por Zé Dirceu

 Vitória de Humala confirma tendência na América Latina

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A vitória de Ollanta Humala no Peru confirma a tendência histórica de transformações na América do Sul. Mais: consolida na região uma verdadeira mudança de época. Vivemos um momento de emergência popular, nacional democrática, com a reorganização do papel do Estado e a retomada do crescimento econômico com distribuição de renda e democracia.

Em seu discurso da vitória, Ollanta deixou claro que governará o Peru para seu povo, indígena e pobre, esquecido e marginalizado. Esse mesmo povo que, fazendo uso do voto, apesar de toda campanha midiática e do apoio do poder econômico e das elites a Keiko Fujimori, deu a Humala os votos de que precisava para se impor como vencedor. Com um alto grau de consciência e politização, o povo pobre e marginalizado disse não aos modelos de crescimento que não combatem a pobreza e não distribuem renda.

O que se discutiu nessa campanha no Peru foi o papel do Estado, a distribuição dos benefícios da mineração e do petróleo, os serviços públicos de educação e saúde, e a previdência pública. Em campos opostos estavam uma visão neoliberal e uma visão deconcertación democrática (em português, o termo mais próximo é coalizão) e inclusão social. Aliás, os temas do discurso da vitória de Ollanta foram, exatamente, democracia, negociação e distribuição da renda e da riqueza.

Peru profundo

O Peru profundo disse não à ditadura de Fujimori e ao modelo neoliberal. Mais uma vez em nossa história, o povo e a esquerda ficam com a democracia, enquanto as elites, com raras exceções, optam pelo autoritarismo e pelo preconceito social. O apoio ao Fujimorismo, cuja memória de violação dos direitos humanos e corrupção ainda está viva no Peru, na América Latina e no mundo, é uma prova viva da falta total de compromisso com a democracia de nossas elites latino-americanas.

Mas a vitória de Ollanta – assim como o novo governo de Juan Manuel Santos, na Colômbia (que mudou a relação com a Venezuela, onde Hugo Chávez deve se reeleger, mas não ficara imune a essas realidades) - a provável vitória de Cristina Kirchner, na Argentina, mais as mudanças em Cuba, apontam para a consolidação da aliança política que fez possível a União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) e torna viável a integração, não apenas na América do Sul, mas em toda América Latina.

No ano que vem teremos eleições no México, com grandes chances de uma vitória da centro-esquerda, o que aumenta a responsabilidade e o papel do Brasil, visto como um exemplo, e mesmo como um modelo, de democracia e de desenvolvimento social, na consolidação da aliança política que pode tornar realidade a nossa integração.

por Carlos Chagas


LAMBANÇA SEXTA-FEIRA, CORREÇÃO SÁBADO E DOMINGO

É  sempre bom evitar precipitações. Foi melhor  esperar sábado e domingo para só hoje comentar as declarações do ministro Antônio Palocci à Rede Globo, prestadas na noite de sexta-feira. Porque a  impressão que ficou da parte editada e apresentada no Jornal Nacional foi a pior possível. Deixaram mal o entrevistado e, mais grave, um excelente repórter, Julio Mosquera. A gente fica pensando se não houve sabotagem da turma do Rio, enciumada por perder a oportunidade de mostrar o entrevistador mais importante do que o entrevistado. Omitiram o colega de Brasília e tornaram inaudíveis suas perguntas, baixando o áudio quando ele perguntava. Concederam-lhe  apenas duas vezes imagens de dois segundos cada uma, sem abertura nem encerramento. 

O mais grave, porém, foi a seleção das respostas do chefe da Casa Civil, apresentadas de forma  desconexa e incompleta, porque editar e comprimir em quatorze minutos uma entrevista que durou trinta não é para qualquer um. Principalmente quando há má vontade. 
                                              

Foi tão lamentável a apresentação de Palocci na sexta-feira que a própria Rede Globo obrigou-se a transmitir a entrevista por duas vezes, no sábado, e outra ontem, aí então na íntegra, através do canal de notícias Globonews. Claro que a audiência não terá sido igual, mas, pelo menos, corrigiu-se parte da lambança. Pode-se concluir que Palocci não se saiu tão mal, mesmo deixando de responder as questões mais cruciais, como a lista dos clientes de sua empresa de consultoria. Demonstrou respeito ao Congresso e ao Ministério Público. Em suma, deu a versão dele, sem empecilhos, ainda que pareça difícil concordar com sua argumentação. Salvou-se também o repórter, que ia sendo sacrificado em nome da canibalesca competição que assola nossas telinhas. 
                                              

Importa menos saber se o indigitado e milionário ministro vai livrar-se da demissão. Provavelmente, não. Mas pelo menos conseguiu ser visto, no fim de semana, falando ordenadamente, coisa com coisa, que os encarregados da edição  não lhe permitiram na sexta-feira. 
                                              

Razão,  mesmo, tinha o saudoso vice-presidente da  República, José Alencar, recentemente falecido. Entrevistas, para ele, só ao vivo, na hora, para evitar  surpresas. 
                                                                   

Por certo que nem a Rede Globo, nem Palocci, ou sequer a presidência da República, concordarão com estes comentários, se por milagre deles tiverem conhecimento, mas como estrilar ainda é permitido, fica o registro. 

06 aulas de gestão estratégica

SEIS AULAS DE GESTÃO ESTRATÉGICA....
AULA 01:
Um homem está entrando no chuveiro enquanto sua mulher acaba de sair e está se enxugando. A campainha da porta toca. Depois de alguns segundos de discussão para ver quem iria atender a porta a mulher desiste, se enrola na toalha e desce as escadas. Quando ela abre a porta, vê o vizinho Nestor em pé na soleira. Antes que ela possa dizer qualquer coisa, Nestor diz:  Eu lhe dou 3.000 reais se você deixar cair esta toalha! Depois de pensar por alguns segundos, a mulher deixa a toalha cair e fica nua.  Nestor então entrega a ela os 3.000 reais prometidos e vai embora.  Confusa, mas excitada com sua sorte, a mulher se enrola de novo na toalha e volta para o quarto. Quando ela entra no quarto, o marido grita do chuveiro: Quem era?  Era o Nestor, o vizinho da casa ao lado, diz ela.  Ótimo! Ele lhe deu os 3.000 reais que ele estava me devendo?
Conclusão: *Se você compartilha informações a tempo, você pode prevenir exposições desnecessárias* 

AULA 02:
Um padre está dirigindo por uma estrada quando um vê uma freira em pé no acostamento.  Ele para e oferece uma carona que a freira aceita. Ela entra no carro, cruza as pernas revelando suas lindas pernas.  O padre se descontrola e quase bate com o carro. Depois de conseguir controlar o carro e evitar acidente ele não resiste e coloca a mão na perna da freira.
A freira olha para ele e diz:
- Padre, lembre-se do Salmo 129!
O padre sem graça se desculpa:
- Desculpe Irmã, a carne é fraca... E tira a mão da perna da freira.
Mais uma vez a freira diz:
- Padre, lembre-se do Salmo 129! Chegando ao seu destino a freira agradece e, com um sorriso enigmático, desce do carro e entra no convento. Assim que chega à igreja o padre corre para as Escrituras para ler o Salmo 129, que diz: 'Vá em frente, persista, mais acima encontrarás a glória do paraíso'.
Conclusão: *Se você não está bem informado sobre o seu trabalho, você pode perder excelentes oportunidades*
AULA 03:
Dois funcionários e o gerente de uma empresa saem para almoçar e na rua encontram uma antiga lâmpada a óleo . Eles esfregam a lâmpada e de dentro dela sai um gênio. O gênio diz:
- Eu só posso conceder três desejos, então, concederei um a cada um de vocês!
- Eu primeiro, eu primeiro. ' grita um dos funcionários!!!!
- Eu quero estar nas Bahamas dirigindo um barco, sem ter nenhuma preocupação na vida '... Puff e ele foi.
O outro funcionário se apressa a fazer o seu pedido:
- Eu quero estar no Havaí, com o amor da minha vida e um provimento interminável de pina coladas! Puff, e ele se foi.
- Agora você - diz o gênio para o gerente.
- Eu quero aqueles dois de volta ao escritório logo depois do almoço para uma reunião!
Conclusão: *Deixe sempre o seu chefe falar primeiro*. 

AULA 04:
Na África todas as manhãs o veadinho acorda sabendo que deverá conseguir correr mais do que o leão se quiser se manter vivo.  Todas as manhãs o leão acorda sabendo que deverá correr mais que o veadinho se não quiser morrer de fome.
Conclusão: *Não faz diferença se você é veadinho ou leão, quando o sol nascer você tem que começar a correr.* 

AULA05:
Um corvo está sentado numa árvore o dia inteiro sem fazer nada. Um pequeno coelho vê o corvo e pergunta:
- Eu posso sentar como você e não fazer nada o dia inteiro?  O corvo responde: Claro, porque não? O coelho senta no chão embaixo da árvore e relaxa. De repente uma raposa aparece e come o coelho.
Conclusão: *Para ficar sentado sem fazer nada, você deve estar no topo*. 

AULA 06:
Um fazendeiro resolve colher algumas frutas em sua propriedade, pega um balde vazio e segue rumo às árvores frutíferas. No caminho ao passar por uma lagoa, ouve vozes femininas e acha que provavelmente algumas mulheres invadiram suas terras. Ao se aproximar lentamente, observa várias belas garotas nuas se banhando na lagoa. Quando elas percebem a sua presença, nadam até a parte mais profunda da lagoa e gritam: Nós não vamos sair daqui enquanto você não deixar de nos espiar e for embora. O fazendeiro responde: Eu não vim aqui para espiar vocês, eu só vim alimentar os jacarés!
Conclusão: *A criatividade é o que faz a diferença na hora de atingirmos nossos objetivos mais rapidamente*.
Extraído da apostila de consultoria do Prof. Pantufas...

O livro...

Ainda falta na estante o livro aquele
Aquele que até hoje ainda não li.
Não li mas sei bem que ele
Que ele contém muito do muito que não vi.
Não vi nas letras das páginas sem fim
Sem fim ou começo que defina o traço.
O traço que busco em cada linha, de mim
De mim, nas frases e nos versos que ora faço.

Anorexia política

Anorexia política  é uma disfunção caracterizada por uma tímida e insuficiente base eleitoral (caracterizando baixa densidade parlamentar) e estresse físico. 

A anorexia política é uma doença complexa, envolvendo componentes psicológicosfisiológicos e sociais

A doença consiste em se ver o contrário do que é.

Os políticos, partidos e seguimentos da sociedade brasileira que sofrem deste mal são conhecidos pela alcunha de tucademopigolpistas.

A tucademopigolpistas sofre deste mal desde 2003, quando Lula tomou posse.

Coitados, vão continuar sofrendo desta doença durante muito tempo. É que pelo andar da carroça...Lula volta em 2014!

A nuvem na internet

Capaz de guardar quantidade infinita de informação (textos, dados, músicas, fotos, vídeos) com acesso via PC ou celular, a nuvem da internet tem potencial de mercado de US$ 1,5trilhão por ano.

O mundo on-line terá mais de 15 bilhões de conexões em 2015, são as previsões.

O escritor e seu ofício


O grande escritor é ele e seu ofício solitário, ele com ele. Não ambiciona riqueza ou poder. Sua ambição é o reconhecimento dos leitores e dos iguais, os demais escritores. Muitos escrevem pensando apenas no reconhecimento posterior; outros ambicionam o reconhecimento imediato. Mas seu mote, sua seiva vital é o reconhecimento de seus pares.

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Um grande escritor não nasce, é construído ao longo de décadas e de livros, de personagens que cria, de tramas que tece, de sentimentos que explora, na solidão intermitente de seu quarto, raras vezes nos salões dos poderosos. Explora novas formas de conhecimento, a atualização permanente da leitura e da análise de pessoas e circunstâncias.

Não busca a popularidade fácil dos jornalistas, a exploração do factual, do imediato, o atendimento da catarse dos leitores. O grande escritor ambiciona a eternidade. Para os de família quatrocentona, a eternidade pode ser um mausoléu no Cemitério da Consolidação; para os muitos ricos letrados, uma fundação que leve seu nome; para o provincianismo brasileiro, um nome de rua.

Para o grande escritor, deveria ser a Academia Brasileira de Letras (ABL). Mas não é.

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A ABL, a casa de Machado de Assis, que deveria ser a guardiã implacável dos valores da literatura, a defensora intransigente da meritocracia, a defensora dos escritores, o selo de qualidade, o passaporte final para a posteridade, é uma casa menor, em alguns momentos parecendo mais uma cloaca de fazenda do que um lugar de luzes e de letras.

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Ao preterir o escritor Antônio Torres em favor do jornalista Merval Pereira, a ABL demonstrou a pequenez não propriamente dela, mas de uma certa elite superficial brasileira, provinciana, atrasada.

De pouco adiantou o fato de que os livros de Torres ajudaram o Brasil a ser mais conhecido por leitores da Itália, Argentina, México, Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, Portugal, Bélgica, Holanda, Israel, Bulgária. Ou o fato de dois livros seus – Um táxi para Viena D'Áustria e Essa Terra - traduzidos na França, terem levado o governo francês, em 1999, a lhe conferir o título de "Cavaleiro das Artes e das Letras".

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