Fisiologismo do PMDB

Marco Antônio Leite da Costa


No Congresso Nacional, entre outros indicadores de grandeza, encarna os grandes males da política ou apenas seus membros se aproveitam com mais eficiência das regras que facilitam a perpetuação da corrupção e do fisiologismo. A resposta não é tão simples. Se o PMDB desaparecesse por decreto da noite para o dia, a corrupção e o fisiologismo, irmãos siameses, continuariam a permear a atividade política no Brasil. Vale à pena ler a definição da Wikipédia:

"Fisiologismo é um tipo de relação de poder político em que as ações políticas e decisões são tomadas em troca de favores, favorecimentos e outros benefícios a interesses individuais. É um fenômeno que ocorre freqüentemente em parlamentos, mas também no Poder Executivo, estreitamente associado à corrupção política. Os partidos políticos podem ser considerados fisiologistas quando apóiam qualquer governo independentemente da coerência entre as ideologias ou planos programáticos". Se alguém souber de algum partido político brasileiro que, mesmo não apoiando nenhum governo, não faça "troca de favores" em circunstância alguma, que escreva seu próprio verbete na Wikipédia. Ele pode ficar na letra "P", de pureza, ou "U", de utopia. Mas, se alguém conhecer algum partido que faça isso tudo com mais desenvoltura, constância, eficiência e na maior cara de pau, que escreva também seu verbete.

Vale cultura

Marco Antônio Leite da Costa

O governo federal lançou o Vale-Cultura e vai tentar colocá-lo em prática dentro de um ano. A idéia, como todos devem ter lido, visto ou ouvido, é subsidiar através de renúncia fiscal o acesso dos trabalhadores a cinemas, teatros, shows, exposições, enfim. O valor (R$ 50,00/mês) não é muito, ainda mais considerando os custos dos produtos culturais no Brasil, mas já é alguma coisa. Se o instrumento vai dar certo ou não, se vai ter adesão em massa das empresas e da indústria cultural, só o tempo dirá.

Isso, é claro, levantou um debate na classe artística e entre alguns colegas de imprensa. O que é bom, pois é raro discutir o acesso à cultura pelos mais pobres para além da televisão.

Ouvi e li depoimentos reclamando que o "povão" iria torrar os 50 mangos em besteira, em livros de auto-ajuda, shows de brega ou forró, filmes blockbusters ou neochanchadas nacionais, enfim. Que deveria ser criada uma maneira do gasto ser feito apenas em produtos de "qualidade" ou da "cultura popular" dos estados. Ou seja, não deixar que se comprasse qualquer bobagem.

Tirando o lado elitista, preconceituoso e pseudo-paternalista desse tipo de declaração (já ouvi de muito empresário e fazendeiro, que faziam falcatruas trabalhistas, que retenção de remuneração serve para evitar que o peão se afunde na cachaça com o salário…), ela também inclui uma visão um tanto quanto distorcida da realidade.

Poderíamos discutir horas a fio sobre os mecanismos da indústria cultural que levam a um produto de massa se sobrepor e esmagar manifestações tradicionais e as conseqüências disso. Contudo, a preservação do patrimônio cultural tradicional não se resolve forçando o povão a consumir um baião tradicional a um tecnobrega, um grupo de cateretê a uma dupla sertaneja, um samba de raiz a um funk proibidão.

Também ouvi coisas do tipo: "esse povo precisa de um banho de Chico Buarque". Na opinião destes, de "cultura de qualidade". A clivagem entre o popular e o erudito (e a ignorância de fundir o erudito com o bom) é apenas parte dessa discussão. Esse tipo de pensamento, com a reafirmação de símbolos para separar "nós" da plebe, expressa mais preconceito de classe do que qualquer outra coisa. E, em um ímpeto quase jesuítico, a necessidade de catequisar vem à tona, para trazê-lo à nossa fé. Não que eles poderão entender tudo, mas poderão, pelo menos, deixar o estado de barbárie em que se encontram.

Nos grandes centros, o consumo da chamada cultura regional tradicional ganhou espaço entre os mais ricos e formadores de opinião. Virou cult. É em cima dessa análise que muitos querem resgatar, forçosamente, um passado "menos selvagem" em que a população de determinado lugar consumia esse tipo de arte da qual também gostamos. Sem se atentar que as coisas mudam, ou que a indústria cultural tem seus processos - que fazem ricos empresários que, ironicamente, bancam esses mesmos formadores de opinião.

Defender, propagar, incentivar as manifestações tradicionais é fundamental porque elas fazem parte de nossa identidade e ajudam a definir o brasil como Brasil. Mas sem desconsiderar as outras manifestações que ganharam visibilidade, também têm o seu valor e são queridas por muita gente. Bem, a discussão é bem mais complexa e não cabe em um post.

Ampliar o leque, dando mais possibilidades de escolha para a sociedade é uma coisa. Guiar o consumo cultural para preservar uma imagem que uma elite intelectual dos grandes centros tem de como deveria ser a cultura brasileira é outra.

Solilóquio

Leia mais em Miluz - poesia de MirnaMSCardoso


Tenham um abençoado fim-de-semana!

Miluz

Os 3 desejos de Alexandre, "O Grande"

Os 3 últimos desejos de ALEXANDRE O GRANDE:
1, Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;
2, Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistado como prata , ouro, e pedras preciosas ;
3, Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.

Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a ALEXANDRE quais as razões desses pedidos e ele explicou:

1, Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;
2, Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;
3, Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos...

O PIG ESTÁ ONDE SEMPRE ESTEVE

NO MUNDO DA LUA

Em todos os momentos da história brasileira a Grande Mídia esteve sempre contra os interesses do povo.


Agora com essa baboseira dos “40 anos de conquista da Lua”, ficou mais fácil recordar: há 4 décadas, os EUA financiavam ditaduras mundo à fora, uma delas, a do Brasil.

A tal guerra fria era o pretexto usado para manter a população de olhos num aparelho de TV numa pseudo conquista americana que mais serviu para estabelecer o seu poderio e liderança sobre as demais nações.

Enquanto os militares perseguiam, torturavam e matavam centenas de brasileiros, Globo & companhia davam uma “forcinha” aos ditadores e botavam minhoca na cabeça do povo com uma estória que considero sem nexos.

Ainda hoje, o PIG vive no mundo da lua. Mas é preciso ter cuidado, porque muitos são os que ainda levam em conta ele diz.

Em praticamente 100% dos casos estavam e estão do lado errado.
Alias isso já até virou tese de mestrado.
Experimentem, peguem um acontecimento qualquer leiam as notícias da época... Não vão se surpreender!

Orlando

1001 ideias de saladas

Carta da ex para o ex

Querido, escrevo para dizer que vou lhe deixar.Fui boa esposa por 7 anos. As duas últimas semanas foram um inferno. A sua chefe me chamou para dizer que você tinha pedido demissão e isto foi a última gota. Na semana passada, nem notou que não assisti ao futebol. Te levei no restaurante que mais gosta. Chegou em casa, nem comeu e foi dormir depois da novela. Não diz que me ama, nunca mais fizemos sexo. Está me enganando ou não me ama mais.

PS. Se quiser me encontrar, desista. O Júlio, aquele seu melhor amigo da academia e eu vamos viajar para o nordeste e vamos nos casar!
Sua Ex.

Resposta:

Querida, Nada me fez mais feliz do que ler sua carta. É verdade, ficamos casados por 7 meses, mas dizer que você foi uma boa esposa é exagero. Vejo a novela para não lhe ouvir resmungar a toda hora, não valia a pena. Realmente reparei que não assistiu futebol, mas com certeza, foi pq seu time tinha perdido e vc estava de mau humor. A churrascaria deve ser a preferida da meu amigo Júlio, pois não como carne há dois anos. Fui dormir porque vi que a calcinha estava manchada de porra. Rezei para que a empregada não visse. Depois de tudo isto, eu ainda o amava e senti que poderíamos resolver os nossos problemas. Assim quando descobri que eu tinha ganhado na Loteria, deixei o meu emprego comprei dois bilhetes de avião para o Taiti, mas quando cheguei em casa você já tinha ido. Fazer o quê? Tudo acontece por alguma razão. Espero que você tenha a vida que sempre sonhou. O meu advogado me disse que devido à carta que você escreveu, não terá direito a nada. Portanto, se cuida!

PS. Não sei se lhe disse mas Julio, meu "melhor amigo" , está grávida com AIDS . Espero que isto não seja um problema...