por Luis Fernando Verissimo

O som da época [e/ou do nosso tempo?]...


Desconfio que ainda nos lembraremos destes anos como a época em que vivemos com o acompanhamento dos alarmes de carro. Os alarmes de carro são a trilha sonora do nosso tempo: o som da paranoia justificada.
O alarme é o grito da nossa propriedade de que alguém está querendo tirá-la de nós. É o som mais desesperado que um ser humano pode produzir — a palavra "Socorro!" — mecanizado, padronizado e a todo volume. É "socorro!" acrescentado ao vocabulário das coisas, como a buzina, a campainha, a música de elevador, o "ping" que avisa que o assado está pronto e todos os "pings" do computador.
Também é um som típico porque tenta compensar a carência mais típica da época, a de segurança. Os carros pedem socorro porque a sua defesa natural — polícia por perto, boas fechaduras ou respeito de todo o mundo pelo que é dos outros — não funciona mais. Só lhes resta gritar.
Também é o som da época porque é o som da intimidação. Sua função principal é espantar, e substituir todas as outras formas de dissuasão pelo simples terror do barulho. O som da época em que os decibéis substituíram a razão. Como os ouvidos são, de todos os canais dos sentidos, os mais difíceis de proteger, foram os escolhidos pela insensibilidade moderna para atacar nosso cérebro e apressar nossa imbecilização. Pois são tempos literalmente do barulho.
O alarme contra roubo de carro também é próprio da época porque frequentemente não funciona. Ou funciona quando não deve. Ouvem-se tantos alarmes a qualquer hora do dia ou da noite porque, talvez influenciados pela paranoia generalizada, eles disparam sozinhos. Basta alguém se aproximar do carro com uma cara suspeita e eles começam a berrar.
Decididamente, o som do nosso tempo.

Fomento a indústria nacional de defesa

 A presidenta Dilma Rousseff assinou nesta quinta-feira (29/9) Medida Provisória que estabelece mecanismos de fomento à indústria brasileira de defesa. Preparada em conjunto pelos ministérios da Defesa, Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Planejamento e Fazenda, a MP é um desdobramento do Plano Brasil Maior, lançado em agosto para aumentar a competitividade da indústria nacional, a partir do incentivo à inovação tecnológica e à agregação de valor.

A Medida institui regras especiais para compra e contratação de produtos e sistemas de defesa para o país. Além disso, cria um regime especial de tributação que desonera empresas do setor de encargos como o IPI, PIS/Pasep e Cofins.

Além da desoneração, a MP estabelece incentivos ao desenvolvimento de tecnologias no setor de defesa. As novas regras trazem benefícios tanto para a indústria do setor, quanto para os trabalhadores e para o Estado brasileiro que terão maior oferta de empregos e melhores condições para aquisição de bens e serviços de interesse do país.

São considerados produtos estratégicos, e por isso contemplados pela nova norma, os bens, serviços, obras ou informações utilizados em atividades de defesa, com exceção das de uso administrativo, que por seu conteúdo tecnológico, dificuldade de obtenção ou imprescindibilidade sejam de interesse estratégico para a defesa nacional. Nesse universo estão contidos: equipamentos eletrônicos, munições, armas, embarcações, aviões, satélites, foguetes, veículos, fardas, rações, softwares outros utilizados nas atividades finalísticas de defesa.



Sorvete com hortelã e morango

Ingredientes

  • 1 xícara de leite
  • 10 morangos
  • Hortelã à gosto
  • Açúcar à gosto
  • 2 colheres (sopa) de amido de milho
  • 4 bolas de sorvete napolitano
Como fazer
  • Bata no liquidificador o leite, os morangos, o açúcar e o amido de milho até obter pedaços pequenos do morango. Reserve.
  • Em uma panela média, coloque a mistura reservada e cozinhe em fogo médio, mexendo sempre, até ferver e engrossar. Divida entre 4 taças para sobremesa e reserve na geladeira por 1 hora ou até esfriar.
  • Coloque, em cada taça reservada, 1 bola do sorvete napolitano. Decore com o morango e a hortelã. Sirva em seguida.

Ditados impopulares

01- "É dando que se ... engravida". 
02- "Quem ri por último... é retardado". 
03-
 "Alegria de pobre... é impossível". 
04-
 "Quem com ferro fere... não sabe como dói". 
05-
 "Em casa de ferreiro... só tem ferro". 
06-
 "Quem tem boca... fala. Quem tem grana é que vai a Roma!" 
07-
 "Gato escaldado... morre, porra!" 
08-
 "Quem espera... fica de saco cheio." 
09-
 "Quando um não quer... o outro insiste." 
10- 
"Os últimos serão ... os desclassificados." 
11-
 "Há males que vêm para ... fuder com tudo mesmo!" (essa é ótima!!!) 
12-
 "Se Maomé não vai à montanha... é porque ele se mandou pra praia." 
13-
 "A esperança... e a sogra são as últimas que morrem." 
14-
 "Quem dá aos pobres.... cria o filho sozinha." rsrsrsrsrsr....
15-
 "Depois da tempestade vem a ..... gripe." 
16-
 "Devagar..... nunca se chega." 
17-
 "Antes tarde do que ... mais tarde." 
18-
 "Em terra de cego quem tem um olho é ... caolho." 
19-
 "Quem cedo madruga... fica com sono o dia inteiro." 
20-
 "Pau que nasce torto... urina no chão."

A interiorização da violência

A violência está se desconcentrando, saindo dos grandes centros para as cidades do interior. Esta é a principal conclusão do Mapa da Violência, apresentado por Júlio Jacobo Waiselfisz, do Instituto Sangari, no Fórum Sobre Segurança Pública, do Projeto Brasilianas.

Em pouco mais de cinco anos, por exemplo, Maranhão passou de 5 para 15 homicídios por cada 100 mil habitantes.

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Há alguns fatores que explicam essa migração. O primeiro, a desconcentração do desenvolvimento econômico, com perda de dinamismo das regiões metropolitanas.

O segundo fator pode ter sido o Plano Nacional de Segurança Pública, de 1999, e o Fundo Nacional que, a partir de 2001, passou a canalizar recursos para o aparelho de segurança das regiões metropolitanas, diz Jacobo, deslocando os criminosos para o interior.

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A disseminação da violência é maior em três tipos de municípios.

O primeiro, os de zona de fronteira, no qual o crime organizado chega a dominar parte do território.

O segundo, os municípios de turismo predatório, dos quais o exemplo maior é Itamaracá, em Pernambuco.

O terceiro, o arco de desmatamento amazônico, como em Marabá, onde existe a grilagem de terra, madeireiras ilegais, extermínio de comunidades indígenas e as as áreas de pistolagem e/ou de caciquismo político, cujo exemplo maior é o polígono da seca, em Pernambuco.

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Há uma característica especial nos homicídios: não se trata de um fenômeno individual, mas social. Por isso mesmo, através das estatísticas é possível se prever índices de homicídio tanto no Brasil quanto na Suiça.

Professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, Rogério Baptistini Mendes reforça essa visão e explica que no Brasil a violência é estruturada. Desde a colonização criou-se uma cultura da violência diferente das sociedades mais avançadas. Por isso mesmo, não se pode importar acriticamente metodologias de combate à violência.

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Jacobo concorda com essa visão e incluir Colômbia e Venezuela nessas sociedades intrinsicamente violentas.

O fato novo nas pesquisas é o aumento da violência entre os jovens, especialmente os integrantes de grupos, como as torcidas organizadas.

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O grande risco é a transformação da violência de epidemia em pandemia.

Segundo Jacobo, na faixa dos 5 homicídios por 100.000 habitantes, a violência não traz problemas. De 5 a 10, começa a fazer diferença, deixando a população desconfiada. De 10 para cima, é a fase epidêmica, na qual o cidadão não tem a menor confiança nas forças de segurança e as forças de crime começam a ocupar territórios.

A partir de 20, tem-se a pandemia estrutural, difícil de erradicar. Os índices brasileiros são de 27 homicídios por cada 100 mil habitantes.

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O especialista Roberto Genofre citou dados de pesquisa do professor Luiz Flávio Sapore, da PUC Minas. Constatou que 18,48% foram resultado do comércio de drogas ilícitas; 13,71%, de vingança; 11,62%, de relações afetivas; 8% de brigas em bares e similares.

De 2000 a 2010, estima-se que 20% das causas de homicídios foram ligados à droga, especialmente dos pequenos traficantes.

Jô Nunes e Banda

Vale a pena conhecer a talentosa Jô Nunes. Voz marcante, em um repertório de alta qualidade. Acompanhada por músicos de técnica ímpar. Para mais detalhes sobre seu trabalho, visite http://www.myspace.com/jo.nunes