Frase do dia

FHC/PSDB rendeu-se a Roberto Campos. Lula/PT rendeu-se a Leonel Brizola.

A nova oposição

O que podemos observar depois do lançamento oficial da candidatura Dilma é que Serra, PSDB, DEM e PPS já era. Melhor, já foram, já deram o que tinham de dar.

Durante o governo da Muié sequer oposição verdadeira serão.

A nova oposição sairá basicamente da base aliada do governo Lula ( Ciro, PSB e PDT, Aécio Neves com um novo partido).

Anotem.

O DISCURSO DE DILMA ROUSSEFF: UMA OBRA DE ARTE

Dilma Rousseff é oficialmente a pré-candidata do PT à Presidência da República.
A largada para a vitória de Dilma foi dada neste sábado com o encerramento do 4º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores.
A ministra e futura Presidente do Brasil discursou.
Na verdade, Dilma declamou um poma.
Poema que apaixona e arrebata seguidores e eleitores que amam quem a inspirou.
Poema musicalizado, concerto cuja tradução foi cantada em coro pela mutidão: “o povo, o povo, o povo decidiu: agora é a Dilma Presidente do Brasil”.
O discurso da futura presidente não é nada senão isso: uma peça literária cujo roteiro conduz à descoberta de uma nova fase da história que ganhará sentido a partir de janeiro de 2011.
Não tem, todavia, um objeto simbólico mas conceitua a mulher como protagonista da política nacional.


Antes tínhamos as Judite, Ester, Raquel, Rebeca, Micol, Betsabéia, Tamar e Joana D’Arc.
Sem esquecermos Afrodite. E Maria. Tantas marias, aliás.
A este seleto grupo de inominável esterpe mulheril junta-se agora, a nossa Dilma. Dlma Rousseff.
Seu discurso é a representação de um poema sobre telas.
Para compor um quadro emoldurado.
Que não passará despercebido à nossa percepção como um artefato decorativo, mas decorará o ambiente interno da alma politizada.


O discurso de Dilma é, na verdade, uma pintura que expõe as cores e nuances em verde e amarelo da mais acabada obra da política brasileira.
Dilma fez o incomum sem eximir-se da praticidade.
Dilma tem nas papavras a plasticidade, a leveza e sensibilidade da alma feminina que encanta e cativa.
E tem a extrardinária faculdade que possibilita nos tocar o coração.
Porque expressa a voz do coração.
Confunde e exaspera o PIG incauto.

Dilma Rousseff representa hoje, tudo o que de melhor e excepcionalmente Lula deixa de herança para o País.

Seu discurso, uma sinfonia de doces e harmiosos acordes de tons políticos, nos aponta para um Brasil ainda mais justo socialmente, com mais riqueza e distribuição de renda.
Um Brasil que Lula começou a reconstruir há quase oito anos.
Um Brasil para todos os brasileiros.

FHC/PSDB a urubuzada crises e 2010


Leiam:


A urubuzada
e comparem com o texto abaixo escrito pelo Elio Gaspari:


“O tucanato parece disposto a organizar um comitê pela eleição de Dilma Rousseff. Só isso explica que insista em profetizar catástrofes.

No dia 5 passado, o deputado Luiz Paulo Vellozo Lucas, presidente do Instituto Teotônio Vilela, advertiu para o risco de uma crise de inadimplência na economia, provocada pelos altos custos financeiros do crédito das famílias.

Segundo o noticiário do partido, 'os especialistas alertam que o aumento do desemprego no país pode levar a uma onda de calotes'.

É a teologia da urucubaca, que teve em Lula seu grande devoto quando, durante a campanha de 1998, disse que 'como Deus é grande, e ainda não foi privatizado, o desemprego subiu'. (Um mês depois, Deus negou-lhe o emprego que pedia.)

A realidade não ajudou os tucanos. Em janeiro deste ano foram criados 181.419 empregos, um recorde na série estatística iniciada em 1992.

Uma coisa é a discussão da festa da banca, bem outra é a urucubaca de uma crise decorrente da expansão de crédito.

Quando um cidadão paga uma prestação de R$ 100, na média, só R$ 70 referem-se à mercadoria que adquiriu, mas isso não significa que a patuleia irá ao calote porque não pode pagar o que comprou.

Entre 2003 e hoje, o crédito das famílias praticamente dobrou. Compraram-se carros e trocaram-se fogões, equipamentos que identificam uma nova classe média.

Se há brasileiros satisfeitos porque compraram bens que estavam fora do seu alcance, essa é a boa notícia. (Imagina esquentar o jantar no fogão, como acontecia antes da chegada do forno de micro-ondas com sua prestação de R$ 33.)

Em setembro de 2007, um ano antes da crise da banca, a taxa de calotes estava em 7,3%, um índice razoável. Em junho do ano passado a porcentagem subiu para 8,6%. Hoje está em 7,8%.

A crítica de Vellozo Lucas aos custos financeiros dos empréstimos pode sinalizar o início de um novo PSDB. Finalmente, José Serra prevaleceria sobre a ekipekonômica de Fernando Henrique Cardoso.

Se, e quando, isso acontecer, em vez de associar a expansão do crédito ao fim do mundo, o tucanato descobrirá que pode defender menos juros para o andar de cima e mais bem-estar para o de baixo".

Dilma Rousseff - Biografia


Índice


Discurso da Dilma no congresso do PT


Queridas companheiras,
Queridos companheiros
Para quem teve a vida sempre marcada pelo sonho e pela esperança de mudar o Brasil, este é um dia extraordinário.
Meu partido – o Partido dos Trabalhadores – me confere a honrosa tarefa de dar continuidade à magnífica obra de um grande brasileiro.
A obra de um líder – meu líder – de quem muito me orgulho: Luiz Inácio Lula da Silva.
Jamais pensei que a vida viesse a me reservar tamanho desafio. Mas me sinto absolutamente preparada para enfrentá-lo – com humildade, serenidade e confiança.
Neste momento, ouço a voz de Minas Gerais, terra de minha infância e de minha juventude. Dessa Minas que me deu o sentimento de que vale a pena lutar pela liberdade e contra a injustiça. Ouço os versos de Drummond:
“Teus ombros suportam o mundo/ E ele não pesa mais do que a mão de uma criança”
Até hoje sinto o peso suave da mão de minha filha, quando nasceu.
Que força ela me deu. Quanta vida me transmitiu. Quanta fé na humanidade me passou.
Eram tempos difíceis.
Ferida no corpo e na alma, fui acolhida e adotada pelos gaúchos – generosos, solidários, insubmissos, como são os gaúchos.
Naqueles anos de chumbo, onde a tirania parecia eterna, encontrei nos versos de outro poeta – Mário Quintana – a força necessária para seguir em frente:
“Todos estes que aí estão/Atravancando o meu caminho,/ Eles passarão. Eu passarinho.”
Eles passaram e nós hoje voamos livremente.
Voamos porque nascemos para ser livres.
Sem ódio e com serena convicção afirmo que nunca mais viveremos numa gaiola ou numa prisão.

Em sua primeira entrevista como candidata à Presidência, a ministra Dilma Rousseff desafia os adversários a demonstrar maior experiência de governo do que ela


EUMANO SILVA, GUILHERME EVELIN E HELIO GUROVITZ
  Reprodução
Anderson Schneider
CANDIDATA 
Dilma, ao ser fotografada na semana passada. Aclamada como o nome do PT para as eleições presidenciais, ela se prepara para encarar a campanha
Dilma rousseff já fala como candidata à presidência. Falou pela primeira vez numa entrevista a ÉPOCA, concedida na última quinta-feira, dia de abertura do Congresso do PT que a aclamou como o nome do partido para disputar a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Escolhida candidata por Lula, Dilma se apresenta como a melhor alternativa para dar continuidade aos projetos do atual governo. E faz questão de rebater a acusação dos adversários de que seja apenas um títere do presidente: “Duvido. Duvido que os grandes experientes em gestão tenham o nível de experiência que eu tenho. Duvido”. Mas, questionada sobre a possibilidade da volta de Lula em 2014, Dilma aceita a hipótese. “Sem sombra de dúvida, ele pode. O presidente chegou a um ponto de liderança pessoal, política, nacional e internacional que o futuro dele é o que ele quiser”, diz a ministra-chefe da Casa Civil – posto de Dilma até 2 de abril, quando deverá deixar o cargo para disputar as eleições presidenciais.
Na entrevista de quase duas horas, realizada no Centro Cultural Banco do Brasil, sede provisória da Presidência da República, Dilma expôs suas credenciais para comandar o Brasil, debateu planos de governo e falou claramente o que pensa sobre temas como o tamanho do Estado na economia, as privatizações, o aborto, a descriminalização das drogas, o câncer e a iminência de se tornar avó. Dilma chegou e saiu sorridente – como uma candidata pronta para desfazer a imagem da tecnocrata inflexível com que foi frequentemente caracterizada antes de sonhar com o Palácio do Planalto. Continua>>>