Brasil precário x Brasil empresário

BRASIL PRECÁRIO:

Hospitais caindo aos pedaços, doentes morrem em macas improvisadas, no chão, no canto e no recanto de um lugar qualquer. Miséria espalha por todos os lados, até parece uma ilha cercada de águas por todos os lados, ou seja, favelas, cortiços, palafitas, morros e guetos periféricos. Escolas em precárias condições uso, alunos que não aprendem absolutamente nada. Merenda escolar de qualidade duvidosa, preço superfaturado e, corrupção por todos os escalões. Moradores de rua que se escondem precariamente sob viadutos e pontes nos quais em cima passam os carros da pequena burguesia. Aluguéis de casa na hora da morte, em função disso muitas famílias vivem como nômades, de lá para cá e de cá para lá. Tem os sem-terra, sem comida, sem camisa, sem sapato, sem lenço sem documento, como também os sem-nada, esses são os que mais têm. Migrantes que vão e voltam, sem encontrar uma oportunidade para estabelecer residência fixa. Crianças abandonadas em profusão, sem pai e mãe, crianças exploradas para vender quinquilharias nos semáforos das esquinas do país. Jovens que são exploradas pela prostituição, as quais vivem uma situação de cão de rua ou como queira vira-lata. 

BRASIL QUE DEU CERTO: Gilmar Mendes empresário do HABEAS-CORPUS vende somente para quem tem muito dinheiro. Daniel Dantas bandido do colarinho engomado livre, leve e solto, o qual compra a revelia o tal de HABEAS-CORPUS. O bom careca do Marcos Valério foi beneficiado pelo vendedor de HABEAS-CORPUS. Deputado que faz CASTELO com o dinheiro do contribuinte e nada acontece. Cadeia especial para os bandidos formados em faculdades de fundo de quintal. Capangas dos coronéis da terra matam os trabalhadores rurais e sindicalistas e, nada acontece, pois o Judiciário anda de mãos dadas com a elite bandida do Brasil. Senadores e Deputados que se corrompem em nome da mais valia quanto mais eu tenho, mais poderoso sou. As madames fazem festa para presentear o cachorro de estimação em detrimento das crianças mais pobres. VOCÊ ESCOLHE: Qual Brasil você aceita passivamente e, qual você acredita ser verdade. 

Você prefere um BRASIL de poucos ou um BRASIL de todos?
Marco Antônio Leite 

Dia Internacional da Mulher

Qual a diferença entre crianças, meninas e mulheres aos 
8, 18, 28, 48, 58, 68, 78, e 88 anos de idade? 

Aos 8 -- Você a leva para a cama e lhe conta uma estória
Aos 18 -- Você lhe conta uma estória e a leva para a cama. 
Aos 28 -- Você não precisa contar estória nenhuma para levá-la para a cama. 
Aos 48 -- Ela lhe conta uma estória e lhe leva para a cama. 
Aos 58 -- Ela lhe conta uma estória para evitar ter que ir para a cama com você. 
Aos 68 -- Você fica na cama para evitar as estórias dela. 
Aos 78 -- Se você a levar para a cama, isso sim é uma estória
Aos 88 -- Que estória? Que cama? Quem é você? 

Viva o dia internacional das mulheres.
As quais merecem nosso respeito e consideração.
Marco Antônio Leite 

Dia Internacional da Mulher - Maria Bonita


No Dia Internacional da Mulher, Maria Bonita, a companheira de Lampião, faria 100 anos, caso estivesse viva Violência, sexualidade, trabalho, política, saúde e etnia. Estes serão os eixos temáticos a serem desenvolvidos amanhã, Dia Internacional da Mulher, pelo Conselho Municipal da Mulher Cratense, dentro da “Primeira Conferência de Formação em Gênero e Feminismo”, que será realizada no Parque de Exposições do Crato. A data também marca o centenário de nascimento de Maria Bonita, a companheira de Virgulino Ferreira da Silva, o famoso Lampião. No Crato, a população feminina deverá marcar presença na programação que oferece uma passeata contra as demissões e reduções dos salários. Outro assunto a ser levantado pelo Conselho é uma campanha em favor da doação de medula. A plenária final será realizada no bar da “Casa de Artes Olhar”, na Praça da Sé, com uma atividade cultural. Além destes temas, será prestada homenagem à cangaceira Maria Bonita, na passagem do seu centenário de nascimento. Ela nasceu no dia 8 de março de 1909. “Vamos falar da importância de uma mulher que rompeu todas as barreiras de preconceitos e entrou para a história do País”, justifica a professora Verônica Neuma Carvalho, coordenadora do movimento feminino. Maria Bonita foi responsável por introduzir vários costumes no meio dos homens do Cangaço, já que a presença de mulheres no movimento era proibida até a entrada dela no grupo, segundo o escritor Magérbio Lucena, autor do livro “Lampião e o Estado Maior do Cangaço”. “Ela foi um dos maiores expoentes da cultura nordestina”, atesta o pesquisador. A cangaceira está sendo também homenageada pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), no I Seminário Internacional sobre o Centenário de Maria Bonita: a rainha do cangaço, promovido pela instituição, em parceria com a Prefeitura de Paulo Afonso e a Secretaria Municipal de Turismo. O evento termina amanhã no auditório do Departamento de Educação (DEDC), do Campus VIII da Uneb, e vai contar a história de vida de quem popularmente foi conhecida como Maria Bonita, a companheira de Lampião. Uma das atrações é a presença dos ex-cangaceiros Teófilo Pires e Aristeia Soares, além de Neli Conceição e João Souto, filhos dos cangaceiros Moreno e Durvinha. “O seminário integra a comemoração do centenário de Maria Bonita e, para tanto, queremos estudar o papel da mulher no Cangaço, a partir do que foi a sua vida de liderança e companheirismo, ao lado do cangaceiro Lampião”, destaca Juracy Marques, coordenador da iniciativa. Para Juracy, não por acaso, Maria Bonita nasceu no Dia Internacional da Mulher, festejado em 8 de março. “Vamos encerrar o evento comemorando o dia em que o povo sertanejo, em especial, comemora os 100 anos dela”, complementa. Maria Gomes de Oliveira, a Maria Bonita, foi a primeira mulher a aparecer no cenário do Cangaço, revolucionando a sua época (século XX) e introduzindo vários costumes no meio de homens guerreiros que até então não permitiam mulheres entre os seus pares. Nascida em 8 de março de 1911, em uma fazenda na Malhada da Caiçara, na Bahia, casou-se aos 15 anos com um sapateiro, com quem vivia brigando. Durante uma das separações de seu marido, Maria Bonita conheceu Lampião e apaixonou-se. O rei do Cangaço, nesta época, tinha quase 33 anos e Maria, pouco mais de 20. Musa e rainha Maria Bonita entrou para o bando ao final de 1930 e tornou-se musa e rainha do Cangaço, ocupando-se, entre outras coisas, de costurar a indumentária dos cangaceiros. Depois dela, os outros do grupo também trouxeram suas companheiras para fazerem parte do bando. Em alguns momentos, a intervenção de Maria Bonita impediu vários atos de crueldade de Lampião. Os historiadores afirmam que a presença das mulheres no Cangaço humanizou uma das mais violentas fases da história nordestina, com prática, inclusive, de estupros. Maria Bonita era a musa e a rainha do Cangaço e serviu de referência para um grupo de mulheres que passaram a fazer parte do bando, modificando a forma de atuação junto aos grupos considerados inimigos. Dizem que elas participavam de todas as atividades, inclusive dos combates. 
Antônio Vicelmo

Tradição do vaqueiro


A nova geração de jovens que freqüenta os modernos parques de vaquejada e assiste a competições realizadas em pistas demarcadas, com locutor oficial e disputa de prêmios milionários, pode ter a ilusão de que o vaqueiro tradicional desapareceu do Ceará. Ou pior: pode nunca ter ouvido falar na figura do sertanejo que monta o cavalo para pegar o boi no mato. Mas em alguns rincões do Estado homens bravos mantém viva a tradição que faz do ser vaqueiro um meio de vida e não um esporte. Um desses recantos do sertão é a localidade de São Bernardo, na zona rural do município de Canindé, a 120km de Fortaleza. Sob o sol quente do Sertão Central, Antônio Nojosa da Costa, 63 anos, conhecido por “Almir”; Pedro Costa Freitas, 59 anos; e Francisco Valmir Agostinho da Costa, 27 anos, ainda correm atrás do boi, com gibão, guarda-peito, chapéu de couro, espora e chicote. É claro que alguns costumes mudaram. Há cerca de 20 anos, seu Almir explica que o gado era solto no mato para comer e engordar livremente. Não havia receio de perder o animal. “Tinha vez que a gente soltava em janeiro, fevereiro, e só ia pegar em setembro. A gente dormia tranqüilo”, relembra. Outro costume eram as antigas festas de apartação. Um grupo de vaqueiros saía pela manhã, levando cachaça e comida, como recorda Pedro. Pegar o gado era uma grande confraternização. O retorno para casa era no fim da tarde ou até mesmo no dia seguinte, claro, depois de capturar o boi. E na fazenda, a festa continuava também com cantoria. Outros tempos “Hoje, a gente não solta mais porque o ladrão carrega. Ou então o boi pode pegar uma bicheira e até morrer”, lamenta seu Almir. Por isso, os animais são criados em cercados. A necessidade de pegar o boi no mato se restringe a quando um deles foge. Isso acontece, por exemplo, no transporte do cercado para as áreas de pasto, apesar de que, segundo o vaqueiro, quando o rebanho é tangido todo junto não há fugas. Outra ocasião é quando os vaqueiros, “só por diversão”, soltam um ou outro bicho para caçá-lo em meio à mata fechada. Por um ou outro motivo, é preciso coragem para encarar o ofício. Valmir adverte que os riscos são grandes. “Tem que ter golpe de vista e proteger a cara para não se cortar todo”, ensina. O perigo maior, segundo ele, são os paus pontiagudos escondidos no mato. As pedras e o terreno acidentado aumentam os riscos. Qualquer acidente pode ser fatal, pois, segundo os sertanejos, os cavalos chegam a alcançar 60km/h na velocidade máxima da corrida. Um segredo, conforme ensina Valmir, é estar sempre com a cabeça abaixo do pescoço do cavalo, para assim usar o animal como escudo. “O vaqueiro não pode fechar os olhos e precisa calcular bem a distância”, continua. Domar bem o cavalo também é essencial: “Senão, na hora que o cara puxar a rédea, o cavalo fica parado”. Levar uma queda pode ser uma das conseqüências de montar um bicho mal-ensinado Também é por causa dos riscos de pegar o boi no mato que a tradição de usar roupas de couro é mantida pelos vaqueiros de Canindé. “A gente sempre usa roupa de couro. Para evitar de se cortar e de se arranhar”, justifica seu Pedro. O trio conta que o hábito das vestes encouradas vem desde quando eram pequenos. Para isso, eles compram o couro e mandam para um vaqueiro que mora na sede do município fazer as roupas. ´De magote´ Além dos bois, nas “caçadas” em meio à Caatinga, os vaqueiros encontram bodes, cabritos, ovelhas e porcos perdidos. O gado bravo, porém, é o que dá mais trabalho. “Para pegar touro no mato, a gente vai de magote. Se for só um, não dá”, assume Valmir. Quando o bicho não é tão valente, “tendo coragem e tendo força, dá para segurar sozinho”, compara o sertanejo. Apesar de toda a destreza na “luta diária” com os animais, os vaqueiros relutam em aderir à vaquejada de esporte ou até mesmo cobrar pela captura dos bichos. Seu Pedro conta que a única vez que recebeu pelo trabalho foi quando um homem lhe pagou R$ 150,00 para encontrar quatro novilhas dele que haviam fugido. No ano passado, foi convidado para a competição de pega-de-boi no mato realizada na tradicional Vaquejada de Itapebussu, em Maranguape. Entretanto, apesar de ter participado, prefere mesmo as antigas vaquejadas “pé-de-mourão”. Além da pecuária, como todo homem do campo, os vaqueiros de Canindé vivem da roça. Valmir diz que cultiva milho e feijão e, agora, está começando a plantar cebola para ver se dá certo. E assim, segue a vida simples, onde o sustento vem da natureza e do próprio trabalho, com muito suor e força no braço.

RECONHECIMENTO Missa é realizada há 39 anos em Canindé Canindé. O estabelecimento da Associação dos Vaqueiros, Boiadeiros e Pequenos Criadores de Canindé, em 1995, foi um importante passo para manter e valorizar os vaqueiros tradicionais no município. A tradição, porém, vem sendo fortalecida desde 1970, quando foi criada a Missa do Vaqueiro, realizada sempre durante a Festa de São Francisco, no segundo semestre do ano. Além disso, a cidade celebra o Dia do Vaqueiro desde 2008, graças à Lei Municipal 2.051, de 29 de abril de 2008. A data comemorativa coincide com o Dia do Folclore, em 22 de agosto. Para a vaqueira e ex-presidente da associação, Dina Maria Martins Lima, o vaqueiro ficou mais valorizado depois da criação da missa e da entidade que representa a categoria. Hoje, ela e mais quatro vaqueiros de Canindé serão tema de documentário produzido por um canal de televisão da Itália. As filmagens serão realizadas em Quixadá, no Sertão Central. “O objetivo de criar a associação foi o de nos organizar para conseguir alguns projetos e fortalecer nossos valores”, explica. Dina destaca que a Missa do Vaqueiro recebe número expressivo de participantes a cada ano, com gente que vem até de outros estados do Nordeste. “Aqui se mantém a tradição de vaqueiros encourados e de pegar boi no mato”, ressalta, sobre a tradição em Canindé. Personagem singular A própria Dina, aliás, é uma personagem singular, visto que não é comum ver uma mulher subindo no lombo do cavalo e correndo atrás do gado. O costume nasceu aos sete anos, quando ela começou a ajudar o pai a trazer o rebanho para o curral. Três anos depois, ela levava as vacas para casa. “Eu fugia do colégio para ir atrás de gado”, relembra.

SAIBA MAIS Vestes As roupas de couro são usadas pelos vaqueiros para se proteger de acidentes na busca pelo boi no meio do mato Gibão Cobre os homens do pescoço à cintura, como se fosse um paletó de couro Guarda-peito Pedaço de couro curtido com que os vaqueiros resguardam o peito, preso por meio de correias ao pescoço e à cintura Perneira Calça de couro ajustada ao corpo, vai do pé à virilha, mas deixa o corpo livre para cavalgar Chapéu Protege o vaqueiro do sol e de eventuais golpes na cabeça Espora Instrumento de metal que se põe no salto do calçado para incitar o animal que se monta

Ícaro Joathan

Tradição do vaqueiro


A nova geração de jovens que freqüenta os modernos parques de vaquejada e assiste a competições realizadas em pistas demarcadas, com locutor oficial e disputa de prêmios milionários, pode ter a ilusão de que o vaqueiro tradicional desapareceu do Ceará. Ou pior: pode nunca ter ouvido falar na figura do sertanejo que monta o cavalo para pegar o boi no mato. Mas em alguns rincões do Estado homens bravos mantém viva a tradição que faz do ser vaqueiro um meio de vida e não um esporte. Um desses recantos do sertão é a localidade de São Bernardo, na zona rural do município de Canindé, a 120km de Fortaleza. Sob o sol quente do Sertão Central, Antônio Nojosa da Costa, 63 anos, conhecido por “Almir”; Pedro Costa Freitas, 59 anos; e Francisco Valmir Agostinho da Costa, 27 anos, ainda correm atrás do boi, com gibão, guarda-peito, chapéu de couro, espora e chicote. É claro que alguns costumes mudaram. Há cerca de 20 anos, seu Almir explica que o gado era solto no mato para comer e engordar livremente. Não havia receio de perder o animal. “Tinha vez que a gente soltava em janeiro, fevereiro, e só ia pegar em setembro. A gente dormia tranqüilo”, relembra. Outro costume eram as antigas festas de apartação. Um grupo de vaqueiros saía pela manhã, levando cachaça e comida, como recorda Pedro. Pegar o gado era uma grande confraternização. O retorno para casa era no fim da tarde ou até mesmo no dia seguinte, claro, depois de capturar o boi. E na fazenda, a festa continuava também com cantoria. Outros tempos “Hoje, a gente não solta mais porque o ladrão carrega. Ou então o boi pode pegar uma bicheira e até morrer”, lamenta seu Almir. Por isso, os animais são criados em cercados. A necessidade de pegar o boi no mato se restringe a quando um deles foge. Isso acontece, por exemplo, no transporte do cercado para as áreas de pasto, apesar de que, segundo o vaqueiro, quando o rebanho é tangido todo junto não há fugas. Outra ocasião é quando os vaqueiros, “só por diversão”, soltam um ou outro bicho para caçá-lo em meio à mata fechada. Por um ou outro motivo, é preciso coragem para encarar o ofício. Valmir adverte que os riscos são grandes. “Tem que ter golpe de vista e proteger a cara para não se cortar todo”, ensina. O perigo maior, segundo ele, são os paus pontiagudos escondidos no mato. As pedras e o terreno acidentado aumentam os riscos. Qualquer acidente pode ser fatal, pois, segundo os sertanejos, os cavalos chegam a alcançar 60km/h na velocidade máxima da corrida. Um segredo, conforme ensina Valmir, é estar sempre com a cabeça abaixo do pescoço do cavalo, para assim usar o animal como escudo. “O vaqueiro não pode fechar os olhos e precisa calcular bem a distância”, continua. Domar bem o cavalo também é essencial: “Senão, na hora que o cara puxar a rédea, o cavalo fica parado”. Levar uma queda pode ser uma das conseqüências de montar um bicho mal-ensinado Também é por causa dos riscos de pegar o boi no mato que a tradição de usar roupas de couro é mantida pelos vaqueiros de Canindé. “A gente sempre usa roupa de couro. Para evitar de se cortar e de se arranhar”, justifica seu Pedro. O trio conta que o hábito das vestes encouradas vem desde quando eram pequenos. Para isso, eles compram o couro e mandam para um vaqueiro que mora na sede do município fazer as roupas. ´De magote´ Além dos bois, nas “caçadas” em meio à Caatinga, os vaqueiros encontram bodes, cabritos, ovelhas e porcos perdidos. O gado bravo, porém, é o que dá mais trabalho. “Para pegar touro no mato, a gente vai de magote. Se for só um, não dá”, assume Valmir. Quando o bicho não é tão valente, “tendo coragem e tendo força, dá para segurar sozinho”, compara o sertanejo. Apesar de toda a destreza na “luta diária” com os animais, os vaqueiros relutam em aderir à vaquejada de esporte ou até mesmo cobrar pela captura dos bichos. Seu Pedro conta que a única vez que recebeu pelo trabalho foi quando um homem lhe pagou R$ 150,00 para encontrar quatro novilhas dele que haviam fugido. No ano passado, foi convidado para a competição de pega-de-boi no mato realizada na tradicional Vaquejada de Itapebussu, em Maranguape. Entretanto, apesar de ter participado, prefere mesmo as antigas vaquejadas “pé-de-mourão”. Além da pecuária, como todo homem do campo, os vaqueiros de Canindé vivem da roça. Valmir diz que cultiva milho e feijão e, agora, está começando a plantar cebola para ver se dá certo. E assim, segue a vida simples, onde o sustento vem da natureza e do próprio trabalho, com muito suor e força no braço.

RECONHECIMENTO Missa é realizada há 39 anos em Canindé Canindé. O estabelecimento da Associação dos Vaqueiros, Boiadeiros e Pequenos Criadores de Canindé, em 1995, foi um importante passo para manter e valorizar os vaqueiros tradicionais no município. A tradição, porém, vem sendo fortalecida desde 1970, quando foi criada a Missa do Vaqueiro, realizada sempre durante a Festa de São Francisco, no segundo semestre do ano. Além disso, a cidade celebra o Dia do Vaqueiro desde 2008, graças à Lei Municipal 2.051, de 29 de abril de 2008. A data comemorativa coincide com o Dia do Folclore, em 22 de agosto. Para a vaqueira e ex-presidente da associação, Dina Maria Martins Lima, o vaqueiro ficou mais valorizado depois da criação da missa e da entidade que representa a categoria. Hoje, ela e mais quatro vaqueiros de Canindé serão tema de documentário produzido por um canal de televisão da Itália. As filmagens serão realizadas em Quixadá, no Sertão Central. “O objetivo de criar a associação foi o de nos organizar para conseguir alguns projetos e fortalecer nossos valores”, explica. Dina destaca que a Missa do Vaqueiro recebe número expressivo de participantes a cada ano, com gente que vem até de outros estados do Nordeste. “Aqui se mantém a tradição de vaqueiros encourados e de pegar boi no mato”, ressalta, sobre a tradição em Canindé. Personagem singular A própria Dina, aliás, é uma personagem singular, visto que não é comum ver uma mulher subindo no lombo do cavalo e correndo atrás do gado. O costume nasceu aos sete anos, quando ela começou a ajudar o pai a trazer o rebanho para o curral. Três anos depois, ela levava as vacas para casa. “Eu fugia do colégio para ir atrás de gado”, relembra.

SAIBA MAIS Vestes As roupas de couro são usadas pelos vaqueiros para se proteger de acidentes na busca pelo boi no meio do mato Gibão Cobre os homens do pescoço à cintura, como se fosse um paletó de couro Guarda-peito Pedaço de couro curtido com que os vaqueiros resguardam o peito, preso por meio de correias ao pescoço e à cintura Perneira Calça de couro ajustada ao corpo, vai do pé à virilha, mas deixa o corpo livre para cavalgar Chapéu Protege o vaqueiro do sol e de eventuais golpes na cabeça Espora Instrumento de metal que se põe no salto do calçado para incitar o animal que se monta

Ícaro Joathan

Campanha - Clik na inVeja

Depois desta ultima edição da inVeja e do diálogo entre o jornalista Paulo Henrique Amorim e o delegado Protógenes Queiroz sobre a “reportagem” de capa do panfletinho da oposição, decide como forma de protesto toda vez que ver uma propaganda da editora abril clicar nela. 

Claro que não é para se tornar assinante dessa rivistinha nojenta, mas é para gastar um pouco do dinheiro deles.
Peço a todo mundo que tem nojo desta inVeja que também faça o mesmo. 

Abaixo o dialogo, leia:

- Você viu a Veja?

- Li, comprei no aeroporto. (*)

- O que você acha?

- Eles estão querendo prorrogar a CPI (do Itagiba), que não deu em nada.

- Mas, e as denúncias?

- Tudo mentira.

- Eu imaginei que fosse assim: o juiz te autoriza a grampear o Naji Nahas, o Naji Nahas se encontra com o Papa e você tem o Papa na gravação. Não pode ser isso?

- Pode ser. Mas não é isso.

- Não tem ninguém ali que tenha aparecido no grampo de outro?

- Só tem a Dilma, mas isso aparece na Satiagraha.

- E a vida amorosa dela, isso que a Veja fala.

- Não tem nada.

- E o Gilmar Mendes?

- Não tem nada.

- Mas, pera aí, não tem nenhum documento, nada? O que acharam na casa do teu filho, no Rio?

- Nada.

- E na tua casa em Brasília?

- Nada. Tem o computador da minha mulher.

- E no teu pen-drive?

- Tem o material que eu já encaminhei à Procuradoria Geral da República. É material da Satiagraha.

- E do Fernando Henrique?

- Não tem grampo nenhum. Nada.

- E do José Serra?

- Nada. Só aparece uma conversa da filha dele com a irmã do Daniel Dantas. Mas, é uma relação empresarial. Não tinha nada a ver com a investigação.

- E o filho do Lula?

- Não aparece em nenhum momento, não tem nada.

- Mas, como é que a Veja ia inventar tudo?

- Cadê o áudio do grampo, Paulo Henrique? É só isso: um vazamento mentiroso.

Aumenta blindagem a presidenciável tucademo

O suspeitíssimo e assustador silêncio da mídia, quando se trata de críticas ao governador-presidenciável tucano José Serra (PSDB-SP), cresce a cada dia. 

Depois de uma semana - em dias alternados - de denúncias envolvendo suposto esquema de corrupção na Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), divulgadas pelo O Estado de S.Paulo, como comentei ontem neste blog, hoje, o próprio jornal não divulga nem mais uma linha a respeito. A Folha de S.Paulo, então, nem se fala!

Esta, ao longo da semana, passou ao largo de qualquer comentário sobre a acusação do investigador da polícia civil, Augusto Pena, que apontou extensa lista de irregularidades na secretaria de Segurança do governo Serra. 

Entre elas, esquema de arrecadação de dinheiro de bingos e caça níqueis, pagamento de propinas que anularam a expulsão de policiais corruptos, e venda de cargos na polícia civil por até R$ 300 mil.

Segundo o denunciante, tudo com o aval do ex-secretário-adjunto de Segurança, Lauro Malheiros Filho e “organizado” por seu sócio, o advogado Celso Augusto Hentscholer Valente. Ainda que o governador Serra, obviamente, tenha lido e não ignore isso, nenhuma palavra dele: o silêncio tumular de sempre.

Na única vez em que foi questionado sobre mais esse suposto caso de corrupção em seu governo - há o de propina paga pela multi Alstom, lembra? - o presidenciável tucano deu as costas aos em plena coletiva. A respeito, não disse nada, não respondeu nada, simplesmente foi embora. Registre-se: esse fato dele dar as costas aos jornalistas foi noticiado na mídia com a máxima discrição - quando foi.

Se quando noticiavam alguma coisa, o governador já se sentia com direito a agir desse modo, imagine-se agora que o escândalo sumiu , ou melhor, voltou a ser escondido pela imprensa.

Serra vai continuar impunemente considerando-se no direito de não ter que prestar contas nem á imprensa e nem a ninguém sobre o escândalo da sua policia. Mas você sabe, leitor: depois de 14,5 anos de governos dos tucanos, é por um escândalo desses que a policia do Estado, a que eles criaram e comandam, se revela...Mas esse suposto esquema de corrupção - e como se já não fosse grave o bastante -  não foi o único tema em relação a Serra “esquecido” pelos veículos de comunicação nos últimos cinco dias.

O governador paulista foi criticado essa semana pelo deputado Ciro Gomes (PSB-CE). Depois de meses de auto-recesso que se impôs, Ciro retornou à cena política com uma coletiva em que ressaltou os danos provocados à nossa economia pelo governo FHC.

Ciro lembrou que FHC teve Serra como seu ministro do Planejamento. Quer dizer, FHC-Serra, de braços dados, foram os responsáveis pela política econômica desastrosa sofrida pelos brasileiros durante os oito anos do tucanato.

Você leu essas críticas do Ciro com algum destaque na mídia? Nem eu. Abafaram as críticas do deputado. Para piorar, essa postura da mídia não é so dos jornais e de outros veículos impressos, ou mesmo na web.

A coberta das emissoras de TV dispensa comentários, e a das rádios sequer consegue disfarçar o claríssimo comprometimento das emissoras e de seus âncoras com a oposição, com o "abafa críticas" a Serra e com as aberrações tucanas.

Por isso, e enquanto isso, o presidenciável tucano José Serra desliza sorrateiro, mesmo que um mar de lama - como diria a velha UDN - escorree em seu governo e debaixo de seus pés.
Mas esse suposto esquema de corrupção - e como se já não fosse grave o bastante -  não foi o único tema em relação a Serra “esquecido” pelos veículos de comunicação nos últimos cinco dias.

O governador paulista foi criticado essa semana pelo deputado Ciro Gomes (PSB-CE). Depois de meses de auto-recesso que se impôs, Ciro retornou à cena política com uma coletiva em que ressaltou os danos provocados à nossa economia pelo governo FHC.

Ciro lembrou que FHC teve Serra como seu ministro do Planejamento. Quer dizer, FHC-Serra, de braços dados, foram os responsáveis pela política econômica desastrosa sofrida pelos brasileiros durante os oito anos do tucanato.

Você leu essas críticas do Ciro com algum destaque na mídia? Nem eu. Abafaram as críticas do deputado. Para piorar, essa postura da mídia não é so dos jornais e de outros veículos impressos, ou mesmo na web.

A coberta das emissoras de TV dispensa comentários, e a das rádios sequer consegue disfarçar o claríssimo comprometimento das emissoras e de seus âncoras com a oposição, com o "abafa críticas" a Serra e com as aberrações tucanas.

Por isso, e enquanto isso, o presidenciável tucano José Serra desliza sorrateiro, mesmo que um mar de lama - como diria a velha UDN - escorree em seu governo e debaixo de seus pés.
Leia também:  
Escândalo alastra-se e mídia poupa Serra
Lamaçal de denúndias é profundo
Um tucano muito bem blindado pela mídia

Zé Dirceu