Impostômetro x Sonegômetro
Instituto Millenium lança álbum de figurinhas da oposição aliada
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Paulo Nogueira - A hipocrisia da mídia
Me enviam um vídeo que é o chamado retrato do Brasil.
É da Globonews, e o personagem central é o jornalista Carlos Monforte.
Monforte anuncia calamidades para o Brasil. A inflação, por exemplo, deu um grande salto.
E ele comenta também, cheio de desdém, a entrevista de Lula com "amigos blogueiros".
Amigos?
Claro que a noção de amizade é subjetiva, mas no caso do DCM não existe nenhuma relação de amizade com Lula, ou com quem quer que seja na esfera pública.
Praticamos – ao contrário dos jornalistas da Globo – a máxima de Pulitzer segundo a qual jornalista não tem amigo porque amizades influenciam o conteúdo.
É engraçado ver jornalistas da Globo – fora Monforte, Merval Pereira também criticou a entrevista de Lula – num acesso estudado de "jornalismo crítico".
Merval, por exemplo, jamais se constrangeu em se abraçar a integrantes do STF dos quais ele deveria manter distância vital para poder escrever textos não enviesados.
Alguma vez Merval fez perguntas "duras" para seus amigos em entrevistas? Ou melhor: para amigos da Globo?
Estendo. Algum jornalista da Globo fez jornalismo crítico em qualquer ocasião ao entrevistar um amigo da casa?
Joaquim Barbosa foi entrevistado, pelo que me lembre, em pelo menos duas ocasiões por estrelas da Globo. Algum tempo atrás Míriam Leitão o entrevistou. Mais recentemente, Roberto Dávila.
Alguma pergunta sobre o apartamento de Miami? Ou sobre a agressão à primeira mulher?
Não. Apenas sorrisos, abraços e flores.
Então ficamos assim: quando é amigo da Globo, não existe jornalismo crítico. Para os inimigos, sim.
Bonito isso.
Vou estender ainda mais a reflexão. Os aguerridos jornalistas da Folha: quando eles foram duros em relação a algum amigo dos Frias?
Ora, a Folha simplesmente abandonou a cobertura da sonegação milionária da Globo — e mesmo assim se diz de rabo preso com ninguém?
Qualquer pessoa que vá dar uma entrevista, nas condições de Lula, escolhe minuciosamente os entrevistados.
Ninguém convida ninguém que vá chegar à entrevista com intenções assassinas, tanto mais quando se trata de uma pessoa na vida privada, e não pública, como é hoje o caso de Lula.
Por que então o alarido?
Por hipocrisia. Por cinismo. Por desfaçatez.
Suponha que FHC convoque uma entrevista para falar de seu novo livro, ou o que for. Sua lista de convidados não incluirá potenciais litigantes. Ele tem o direito de não querer que o importunem com perguntas como a questão da compra dos votos para a reeleição.
Se todo mundo faz isso, onde está a notícia senão na cabeça de jornalistas que recriminam nos outros o que eles próprios fazem quando se trata de amigos das empresas para as quais trabalham?
Comecei dizendo que o vídeo de Monforte era um retrato do Brasil, e agora completo o raciocínio.
O patrocinador do conteúdo alarmista, catastrofista e francamente negativo era – claro – o próprio governo atacado sem trégua: a Caixa.
A "mídia técnica" – e suponho que Monforte tenha um traço no Ibope — é assombrosamente generosa. Ou idiota.
Paulo Nogueira - A hipocrisia da mídia
Me enviam um vídeo que é o chamado retrato do Brasil.
É da Globonews, e o personagem central é o jornalista Carlos Monforte.
Monforte anuncia calamidades para o Brasil. A inflação, por exemplo, deu um grande salto.
E ele comenta também, cheio de desdém, a entrevista de Lula com "amigos blogueiros".
Amigos?
Claro que a noção de amizade é subjetiva, mas no caso do DCM não existe nenhuma relação de amizade com Lula, ou com quem quer que seja na esfera pública.
Praticamos – ao contrário dos jornalistas da Globo – a máxima de Pulitzer segundo a qual jornalista não tem amigo porque amizades influenciam o conteúdo.
É engraçado ver jornalistas da Globo – fora Monforte, Merval Pereira também criticou a entrevista de Lula – num acesso estudado de "jornalismo crítico".
Merval, por exemplo, jamais se constrangeu em se abraçar a integrantes do STF dos quais ele deveria manter distância vital para poder escrever textos não enviesados.
Alguma vez Merval fez perguntas "duras" para seus amigos em entrevistas? Ou melhor: para amigos da Globo?
Estendo. Algum jornalista da Globo fez jornalismo crítico em qualquer ocasião ao entrevistar um amigo da casa?
Joaquim Barbosa foi entrevistado, pelo que me lembre, em pelo menos duas ocasiões por estrelas da Globo. Algum tempo atrás Míriam Leitão o entrevistou. Mais recentemente, Roberto Dávila.
Alguma pergunta sobre o apartamento de Miami? Ou sobre a agressão à primeira mulher?
Não. Apenas sorrisos, abraços e flores.
Então ficamos assim: quando é amigo da Globo, não existe jornalismo crítico. Para os inimigos, sim.
Bonito isso.
Vou estender ainda mais a reflexão. Os aguerridos jornalistas da Folha: quando eles foram duros em relação a algum amigo dos Frias?
Ora, a Folha simplesmente abandonou a cobertura da sonegação milionária da Globo — e mesmo assim se diz de rabo preso com ninguém?
Qualquer pessoa que vá dar uma entrevista, nas condições de Lula, escolhe minuciosamente os entrevistados.
Ninguém convida ninguém que vá chegar à entrevista com intenções assassinas, tanto mais quando se trata de uma pessoa na vida privada, e não pública, como é hoje o caso de Lula.
Por que então o alarido?
Por hipocrisia. Por cinismo. Por desfaçatez.
Suponha que FHC convoque uma entrevista para falar de seu novo livro, ou o que for. Sua lista de convidados não incluirá potenciais litigantes. Ele tem o direito de não querer que o importunem com perguntas como a questão da compra dos votos para a reeleição.
Se todo mundo faz isso, onde está a notícia senão na cabeça de jornalistas que recriminam nos outros o que eles próprios fazem quando se trata de amigos das empresas para as quais trabalham?
Comecei dizendo que o vídeo de Monforte era um retrato do Brasil, e agora completo o raciocínio.
O patrocinador do conteúdo alarmista, catastrofista e francamente negativo era – claro – o próprio governo atacado sem trégua: a Caixa.
A "mídia técnica" – e suponho que Monforte tenha um traço no Ibope — é assombrosamente generosa. Ou idiota.
A Globo joga sujo
Fernando Brito - Como O Globo pode ajudar a manter o Tijolaço
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Existe corrupção na Rede Globo?
Existe corrupção na Folha de São Paulo?
Existe corrupção na Editora Abril?
Existe corrupção no Estadão?
Com certeza!
Você já ouviu, leu, assistiu em qualquer programa de rádio, jornal, revista, telejornal ou portal destes grupos uma denúncia da corrupção deles?
Não ouviu, nem jamais ouvirá.
Quando muito sai uma notinha sobre sonegação. Coisinha de bilhões só.
Corja!
Rede Globo investigará se sonegou
"Se lograrmos êxito até 2099, a gente começa a investigar se realmente fomos beneficiado por termos apoiado a ditabranda", completaram em júbilo.
Mais do mesmo você encontra
Parafraseando Luiz Carlos Azenha
Militares vão investigar tortura cometida por militares, tucanos vão investigar a corrupção tucana e a Globo vai combater a sonegação. Salve
Pragmatismo político
Para cobrar da Google fisco tem que cobrar da Globo
O Brasil demorou a se mexer para cobrar satisfações do Google – um dos casos mais notórios de sonegação de impostos no mundo moderno.
O DCM escreveu várias vezes sobre os esforços tenazes de governos de países como Estados Unidos, Inglaterra e França para acabar com a farra fiscal do Google.
A França está processando o Google. Pede uma reparação de 1 bilhão de euros.
Calcula-se que o Google fature na França, sobretudo com anúncios, cerca de 1,5 bilhão de euros, uns 4 bilhões de reais.
Em 2012, o Google pagou a miséria de 6,5 milhões de euros em impostos na França. Fez o que faz em toda parte: canalizou o grosso do faturamento para paraísos fiscais.
Importante: o Google não é um delinquente fiscal solitário. Muitas multinacionais fazem exatamente o mesmo, e hoje enfrentam problemas de imagem e de justiça em muitos países por isso. Apple, Starbucks, Microsoft e Amazon são algumas delas.
O que o governo brasileiro está fazendo de errado, fora a eterna falta de transparência quando se trata de imposto: não são fornecidos números que permitam ver o tamanho do suposto golpe que o Google está aplicando.
Ficamos agora sabendo – e pelo próprio Google, o que é uma aberração, uma vez que a informação tinha que vir à luz pela Receita – que o Google pagou 733 milhões de reais em impostos em 2013.
É pouco? É muito? É justo?
Isto só se sabe quando se tem o faturamento da empresa. Pode ser muito, e pode ser nada. Sem referência, é um número jogado no ar, ao acaso.
A indústria da mídia calcula que o Google no Brasil já é o número dois em receita publicitária, atrás apenas da Globo.
Fala-se em 3 bilhões de receita anual para o Google. Se é isso, o Google estaria pagando pouco mais de 20% de imposto no Brasil.
Importante: você só sabe se isso é muito ou pouco se, primeiro, conhece as leis e, dois, tem ciência de quanto os demais pagam.
Por isso, para que este debate não seja uma conversa nas nuvens, os brasileiros têm que saber – é um caso de enorme interesse público – quanto o líder paga.
A Globo bate recorde após recorde em receita de propaganda mesmo com uma audiência que despenca vistosamente.
Em 2013, ela faturou mais de 12 bilhões de publicidade.
Quanto pagou?
Enquanto não se souber isso, não haverá como avaliar a qualidade dos impostos pagos pelo Google.
No Brasil dos privilégios, a questão fiscal é protegida por um sigilo do qual a guardiã é uma velha amiga da Globo, a Justiça.
O governo, se quiser lidar com o caso do Google com seriedade, tem que quebrar este sigilo no caso da Globo.
Terá coragem para isso?
Adoraria dizer que sim, num rasgo de otimismo.
Mas num ano eleitoral, e com o medo que caracteriza a relação do PT com a Globo, fico com Wellington: quem acredita que o imposto pago pela Globo virá à luz acredita em tudo.
PS- Nos sentimos recompensados ao ver, na página da Globo na Wikipédia, que as dúvidas em relação à lisura fiscal da empresa tinham como base um texto do DCM. Isso — ser referência num assunto de intenso interesse público — reforça nosso compromisso de combater o bom combate por um Brasil justo.
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.
Paulo Nogueira - Roberto Marinho foi um gênio, há que reconhecer
Mas um gênio do mal.
Sua maior obra foi montar um esquema inviolável de manipulação dos poderes no Brasil.
As emissoras afiliadas, entregues a políticos amigos, como Sarney e ACM, garantiram que no Congresso a Globo jamais seria questionada seriamente.
Já sem ele, a obra de controle foi estendida à Justiça pelo Instituto Innovare, do qual falei aqui outro dia.
Na fachada, o Innovare premia anualmente práticas inovadoras no judiciário em cerimônias às quais comparecem os juízes mais poderosos do país, notadamente os do Supremo.
A aproximação, neste processo, dos Marinhos com os juízes é uma aberração do ponto de vista ético e uma agressão ao interesse público, dados os interesses econômicos da Globo.
Contar com juízes amigos é bom para a Globo e ruim para a sociedade.
Um dia Gilmar Mendes, por exemplo, terá que explicar por que concedeu habeas corpus a uma funcionária da Receita flagrada tentando fazer desaparecer os documentos da célebre sonegação – trapaça é a melhor palavra – da Globo na Copa de 2002.
Uma passagem anedótica do Innovare junta Roberto Irineu Marinho, presidente da Globo, e o juiz Cesar Asfor Rocha. Uma foto registra um abraço cordial entre ambos numa premiação. Rocha presidia o STJ e era cotado para uma vaga no STF, na gestão Lula. Acontece que chegou a Lula uma história segundo a qual Rocha pegara uma propina para favorecer uma empresa num julgamento.
O mais curioso é que Rocha acabou votando contra quem lhe deu “uma mala de dinheiro”, segundo gente próxima de Lula. Investigado ele não foi — nem pela Globo, nem pela Polícia Federal, nem por ninguém. Mas, se manteve a alegada bolsa, perdeu a indicação. Rocha, sem problema nenhum com a Justiça depois da denúncia, acabaria decidindo voltar depois para a advocacia.
A melhor prática para a Justiça é absoluta distância da plutocracia para que possa decidir causas com isenção e honestidade. (Investigar juízes acusados de pegar uma mala de dinheiro também vai bem.)
O Innovare é a negação disso.
Que políticos frequentem barões da mídia é lamentável, mas comum mesmo em democracias avançadas como a Inglaterra.
Nos últimos 30 anos, na Inglaterra, Rupert Murdoch – o Roberto Marinho da mídia britânica — foi procurado e bajulado por líderes conservadores e trabalhistas, indistintamente. (Um deles, Tony Blair, acabou estendendo a proximidade para a jovem mulher chinesa de Murdoch, com a qual teve um caso que levaria ao divórcio de Murdoch.)
Mas se juízes frequentassem Murdoch uma fronteira seria transposta. Jamais aconteceu. O juiz Brian Leveson não poderia conduzir as discussões sobre novas regras para a mídia inglesa se privasse com Murdoch.
Isto é óbvio, mas o poder prolongado da Globo a deixou de guarda baixa quando se trata de preservar a própria reputação.
O Innovare é um escândalo em si. E uma inutilidade monumental em seu propósito de fachada: melhorar a Justiça brasileira.
São dez anos de atividade. Quem poderá dizer que a justiça brasileira melhorou alguma coisa com o Innovare?
A Globo tem nas mãos como que um controle remoto com o qual comanda as coisas que lhe são essenciais no Brasil.
No futebol, um negócio de alguns bilhões por ano, a Globo teleguiou durante décadas os homens fortes da CBF, Havelange primeiro e depois Ricardo Teixeira.
‘Teleguiar” significou dar propinas, ou eufemisticamente, “comissões”. O Estadão mergulhou num caso que está na justiça suíça, relativo à Fifa. E escreveu numa reportagem: “Havelange recebeu propinas de uma empresa para garantir o contrato de transmissão do Mundial de 2002 para o mercado brasileiro.”
Quem transmitiu? E que jornal ou revista investigou o caso? A Veja não se gabava tanto de seu poder investigativo? Ou só vale para seus inimigos?
A mesma lógica de ocupação manipuladora a Globo promoveu em sua fonte de receita – a publicidade.
Nos últimos dez anos, a Globo perdeu um terço da audiência, em parte pela ruindade de sua programação, em parte pelo avanço da internet.
Mesmo assim, sua receita publicitária não parou de subir. Há uma aberração no Brasil: com 20% do bolo de audiência, medido pelo Ibope, a Globo tem 60% do dinheiro arrecadado com publicidade.
Ganhar mais publicidade com menos público é façanha para poucos.
O milagre, ou truque, se chama Bônus Por Volume, o infame BV. Basicamente, quanto mais uma agência veícula na Globo, mais recebe.
Meu amigo Jairo Leal, antigo presidente da Abril, me disse que muitas agências simplesmente quebrariam se não fosse o dinheiro do BV.
É claro que uma hora o anunciante vai se incomodar com o dinheiro excessivo posto numa emissora que perde, perde e ainda perde espectadores.
Mas até lá você – em boa parte graças ao BV – vai ver os Marinhos no topo dos bilionários do Brasil.
O pecado capital dos governantes petistas
O donheiro público financiou a gráfica que é hoje um elefante branco
A Globo falando de forças antidemocráticas chega a ser engraçado.
Foi num editorial do Globo, e as tais forças eram os manifestantes.
Em 1954, Roberto Marinho trabalhou intensamente para derrubar Getúlio Vargas.
Vargas trouxe o voto secreto, deu às mulheres o direito de votar, criou leis trabalhistas que regularam o horário de trabalho e estipularam férias.
Em 1964, mais uma vez Roberto Marinho foi destaque para derrubar um governo popular, agora o de João Goulart.
Jango cometeu o crime, aspas, de tentar combater a desigualdade. Criou, por exemplo, o 13.o salário, “uma tragédia”, conforme noticiou o Globo na ocasião.
Mesmo com esta folha corrida, a Globo se julga no direito de falar em forças antidemocráticas.
Pausa para rir.
No mesmo editorial, a Globo se revelou magoada com a maneira como é tratada na internet por blogs “patrocinados pelo governo”.
Nova pausa.
Nenhuma empresa jornalística tem sido tão patrocinada pelo governo, ao longo de tantos anos, como a Globo.
Apenas nos 10 anos de PT no poder, a empresa levou 6 bilhões de reais do governo em publicidade oficial – isto com a audiência despencando.
Isto para não falar em coisas como o dinheiro do BNDES – nosso, portanto – que financiou a construção de uma supergráfica, nos anos 1990, que hoje é um elefante branco.
Não é só do governo federal que a Globo se abastece.
Nos meus tempos de Editora Globo, o governo do Amazonas comprava lotes milionários de livros da Globo.
A contrapartida era um tratamento generoso na revista Época para o então governador do Amazonas, Eduardo Braga.
Tive com Braga uma briga memorável na sede da Editora Globo depois que publicamos um artigo desfavorável a ele. Eu era diretor editorial naquela ocasião, e ele saiu da reunião dizendo, ameaçador, que ia conversar com João Roberto Marinho.
Uma boa parte do patrimônio bilionário da família Marinho vem do dinheiro público da propaganda oficial.
Durante muitos anos, quando os anunciantes já conseguiam descontos expressivos das empresas de mídia, apenas o governo continuava a pagar a tabela cheia, bovinamente.
Veja a tabela de preços da TV Globo para ter uma ideia de quanto dinheiro foi para os Marinhos por esse atalho.
E mesmo assim a empresa faz pose.
No campo dos impostos a atitude é a mesma. Até os manifestantes do MST pediram outro dia que a empresa mostrasse o Darf – o recibo de uma multa milionária que a Receita lhe aplicou por trapaça na Copa de 2002.
Mesmo assim, a Globo começa a fazer pressão contra o Google na questão fiscal.
É verdade que o Google levou mundialmente ao estado da arte a sonegação legal, aspas, ao encaminhar seu faturamento para paraísos fiscais.
Como o DCM deu diversas vezes, governos no mundo inteiro – o americano, o inglês, o alemão, o francês etc – estão tratando de acabar com a farra fiscal do Google e de outras empresas.
A primeira providência dos governos tem sido publicar o faturamento local do Google e a quantia que paga de imposto – uma miséria.
No Brasil, só agora – segundo o Globo – a Receita decidiu agir. Dilma, noticiou o Globo, teria dado ordens expressas para cuidar do caso Google.
Quem é o principal interessado? O Globo, uma vez que o faturamento publicitário do Google no Brasil cresce vertiginosamente, e tende a bloquear as ambições da Globo na internet.
Não que o Google não tenha que pagar o imposto devido. Tem. Exclamação.
Mas um sonegador falando de outro?
Se a Receita cercar apenas o Google fará um trabalho pela metade.
Enquanto a Globo não mostrar o Darf, a sociedade tem toda a razão de entender que a Globo é mais igual que os outros perante a Receita, e não só a Receita, lamentávelmente.
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.
Folha de São Paulo e Cia
Ruth Aquino - tirando a máscara
Globo inveja petistas
Por que esse bafafa da escala da presidente em Lisboa?
Porque o inquérito sobre a sonegação da Globo continua.
Tentaram paralisar via lobby, não deu certo.
Agora tentam paralisar via chantagem, também não dará certo.
A presidente já avisou aos responsáveis pelos trâmites legais:
Cumpram a lei. E quem for forte, se aguente. Quem for fraco, se arrebente.