Certamente, o crescimento do valor agregado gerado (o Produto Interno Bruto - PIB) é um dos indicadores importantes, por medir o valor absoluto de tudo o que foi produzido, assim como por permitir compará-lo com períodos anteriores e com o de outros países. É um termômetro significativo, mas não o único. Outros indicadores de desempenho também são relevantes, como o nível do emprego, dos salários reais, da distribuição de renda, além de outros dados macroeconômicos, como endividamento e déficit público relativamente ao produto gerado, etc.
Vale, neste ponto, registrar alguns aspectos da economia brasileira.
O primeiro é que, embora o crescimento doméstico seja baixo, em torno de 1%, previsto para o acumulado de 2012, o desempenho corrente, ou seja, o ritmo de desempenho atual da economia, é bem melhor. O crescimento do 3.º trimestre, por exemplo, de 0,6%, já representa um ritmo anualizado de 2,4% ao ano; e o do 4.º trimestre, que só conheceremos mais à frente, muito provavelmente será ainda mais expressivo. Se for de 0,8%, por hipótese bastante plausível, considerando os indicadores antecedentes, representará um crescimento anualizado de 3,2%, três vezes superior ao acumulado de 2012. O importante é que esse nível de atividade deverá se consolidar em 2013, traduzindo-se num crescimento da ordem de 3,5% médio para o ano, podendo evidentemente ser maior, se as circunstâncias, não só internas, mas externas, assim permitirem.