a decisão do STF de aceitar os embargos infringentes.

Globo inveja petistas

Depois de ver o sucesso que foi as campanhas dos petistas José Genoino e Delúbio Soares, a Rede Globo decidiu lançar a sua, para arrecadar contribuições para pagar a multa que a receita federal aplicou a empresa por sonegação durante a Copa de 2002.
Ainda não foi escolhido o nome, mas o nome preferido é "Globo Esperança".
Em breve a Globo divulgará as maneiras que seus admiradores podem colaborar.

Sonegação quase perfeita

Em editorial, o jornal O Globo de hoje capricha para encerrar o ano com a mensagem mais agourenta possível. Ele prevê que o início da redução dos estímulos monetários do Banco Central americano poderia deflagrar o início da “tempestade perfeita”, expressão algo misteriosa de economistas neoliberais para pressionar o Brasil a aumentar juros e cortar despesas sociais.
Observe bem, o Banco Central americano, ao invés de injetar US$ 85 bilhões mensais no mercado financeiro, gastará US$ 75 bilhões. Se considerarmos que essa grana jamais pagou a cerveja de um brasileiro, não creio que essa mudança fará diferença para nossa economia.
O ano de 2014, ao contrário do que prevê o Globo, pode ser o início de um novo ciclo de crescimento econômico no país. A entrada em produção de novos poços do pré-sal e o início da exploração em outros (Libra, por exemplo), a aceleração de várias obras estruturais, a realização da Copa do Mundo (que atrairá milhões de turistas), as eleições estaduais e presidenciais (que fazem governantes abrir a torneira), a previsão de um melhor ano para a indústria, tudo aponta para um cenário mais otimista do que o dos últimos dois anos.

Filha de um Marinho está envolvida com laranjal

Bomba exclusiva do VioMundo - Lava jato encontra documento que liga Paula Marinho Azevedo a offshores da Mossack & Fonseca.
Da Redação com o Garganta profunda.


Documentos apreendidos pela Polícia Federal no “evento 26″ da Operação Lava Jato, a Triplo X, identificam quem está por trás de uma offshore que é dona da Paraty House e envolvem uma certa Paula Marinho de Azevedo, que investigadores terão de determinar se se trata da filha de João Roberto Marinho, um dos controladores do Grupo Globo.
A apreensão foi feita na sede da empresa Mossack & Fonseca, na avenida Paulista, em São Paulo.
A Mossack, do Panamá, é um dos maiores laranjais do mundo.
Oficialmente, faz o que define como “proteção patrimonial”: um empresário que queira guardar patrimônio para se proteger da eventual falência de seu negócio monta uma empresa de fachada, por exemplo. Na prática, não é assim: as fachadas podem servir para sonegar impostos, transferir dinheiro de origem indeterminada ou lavar dinheiro de origem ilegal.
Segundo Ken Silverstein, que escreveu um longo artigo sobre a Mossack, ela serve a ditadores, terroristas e criminosos.
No âmbito da Lava Jato, a Mossack abriu empresas para que o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, o ex-gerente Pedro Barusco e o operador Renato Góes recebessem propina.
Além disso, a empresa Murray, criada pela Mossack, tem em seu nome 14 unidades do edifício Solaris, que se tornou conhecido por conta do triplex que teria sido reformado para o ex-presidente Lula — ele nega ser dono do imóvel.
Segundo o jornal O Globo de 28.01.2016, a Mossack é acusada de financiar ações de terrorismo.
O jornal da família Marinho reproduziu declaração do Ministério Público Federal segundo a qual “há indícios suficientes de que a Mossack pode ser utilizada na estruturação de operações por meio de offshores, visando à ocultação e à dissimulação da natureza, origem, localização, disposição e propriedade”.
A Paraty House, construída de forma irregular na praia de Santa Rita, em Paraty, litoral do Rio de Janeiro, é hoje uma mansão sem dono.

Briguilinks do dia

Pesquisas qualitativas feitas pelo campanha de Aécio Neves acendeu o sinal amarelo - tem que diga já ser o encarnado -. É que uma grande parcela da população já começa a ligar a imagem do candidato à apelidos populares, mas nada lisonjeiros:  Cu de cana, Pé de cana, Cana-brava, Pudim de Cachaça, Papudinho, Pinguço etc. Os marqueteiros já avisaram.  Agora é ver se Aécio Neves segue o
Sou inteiramente solidário com Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg, que tiveram seu perfil na enciclopédia Wikipedia alterado a partir de um computador conectado a rede do Palácio do Planalto. O grave, no episódio, é a geo-política. É inaceitável que um instrumente que pertence ao patrimônio público seja utilizado em benefício de interesses políticos particulares. Cabe investigar e
Meu nome é Suzane, sou filha de uma faxineira e de um cobrador de ônibus mineiros, que estudaram até a quarta série do antigo ensino primário. Meus pais vieram para São Paulo buscando uma vida melhor. Minha família sofreu muito com o desemprego, a fome, a pobreza extrema e a precariedade da saúde e da educação nos governos anteriores. Quando eu era criança, minha mãe às vezes me levava junto
De quem sabe?... Deixar inflação a 12,5% Juros a 45% Quebra o país e apelar para o FMI Não pagar o piso nacional para os professores Vetar 7% para a Educação Perseguir jornalistas Vender (?) empresas a preço de banana em fim de feira Construir aeroporto para família com dinheiro público Se você quer essa receita, vote no tucano. Mas se você prefere: Inflação dentro da meta (6,5) Juros de 11
Fragmento de um diário inexistente IV Fort Lauderdale, fevereiro de 1994 - Depois de uma exaustiva manhã dando palestras para crianças, vou almoçar com uma amiga advogada, Shelley Mitchel. No restaurante, sentamos numa mesa ao lado de um bêbado, que insiste em puxar conversa o tempo todo. Fala do sofrimento por ter sido abandonado por sua mulher, diz o quanto está triste, pergunta-nos o que
Em 2014, o Brasil deve ultrapassar a marca de impostos sonegados registrada no ano passado, que foi R$ 415 bilhões O valor de impostos sonegados no Brasil está próximo de alcançar R$ 300 bilhões. Os dados são do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) e foram calculados pelo sonegômetro: ferramenta em forma de placar, que calcula quantos reais o país deixou de
Vamos juntar algumas pecas de quebra-cabeça. Peça 1 – a denúncia em si. Mirian Leitão pode ter sido alvo de acerto interno na Globo O Globo transforma em denúncia o uso de um computador da rede wi-fi do Planalto para alterar o perfil de dois jornalistas na Wikipedia. A rede possui certamente mais de dois milhares de usuários internos do Palácio, incluindo a Sala de Imprensa. É um mero
Esta é, claramente, uma boa notícia para o Brasil. Você diariamente lê e ouve informações apocalípticas sobre a inflação. E os brasileiros sabem o que inflação significa. Nos dias de Sarney – e de Mailson, hoje transformado em professor de economia em colunas e artigos na mídia – a inflação chegou a 80%. Ao mês. De novo: aquela é uma boa notícia. Como você faz para lidar com ela, se você
Uma perícia contratada pelo senador Delcídio Amaral (PT/MS) demonstra que a revista Veja editou a fita que motivou a capa da última semana, sobre uma suposta farsa na CPI da Petrobras; "Do arquivo analisado separamos segmentos que demonstram a edição do mesmo, sendo claramente perceptível pelo menos duas interrupções na sequência das falas", diz a análise do IPC, o principal instituto de perícias

Chegou a hora de encurralar os zelotes, por Aracy Balbani

Vivendo e aprendendo. Graças à Operação Zelotes, em 2015 muitos descobrimos a existência do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), apesar dessa estrutura governamental remontar a mais de 90 anos.
É a oportunidade de ouro para conseguir investigar e punir sonegadores da pesada que se fingem de paladinos da moralidade e também seus agentes que ocupam brechas para influenciar as decisões de órgãos importantes do governo.
Grupos de mídia poderosos que alimentam diariamente os noticiários com a versão deles para a corrupção na Petrobras são agora citados no escândalo do Carf. É óbvio que esses grupos enfiam a Operação Zelotes num rodapé de página qualquer dos noticiários que produzem. Mas uma hora não haverá mais como taparem o sol com a peneira.
É o momento da blogosfera agir com força total para cobrar atitudes firmes das autoridades e colocar de vez o Partido da Imprensa Golpista (PIG) nu. Nu e com a mão no bolso para pagar tudo o que deve à União caso se confirmem suas dívidas fiscais astronômicas.
A pauta dos blogs pode ajudar a abrir a caixa preta da sonegação fiscal no país e a responder inúmeras perguntas do cidadão contribuinte. Procedem as queixas de que a estrutura atual da Receita Federal a torna implacável somente com os pequenos contribuintes? Como corrigir as distorções? Como age e quem faz parte do Carf? Como são prevenidos eventuais conflitos de interesse de seus membros? Como pudemos desconhecer a rotina do Carf durante tantos anos? Qual a situação das instâncias de recursos fiscais nos estados e no Distrito Federal? Como atua a corregedoria da Receita Federal? Quantos processos estão nas mãos dos corregedores? Quantos servidores da Receita foram punidos ou demitidos por ação da corregedoria? Onde e como está o processo administrativo fiscal da Rede Globo, acusada de sonegação bilionária? A ação da inteligência fiscal da Receita Federal contra a sonegação tem alcançado resultados satisfatórios? Se não, por quê?
Há que se fazer nos blogs agora o que o PIG não quis no caso da Petrobras: apurar as informações e expô-las de forma clara e compreensível. Abrir espaço para ouvir a manifestação de todos: governo, servidores da Receita, investigadores, procuradores da República, investigados - com a ressalva de que vários destes usam e abusam do seu poder econômico -, entendidos na área tributária e cidadãos. É preciso estimular o senso crítico das pessoas para que tirem as próprias conclusões no tempo certo. Não sabemos quanto vai demorar até a conclusão do inquérito da Polícia Federal.
Não se admite operação abafa nem a repetição dos erros cometidos pelo PIG sobre a Petrobras. Muito menos se pode embarcar na primeira opinião de que devemos jogar o bebê fora junto com a água suja do banho, ou seja, pedir para extinguir logo o Carf alegando completa desmoralização da participação de representantes dos contribuintes. A quem, então, os pequenos contribuintes recorreriam na esfera administrativa?
Bastam os equívocos rotundos dos comentaristas afoitos do PIG e de seus patrões, que fazem tanto mal ao Brasil. 

Amaury Junior: Robalinho (MPF) prevaricou

Do VIOMUNDO

Amaury Ribeiro Jr.: Documentos das Ilhas Virgens sobre Globo e Fifa comprovam que MPF prevaricou

O procurador José Robalinho Cavalcanti, do 2º ofício criminal do Ministério Público Federal, em Brasília,  foi quem denunciou o jornalista Amaury Ribeiro Jr.
por Conceição Lemes
O Ministério Público denunciou o jornalista Amaury Ribeiro e outras quatro pessoas acusadas de quebras pelo sigilo de pessoas ligadas a José Serra em 2009. A Procuradoria pediu ainda a abertura de inquérito para identificar mentores da ação.
Em 2010, quando Serra enfrentou Dilma Rousseff na corrida pela Presidência, dados sigilosos do ex-ministro tucano Eduardo Jorge foram encontrados num dossiê em posse da equipe da pré-campanha petista. Segundo investigação da PF, o sigilo de Veronica Serra, filha do ex-governador, também foi quebrado.
“Aliás, essa mesma documentação já havia sido encaminhada ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel”, observa Amaury. “Acho uma coincidência absurda, porque os documentos, que acabo de receber das Ilhas Virgens sobre as movimentações da Globo e da Fifa, comprovam que a cúpula do Ministério Público tucano, ligada a Robalinho, prevaricou feio.”
A denúncia contra Amaury foi feita pelo procurador José Robalinho Cavalcanti, do 2º ofício criminal do Ministério Público Federal, em Brasília.
O  dr. Robalinho é filho do médico Guilherme José Robalinho Cavalcanti, ex-secretário municipal de Saúde de Recife.
Em 2008segundo o JusBrasilo juiz Frederico Koehler, da 2ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco, recebeu ação por  improbidade administrativa contra Guilherme Robalinho devido a irregularidades ocorridas na implantação do Programa Leite é Saúde, que fazia parte de um convênio entre o Município do Recife e a União Federal, com o objetivo de atender aos desnutridos e às gestantes sob risco nutricional.
Em matéria publicada pelo Estadão em 2006, a advogada Marília Cardoso disse que” Guilherme Robalinho foi várias vezes citado em depoimentos de envolvidos na Máfia dos Vampiros. Robalinho, que tinha bom relacionamento com o então ex-ministro da Saúde José Serra (PSDB), teria um suposto envolvimento com um dos representantes da multinacional suíça Octapharma, Jaisler Jabour, também denunciado na Máfia dos Vampiros, que teria financiado campanhas políticas em Pernambuco”.
“O dr. Robalinho deveria se declarar impedido de atuar no meu caso devido às ligações do pai dele com José Serra, que é alvo das investigações no meu livro. Tenho muitas provas que comprovam a ligação. Vou apresentá-las na minha defesa na hora certa”, afirma Amaury. “Estou pronto para briga. Carregado de munição para implodir a ala tucana que se apoderou do Ministério Público. Não vai sobrar nenhuma pena.”
O premiadíssimo Amaury Ribeiro (que, por precaução, já repassou cópias de todo o material recebido para outras pessoas de sua confiança), acrescenta:
“Se esse procurador queria me expor na mídia para agradar seus amigos, aviso: isso não me atinge mais. Até tiro de traficante já levei. Sou honesto, com  trabalhos prestados à sociedade no combate à injustiça social. E, acima de tudo, um sobrevivente, que sobreviveu com sucesso (200 mil livros vendidos) ao bombardeiro da imprensa canalha nas últimas eleições. Será que ele e seu pai Robalinho têm o mesmo preparo? Vamos ver. A batalha só está recomeçando com uma diferença: estou mais forte, com milhares de brasileiros que me apoiam do fundo de seus corações”.
OS RESULTADOS DOS PROCESSOS DE RUI FALCÃO E JOSÉ SERRA CONTRA AMAURY
A propósito da denúncia do MPF, Amaury Ribeiro Jr. atenta:
1) Como eu havia mencionado em depoimento à Polícia Federal e no Privataria Tucana, a história do grupo de inteligência não foi uma invenção do atual presidente do PT, Rui Falcão, que compilou dados do livro do meu computador (Folha, por favor, não são dados sigilosos).
Esses dados foram entregues à Veja por Falcão e o ex-ministro Antônio Palocci com o propósito de derrubar Fernando Pimentel e Luiz Lanzeta do comando da campanha da então candidata à presidência da República, Dilma Rousseff.
Ruy Falcão me processou. E o que aconteceu? A Justiça julgou que havia provas suficientes que mostravam que eu estava dizendo a verdade.
Em outras palavras, eu tenho agora o aval da Justiça para dizer que o presidente do partido da presidenta do país traiu seus próprios companheiros.
2) O personagem principal do livro Privataria Tucana, José Serra, também entrou com processo na Justiça contra mim por danos morais. Faminto por dinheiro, Serra exigia todos os recursos arrecadados com a venda dos livros. Teve de se contentar com R$ 1.000,00 devido a uma legenda infeliz da publicação. Mas acabou sendo humilhado com a ironia do Juiz, que alegou que Serra não precisava mais de dinheiro, porque já tinha milhões em paraísos fiscais.
3) O caixa de campanha do PSDB, Ricardo Sérgio, também havia se dado mal ao tentar me processar. Além de perder o processo, a Justiça mandou a CPI do Banestado enviar toda papelada que comprova o pagamento de propina do processo de privatização. Diante das sucessivas derrotas, não restou ao PSDB se não entrar com  novo processo em que afirma não ter nenhum vínculo com o ex-piloto dos consórcios das privatizações. Que piada!
4) Em resumo: a Justiça se manifestou várias vezes sobre a fé pública dos documentos publicados no Privataria Tucana. No entanto, o procurador Robalinho, que teve acesso aos autos, não pediu nenhuma investigação para apurar os crimes praticados pelos tucanos.
Por quê? Isso é respondido por um estudo jurídico elaborado por uma empresa internacional de renome contratada pelo autor, que analisou todas as ações impetradas por Robalinho durante sua passagem pelo Ministério Público Federal. O resultado é uma bomba, que será entregue ao Conselho Nacional do Ministério Público no momento certo.
5) Desde pequeno, tenho a convicção, por defender o mais pobres e injustiçados, que sou protegido por uma força divina. Mais uma vez, essa força está me levando em frente. É vitória em cima de vitória. Estou ansioso para ver o resultado final desse processo e de outros que pretendo mover no futuro. Com paciência, paciência e mais paciência, como aconselhou o pai de meu advogado, meu conterrâneo do Paraná, Adriano Bretas.

A Lava-Jato acaba no dia seguinte ao impeachment, por Jeferson Miola



na Carta Maior

Cunha conduzir o impeachment é mais que metáfora; é sinal do Brasil na podridão

A Lava-Jato acaba no dia seguinte ao impeachment. Esta é a moeda de troca: criminosos se livram de processos se depuserem uma Presidente inocente

O impeachment da Presidente Dilma, sobre quem não existe nenhuma acusação por crime de responsabilidade, é um golpe contra a democracia igual àquele dado pela Globo e os fascistas em 64. É um golpe contra o Estado Democrático de Direito, contra a Constituição. E, se consumado, vai abrir uma chaga na história do Brasil que jamais vai cicatrizar.

A estratégia do impeachment foi assentada já em 27 de outubro de 2014, dia seguinte ao sufrágio de 54.501.118 brasileiros/as que entregaram a Dilma o mandato para ser cumprido até 31 de dezembro de 2018.

Inconformados com o resultado das urnas, os golpistas do PMDB, PSDB, DEM, PPS, PTB adaptaram o mantra udenista do "corvo" Carlos Lacerda à realidade atual: Dilma, uma vez eleita, não poderia assumir; caso assumisse, não poderia governar; e, caso tentasse governar, deveria ser sabotada até ser deposta do cargo.

Executaram o plano dentro do figurino udenista com a ajuda do condomínio jurídico-midiático-policial, que congrega atores no Judiciário, no MP, na PF e a mídia. Este condomínio exerce forte dominância na cena pública com um dispositivo amedrontador de poder, que é a Lava- Jato.

Dilma cometeu erros, é verdade. Mas nem o pior dos erros, que foi o de confiar na aliança com o PMDB sob a batuta do chefe da conspiração Michel Temer, se enquadra naqueles crimes que a Constituição autoriza para se poder instalar o impeachment.

Os crimes "congênitos" de Dilma são outros: ela é mulher, não transige com a corrupção, luta e resiste pelo seu povo, é do PT, e simboliza o projeto de desenvolvimento com igualdade iniciado por Lula em 2003; projeto que desfigurou para sempre a fisionomia excludente daquele Brasil medieval no qual só cabiam os 3% brancos, ricos e sulistas.

Dilma não cometeu crimes. O impeachment está previsto na Constituição não para punir erros, mas para punir crimes. Os erros governamentais são punidos pelas urnas ao final do mandato do governante, pelo escrutínio popular que avalia o desempenho do governo. Os crimes de responsabilidade, caso de fato existam, devem ser julgados e punidos através do processo de impeachment.

Romper com uma governante porque não se gosta dela até pode ser um critério válido em namoricos juvenis [e na fantasia de vices "decorativos"], mas jamais pode ser aplicado para uma detentora de mandato popular. A violência em curso não é apenas contra a pessoa da Dilma Rousseff, mas contra as 54.501.118 pessoas que a elegeram – e é óbvio que este contingente humano não ficará passivo diante de monumental agressão.

Não parece estranho que um gangster corrupto como o multi-réu Eduardo Cunha, apesar dos incontáveis processos criminais a que responde no MPF e no STF, dê as cartas no tabuleiro do golpe, enquanto a Presidente Dilma, sem nenhuma mancha na sua biografia, seja uma vítima inocente conduzida ao cadafalso com a cumplicidade – ou negligência – dos mesmos MP e STF?

Observa a ironia: o chefe do Ministério Público e o notório juiz tucano no STF seqüestram o direito constitucional da Presidente para nomear Lula para a Casa Civil; mas, por outro lado, deixam Cunha firme no cargo e cegam em relação aos absurdos "desvios de poder" cometidos por ele, que usou o impeachment como arma de vingança pessoal contra Dilma.

Cunha só continua vivo e firme porque é útil para a conspiração. Ele aceita sujar as mãos com o sangue da Dilma para deixar Michel Temer imaculado. Em troca disso, ganha a promessa do sol de cada dia fora da penitenciária – Cunha recebeu a promessa de impunidade justamente daqueles que deveriam prendê-lo imediatamente.

Estes são tempos de experimentos fascistas, de partidarização do Estado, de origem de um Estado policial e judicial, aparelhado para aniquilar desafetos, adversários e inimigos ideológicos. Na Alemanha dos anos 1920/1930, isso começou com a fixação de estrelas de David nas residências dos judeus, para facilitar a caça, a localização e a eliminação deles.

Cunha definiu a liturgia do golpe: será célere e com votação por ordem regional e não alfabética – por esse critério, ironicamente o primeiro voto será de um réu-deputado do PP/RS que recebeu propina da corrupção na Petrobrás.

Ele também decidiu que a sessão será um espetáculo big brother da Globo. E, para coroar o caráter deexceção do julgamento, será num domingo! A Globo, embalada por este espírito de exceção, combinou com a CBF a antecipação da rodada de futebol em todo o país para a tarde de sábado, e dedicará a grade de programação exclusivamente para a transmissão da tentativa de golpe.

Não é necessário ser vidente para adivinhar que a Lava-Jato acaba no dia seguinte ao impeachment. Esta é a moeda de troca: criminosos se livram de processos criminais se depuserem uma Presidente inocente – mais da metade dos deputados desse tribunal de exceção responde por todo tipo de crime: corrupção, improbidade, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação fiscal, fraude, estelionato etc, e até homicídio.

A corrupção, magicamente, terá acabado, e então Cunha, Temer, Padilha, Moreira Franco, Maluf, Aécio, FHC, Serra, Bolsonaro e caterva ocuparão o altar reservado às santidades que sempre se locupletaram com as riquezas dessa imensa nação chamada Brasil.

Cunha não reúne as condições de presidir a sessão de julgamento do impeachment, e todos os deputados investigados por crimes não possuem a legitimidade e a moral para julgarem Dilma.

Os democratas do Brasil e as pessoas com um mínimo de bom senso – inclusive aquelas fervorosamente dedicadas à causa golpista, mas que ainda conservam um mínimo de racionalidade – não podemos aceitar que este personagem deplorável, na companhia de inúmeros réus-deputados, presida o julgamento de uma Presidente inocente, digna, íntegra.

Se isso acontecer, será um claro sinal de ingresso do Brasil numa etapa do vale-tudo, do desrespeito às Leis, à Constituição e à moralidade; do absurdo desmedido. Se vale Cunha presidir o julgamento da Presidente Dilma, muitas outras bandalheiras e muitas outras arbitrariedades também passarão a ser validadas e aceitas. Os golpistas devem saber que estão conduzindo o Brasil ao reino da podridão.