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Paulo Nogueira: O fracasso dos protestos encerra, enfim, o terceiro turno


*O flop sensacional dos protestos de hoje tem um significado essencial: acabou, enfim, o terceiro turno, depois de mais cem dias de governo Dilma. Foi um final melancólico para os esperançosos de um golpe contra os 54 milhões de votos – um grupo diversificado que vai dos coronéis da mídia até aquela massa ignara formada por analfabetos políticos. Os protestos se esvaziaram de pessoas, e a excentricidade boçal e desinformada foi se acentuando.
Um cartaz que viralizou dizia, por exemplo, que sonegação não é corrupção. Outro afirmava que Dilma tinha três opções: renunciar, ser derrubada ou se matar.
Malucos mais uma vez pediam um golpe militar em inglês. E o direitista punk do Movimento Brasil Livre, do alto do fiasco do espetáculo que tentou comandar, disse que é preciso meter uma bala na cabeça do PT.
Em meio a essas cenas beligerantes, a Globonews, como assinalou um tuiteiro, insistia em destacar o “caráter pacífico e familiar” dos protestos.
Numa das melhores tiradas do dia, o tuiteiro escreveu: “A Globonews insiste em dizer que famílias inteiras estão nos protestos. Ora, fodam-se as famílias inteiras.”
Pausa para rir.
Neste estertor de terceiro turno, não podiam faltar também os números inflados. A PM, depois do célebre milhão furado da vez anterior, recuou para um pouco mais de 200 mil pessoas na Paulista.
Neste estertor de terceiro turno, não podiam faltar também os números inflados. A PM, depois do célebre milhão furado da vez anterior, recuou para um pouco mais de 200 mil pessoas na Paulista.
O Datafolha foi mais modesto: 92 mil no pico, às 16 horas.
Mesmo assim, as imagens de grandes vazios na avenida Paulista deixavam dúvidas quanto à precisão do prognóstico do Datafolha.
Um amigo me escreveu: “Como disse Wellington, quem acredita nestes 100 mil acredita em tudo.”
Derreteu-se o exército de manipulados que decidiram vestir a camisa da seleção e ir para as ruas. Não deixarão saudade, em sua imensa tolice.
Eles demoraram uma eternidade a entender que perderam as eleições, mas agora acordaram para a realidade.
Resta Dilma também acordar para o fato de que ela venceu. Não deve haver registro, na República, de um vitorioso em eleições presidenciais com ares tão derrotados.
Isso deu margem a que neoudenistas como FHC, Serra e Aécio agissem como napoleões de hospício, e adotassem um ar triunfal em nada compatível com os resultados das urnas.
Dilma deveria pegar um calendário que inclua todos os dias que restam até o final de seu segundo mandato. E a cada dia, a cada folha arrancada, verificar se fez todas as tarefas que estão por fazer.
Ela tem três anos e nove meses para fazer  coisas como o desmame das grandes empresas de mídia, historicamente acostumadas a viver do dinheiro público sob múltiplas formas.
Nada é tão imperioso como isso, porque os coronéis da mídia se batem ferozmente contra todos os avanços, como se viu agora no caso da terceirização.
Da Globo à Folha e à Abril, as empresas jornalísticas precisam de um choque do capitalismo que pregam para os outros.
Fora todas as mamatas públicas, ainda hoje elas vivem protegidas da concorrência estrangeira, o que é simplesmente uma obscenidade.
Se o PT aspira a ter futuro depois deste governo, vai ter que enfrentar coisas que preferiu fingir que não via.
A hora é essa – com o final do terceiro turno.
no Diário do Centro do Mundo

Quando Zelotes bate na "zelite" Moro vira perigo, por Antonio Lassance

Logo quando a operação Zelotes flagrou grandes figurões da elite brasileira em práticas criminosas, a presunção de inocência resolveu dar o ar da graça. Antonio Lassance (*)

Nada como um dia após o outro. De repente, não mais que de repente, um editorial de O Globo considera o padrão Moro de "justiça" muito perigoso.

No texto "Lava-Jato inspira proposta de mudança na Justiça", o jornal relata que juízes, "Sérgio Moro um deles, defendem que penas sejam cumpridas a partir da sentença de primeira instância, ideia perigosa, mas que Congresso precisa debater".

Ideia perigosa? Como assim? Desde quando? Que curioso, não?

Se prender suspeitos e mantê-los trancafiados até que confessem o que sabem e o que não sabem foi saudado até agora como um bom padrão de execução da judiciária, que medo é esse de uma sentença condenatória em primeira instância?

Manter o réu preso sem julgamento pode, mas prendê-lo depois do julgamento não pode? Estranho raciocínio. Muito estranho mesmo.

É muita coincidência que essa... tomada de consciência - chamemos assim - tenha acontecido quando um escândalo de proporções muito maiores do que qualquer petrolão evidenciou algo banal, trivial, óbvio: o maior escândalo de corrupção de todos os tempos, em qualquer época, em qualquer país, é a sonegação dos ricos, estejam eles ligados a que esquema for - do petrolão ao suíçalão do HSBC e, agora, ao esquema desbaratado pela operação Zelotes, da Polícia Federal.

Logo quando a Zelotes flagrou grandes figurões da elite brasileira em práticas criminosas, vis, tão dignas de escárnio quanto qualquer propina intermediada por doleiros, a presunção de inocência resolveu dar o ar da graça. Justo ela que andava tão sumida.

Justo agora que, entre outros, uma afiliada das organizações Globo (a gaúcha RBS) aparece na mira das investigações, se resolve falar novamente, alto e bom som, em presunção de inocência.

Esperemos para ver que juiz vai ter a coragem - não é assim que se chama? - de prender tais figurões e fazê-los ver o sol nascer quadrado até que confessem seus crimes já expostos e supliquem por delações premiadas.

Se tem dinheiro público, se tem propina, sem tem lavagem de dinheiro, não vai ter prisão? Agora não vai ter? Por quê? Afinal, O Globo está com medo de quê? Esse editorial terá sido feito por gente que nasceu ontem?

Quem o escreveu não sabe que o padrão Moro de qualidade judicial já é corriqueiramente aplicado em nossa Justiça?

Em média, mais de 40% da população carcerária brasileira é formada por presos em situação provisória, ou seja, não têm condenação definitiva. Em alguns presídios, o número de presos provisórios ultrapassa 60%.

Depois de ter premiado Moro com o prêmio "Faz Diferença" de personalidade do ano, quem sabe o jornal não se disporia a conferir um troféu "Sérgio Moro" a presídios com as estatísticas mais altas de gente presa sem condenação, aguardando delações premiadas e julgamento a perder de vista?

O Globo assustou-se e alerta: o "Congresso precisa debater".

Claro!

Os leitores de O Globo, pelo menos aqueles que não nasceram ontem, entenderam bem que a sugestão do jornal é para que a proposta encontre o caminho certo para ser imediata e solenemente sepultada, com o sinal verde de aplausos em futuros editoriais.

A defesa da presunção de inocência por parte de uma mídia que se vende, diariamente, atropelando essa mesma presunção de inocência mostra o quanto muitos de seus editoriais são meros exercícios de hipocrisia, assim como os pedidos de desculpas por seu golpismo entranhado.

A presunção de inocência de muitos veículos é ditada por um cálculo de conveniência. Tem dia em que ela está valendo, tem dia que não está.

Justiça seja feita, há momentos em que a grande e tradicionalíssima imprensa esforça-se muito e dedica todo amor e carinho a proteger a reputação de seus políticos prediletos, a ponto de até mesmo parentes envolvidos em escândalos serem chamados de "supostos parentes" - uma expressão que já deveria estar nos manuais de redação desses luminares.

Precisou da Zelotes para a turma de O Globo se lembrar que a Justiça, em qualquer lugar, é feita não apenas de leis, mas de juízes e de precedentes.

Juízes tratados como astros de rock se engraçam a dar seu show à parte e rasgam a lei como quem quebra a guitarra em pleno palco. Quem precisa delas - da lei, da guitarra?

Os precedentes que alguns juízes criam podem ser ainda mais graves, pois tornam-se regras que, longe de serem uma homenagem às leis, espezinham-nas.

Que tipos de juízes preferimos?

O Globo prefere um que atenda aos seus caprichos e proteja seus amigos diletos - convenhamos, um "princípio" que é o fim de qualquer noção razoável e responsável de justiça.

Chegou a hora de encurralar os zelotes, por Aracy Balbani

Vivendo e aprendendo. Graças à Operação Zelotes, em 2015 muitos descobrimos a existência do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), apesar dessa estrutura governamental remontar a mais de 90 anos.
É a oportunidade de ouro para conseguir investigar e punir sonegadores da pesada que se fingem de paladinos da moralidade e também seus agentes que ocupam brechas para influenciar as decisões de órgãos importantes do governo.
Grupos de mídia poderosos que alimentam diariamente os noticiários com a versão deles para a corrupção na Petrobras são agora citados no escândalo do Carf. É óbvio que esses grupos enfiam a Operação Zelotes num rodapé de página qualquer dos noticiários que produzem. Mas uma hora não haverá mais como taparem o sol com a peneira.
É o momento da blogosfera agir com força total para cobrar atitudes firmes das autoridades e colocar de vez o Partido da Imprensa Golpista (PIG) nu. Nu e com a mão no bolso para pagar tudo o que deve à União caso se confirmem suas dívidas fiscais astronômicas.
A pauta dos blogs pode ajudar a abrir a caixa preta da sonegação fiscal no país e a responder inúmeras perguntas do cidadão contribuinte. Procedem as queixas de que a estrutura atual da Receita Federal a torna implacável somente com os pequenos contribuintes? Como corrigir as distorções? Como age e quem faz parte do Carf? Como são prevenidos eventuais conflitos de interesse de seus membros? Como pudemos desconhecer a rotina do Carf durante tantos anos? Qual a situação das instâncias de recursos fiscais nos estados e no Distrito Federal? Como atua a corregedoria da Receita Federal? Quantos processos estão nas mãos dos corregedores? Quantos servidores da Receita foram punidos ou demitidos por ação da corregedoria? Onde e como está o processo administrativo fiscal da Rede Globo, acusada de sonegação bilionária? A ação da inteligência fiscal da Receita Federal contra a sonegação tem alcançado resultados satisfatórios? Se não, por quê?
Há que se fazer nos blogs agora o que o PIG não quis no caso da Petrobras: apurar as informações e expô-las de forma clara e compreensível. Abrir espaço para ouvir a manifestação de todos: governo, servidores da Receita, investigadores, procuradores da República, investigados - com a ressalva de que vários destes usam e abusam do seu poder econômico -, entendidos na área tributária e cidadãos. É preciso estimular o senso crítico das pessoas para que tirem as próprias conclusões no tempo certo. Não sabemos quanto vai demorar até a conclusão do inquérito da Polícia Federal.
Não se admite operação abafa nem a repetição dos erros cometidos pelo PIG sobre a Petrobras. Muito menos se pode embarcar na primeira opinião de que devemos jogar o bebê fora junto com a água suja do banho, ou seja, pedir para extinguir logo o Carf alegando completa desmoralização da participação de representantes dos contribuintes. A quem, então, os pequenos contribuintes recorreriam na esfera administrativa?
Bastam os equívocos rotundos dos comentaristas afoitos do PIG e de seus patrões, que fazem tanto mal ao Brasil. 

Operação Zelotes: O Globo ainda não dedicou manchete de capa a seus maiores parceiros e patrocinadores

por Luiz Carlos Azenha

Um leitor nos encaminha levantamento da cobertura de uma semana do jornal O Globo sobre a Operação Zelotes, da Polícia Federal. Neste período a Operação Lava Jato, direta ou indiretamente, mereceu três manchetes de primeira página. Três dentre dezenas nos últimos meses. A Operação Zelotes, por outro lado, saiu em chamadas de primeira página, mas nunca na manchete principal. Poderíamos argumentar, em defesa do jornal, que a manchete principal foi dedicada a assuntos nos quais o diário detinha exclusividade — na Zelotes, O Globo foi atropelado pelo Estadão. Mas, se é assim, como explicar que o escândalo do HSBC, no qual o jornal dos irmãos Marinho divide exclusividade no acesso aos dados com o UOL, também não mereceu uma única manchetona de capa?

O mesmo leitor notou que o Grupo RBS, ligado umbilicalmente aos Marinho, mereceu exatamente duas menções em toda a cobertura: num texto que reproduziu a denúncia do Estadão — com direito de resposta da RBS — e num editorial. Depois, nada, zip, zero.

É mesmo curioso observar a edição de sábado de O Globo . No alto da primeira página, uma denúncia lateral à Lava Jato, sobre suposto esquema envolvendo empreiteiras na construção de estradas. Remete à manchete da nobre terceira página, aquela que a gente abre de cara. Enquanto isso, a Zelotes foi parar num cantinho da primeira página, remetendo a um texto no caderno de economia, página 23. Talvez seja mera coincidência. Talvez tenha a ver com quem são os acusados: num dos escândalos, o da Lava Jato, tem petistas envolvidos. Nos outros, ainda não. Por outro lado, nos casos do HSBC e da Zelotes tem muita gente que frequentou ou frequenta as colunas sociais de O Globo. Para não falar na viúva de Roberto Marinho, no sócio dos Marinho no jornal Valor Econômico (o dono da Folha, beneficiário de uma conta no HSBC), na turma da RBS e nos poderosos patrocinadores. Segundo o Estadão: Bradesco, Banco Safra, Pactual, Santander, Bank Boston, Ford, Mitsubishi, BR Foods, Petrobras, Gerdau, RBS, Camargo Corrêa e Light.

A inapetência para o assunto talvez tenha relação com o imenso telhado de vidro das Organizações Globo quando se trata de sonegação fiscal. Afinal, a empresa foi acusada por um auditor da Receita Federal de montar um esquema com empresa de fachada num refúgio fiscal — a Empire, nas ilhas Virgens Britânicas — com o objetivo de sonegar impostos na compra dos direitos de TV das Copas de 2002 e 2006, esquema pelo qual os irmãos Marinho foram multados em mais de R$ 600 milhões. Bota telhado de vidro nisso!

Acredito que O Globo ainda merece o benefício da dúvida.

Quando eu trabalhava na Globo, a gente media o interesse dos donos da empresa por este ou aquele assunto a partir dos recursos humanos e materiais dedicados pela empresa às investigações. Quando investiguei caixa dois do PT em Goiânia, viajei com um dos melhores produtores da emissora, tive tempo e recursos à vontade. Quando investiguei as ambulâncias superfaturadas no Ministério da Saúde, o que poderia respingar no tucano José Serra, não pude viajar nem até Piracicaba. Foi tudo feito por telefone!

Se O Globo destacar seus mais competentes profissionais para investigar a relação entre a RBS e o Fisco, aí meu amigo terá cometido uma grande injustiça com o diário carioca.

Luciana Genro: “Nenhum setor da burguesia quer de fato o impeachment ou muito menos um golpe”

O Brasil caminha para a direita?

Há muito espaço para a esquerda crescer e ser a força mais dinâmica, mas ela precisa ser uma esquerda autêntica, que não tenha medo de dizer seu nome.

Esta pergunta angustia muitos ativistas e segmentos progressistas da sociedade, que temem que o resultado da crise política e econômica seja um golpe ou um processo de impeachment contra Dilma, capitaneado pelo PSDB.

Para tentar responder a esta questão é preciso olhar o presente de forma dialética, isto é, tentando organizar as contradições aparentes, buscando a essência dos fenômenos e sabendo que o presente não é apenas o instante, que ele ressoa experiências passadas, e também, é claro, projeta o futuro.

Então voltemos a junho de 2013, pois aquele evento colocou o Brasil na rota mundial da indignação, fenômeno que se expressou na Primavera Árabe e nas lutas sociais ocorridas naEuropa, principalmente na Espanha e na Grécia.

Não é difícil perceber que os resultados podem ser bem distintos. Mas antes de falar das conclusões, olhemos mais de perto o Brasil.

O levante de junho foi uma explosão juvenil e popular que revelou o desgaste profundo das instituições políticas, dos partidos e dos políticos.

Despertou uma simpatia generalizada na sociedade, desde os setores mais populares até a classe média que voltou às ruas no dia 15 de março. Desde junho não cessaram as lutas sociais. Um setor de massas mais consciente, ainda minoritário em relação à população mas capaz de alterar o cenário político, irrompeu na cena pública e se expressou inclusive no processo eleitoral, principalmente na votação do PSOL.

Foi com este setor que Dilma buscou dialogar no segundo turno, polarizando com Aécio Neves, com um discurso que alguns acreditavam expressar a possibilidade de uma guinada à esquerda no governo. Isso obviamente não se materializou.

Ao contrário, como dissemos na campanha, qualquer um que vencer vai aumentar o preço da gasolina, da luz e fazer um forte ajuste nas costas do povo. Assim foi, assim está sendo. O reajuste das tarifas, o descontrole da inflação nos preços de alugueis, utensílios básicos e alimentos elevaram o mal-estar social.

O sentimento de frustração experimentado pelos que acreditaram em Dilma se revelou na grande ausência de massas populares no dia 13 de março.

Convocado pelos velhos aparatos sindicais e pelo MST para ser um contraponto ao 15, acabou por demonstrar a fragilidade do governo, fato também confirmado pelas pesquisas de opinião que apontam uma mínima histórica para os índices de popularidade de Dilma: 64,8% consideram ruim ou péssimo o seu governo e apenas 10,8% consideram bom ou ótimo.

A situação defensiva dos governos, inclusive dos Estados, se evidencia com o crescimento das greves, principalmente do funcionalismo público. A corrupção revelada pela segunda etapa da operação Lava Jato, na qual aparecem nomes importantes do PT, como o seu tesoureiro nacional, agudiza a crise política.

A burguesia sente que é hora de agir. O desgaste não é só do governo, é de todo o regime.

O dia 15 de março foi então manejado pela Rede Globo, principal partido da classe dominante, para evitar qualquer possibilidade de um novo junho.

Tomou as ruas a mesma classe média que aderiu a junho na sua segunda etapa, na ocasião simbolizada no Movimento Cansei e na pauta da PEC 37, junto com grupos minoritário de direita que atuam nas Redes Sociais, insuflados pela Globo, pelo PSDB e pelas burguesias estaduais.

No imediato, esta nova conjuntura aberta pelo dia 15 de março pode inibir ações de massas pela esquerda, devido ao temor de setores da vanguarda de se confundir com a direita e a sua pauta do impeachment. Isso pode afastar do horizonte mais próximo ações mais fortes, como uma greve geral, mas não impedirá que as lutas sociais continuem pelas demandas concretas da classe trabalhadora, como salário e moradia, com destaque para o funcionalismo público e o MTST.

Os atos do dia 26 de março demonstraram também que uma ampla vanguarda juvenil está disposta a seguir nas ruas contra os cortes na educação, a precariedade e o alto custo do transporte público.

Além disso, apesar da natureza reacionária do dia 15, a corrupção enfurece todo o povo e, somada à crise econômica, torna a conjuntura explosiva.

A classe média não tem um projeto próprio. Ela pode ir a reboque da burguesia, e seus segmentos mais abonados em geral seguem um curso mais reacionário.

As franjas mais populares, entretanto, podem ser disputadas para um projeto de esquerda, por isso a denúncia da corrupção e a luta pelo confisco e cadeia para os corruptos, o Fora Renan e Eduardo Cunha não são bandeiras menores.

O novo escândalo envolvendo grandes grupos econômicos e midiáticos, como Gerdau e RBS, fará com que cada vez menos esta seja uma pauta da burguesia e da grande mídia.

Nenhum setor da burguesia quer de fato o impeachment ou muito menos um golpe.

Eles gostariam de ter derrotado o PT nas eleições, pois este partido já não consegue mais cumprir o papel de freio às lutas sociais, sua maior utilidade para garantir a aplicação dos planos econômicos capitalistas.

O filho legítimo da burguesia, Aécio Neves, era o escolhido para gerenciar os interesses do capital esta nova etapa. Mas ele perdeu, e agora a instabilidade política gerada por um processo de impeachment não interessa à burguesia. O que eles precisam é de um governo completamente rendido, que aplique a fundo o ajuste. E isto eles já tem.

Isto não significa que a queda de Dilma esteja descartada. As ruas muitas vezes vão além do que querem os seus dirigentes.

O fato é que a bandeira do impeachment, pelas mãos de Bolsonaro, Agripino Maia ou Aécio não tem potencial para arrastar multidões.

A falta de credibilidade do Congresso e o envolvimento na corrupção do segundo e do terceiro na linha sucessória colocam a necessidade de um eventual impeachment ser acompanhado de novas eleições. Isso a burguesia não quer, pois atrapalharia muito a aplicação do ajuste.

Imaginem agora, depois de tudo o que ocorreu, um novo processo eleitoral no qual os candidatos teriam que se posicionar sobre as medidas impopulares que Dilma vem tomando. Seria um desastre para o regime.

O PSOL não está pelo impeachment, pois não anda a reboque do reacionarismo. Mas também não estamos na defesa do governo. Muito pelo contrário: há momentos em que não dizer algo é manter a sua força em latência.

Então, retomando a pergunta inicial, acredito que não, em dinâmica o Brasil não está caminhando para a direita. Mas os processos que ocorreram ao redor do mundo demonstram que o desfecho das situações de crise e revolta social nem sempre se dão imediatamente de forma positiva.

A Primavera Árabe não conseguiu produzir, pelo menos de forma visível, uma alternativa de esquerda. Já na Grécia e na Espanha estamos assistindo processos muito mais vivos e progressivos.

No Brasil a degeneração do PT e sua utilização indecente do nome da esquerda empurra uma parte do povo para a confusão total sobre os conceitos de esquerda e direita e parcelas da classe media para a direita mesmo.

Mas há protestos sociais, categorias que lutam, cultura viva, movimentos por direitos civis que empurram para a defesa dos interesses populares e para a defesa da igualdade, para usar um termo genérico que é definidor da esquerda autêntica. E felizmente há o PSOL, que foi fundado quando os primeiros sinais da traição petista surgiram, quando ainda a imensa maioria apostava no PT.

Surgiu contra corrente, inspirado em revolucionários da história como Leon Trotsky, que também soube nadar contra a corrente quando muitos diziam que o stalinismo era o socialismo.

Por isso a pergunta não tem uma resposta definida. Dependerá da luta.

As condições da esquerda são favoráveis por que tivemos junho de 2013. Mas o legado de junho precisa ser honrado. Há muito espaço para a esquerda crescer e ser a força mais dinâmica, mas precisa ser uma esquerda autêntica, como diz Vladimir Safatle, uma esquerda que não tenha medo de dizer seu nome, e que, portanto, não tenha nada que ver com este governo que gerencia os interesses dos capitalistas e aplica um ajuste fiscal contra o povo.

Nosso desafio é construir um terceiro campo na política nacional.

O campo dos que não tem relação com as empreiteiras, contas secretas na Suíça e nem se beneficiam de manobras para sonegação fiscal.

O campo dos que querem conquistar uma democracia real, na qual o povo tenha as rédeas do país e a política econômica seja um instrumento para fazer justiça social e não para garantir o lucro dos bancos e o pagamento de juros aos especuladores.

O campo fiel às bandeiras de junho e à luta por mais direitos.

Por que a oposição e a grande mídia não pedi a cpi da Zelotes


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Estranha o fato de que até o momento nenhum congressista da oposição se movimente para colher assinaturas e pedir a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para aprofundar detalhes dos R$ 19 bilhões sonegados ao Fisco, descobertos pela Operação Zelotes; operação da Polícia Federal expôs figurões do pensamento liberal, como Jorge Gerdau, suspeito de pagar R$ 50 milhões para cancelar uma dívida tributária de R$ 4 bilhões; a RBS, afiliada da Globo e que tem como sócio Armínio Fraga, também foi fisgada numa propina de R$ 15 milhões para abater dívida de R$ 150 milhões; apesar dos números, a avaliação entre os líderes oposicionistas no Congresso é que não há disposição de desnudar grandes bancos, empresas e grandes doadores
Comentário:
Eu estranharia se a tucanalhada tivesse pedido essa cpi. A corja ser investigada? Nem pensar!

247: Até o momento, nenhum partido da oposição apresentou algum pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para aprofundar o que já se sabe da Operação Zelotes, da Polícia Federal, que investiga comercialização de decisões do Conselho Administrativo de Recurso Tributários (Carf) da Receita Federal. 

O prejuízo ao Fisco brasileiro com a sonegação de impostos é de R$ 19 bilhões, muito maior do que o descoberto na operação Lava Jato, que mantém presidentes de algumas das maiores empreiteiras do país presos há meses. Os partidos de oposição, que poderiam aumentar sua 'intifada' contra o governo e amplificando investigações contra os cofres públicos, até o momento não se manifestaram.
Nesta sexta-feira, 3, uma reportagem do jornal Estado de S. Paulo revelou que o grupo Gerdau, do empresário Jorge Gerdau, é suspeito de pagar a maior propina da Operação Zelotes: R$ 50 milhões para cancelar uma dívida tributária de R$ 4 bilhões. Um "bom negócio", com o pagamento de um real para cada 80 devidos (saiba mais aqui).
Além de Gerdau, outros nomes ligados à oposição foram desnudados pela Operação Zelotes. A RBS, afiliada da Globo na Região Sul, comandada por Eduardo Sirotsky, é acusada de ter pago uma propina de R$ 15 milhões para abater uma dívida de R$ 150 milhões. A RBS é sócia de ninguém menos que o economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso e ex-futuro ministro da Fazenda de Aécio Neves, presidente do PSDB.
Avaliação entre os líderes oposicionistas no Congresso é que não há disposição de desnudar grandes bancos, empresas e grandes doadores.



Ricardo Kotscho: Qual o maior escândalo?

A indústria da sonegação!
receitanova Qual o maior escândalo? A indústria da sonegação
"Vou lhe contar um pequeno segredo: aqui no Brasil empresas não gostam muito de pagar impostos".
Segredo para quem, cara pálida? O autor desta frase é exatamente quem deveria cuidar para que todos paguem seus impostos, o ministro da Fazenda Joaquim Levy. Em palestra que fez na semana passada, em São Paulo, a ex-alunos da Universidade de Chicago, onde também estudou, ele falou de passagem numa antiga prática, a sonegação fiscal, exercida desde sempre por amplos setores do alto empresariado nacional. Preferem pagar bons advogados e lobistas para pagar menos ou não pagar nada do que devem à Receita Federal.
Como de hábito, Levy depois tentou consertar o que disse, substituindo na transcrição oficial do inglês para o português a palavra "empresas" por "pessoas". Claro que ninguém gosta de pagar impostos, nem aqui, nem em Chicago, nem na China, mas o ministro deu azar de tocar neste assunto proibido justamente no momento em que a Polícia Federal deflagrava a Operação Zelotes, que está investigando 74 empresas suspeitas de causar um rombo de até R$ 19 bilhões aos já combalidos cofres públicos que Levy tenta salvar com seu ajuste fiscal.
Este é, de longe, o maior escândalo de corrupção da nossa história, quiçá do mundo, muito maior do que todos os mensalões e petrolões juntos, que há anos fazem a alegria da mídia udenista nativa, como mostram os números, que agora não tem mais jeito de esconder das manchetes e das capas de revista:
* Até o momento, do total do montante investigado, a Polícia Federal já identificou e comprovou prejuízos ao erário de R$ 6 bilhões causados pelo esquema, que envolve grandes grupos econômicos do porte dos bancos Bradesco,  Santander, Boston Negócios, Safra e UBS Pactual, e empresas como Ford, Gerdau, RBS, TIM, BRF, Petrobras, Light, Mitsubishi, Brascan e Marcopolo. Não tem cachorro pequeno nesta história e, até agora, não apareceram nomes de políticos (apenas uma sigla, a do PP, sempre ele, está na lista dos sonegadores investigados).
* Só este valor já corresponde a três vezes mais do que o total desviado no esquema de corrupção na Petrobras descoberto pela Operação Lava Jato e divulgado pelo Ministério Público Federal em janeiro: R$ 2,1 bilhões.
Para se ter uma ideia do que representa esta verdadeira indústria da sonegação, os R$ 19 bilhões e 77 milhões que deixaram de ser recolhidos à Receita Federal, só nos processos investigados até agora, estão próximos dos R$ 18 bilhões que o ministro Joaquim Levy pretende cortar este ano em benefícios trabalhistas e previdenciários, as principais metas do pacote fiscal que está paralisando o país. Ou seja, se o Ministério da Fazenda e a Receita Federal cobrassem dos grandes sonegadores o que devem, o governo nem precisaria fazer ajuste nenhum.
Só agora, com a Operação Zelotes, nós, simples contribuintes, ficamos sabendo da existência de um tal de CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), a sigla que esconde o grande ninho da corrupção numa bilionária parceria público-privada, espécie de segunda instância a que as empresas podem recorrer quando se sentem "prejudicadas" pela fiscalização.
A curiosidade deste tribunal tributário especial é que ele é constituído de forma paritária por servidores do Ministério da Fazenda e representantes das confederações e sindicatos patronais, ou seja, das pessoas jurídicas autuadas pelo Fisco.
A cada dia, aos poucos, novos escândalos vão aparecendo e mostrando como o CARF se tornou um ótimo negócio para as empresas devedoras da Receita Federal. Vamos só pegar alguns exemplos:
* Para não pagar uma dívida relativa a suposta sonegação de impostos da ordem de R$ 793 milhões, o Banco Safra está sendo investigado pelo pagamento de uma propina de R$ 28 milhões negociada com conselheiros do CARF, entre eles um procurador da Fazenda Nacional, Jorge Victor Rodrigues, segundo denúncia do jornal O Globo, com base em gravações de conversas interceptadas pela Polícia Federal, com autorização judicial.
* As investigações da PF no processo da montadora Ford levaram a um ex-presidente do CARF, Edison Pereira Rodrigues, que oferece seus "serviços" em troca de módicos 2% a 3% do valor devido, com garantia de "95% de chances" de reduzir ou anular as multas da Receita Federal. "Caso contrário, perderão com certeza. A bola está com vocês", escreveu Rodrigues em e-mail encaminhado à empresa e apreendido pelos agentes federais, no qual informa já ter trabalhado também para a Mitsubishi, "com sucesso", segundo reportagem da Folha desta quinta-feira.
* A Marcopolo, fabricante de carrocerias de ônibus, é suspeita de pagar R$ 1 milhão de propina para não pagar multa no valor de R$ 200 milhões, segundo denúncia do Estadão, o primeiro jornal a levantar o assunto, que já relacionou vários outros gigantes citados nas investigações (ver acima), como bancos, montadoras, empresas do setor alimentício, de construção e de telecomunicações. Parece que quase nenhum setor escapa. Todas as empresas, é claro, negam irregularidades e garantem só atuar dentro da lei. Segundo o jornal, dez conselheiros e ex-conselheiros do CARF estão sendo investigados por envolvimento no esquema.
É muito bom que os três principais jornalões brasileiros agora disputem esta gincana para jogar mais luz no escândalo das propinas da sonegação, abrindo ao caso o mesmo espaço e dando-lhe o mesmo tratamento concedido aos casos anteriores que abalaram o país.  Antes tarde do que nunca. E o governo o que faz? A julgar pelas declarações de Levy e do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, parece que ainda não está muito preocupado com isso.
Levy: "Não é uma coisa que se deva fazer com espalhafato, mas todas as ações serão e estão sendo tomadas". Quais? "O fortalecimento do Carf é um dos temas que elegi para a minha administração. É muito importante porque diminui a necessidade de se aumentar impostos". Fortalecimento? Como assim? Não seria melhor fechar de uma vez esta arapuca que só tem servido para sangrar os cofres públicos e encaminhar os reclamantes à Justiça comum, como qualquer um de nós?
Rachid: "Há 74 processos administrativos que estão sob suspeita pelas informações de que nós já dispomos (...) Mas não necessariamente os R$ 19 bilhões serão revertidos a favor da Fazenda Nacional". Por que não? O governo não está desesperadamente precisando de dinheiro para acertar as contas públicas? Não é justo aumentar a arrecadação, cobrando de quem pode e deve mais, em vez de cortar benefícios sociais de quem pode menos?
A crise não é só econômica, meus amigos. É política. O governo Dilma-2 precisa decidir de que lado fica.
E vamos que vamos.
Em tempo (atualizado às 14h):
Só para lembrar um detalhe que esqueci de colocar no texto acima: segundo estudo dos procuradores da Fazenda Nacional, a estimativa de sonegação fiscal para o exercício de 2015 está na ordem de R$ 500 bilhões.

Faustão e seus convidados

- Por fora?...
- Bela viola!

- Por dentro?...
- Pão borolento!

Faustão e seus convidados são os bons, bombons, bambans da moral e ética nacional. Cada um melhor que o outro. O ruim, o que não presta, os sem morais e sem ética são sempre os outros.  A direção do programa não convida dessa laia.

Mas, sei não. Tenho a impressão que sei lá?...

Porque o Faustão nunca deu um pio sobre a suposta sonegação da Globo, da RBS e da Verdes Mares? E sobre as celebridades com contas não declaradas no Suiçalão?

Aloooooooooô, Maitê Proênça, tu declarou teu dindin depositado na Suiça?


Paulo Nogueira: só vou acreditar na lei anticorrupção quando um tucano graúdo for preso

- O grande jornalista autor do texto abaixo, cometeu um pequeno erro. A questão não é a lei, leis temos de sobra, e quando a lei não existe, o judiciário - o mais corrupto dos poderes - aplica teorias. Óbvio que apenas para condenar réus do grupo dos quatro (4) Ps:

  • Pobres
  • Pretos
  • Putas
  • Petistas
Isto dito, vamos ler o excelente artigo do Paulo Nogueira - Diário do Centro do Mundo.





Guerra e Aécio
Guerra e Aécio
Montaigne conta, num de seus ensaios, que dois candidatos a um posto na Grécia Antiga debatiam publicamente.
Um deles fez um discurso longo, minucioso. Quando a palavra foi para o outro este, laconicamente, afirmou: “Vou fazer as coisas que ele disse.”
Ganhou.
As pessoas queriam menos palavras e mais movimento, mais ação.
É mais ou menos este meu sentimento diante da Lei da Corrupção apresentada, dias atrás, pelo governo.
Eu diria: o foco agora deveriam ser as ações, muito mais que as palavras.
Só vou acreditar nessa lei quando um tucano graúdo for preso, por exemplo.
Na Lava Jato, o único líder do PSDB realmente em situação complicada é um cadáver.
Há poderosas evidências de que o ex-presidente do partido, Sérgio Guerra, levou 10 milhões de reais para bloquear uma CPI da Petrobras, alguns anos atrás.
Se o presidente de um partido é seu símbolo máximo, eis aí um retrato pouco edificante do PSDB.
A posição do atual presidente tucano na Lava Jato, Aécio Neves, também não é exatamente confortável.
Para encurtar: fosse do PT, Aécio  fatalmente rumaria para a Papuda ou algum destino semelhante. Ou, pelo menos, estaria na Lista de Janot.
Youssef, o doleiro delator, disse, conforme mostra um vídeo publicado na semana passada, que Aécio dividia uma diretoria com o PP na estatal Furnas.
Por dividir, você deve entender o seguinte: metade do dinheiro desviado mensalmente ia para Aécio, e a outra metade para o PP, cujos deputados batem panelas e fazem inflamados discursos contra a corrupção.
Este Mensalão, disse Youssef, equivalia a 120 mil dólares. Quem operava para Aécio, pergunta um interrogador. Youssef fala na irmã de Aécio.
Todos sabem o papel vital de Andrea, como ela se chama, na vida de Aécio. No seu governo, era ela que administrava as verbas de publicidade oficiais.
Quem criticava Aécio ficava à míngua. E claro que, para os Neves, não havia uma afronta à ética em colocar recursos públicos nos produtos de mídia da família.
Com tudo isso, Aécio se livrou da lista.
E mesmo tendo no passivo infâmias como o aeroporto de Cláudio ele não fica vermelho ao posar como Catão e fazer virulentos discursos contra a corrupção, sempre com generosa cobertura da mídia amiga.
A melhor frase sobre o Brasil destes tempos foi pronunciada por um deputado do PSDB metido em alguma encrenca.
Com uma franqueza tonitruante, ele disse que, já que não é do PT, sabe que não será preso.
Alguém pode contestá-lo?
Então repito: só vou acreditar na lei anticorrupção quando terminar a imunidade dos tucanos – e um deles, vivo de preferência, der entrada numa cadeia.
Me segurei para não acrescentar o seguinte: e também quando um caso de sonegação como o da Globo for exemplarmente punido, como se faz em sociedades avançadas. (Por muito menos que o golpe da Globo o presidente do Bayern de Munique está preso.)
Mas não, aí já seria demais.
Sou sonhador, mas nem tanto.
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Briguilinks

Poemito inédito de Maitê Proença

Xingo o Bolsa Família
Grito Xô corrupção
Recebo Bolsa dondoca
Tô na lista da sonegação

Bato panela
A cara não fica amarela
Vergonha tenho não.

Sou celebridade
Minto minha idade dia após dia
Meu nome é hipocrisia.

Eu a Globo e o HSBC tudo a ver
Só negação!


Os Marinhos e o SwissLeaks-HSBC

A família Marinho de saia justa, justissíma.

A lista do Suiçalão entregue por Fernando Rodrigues ao jornal O Globo revela que um dos irmãos tem dinheiro depositado na Suiça sem que os outros soubessem.

É, quem sonega do fisco, sonega de todo mundo.

Qual a surpresa?

Nenhuma!

Surpresa seria O Globo publicar uma vírgula sobre a sonegação familiar.

Briguilinks do dia passado a limpo

Não li a publicação de Noblat. Mas, a resposta de Nassif evidencia que tratou-se de uma rude caricatura, que se pretendia desqualificar ao Lula, mereceu uma resposta que implodiu com o orgulho do caricaturista. Há um aspecto da trajetória de Lula que sempre chamou-me a atenção e que pouco verifico as pessoas comentarem. O fato de que ele
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Por que Renan devolveu a MP da desoneração da folha de pagamento

Porque a família Marinho deixa de embolsar mais 300 milhões por ano. Isso sem falar no que embolsa com sonegação


O Valdir Macedo, informante do Conversa Afiada – sim, porque o C Af não é como as repórteres da Fel-lha, que trabalham com fontes anônimas – Valdir calcula que a desoneração da folha de pagamentos significava uma economia de R$ 300 milhões/ano para a Globo.

A desoneração prejudica empresas que têm uma concentração forte em altos salários – como os do Gilberto Freire com “i” e o Ataulfo Merval.

R$ 300 milhões ?

Uma merreca.

Ai, o Levy resolveu fazer o ajuste da Urubóloga e acabou com a desoneração da folha da Globo, via MP.

(Se a desoneraçao é de R$ 300 milhões, ponderou o informante Valdir, imagine quanto é a folha…)

Renan jogou para a Globo e devolveu a MP à Dilma.

Hipócritas, os colonistas da Globo interpretaram o gesto como a rebelião do PMDB contra a Globo.

Não passa de velho truque do velho Renan de guerra.

Quando ele se viu encurralado atrás da cama com a Mendes JR, o que fez, para se blindar com a Globo e o detrito sólido?

Enterrou a CPI do Cachoeira.

Nada de novo.

No Renan.

Nem na Globo.

Só troca o lençol da cama.

Paulo Henrique Amorim


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