Ao trabalho itamaratecas

Se precisamos justificar certas ditaduras num dia e condenar outras no dia seguinte, é desejável um pouco mais de sofisticação

As reações ao golpe em Honduras são o enésimo exemplo de como é importante considerar em primeiro lugar as conveniências dos atores quando se analisa a política internacional. Melhor ter consciência disso do que viver de ilusão. Em vez de perder tempo com a crença em declarações vazias, concentrar-se na análise da relação de forças e de interesses. Si vis pacem, para bellum. Se queres a paz, prepara-te para a guerra. Quem pode mais chora menos. E ponto final.

Luiz Inácio Lula da Silva foi artífice quando a Organização dos Estados Americanos (OEA) se movimentou para revogar o isolamento de Cuba, apesar do sabido déficit democrático na ilha. Muito bom. Um argumento costumeiro de Lula é que não devemos ditar regras sobre a política interna do alheio. Razoável. Se tais parâmetros forem adotados para a república hondurenho-bananeira, deveremos deixá-la em paz no seu golpismo de opereta.

Quando no ano passado a Geórgia tentou retomar no braço províncias separatistas pró-russas, a melhor expressão que achei para o presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, foi "malucão do Cáucaso". Moscou aplicou uma surra de chicote no dito cujo. Agora, de qualquer ângulo que se olhe, o presidente constitucional de Honduras, Manuel Zelaya, é forte candidato ao título de malucão da América Central.

Para convocar uma Assembleia Constituinte, Zelaya quis fazer na marra um plebiscito proibido pelo Congresso e pela Justiça. Tentou demitir o comandante do Exército, que se recusava a ajudar no tal plebiscito. Na sequência, tomou um golpe de estado. Sonhou com a perpetuação no poder, mas acabou chutado de pijama para fora do país.

Aqui no Brasil nós sabemos o custo de querer fazer as coisas "na lei ou na marra". Se você não conhece a expressão, dê uma olhada nas circunstâncias da queda de João Goulart em 1964. Com justiça, os livros de História trazem que Jango foi vítima de um golpe ditatorial. Mas a mesma História registra também o quanto ele ajudou os golpistas, esticando a corda para além do razoável e flertando com o golpismo dos aliados dele, Jango. Por exemplo, ao estimular a insubordinação nos quartéis. Se o "na lei ou na marra" vale para você, vale também para o adversário. E adianta pouco choramingar depois.

De volta à atualidade. Nossa emergência como nação relevante no falatório planetário, na discurseira global, está a exigir um upgrade do governo e dos diplomatas brasileiros nas explicações e nos discursos. Se não, fica parecendo só o que é: uma dança ao sabor das conveniências.

Em nome do princípio de não se meter na vida alheia, o Brasil nega-se a condenar regimes acusados de violar direitos humanos. É compreensível. Não conheço país que adote o respeito aos direitos humanos como primeiro critério de política internacional. Quando o político exibe excessivo interesse no assunto, faça o teste da isonomia. Verifique se ele luta pelos direitos humanos dos inimigos com a mesma ênfase usada para defender os direitos dos amigos. Quem sabe você encontra algum governante que preencha o requisito.

Mas, se os princípios, inclusive o da não ingerência, valem só quando convêm, recorrer obsessivamente a eles vai acabar, um dia, em desmoralização. Daí a necessidade do upgrade. Uma política externa pragmática precisa de suporte intelectual consistente em pragmatismo. Se vamos passar a mão na cabeça de alguns ditadores num dia e condenar outros no dia seguinte, é preciso um pouco mais de sofisticação.

Ao trabalho, itamaratecas!

Senado e-mail e resposta

E-mail enviado ao senado
"A crise do senado, explodiu com a eleição do Sarney, do contrario ela não teria nascido.Me expliquem:Agaciel manda e desmanda a 15 anos, funcionarios fantasmas sempre existiram, neto de sarney atua no senado desde 2007 e outras malandragens. Mas somente agora a imprensa colocou a fantasia de defensora da verdade e denuncia, como no caso do socio do Renan, que tinha um processo na justiça haviam 3 anos, mas somente quando foi conveniente para um grupo levararam a público.
Querem nos enganar?

Resposta do senador Álvaro Dias
Meu Caro Joel,
também eu considero grave a crise no senado.Justamente por isso, me posicionei inclusive defendendo que o Ministério Público e a Polícia Federal sejam chamados para investigar o que se passa no Senado. Ao mesmo tempo em que cobrei do tribuna ao presidente Sarney explicação veemente e cabal das acusações que pesam contra ele, no bojo de uma crise que compromete a imagem do Senado.Disse que as denúncias não podem ficar sem resposta de pronto.E tem mais,as respostas não podem ser dúbias.Elas precisam ter a contundência compatível com as denúncias.Muito mais do que esclarecimentos, eu cobrei providências,pois somente com estas é possível dar à sociedade brasileira a resposta que ela espera do Senado Federal. Defendi a tese do sacrifício pessoal na preservação da instituição.Se for o caso de cortar na carne, cassando mandatos e exonerando servidores, que isso seja feito. Senadores e funcionários são passageiros,mas o Senado é permanente e imprescindível ao regime democrático.Prefiro até correr o risco de cometer injustiças na avaliação do comportamento de um e de outro do que ser injusto com a instituição, porque estaria injustiçando a sociedade e, sobretudo, o processo democrático no País.
Cordialmente,
Álvaro Dias

Oração do matuto

Fátima Irene Pinto
Ói Deus,

Nóis tá sempre pedindo as coisas pro Sinhô.

Nóis pede dinhero,

Nóis pede trabaio

Nóis pede pra chovê

E se chove demais

Nóis pede pra pará

Mode a coiêta num afetá.

Nóis pede amô,

Nóis pede pra casá

Pede casa pra morá

Nóis pede saúde

Nóis pede proteção

Nóis pede paiz,

Nóis pede pra dislindá os nó

Quando as coisa cumprica

Mode a vida corrê mió.

Quano a coisa aperta nóis reza

Pedindo tudo que farta

É uma pedição sem fim

E quano as coisa dá certo,

Nóis vai na igreja mais perto

E no pé de argum santo

Que seja de devoção

Nóis deixa sempre uns merréis

E lá no cofre da frente

Nóis coloca mais uns tostão.

Mais hoje Meu Sinhô

Bateu uma coisa isquisita

E eu me puis a matutá

Nóis pede, pede e pede

Mais nóis nunca pregunta

Comé que o Sinhô tá

Se tá triste ou tá contente

Se percisa darguma coisa

Que a gente possa ajudá

E por esse esquecimentp

O sinhô tem que nos adiscurpá.

Ói Deus, nóis sempre pensa

Que o Sinhô num percisa de nada

Mas tarvez num seja assim

Tarvez o Sinhô percisa de mim

Sim, o Sinhô percisa, sim

Percisa da minha bondade

Percisa da minha alegria

Percisa da minha caridade

No trato c’os meus irmão.

Nóis semo seu espêio

Nóis semo a Sua Criação

Nóis num pode fazê feio

Nem ficá fazendo rodeio

Nem desapontá o Sinhô

Nem amargá o seu sonho

Que foi um sonho de amô

Quando essa terra todinha criô.

Ói Deus, eu prometo

Vo rezá de ôtro jeito

Vo pará com a pedição

E trocá milagre por tostão

Tarvez eu inté peça uma graça

Mas antes vo vê direitinho

O que é que andei fazendo de bão.

E se nada de bão eu encontrá

Muito vo me envergonhá

E ainda vo pedi perdão.

Serra desemprega o Simão


"O PT usa o governo como se fosse propriedade privada. Quando o PT foi para o governo, incorporou esse patrimonialismo do partido. Em São Paulo, não existe esse loteamento governamental, ao contrário do governo federal". Frase dita pelo tucademopiganalha José Serra.

Se ele continuar com esta inspiração humorística, vai tomar o lugar do José Simão na Rolha.

A cólera do sociólogo

Se o presidente dos Estados Unidos Barack Obama dedicasse alguns minutos, ao menos uma vez, à leitura destas bem traçadas, arriscaria fazer um apelo para que ele não mais elogiasse o colega brasileiro Lula.

Explico o motivo: é que apesar de não ir com a cara de Fernando Henrique Cardoso, temo sinceramente pela saúde do ex-presidente, cuja vaidade excessiva e inveja desmedida, o levam a adoecer sempre que o sucessor é enaltecido, mais ainda quando a louvação parte do presidente de país do chamado primeiro mundo.

Sabe-se que o fato de Lula não ter instrução e ser monoglota e ele professor e poliglota - deixa FHC ainda mais irritado.

MAM - miquinhos amestrados da mídia

Sobre ausência de comentários e "julgamentos" do Noblat sobre os exemplos de "éticos" que possamos passar para a história do nossa amada "Pátria Livre":
- José Serra
- Alckimin
- FHC
- Arthur Virgílio
- Roberto Freire
- Yeda Crusius (orgulho do PSDB, segundo o Aécio)
- Beto Richa
- Heráclito (Dantas)
- Agripino Maia
- César Maia
- Efraim Moraes
- Mão Santa
- Álvaro Dias
- Tasso Jeressate
- Sérgio Guerra
- Orestes Quercia
- Marcone Perillo
- Raul Jungmann
- Paulo Renato
- Cícero Lucena
- aquele ex-governador da Paraíba (cassado por ser ético), esqueci até o nome
A lista não tem fim, e essa camarilha quer voltar e tem o apoio do MAM (Miquinhos Amestrados da Mídia).
Santa Paciência!!!!!
RAHASYA

A última do Ibope

Uma enxurrada de pesquisas de uso interno mostra que Serra não chance alguma contra Dilma.

Basta mostrar a venda das estatais paulistas, ou as denúncias de corrupção abafadas ou, então, mostrar uma foro dele junto com FHC e ele já era.

A última pesquisa IBOPE para o DEMO, consultando mais de 20.000 em todo o Brasil.

Serra 46%
Dilma 39%

O que você acha?

É igualzinho aos atos secretos no Senado. A mídia desesperada bombardeia Sarney na tentativa de esconder a roubalheira dos tucanos que implantaram os atos secretos em 1995 e deitaram e rolaram durante 8 anos.

Não adianta...

A IstoÉ e a inVEJA, que já tão pulando fora do barco pois já sabem do naufrágio iminente, já mostram um pedacinho da verdade em suas edições deste domingo.

Vou repetir uma frase que lí:

OS VENDILHÕES DA PÁTRIA NÃO VOLTARÃO AO PODER !