Supremo da Venezuela decide que presidente continua no cargo sem posse e por tempo indeterminado

Vice-presidente Nicolás Maduro poderá permanecer à frente do governo após decisão de juízes; oposição, que queria decretação de ausência temporária, denuncia inconstitucionalidade da medida.

O TSJ - Tribunal Supremo de Justiça - da Venezuela, considerou que a posse de Hugo Chávez, prevista para hoje, é um “formalismo que deve ser cumprido, mas não é obrigatório para a continuidade do governo”. 

Para os magistrados, não é necessário decretar a ausência temporária do presidente porque a Assembleia Nacional autorizou que ele viajasse para se tratar do câncer.

Dilma deveria estudar a maneira como a Dinamarca regula a mídia

O principal é criar um órgão fiscalizador independente do governo, dos partidos — e das empresas jornalísticas
A mídia britânica, nos últimos 60 anos, tem sido auto-regulada, como a brasileira. O escândalo do NoW – que caiu como uma bomba na opinião pública depois que se soube que o tabloide de Murdoch invadira a caixa postal de uma garota de 13 anos sequestrada e morta – mostrou os limites da auto-regulação.


Para usar uma palavra, a auto-regulação fracassou miseravelmente na Inglaterra.
Os ingleses entraram em 2013 dando os toques finais num novo sistema de monitoramento da mídia.  O ponto principal é que a auto-regulação será substituída por um modelo em que o órgão fiscalizador éindependente das empresas jornalísticas. E também — vital — dos partidos políticos e do governo.
O Brasil, cedo ou tarde, e quanto mais cedo melhor, vai ter que enfrentar a mesma realidade:  a falência da auto-regulação na mídia e, consequentemente, a necessidade de dar um passo adiante. O maior obstáculo reside nas grandes empresas de jornalismo, que por obtusidade ou má fé, ou uma mistura de ambas as coisas, rechaçam discussão preliminarmente sob o argumento, aspas, de que se trata de “censura” para a “imprensa livre”.

Você me enfeitiçou


Pois toda vez que ouço seu nome...
Minha respiração para...
Meu coração dispara...
E sinto que vou perder os sentidos...

Queria tanto ter você em meus braços...
Te embalar num doce abraço...

Venha deite ... se junto a mim...
Não sabe que se vivo é pra te fazer feliz? 

Sem você o mundo é gelado...
Amargo...
Vem meu polo norte...

Você me lançou um feitiço...
E agora terá de arcar com isso...
Pois toda vez que te vejo...
Sinto que perco o juízo...

10/01 algumas manchetes piguinianas

"Crise energética":

  • Referenda o adiamento da posse de Chávez
  • Aumenta pressão sobre inflação
  • Já ameça as Big Four de auditoria
  • Leva Tesouro a adiar emissão de título
  • Desvia entrada do aeroporto de Fortaleza
E por aí vai...

As boas coisas da vida


ma revista mais ou menos frívola pediu a várias pessoas para dizer as “dez coisas que fazem a vida valer a pena”. Sem pensar demasiado, fez esta pequena lista:

- Esbarrar às vezes com certas comidas da infância, por exemplo: aipim cozido, ainda quente, com melado de cana que vem numa garrafa cuja rolha é um sabugo de milho. O sabugo dará um certo gosto ao melado? Dá: gosto de infância, de tarde na fazenda.

- Tomar um banho excelente num bom hotel, vestir uma roupa confortável e sair pela primeira vez pelas ruas de uma cidade estranha, achando que ali vão acontecer coisas surpreendentes e lindas. E acontecerem.

- Quando você vai andando por um lugar e há um bate-bola, sentir que a bola vem para o seu lado e, de repente, dar um chute perfeito – e ser aplaudido pelos servente de pedreiro.

- Ler pela primeira vez um poema realmente bom. Ou um pedaço de prosa, daqueles que dão inveja na gente e vontade de reler.

- Aquele momento em que você sente que de um velho amor ficou uma grande amizade – ou que uma grande amizade está virando, de repente, amor.

- Sentir que você deixou de gostar de uma mulher que, afinal, para você, era apenas aflição de espírito e frustração da carne – a mulher que não te deu e não te dá, essa amaldiçoada.

- Viajar, partir…

Crônica do Edgard: Jogo a toalha


Mais um dia de rotina. Levanto, tomo café, pego os jornais. E leio.
No Brasil, o Ministério de Minas e Energia tem uma reunião marcada para discutir problemas do setor. O representante do ministro diz que é um encontro previamente marcado, nada a ver com crise. Mas a presidenta do país interrompe suas férias e segue para Brasília para acompanhar a reunião “de praxe”.
A própria presidenta disse no fim do ano que não há problemas com o sistema elétrico e que os apagões são fruto de erros humanos e que deveríamos soltar gargalhadas quando nos dissessem o contrário. Mas, como sempre, os erros humanos se repetiram em toda a Região dos Lagos – onde estive no fim de ano – incluindo a charmosa Búzios, terra dos ricaços locais e argentinos. Aliás, em Teresópolis, região serrana do Rio, onde passo alguns fins de semana na casa de um amigo, também falta luz durante esses feriados mais longos, como Natal, Carnaval, Semana Santa. Isso acontece há 30 anos. Repetindo: 30 anos! Para rir disso, só sendo masoquista. Assim mesmo, prefiro acreditar na voz da presidenta.
Porém, espera lá: será que ela está sabendo de toda a realidade mesmo? Ou tem gente tentando esconder algo dela? Pronto, já estou em cima do muro. Desconfiado como Dilma, também querendo ver o que falam os técnicos responsáveis pela energia brasileira. Na verdade, como chefe do setor elétrico durante anos, no governo Lula, ela é muito bem informada do que acontece lá. Se bem que temos de dar o desconto de que hoje suas funções são muito maiores e mais abrangentes.

Entrevista de Genoíno no Sul 21


Sul21 – A sua decisão de tomar posse como deputado federal tem causado polêmica e críticas, até mesmo de companheiros de PT. Como o senhor recebe esses questionamentos?

José Genoino – A minha expectativa é exercer o meu mandato, porque eu tomei posse respeitando a Constituição Federal e as leis do meu país. Além de responder aos 92.326 eleitores que votaram em mim. Ao cumprir esta determinação legal, que é válida a todos os brasileiros, pretendo desempenhá-la como sempre fiz, sendo um deputado presente, de projetos e ideias. Eu sempre fui atuante em plenário e nas comissões. É isso que eu vou fazer. Exercerei meu mandato plenamente a cada dia. Sobre expectativas de futuro (condenação), não me compete especular.

Sul21 – O senhor imagina futuro prejuízo à sua vida política depois desta condenação?

José Genoino – Eu estou nesta espécie de tortura psicológica há sete anos. Desde 2005 sofro campanhas pré-condenação. Quem tem muitas cicatrizes está mais preparado para enfrentar certos golpes, certas pancadas. Mas eu estou tranquilo, tenho a serenidade da minha inocência. Vou provar isso. Mais cedo ou mais tarde, a verdade prevalecerá. Nesse período todo, os acusados (no mensalão) foram tratados como nunca antes no nosso país – mesmo assim, não quero emitir juízo de valor sobre isso por ter um compromisso profundo com a democracia, eu lutei por ela. Eu fiquei cinco anos preso por lutar pela democracia. Ingressei na política com 21 anos de idade. Sempre fiz política. Política por ideais e sonhos. Nunca acumulei patrimônio ou riqueza com a política. É isso que conta para mim. Continuo com a consciência que a minha luta por um estado democrático e soberano e pela minha honestidade nunca se apagarão.

Sul21 – O deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) que disputa a presidência da Câmara, já disse que, se eleito, tem intenção de descumprir a decisão do STF sobre a cassação automática do mandato dos condenados na Ação Penal 470. O senhor fica mais tranquilo com esta posição?

José Genoino – Eu não vou opinar sobre isso. Não é de minha competência, é de competência da Câmara Federal. Eu respeito os poderes constituídos. Reafirmo que, mesmo concordando ou discordando de decisões, eu as cumprirei.