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Não existe sonegação no Brasil, afirmaram os filhos de Roberto Marinho

Terra do faz de conta - Depois de afirmar que não existe corrupção na Rede Globo, os três porquinhos - Roberto, João e José Marinho elencaram outros inconvenientes superados pelo inequívoco progresso da Vênus enferrujada. "Não existe mais sonegação no Brasil", celebraram abraçando o dono da Natura, do Bradesco e do Itaú. Demonstrando unidade ideológica, Jorge Gerdau, coçou a careca e afirmou: "Não existe aquecimento global no Brasil". "Tampouco existe corrupção no Judiciário", arrematouJoaquim Barbosa. No final da tarde, o governador Geraldo Alckmin checou o nível da Cantareira e concluiu: "Não existe falta d´água em São Paulo".



Eduardo Cunha o queridinho do pig sendo lavado a jato

- Os três porquinhos e seus camaradas botam panos quentes sobre o São Eduardo Cunha, candidato deles a presidência da Câmara Federal -

 Fernando Brito
careca
Agora vamos ver como a mídia se comporta com a sua grande esperança de criar um foco de sabotagem ao Governo Dilma na Câmara dos Deputados.
Como, agora, acusar equivale a condenar, Eduardo Cunha não pode mais contar com a presunção da inocência das acusações de levar dinheiro do “ladrão de carreira” Paulo Roberto Costa, através das entregas feitas pelo policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o “Careca”.
É o que revela a Folha, numa matéria em que, cheia de dedos com o inimigo da regulação da mídia diz que Cunha está no grupo daqueles “que têm contra si somente indícios de participação em transações criminosas”.
Ou seja, que vai ser investigado, mas não denunciado imediatamente.
Entre outras razões, porque o MP e o juiz Sérgio Moro não aceitou a “delação premiada” de “Careca”, bagrinho no esquema, cuja a função era levar a bufunfa a domicílio.
O MP e o Dr. Moro acham que indulgência devem receber os mentores e autores da roubalheira, não o entregador de grana que é capaz de dizer quem, quando, onde e como recebeu.
E, claro, a de Youssef, nas palavras do Dr. Moro, um “ladrão profissional”.
Portanto, “Careca” não vale contra Cunha.
Porque Cunha é “vip” e escapou até de uma acusação de cumplicidade criminosa com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, onde a coisa sobrou só para o procurador que falsificou documentos que o beneficiavam.
Um caso bem parecido com o da sonegação da Globo, onde o criminoso pratica o crime de interesse de terceiro sem que este, coitado, nada tenha a ver com isso.
É capaz de o implante de cabelos do deputado  que dá nó em pingo d´água parece que vai salvá-lo do “Careca”.



Família mais rica do Brasil é contra taxar grandes fortunas

Os Marinhos da Rede Globo também são contra impostos como a CPMF - que servem para evitar sonegação -.

E contra a regulamentação da mídia idem.

Estão eles defendendo o interesse público ou interesses próprios, qual tua opinião?

A Globo tem licença para sonegar?

por Emanuel Cancella*, via e-mail
A TV Globo sonegou o imposto de renda na transmissão da Copa do Mundo de 2002.
O cidadão comum cai na malha fina, muitas vezes por um erro fortuito na declaração. Já a maior emissora do país faz contrato em paraíso fiscal, para fugir das responsabilidades sociais, se apropriando de recursos públicos que iriam para a educação, saúde e obras de infra-estrutura.
Enquanto lesa os cofres públicos, a Globo entulha a mente dos brasileiros de porcarias e, como se fosse pouco, ainda torce contra o time da casa. Tem semeado o pânico e enfatizado notícias sobre investidores norte-americanos que vêm entrando com processos na Justiça contra a Petrobrás.
A última delas foi uma ação coletiva, por iniciativa de moradores da cidade de Provance, que se sentiram lesados na compra das ações da empresa brasileira. No entanto, a queda no valor das ações de petróleo não está atingindo apenas a Petrobrás. Shell, Chevron, Total, Gasprom e as demais estão tendo prejuízos imensos, com a queda do valor do barril de petróleo no mercado internacional.
Que tal se nós, cidadãos e contribuintes brasileiros, a exemplo dos cidadãos norte-americanos, também iniciássemos um amplo movimento, por nos sentirmos lesados diante da sonegação fiscal das Organizações Globo?
Ou a Justiça cobra da Globo o que nos deve, com juros e correção monetária, ou vamos recorrer junto à Receita Federal exigindo isenção do pagamento do Imposto de Renda. Por que só a trilionária Rede Globo pode sonegar?
A sonegação é a maior de todas as formas de corrupção. Trata-se da apropriação indevida de dinheiro que deveria ser destinado ao financiamento de escolas, hospitais públicos, creches, estradas, saneamento.
O Globo faz lobby em favor das empreiteiras de petróleo norte-americanas, alegando que as prestadoras de serviço brasileiras estariam sem moral para tocar nossas obras. O problema é trocar seis por meia dúzia. As multi do setor petróleo dos Estados Unidos são consideradas as mais sujas do mundo, inclusive responsáveis pelo maior vazamento de óleo do planeta, no Golfo do México.
A Globo estimula os acionistas da Petrobrás a entrarem na Justiça, usando como exemplo os investidores de Nova Iorque, e parece muito pouco preocupada com as consequências disso. De fato, age como se fizesse parte do time das petrolíferas e demais empresas estrangeiras, prontas para se abanquetar, também, com as riquezas nacionais.
Ir à Justiça e defender seus direitos é prerrogativa de qualquer cidadão, no Brasil e no mundo. Mas, no caso da Globo, não existe inocência entre intenção e gesto. Há uma estreita conexão entre a intenção de destruir a Petrobrás e as notícias divulgadas.
A Globo diz que já teria pago os impostos pela transmissão da Copa de 2002. Mas, cadê o Darf – recibo de pagamento? Já houve manifestação na porta da emissora cobrando que exibisse o comprovante, mas os donos da empresa desconversam.
Que moral tem as Organizações Globo para incentivar a entrega do nosso petróleo às empresas estrangeiras, escorada na crise que abala a Petrobrás, se ela própria entulha porcarias na cabeça do povo e sonega impostos?
Ou a Receita Federal estende o direito a sonegação ao cidadão comum ou cobra de quem deve, e muito, a cada um de nós. O pau que dá em Chico, também dá em Francisco.
*O autor é diretor do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)
Leia ta

Leandro Fortes - como o governo do PT banca a pior mídia do planeta

O recente levantamento publicado pela “Folha de S.Paulo” sobre despesas de publicidade do governo federal, nos últimos 14 anos, 12 dos quais sob o comando do PT, é, ao mesmo tempo, um espanto estatístico e um desalento político.
Foram 15,7 bilhões de reais despejados, prioritariamente, em veículos de comunicação moralmente falidos e explicitamente a serviço das forças do atraso e da reação. Quando não, do golpe.
O mais incrível é que 10 entre 10 colunistas cães de guarda da mídia não perdem a chance de abrir a bocarra para, na maior cara de pau, acusar blogueiros de receber dinheiro do governo para falar bem do PT.
Ainda que fosse verdade (99% dos blogueiros não recebem um centavo de ninguém), ainda assim, não seria injusto.
Isso porque somente a Globo recebeu 5 bilhões de reais dos cofres públicos para, basicamente, falar mal do PT. Nada menos que 1/3 de todo dinheiro gasto com publicidade pelo governo federal.
E se pode, ainda, colocar mais 1 bilhão de reais por fora, valor atualizado da sonegação de impostos com a qual a Globo está envolvida.
Sem falar na Editora Abril, responsável pelo esgoto da revista Veja.
Apesar do histórico de invencionices, o balcão dos Civita faturou quase 300 milhões (!!) de reais de grana do contribuinte para produzir lixo tóxico disfarçado de jornalismo.
Isso significa que o negócio do jornalismo no Brasil, sempre tão ávido em apontar o dedo para o governo, simplesmente, não vive sem o dinheiro da Viúva.
Esse levantamento reforça a tenebrosa impressão de que os governos do PT foram definitivamente dominados pelos oligopólios da mídia de forma a garantir-lhes renda líquida e necessária, mesmo que a contrapartida seja a fatura conhecida de todos: calúnia, difamação, injúria, mentiras, boatos, assassinatos de reputação e ataques editoriais.
Por essa razão, tornou-se imperiosa a necessidade de se fazer, imediatamente, uma revisão geral dos critérios de aplicação de publicidade oficial nessas máquinas privadas de sucção de dinheiro público.
Em um mundo virtual, onde a comunicação de rede trabalha com audiência de milhões de pessoas em torno de um único post nas redes sociais, tornou-se totalmente obsoleto o tal “critério técnico”, seguido como evangelho pelo governo federal.
Está bem claro quem são os beneficiários dessa armadilha burocrática mantida intacta pelo Palácio do Planalto.
E, é bom que se diga, isso nada tem a ver com regulação da mídia, nem se inclui em qualquer dessas falsas polêmicas relativas a liberdade de imprensa e de expressão – tão caras a moralistas e hipócritas a soldo das empresas de comunicação.
Trata-se de acabar com um sorvedouro de dinheiro público.

Briguilinks

Faça da tua vida um road movie Pronto para o passeio? A estrada é suave e a conversa vai ser boa. Para dar a partida, temos todo um gênero no cinema dedicado a filmes que se passam nas estradas, com protagonistas em fuga ou em rumo de um destino especial. São road movies, e a lista desse gênero, além de enorme, inclui algumas das melhores obras da história do cinema. Você provavelmente
O meio termo vale a pena? Em muitos casos, ao balançar entre preço mais baixo e benefícios, você acaba ficando sem os dois. Felizmente, este não parece ser exatamente o caso da família 730, embora ainda haja algumas falhas que vamos explorar mais para frente.Antes de tudo, vamos ser diretos: a única diferença entre o 730 e o 735 é que o primeiro tem suporte a dois chips SIM permitindo
Nos últimos programas, ele tem dito coisas que não estão no roteiro do pessoal da Globo. A última delas foi uma defesa da "biografia impecável" de Dirceu perante um pelotão de velhas senhoras furiosas. Não vejo Jô, e para ser sincero não me interessa a razão pela qual ele tem saído do trilho da Globo. Mas vi um vídeo de pouco mais de um minuto em que ele falou de Dirceu. O que mais me chamou
Para os apresentadores e comentaristas dos telejornais da Globo se indignarem com apropriação indébita e sonegação de grandes empresas. Por que será, que isso nunca acontece? Briguilinas do dia>>> 
...Desde que o homem se apercebeu que seria lucrativo para ele contar com dinheiro para dois, o mercado produtor - trabalho e capital - perdeu importância. Os agiotas, financistas, rentistas e cia institucionalizaram a corrupção. Esta máxima (acima) só não vale para o Brasil. No Brasil a corrupção teve início no dia Primeiro de Janeiro de Dois Mil e Três (01/01/2003), quando Luis Inácio Lula da
A comissão nacional da verdade (CNV) divulgou ontem seu relatório final, onde relaciona 377 nomes sob a qualificação de 'autores de graves violações de direitos humanos'. Nela consta o nome de Leo Guedes Etchegoyen. Sobre o fato, nós, viúva e filhos, manifestamos a nossa opinião. Jamais fomos contatados por qualquer integrante ou representante daquela comissão, nem o Exército recebeu qualquer
no Diário do Nordeste Espanto, e enorme, provoca-me a sucessão de prisões, ao longo de todo o País, de executivos de grandes empresas ou de administradores do setor público, sob a acusação de formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa / passiva, desvios de verbas, lavagem de dinheiro etc. Consultei um de meus botões - especialista em "Três meus; um, teu" - e o tal botão pediu-me cautela,
Sem manchete "espetaculosa", sem repercussão nos portais de seus jornais e sem chamada no televisivo Jornal Nacional, a revista Época, da Globo, publicou na terça-feira (9) que, a operação Lava Jato da Polícia Federal (PF) apreendeu, três semanas atrás, na sede da empreiteira Camargo Corrêa, uma tabela que relaciona políticos, obras e valores em dólares. Suspeita-se que a lista indique propinas
A melhor piada sobre a paixão dos franceses pelo Woody Allen foi feita pelo próprio Woody Allen. Naquele filme em que ele é um diretor que fica cego no meio das filmagens, continua a filmar mesmo sem enxergar nada e, claro, faz um filme que ninguém entende — a não ser os franceses, que descobrem significados ocultos no caos. O filme termina com o diretor, ridicularizado pela crítica americana,
Agora só falta o PAC do pig - regulamentação da mídia - João Augusto Briguilinas do dia>>> 
Sete Selos: Antologia Apocalípticapor Vários AutoresO medo do fim do mundo assola a humanidade desde suas primeiras civilizações. Apocalipse, Armageddon, Dilúvio, Profecias Maias... Nosso planeta nunca esteve tão ameaçado. Prever um futuro incerto e envolto em tragédia, pode ambientar nosso lar em diferentes situações e inesperados fins: fogo, gelo, água, areia, fome, pestilências,



Dou um doce

Para os apresentadores e comentaristas dos telejornais da Globo se indignarem com apropriação indébita e sonegação de grandes empresas.
Por que será, que isso nunca acontece?
Briguilinas do dia>>>



“Esse homem é muito bom. Ajuda todo mundo”

Tenho certeza que todo mundo conhece essa realidade revelada nesse texto abaixo, seja em Cláudio-MG ou Iguatu-Ceará. Além de todo Brasil. É para continuar lutando contra esses privilégios e abusos que nós (Povo) vamos reeleger Dilma Roussef. 

Leia, curta, compartilhe, retwitte e comente a reportagem do jornalista Joaquim Carvalho (DCM)

Em abril de 2012, o Fantástico, da Rede Globo, mostrou a fachada de um casarão antigo no município de Cláudio onde o comerciante Tancredo Tolentino, o Quedo, entregou propina ao desembargador Hélcio Valentim de Andrade Filho, em troca de um habeas corpus para libertar dois traficantes. Na sexta-feira passada, eu fui a Cláudio e vi que o casarão ganhou outra finalidade. Além de vender a cachaça Mingote, abriga o comitê eleitoral de Aécio Neves, e Quedo assumiu a coordenação da campanha na região centro-oeste de Minas.
No sábado, depois de entrevistar mais de dez pessoas e de ver o processo que apura a construção do aeroporto, voltei à Mingote para tentar conversar com Quedo. Primo de Aécio, ele é o personagem onde dois escândalos se encontram. O pai de Quedo, Múcio, que é tio de Aécio e ex-prefeito de Cláudio, é o dono da fazenda onde o aeroporto foi construído com dinheiro público. Até estourar o escândalo, a chave do aeroporto ficava em poder da família.
Quedo é também o elo que ligou traficantes presos na região de Cláudio a um desembargador nomeado quando Aécio era governador de Minas Gerais. É o caso noticiado pelo Fantástico, numa reportagem de 11 minutos, rica em detalhes sobre a investigação da Polícia Federal, mas miserável num aspecto: em nenhum momento, é citado o nome de Aécio, embora uma reportagem publicada anos antes na revista do mesmo grupo, a Época, tivesse revelado que Aécio era produtor da cachaça Mingote.
Quedo chegou em um Uno, modelo novo, na companhia de mais três pessoas. Estava de boné, quando me apresentei como jornalista e disse sobre o que gostaria de conversar. Quedo tirou um celular do bolso, me perguntou para quem eu trabalhava e digitou um número. Depois de conversar no telefone, explicou que era da assessoria do primo. “Se eles deixarem, eu falo”, disse.
Enquanto aguardava orientação da cúpula da campanha, Quedo me convidou para sentar num banco em frente à casa da mãe dele, ao lado da Mingote, e disse que precisava ter cautela. “Afinal, é uma disputa para presidente e nós estamos na frente. Daqui uns dias, a Dona Dilma vai morar em Cuba”.
Quedo quis saber o nome das pessoas que eu havia entrevistado e mencionou o ex-vereador Israel de Souza, conhecido como Relinho, autor da denúncia em que o Ministério Público cobra do tio de Aécio a devolução do dinheiro gasto na construção da primeira pista do aeroporto.
Não confirmo, e a conversa prossegue. O telefone toca. “Sim, ele está aqui do meu lado e o carro prata está estacionado aqui na frente da minha casa… Estou vendo o carro”, diz ele, se referindo ao veículo alugado que uso para fazer a reportagem. Desliga o celular e olha para mim, nem um pouco ameaçador.
“Eu já soube que você estava com o Relinho, em frente à fazenda do Aécio. Você sabe que a única pessoa da minha família que se dá bem com o Relinho sou eu? Ele é uma pessoa amarga, difícil. Acho que não se dá bem nem com a família dele”.
Ex-vereador por quatro mandatos, Israel de Souza, hoje com 70 anos, tem uma oficina que conserta geladeiras e já prestou serviços para Tancredo Neves e a mulher, dona Risoleta, tios de Quedo.
A avenida onde fica a Mingote, uma das principais da cidade, se chama Tancredo Neves e é bastante movimentada, mesmo para um sábado à tarde. Um carro passa, ouve-se a buzina e vê-se um aceno efusivo. “É 45!”, grita o motorista para Quedo.
Um carro para, descem algumas pessoas e um homem pergunta, depois de cumprimentar Quedo: “Tem adesivo, desses bem grandes?” Quedo manda um funcionário buscar balde de água e adesivos.
Enquanto o próprio Quedo adesiva o carro, utilizando água para colar, o rapaz que desceu diz: “Esse homem é muito bom. Ajuda todo mundo”. Dois outros carros param e também pedem adesivo.
Um deles, com uma camionete, ganha um adesivo: “Sou médico e voto Aécio”. O homem explica que é uma homenagem à filha, que é médica. O passageiro de um Gol velho, um moreno de bermuda e chinelo, bem alegre, pede o adesivo em troca de uma ajuda para a gasolina.
Quedo afixa o adesivo e tira R$ 10,00 do bolso. O passageiro demonstra satisfação e, rindo, olha para o motorista: “Três litros de gasolina”. Quedo diz: “É assim o dia inteiro.”
No primeiro turno, Aécio teve mais de 12 mil votos na cidade, Dilma, quase 2 500, Marina, 600, e Luciana Genro, surpreendentes 280. “Quem vota nessa maluca? Ela parece que engoliu uma enciclopédia e fala o que dá na telha”.
Quedo volta ao tema do aeroporto: “Foi bom para a cidade. Tem um empresário aqui, o Pedro, que disse que, se o Múcio deixar, ele vai usar o aeroporto”. Como assim, Múcio deixar? O aeroporto não é público? Quedo lembra que não está dando entrevista.
Antes de voltar à Mingote, para entrevistar o Quedo, estive no aeroporto. O portão estava fechado, mas o cadeado era bem novo e diferente daquele que foi fotografado pela Folha de S. Paulo na reportagem que revelou a existência dessa obra em Cláudio.
Quem conhece os hábitos políticos em Cláudio e a tradição dos Tolentino, coronéis no passado, aposta numa versão: o tio de Aécio não quis entregar a chave depois que o escândalo eclodiu, e o prefeito, aliado de Aécio, mandou trocar o cadeado.
A manutenção da chave que abre o portão do aeroporto em poder do ex-prefeito se tornou insustentável depois que o Ministério Público abriu uma investigação para apurar o caso. Numa resposta ao Ministério Público, a prefeitura diz estar hoje em posse da chave do aeroporto.
Mas, mesmo com a troca da chave, permanece o conflito entre público e o privado nas terras da família Tolentino, onde Aécio desfruta de um quinhão hereditário.
A pergunta que todos em Cláudio se fazem é: por que o governo do Estado gastou quase R$ 14 milhões na pavimentação de uma pista de aeroporto, mais 1 milhão para desapropriar a área, se o município tem muitas carências, como a falta de um grande hospital?
A resposta pode estar 31 anos atrás, quando o avô de Aécio, Tancredo Neves, governador de Minas Gerais, transferiu dinheiro do estado para a prefeitura de Cláudio, na época chefiada pelo seu cunhado Múcio, construir um campo de pouso.
Uma publicação da prefeitura à época mostra um orgulhoso prefeito, com uma perna assentada num barranco, inspecionando como um general a obra feita com dinheiro público na sua propriedade. A foto ilustra o que a publicação chama de progresso de Cláudio.
Na ação civil pública aberta em 1999, onde esta foto foi juntada, o promotor de Cláudio à época pediu a devolução aos cofres públicos do dinheiro gasto na obra e revelou que, em sua investigação, constatou que  não teve sequer licitação.
Em seu depoimento ao promotor, Múcio confirmou que o campo fica em sua propriedade, e um dos primeiros pousos foi de um avião que trazia o recém-eleito presidente da República Tancredo Neves, acompanhado do governador de São Paulo, Franco Montoro, e do ministro da Agricultura recém-nomeado, Pedro Simon.
quedo

O atual titular do Ministério Público em Cláudio, Marcos Lamas, herdeiro da ação, compara a obra de construção do campo à ampliação de uma casa.
“É como se o estado construísse uma piscina no quintal da minha casa, mas só poderia usar a piscina quem eu quisesse”, diz o promotor. “Vou cobrar o ressarcimento da obra, com correção e juros”.
Na única vez em que houve um cálculo sobre o valor a ser ressarcido ao estado, citou-se a cifra de R$ 250 mil, bem inferior ao valor depositado com a desapropriação feita por Aécio para a pavimentação da pista: R$ 1 milhão.
Por que, quando governador, Aécio decidiu pavimentar o campo de pouso construído pelo tio, com dinheiro do estado liberado pelo avô, numa propriedade da família?
O argumento do ex-governador é que Cláudio, embora tenha pouco mais de 30 mil habitantes, é o maior polo de fundição artesanal do Brasil e, portanto, com atividade econômica que justificaria o aeroporto.
Há pessoas ricas na cidade, mas apenas três utilizam regularmente transporte aéreo próprio. Gino, da dupla sertanejada Gino e Geno, tem um helicóptero, mas a propriedade dele já conta com um heliponto.
O empresário conhecido como Pedro Cambalau tem avião, mas usa o hangar do aeroporto de Divinópolis, a 50 quilômetros dali. Aécio também usa avião e helicóptero particulares regularmente, e admitiu que utilizou a pista algumas vezes. Ainda assim, se justificaria o investimento?
Segundo o ex-vereador Israel de Souza, o tio de Aécio liberou a pista algumas vezes para amigos e conhecidos praticarem aeromodelismo, e pequenos aviões pararam ali para voos panorâmicos fretados.
O aeroporto de Cláudio fica à margem direita da rodovia de acesso à cidade, em frente a um motel. É parte de uma vasta área que pertenceu ao trisavô de Aécio, Domingos da Silva Guimarães, o Mingote, chefe do clã que se uniria à família Toletino.
A partir do aeroporto, seguindo estrada adentro, depara-se com placas como Fazenda Casa Rosa – Dr. Osvaldo Tolentino (tio de Aécio), Fazenda Santa Ignês / Tia Zezé (parente de Aécio), TAN (Tancredo Augusto Neves (tio de Aécio), Fazenda Cachoeira / Cueio do Jacó (primo de Aécio) e Fazenda da Mata / D. Quita (bisavó de Aécio), hoje em poder do próprio ex-governador.
O aeroporto não é o único bem que revela dificuldade ao visitante de saber o que ali é público e o que é privado. Na fazenda da Mata, encontrei a base de uma torre de alta tensão sem a parte de cima.
Israel de Souza me explicou que, há alguns anos, quando Aécio era governador, ele desviou a rede de alta tensão de sua propriedade. No terreno por onde passava a rede, mandou construir um haras. “A cidade ficou um dia sem luz só para fazer esse desvio”, conta.
A rede hoje faz um traçado curioso. Os cabos vêm em linha reta até o início da propriedade de Aécio, desvia para o lado direito e lá na frente, fora do perímetro da fazenda, para o lado esquerdo. “É um zigue-zague que ele fez para desviar da obra”, diz o ex-vereador.
Um pouco adiante, vê-se uma nova estrada, que desviou o trânsito da fazenda da Mata. “A obra até que foi boa, porque encurtou o caminho de quem vai para o povoado de Matias, mas ele não fez por isso. Fez para tirar o movimento da frente da fazenda”, conta.
Israel conta que, antes do desvio, costumava passar pela frente da fazenda da Mata com seu fusquinha branco. Um dia, avistou um grupo de cavaleiros adiante e fez a ultrapassagem.
Alguns homens galoparam e mandaram Israel parar, para adverti-lo de que ele não poderia fazer isso, pois levantara poeira em cima do governador. “Como é que eu ia saber que era o Aécio? Se alguém tivesse sinalizado, eu não passaria. Mas não tinha ninguém sinalizando e o carro é mais rápido do que um cavalo”, comenta.
A fazenda é uma herança que dona Risoleta deixou para sua filha, Inês Maria, mãe de Aécio e de Andrea. Mas é Aécio quem manda ali, herdeiro de uma tradição da família Tolentino. A sede da Fazenda da Mata é ocupada sempre pelo Tolentino mais poderoso.
Era do Quinto Alves Tolentino e da sua mulher, dona Quita, passou para dona Risoleta e seu marido, Tancredo Neves, e deles para Aécio. Quem toca a casa é uma senhora que cuida de Aécio desde que ele era criança. É uma mulher que permaneceu solteira e o acompanha nas suas viagens com a família.
“Dona Deusa é quem cuida da roupa e da comida do Aécio. Esses dias, eu perguntei para ela como se sentia sendo tia avó dos gêmeos. Ela disse: ‘eles são uma gracinha’”, conta uma moradora de Cláudio, comerciante, que conhece a família.
De volta à conversa com Quedo, ele continua a falar sobre a campanha do primo. “Você viu o depoimento que a Denise Abreu gravou na internet?”
Antes que eu responda, telefona para alguém e pede para enviarem para o meu celular uma gravação em que ex-diretora da ANAC diz que o aeroporto de Cláudio é irrelevante perto das obras do governo federal em Cuba.
Enquanto Quedo cola mais um adesivo em carro, um morador explica que o primo de Aécio se tornou popular em Cláudio porque é ele quem costuma agilizar atendimento médico em hospital de outras cidade, principalmente Betim.
“Quando alguém quebra a perna e não consegue atendimento na Santa Casa de Cláudio, procura o Quedo, e ele com certeza arruma atendimento em alguns lugar”, conta.
Quedo ouve e confirma: “Gosto de ajudar as pessoas.” Ainda que a ajuda, no caso de hospitais, seja pelo Sistema Único de Saúde. Influência do primo?
Quedo já cumpriu pena na cadeia da cidade por sonegação fiscal. Foi na década de 90, e algumas pessoas dizem que, no cárcere, tinha tratamento vip. Recebia visitas na hora que queria, e chegou até a fazer churrasco para amigos.
Em 2011, quando voltou a ser preso, flagrado na negociação de habeas corpus para liberar traficantes, a cidade não se surpreendeu.
“Todo mundo sabe que o Quedo já mexeu com coisa errada, mas ele é tão boa pessoa que a gente nem fala nesse assunto. Nas cavalgadas,  quando o Quedo passa, todo mundo cumprimenta: oi, Quedo! Às vezes, o Aécio também participa, e a gente cumprimenta: Oi, Quedo. Oi, Aécio. E eles respondem.”
Quedo é alguns meses mais velho que o primo famoso. O telefone toca, Quedo troca algumas palavras e diz:
– A ordem lá de cima é esta: nada de entrevista. Eles me disseram que, se você quiser me entrevistar, venha na segunda-feira depois da eleição. Eu até queria dar entrevista, mas não quero prejudicar. O negócio não é brincadeira. Está em disputa a Presidência da República.
Vou embora, sem a entrevista de Quedo.
Com mais de 30 mil habitantes, Cláudio, no centro oeste de Minas Gerais, é uma cidade conhecida na região por suas lendas. A professora Noeme Vieira de Moura registrou algumas delas, em textos publicados em jornais e revistas do município. Uma fala de um tesouro enterrado numa serra da cidade. Muitos fizeram escavações, mas ninguém encontrou o tesouro, todos afugentados por ventanias e vozes ameaçadoras. A outra lenda é a da santa encontrada também em uma serra. Os homens ricos tentaram levar a imagem para a matriz, mas toda noite ela desaparecia e voltava para o lugar onde foi encontrada. Os proprietários de terra tentaram construir uma capela no local, mas a santa desapareceu para sempre.
Tanto num caso quanto em outro, os escravos são personagens centrais. São eles que escondem o tesouro para não serem roubados pelos senhores. Na outra, foram os escravos que encontraram a santa, que lhes foi retirada pelos fazendeiros. A Enciclopédia dos Municípios Brasileiros diz que a cidade tem esse nome por causa de um escravo, chamado Cláudio, que encontrou um córrego e todos passaram a chamá-lo de córrego do Cláudio. Essa versão é rejeitada pelos mais ricos, que preferem outra, contada por um historiador da região. Segundo ele, Cláudio era o dono de uma pousada para tropeiros.
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Sobre o Autor
Jornalista, com passagem pela Veja, Jornal Nacional, entre outros. joaquim.gil@ig.com.br

Miguel do Rosário: Globo descobre que Tijolaço publica...fatos

Autor: Miguel do Rosário
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Essa é para morrer de rir.
Ou chorar, não sei bem.
O jornalismo brasileiro entrou no terreno da comédia absurda. Ou seria tragédia bufa?
O Globo publica hoje, com chamada na capa do site, uma matéria bizarra.
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O surrealismo não é a publicação da matéria em si, mas o seu tom conspiratório e venenoso.
O jornal descobriu que houve alteração no perfil de wikipédia de Paulo Roberto Costa, feita por alguém usando a rede da Petrobrás.
Eu já mostrei, aqui no Tijolaço e no Cafezinho, que as redes de todas as estatais, e de todas as corporações, inclusive da Globo, alteram perfis de wikipédia.
(Confira aqui como alguém usando a internet da Globo alterou perfis no Wikipédia de jornalistas como Fausto Wolff, Rui Castro e Fernando Morais. E aqui para ver como alguém usando a rede do governo de SP inseriu uma difamação grosseira contra Raul Seixas, em seu verbete no Wikipédia; essa história foi incluída, ó ironia, no verbete da Miriam Leitão!)
Criminalizar isso seria como criminalizar o uso de whatsupp por um funcionário público. Ou, para falar de algo mais antigo, condenar alguém porque mandou um email para um jornal, usando a internet de uma corporação, pública ou privada.
O problema na alteração dos verbetes no wikipédia dos jornalistas Sardenberg e Miriam Leitão foi a deselegância e a estupidez de usar a rede do Planalto para inserir informações negativas sobre jornalistas críticos ao Planalto.
Mas não há crime algum.
A Globo quer impor, ao serviço público brasileiro, o mesmo ambiente de falta de liberdade individual que impõe a seus funcionários, que são proibidos até mesmo de externarem posições políticas em redes sociais? 
A Globo quer mandar no Brasil? Quer ser o juiz do que é certo e errado?
Estatais de São Paulo, Minas, do país inteiro, fazem, regularmente, centenas de alterações em perfis do wikipédia, que é um sistema aberto e livre, onde qualquer um pode incluir ou alterar o que quiser.
Como que confirmando esse clima pesado, o próprio Globo publica hojematéria em que menciona o “medo” de servidores da Petrobrás de assinarem qualquer contrato.
O medo de assinar um contrato irregular é saudável, e todos os servidores devem ter mesmo, mas o que a matéria sugere é algo pior: o medo dos servidores de, mesmo não fazendo nada de errado, serem expostos na mídia.
A falta de regulamentação da mídia brasileira, e a ausência do direito de resposta, nos transformou numa sociedade em estado de chantagem permanente.
Está começando a afetar até mesmo a produtividade econômica das empresas, conforme admite, cinicamente, a reportagem do Globo.
A mídia pode destruir a reputação de qualquer um, mesmo que não se tenha feito nada de errado.
Entretanto, o mais surreal vem a seguir.
A “alteração” no verbete de Paulo Roberto Costa na Wikipédia foi a inclusão de um capítulo, apagado em seguida, intitulado “Ex-diretor começou no primeiro governo de FHC”
A matéria da Globo admite que as informações contidas nesse capítulo são verdadeiras. O próprio Paulo Roberto Costa teria afirmado, segundo a matéria, que trabalha na Petrobrás desde o final da década de 70, e recebeu suas primeiras indicações políticas durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
O Globo, então, reproduz o trecho “incluído” (e retirado minutos depois):
“Tem sido divulgado à opinião pública que Paulo Roberto Costa, agora no epicentro de um escândalo de corrupção, teria começado sua carreira na Petrobras em 2004 – portanto, no governo Lula –, quando foi nomeado diretor de Abastecimento. Isso não é verdade. Ele entrou na Petrobras muito antes, em 1979, quando participou da instalação das primeiras plataformas de petróleo na Bacia de Campos (RJ). Suas primeiras indicações políticas dentro da estatal ocorreram quando o PSDB ganhou a presidência da República.”, afirma o perfil modificado.
As informações sobre as posições que Costa assumiu na estatal desde que entrou em 1979 até seu desligamento correspondem ao que o próprio declarou em junho deste ano durante sessão na CPI da Petrobras no Senado, antes de ser preso.
“Em 1995, logo no primeiro ano da presidência de FHC, ele foi indicado como gerente geral do poderoso Departamento de Exploração e Produção do Sul, responsável pelas Bacias de Santos e Pelotas.Nos anos seguintes, sempre sob gestão dos tucanos, Paulo Roberto Costa foi beneficiado por várias indicações políticas internas da Petrobras. Em 1996 foi gerente geral de Logística. De 1997 a 1999 respondeu pela Gerência de Gás. De maio de 1997 a dezembro de 2000 foi diretor da Petrobras Gás – Gaspetro. De 2001 a 2003 foi gerente geral de Logística de Gás Natural da Petrobras. E de abril de 2003 a maio de 2004 (agora, sim, no início do governo Lula), foi diretor-superintendente do Gasoduto Brasil-Bolívia”.
Qual o problema em introduzir uma informação autêntica num site da wikipédia?
Nenhum.
Quer dizer, há um problema sim. A pessoa que a introduziu copiou o texto do Tijolaço!
E aí o Globo dá o nome do autor do artigo que a pessoa usando a rede da Petrobrás usou.
Parte das modificações foram retiradas de um outro texto publicado pelo blogueiro Miguel do Rosário no site “Tijolaço”. Miguel foi um dos nove entrevistadores escolhidos para conversar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em abril deste ano. A escolha dos blogueiros foi feita pelo instituto do petista. No texto inserido no perfil do Wikipedia, a escolha de Paulo Roberto da Costa é justificada como “caminho natural”.
Outro problema, e agora falo sem ironia, é que, o autor da alteração chupou o texto do Tijolaço sem citar a fonte. Eu deveria me chatear com isso, mas tenha em mente que o autor retirou o texto em seguida, deixando apenas a informação bruta de que Costa obteve nomeações políticas dentro da Petrobrás durante o governo FHC.
A tentativa do Globo de envenenar o texto é evidente.
Ou será que eu é que estou ficando paranoico? Talvez.
Blog + Lula + Paulo Roberto Costa. Tudo bandido, é isso que o Globo quer dizer?
Diz a matéria que: ”Miguel foi um dos nove entrevistadores escolhidos para conversar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em abril deste ano. A escolha dos blogueiros foi feita pelo instituto do petista.”
No meio da matéria sobre Paulo Roberto Costa, do nada, eu viro um personagem!
Lula, um cidadão sem nenhum cargo público, mas uma personalidade com enorme projeção nacional e internacional, decidiu dar uma entrevista para a blogosfera.  Como ele deveria  escolher os blogueiros? Tinha que pedir autorização à Globo? Abrir um edital? 
Já que a Globo quer falar de mim, bem que podia mencionar alguns furos que eu dei, como a sonegação bilionária da Globo e o uso ilegal, por Joaquim Barbosa, de um apartamento funcional do Judiciário como sede da empresa que criou nos Estados Unidos, a Assas JB Corporation.
Bem, de qualquer forma, estou muito satisfeito.
Com ou sem veneno, os trechos reproduzidos pela reportagem trazem fatos. E diferentemente da Veja (e dos jornais que a reproduzem acriticamente), meus textos vem sempre lastreados em documentos, cuja íntegra eu costumo disponibilizar aos leitores.
É o que fiz no caso da sonegação da Globo.
É o que faço novamente agora.
O documento abaixo é um  documento público da Petrobrás.  A Globo vive obtendo documentos “sigilosos” da estatal, mas frequentemente ignora seus documentos não-sigilosos.
Você poderá ler, na página 13, a biografia profissional de Paulo Roberto Costa dentro da estatal. A imagem no início do post traz uma parte do texto.
Verá também que Costa obteve as primeiras indicações políticas a partir de 1995, primeiro ano do governo FHC.
Eu considero essa informação importante porque a mídia está tentando pintar Paulo Roberto Costa quase como um “petista”. Ou como se ele tivesse entrado na Petrobrás pelas mãos de Lula.
Não é verdade. Ele assumiu seus primeiros cargos importantes de direção sob a gestão FHC.
Se roubava naquela época, se roubou na era Lula, não sei. Quem pode dizer isso são os investigadores, a Justiça e sobretudo e acima de tudo, os autos do processo.
O fato é que Paulo Roberto Costa tinha cargos de direção na Petrobrás, por indicação política, desde 1995, e somente foi demitido, investigado e preso no governo Dilma.
O governo FHC não investigava ninguém. A Polícia Federal era inoperante e desestruturada. Era uma zorra total.
Se houve investigação séria e se haverá punição exemplar contra Paulo Roberto Costa, então o mérito é da presidente Dilma, que, antes de qualquer matéria na imprensa, o demitiu e o prendeu.
De qualquer forma, obrigado Globo pela menção ao Tijolaço e à minha pessoa, e, sobretudo, por publicarem trechos de meu artigo. Modéstia à parte, é a única coisa que se salva da matéria.
Aqui os documentos mencionados.