PDT não cgita apoiar Ciro

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou ontem em Paris que não cogita a hipótese de ser candidato a vice em uma eventual chapa liderada pelo deputado Ciro Gomes (PSB-CE) à presidência em 2010. A costura política vinha sendo realizada com o objetivo de ampliar o palanque e o tempo de propaganda política na TV unindo PSB e PDT em uma única chapa. Presidente licenciado do PDT, Lupi disse que, entre Ciro e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, prefere a segunda. 

As declarações foram feitas ao término da reunião internacional de ministros do Trabalho e do Emprego na sede da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) na capital francesa. Lupi disse que recebeu um telefonema do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) sondando-o para a possibilidade de se aliar a Ciro em uma coligação, que tentaria ainda 
negociar o apoio do PCdoB, reeditanto o bloquinho. De acordo com o ministro, as conversas não evoluíram. 

"O Ciro cometeu um ato de gentileza", desconversou, afirmando que não é o momento para discutir candidatura, lembrando da amizade entre ambos e do fato de o PDT já ter apoiado do candidato socialista em 2002. A seguir, descartou a hipótese. "Sou da base aliada do presidente Lula. Eu não farei absolutamente para dividir o palanque", argumentou. "Considero fundamental a continuidade do governo Lula. E o presidente já informou que a candidata dele é Dilma Rousseff." 

Lupi disse ainda que não tem pretere os "projetos pessoais" em nome de "projetos políticos". E, nesse momento, reiterou, seu projeto é trabalhar pela candidatura única da situação. Para o ministro, no momento há três pré-candidaturas da base do governo, incluindo na lista a da senadora Marina Silva (PV-AC). Lupi lembrou também que o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) pretende ser o quarto nome. 

A fragmentação da base aliada em várias candidaturas, entende, pode ser frágil caso o PSDB lance chapa puro-sangue, com os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves. "Na minha modesta avaliação, nós temos de ter candidatura única em torno daqueles que o presidente Lula julga ser mais 
importante para dar continuidade ao seu governo." Questionado sobre o nome ideal, o ministrou foi direto: "Hoje é a Dilma".

A GLOBO NÃO DISSE NADA

Fecharam as portas da Globo.
E a Globo não disse nada.


A Globo foi vítima da ditadura que ela não apoiava.
E a Globo não disse nada.


O golpe democrático tirou a Globo do ar.
E a Globo não disse nada.


O governo de fato estabeleceu o estado de sítio.
E a Globo não disse nada.


O ditador saqueou e fechou a TV 36.
E a Globo não disse nada.


Os golpistas ameaçaram de invazão a Embaixada Brasileira.
E a Globo não disse nada porque o embaixador brasileiro em Tegucigalpa não é o Lampréia.


Os ditadores implantaram o AI-1 deles.
E a Globo não disse nada.


A liberdade de expressão e o direito de ir e vir foram cassados.
E a Globo não disse nada.


A ONU e a OEA condenaram o Golpe.
E a Globo não disse nada.


A comunidade internacional foi humilhada.
E a Globo não disse nada.

O Burnier mostrou a Globo e não disse nem que era a Globo.
PORQUE ISSO É EM HONDURAS E NÃO NA VENEZUELA.


E lá tem um presidente deposto refugiado na Embaixada do Brasil e não na dos EUA.

O Brasil não é Honduras... Mas a Globo preferiria que fosse.

Melhor mesmo seria a Globo não dizer muita besteira e botar as barbas de molho. 

O Brasil que tirava os sapatos acabou



"Estamos no século XXI, os tempos mudaram. Há países como o Brasil que são uma potência econômica e são participantes importantes no cenário mundial. Minha relação com Lula é a relação entre dois líderes de países grandes, e que ambos querem resolver problemas e criar oportunidades para nossos povos. Deveremos ser parceiros e não há parceiros mais importantes que outros".
Barack Obama, Presidente dos EUA, em abril deste ano,
sobre a relação entre Brasil e Estados Unidos.

Na época do Príncipe Charmoso FHC, o embaixador Celso Lafer humilhou-se e humilhou o Brasil: tirou os sapatos num aeroporto dos EUA, exigência dos serviços de segurança de lá. Não precisava: ele poderia, como fizeram diplomatas de outros países, ter declarado sua condição de embaixador. Teria evitado passar por esse constrangimento. Mas o governo do Pavão da Sorbone FHC era assim: empáfia e autoritarismo quando era para lidar com os brasileiros; subserviência e cabeça baixa quando lidava com o "mundo desenvolvido".

Isso acabou. O chamado neoliberalismo, que cultuava o deus Mercado, desmoronou no final de 2008. Bush foi derrotado, um negro de centro-esquerda governa (ou tenta, pelo menos) os EUA. Lula é "o Cara" (This is my man), o Brasil conquistou mais poder para o G20, temos o pré-sal, não aceitamos o golpe militar em Honduras, somos campeões mundiais da produção de biocombustíveis e, nesse final de 2009, vários países olham para o Brasil com aquele olhar de mulher que está interessada em você.

Nesta semana, o prestigioso jornal britânico The Independent trouxe uma matéria sobre o a participação do Brasil na Assembléia da ONU. Aqui, alguns trechos:

"Lula aproveitou a oportunidade para atacar as idéias dos poderes ocidentais durante a crise financeira internacional. 'O que desabou foram conceitos sociais, políticos e econômicos aceitos como inquestionáveis', ele disse, num forte golpe a políticos e banqueiros que se opunham à regulamentação governamental. Os esforços de Lula ajudaram a esmagar o Grupo dos Oito dos países ricos, que será substituído pelo Grupo dos 20, que inclui países em desenvolvimento que se encontraram na quinta-feira em Pittsburgh para reformar as finanças mundiais."

"Na Assembléia Geral Lula também pediu ação contra o golpe em Honduras, onde a embaixada brasileira dá abrigo a Manuel Zelaya, o presidente legítimo derrubado em 28 de junho por um impostor com apoio militar. Lula está pedindo ao Conselho de Segurança ação contra o crescentemente bárbaro novo regime, com ameaça do emprego de toda a força da lei internacional..."

Enquanto a mídia serrista brasileira chama os golpistas de "governo de fato", o jornal inglês o classifica como "um impostor com apoio militar".

O PiG (Partido da imprensa Golpista) ainda não assimilou o fato de que o Brasil mudou, o mundo mudou, e que estamos cada vez mais fortes, desenvolvidos e influentes.

O Brasil dos tempos do Pavão da Sorbone, o Brasil que tirava os sapatos, ficou para trás.

Agora é nossa hora.

Criança diz cada uma...


Há muito tempo atrás o jornalista e dramaturgo Pedro Bloch tinha uma página na revista Manchete com o título acima. Contava histórias engraçadas e inusitadas acontecidas com crianças que passavam pelo seu consultório.
Outro dia achei uma revista dos anos 60 e me diverti muito com o Bloch. E me lembrei de histórias recentes com filhos ou filhas de amigos meus que, tenho certeza, o velho jornalista não titubearia em manchetá-las.
*
O protagonista da primeira delas é o Antonio (homenagem ao meu filho?), filho da velha amiga Maria Emília Bender, digníssima editora da Companhia das Letras e o grande italiano Lorenzo, ilustre professor de música na Universidade de São Paulo.
Antonio, seis ou sete anos tinha o aniversário de um amigo, o Bruno, lá num daqueles bufês no Itaim. Festa das seis às nove da noite. O pai Lorenzo, conhecido por suas distrações cá no Brasil, ficou de levar o garoto ao tal bufê. Depois iria pegar a Emília, iriam a um cinema e voltariam para buscar o menino.
E assim foi feito. Lorenzo deixou Antonio no bufê, pegou a esposa e foram para o cinema. Nove da noite, conforme o combinado, foram buscar o pimpolho. Tocaram a companhia, veio o menino.
Já no carro:
- Tava boa a festa do Bruno, filho?
- A festa tava boa, só que você errou de bufê. Era aniversário de uma menina que eu nunca tinha visto na vida. Mas foi legal. Ajudei até o mágico. O nome dela é Andréa.
*
A segunda história é da minha mais recente afilhada, a Maria Shirts, filha do Mateus e da Silvinha.
Deu-se que o pai da Silvia morreu, o velho e bom Lori. Maria, cinco anos, insistiu em ir ao velório ver o avô morto. Foi levada (nos dois sentidos).
No colo da mãe ficou ali alguns segundos, olhando para o avô. A sala cheia. De repente ela pergunta bem alto, como são, geralmente, as perguntas impertinentes:
- Mãe, como é que ele sabe que morreu?
Risadas filosóficas e generalizadas.
*
Já disse que meu filho se chama Antonio. Um dia, ele tinha uns quatro anos, dei uma bronca nele sei lá porque e ele me xingou, feroz:
- Você é uma anta!!!
No que eu, sem perder a calma, perguntei:
- Ah, é? E quem é filho de anta, o que que é?
Pensou dois segundos e me desarmou completamente:
- Filho de anta é... é... Antonio!
*
E mais uma:
Uma minha prima, hoje já casada e com dois filhos, quando tinha uns doze anos a mãe a chamou para um reservado:
- Hoje eu vou lhe ensinar o que é sexo.
A menina já fez cara feia. E a mãe começou lá pelo princípio com a história da maça.
- Uma vez Adão e Eva estavam no paraíso e...
- Isso eu já sei. Pula.
- O homem tem uma sementinha e...
- Isso eu já sei. Vai mais para a frente.
- Bem, para nascer uma criança é preciso que...
- Pô, mãe, eu sei como é. Pode pular essa parte.
- Bem, a mulher ter um órgão chamado útero...
- Grande novidade, mãe.
- O espermatozoide tem umas substâncias...
- A porra.
- Isso. Escuta aqui, menina. O que é que você não sabe?
- O que é que a senhora ser saber? Pode perguntar, mãe. Pergunta!
*
E tinha um garotinho que era infernal. Brigava todo dia na escola. Um dia, no almoço, o pai, para testar seus conhecimentos bíblicos (ele estudava num colégio de padre), perguntou:
- Meu filho, me diz quem foi que jogou a pedra no Golias.
O garoto desatou a chorar.
- Tá vendo, mãe? Tudo eu. Tudo eu. Juro, pai, juro pelo que é de mais sagrado que eu nem conheço esse menino.
*
E aquela religiosa mãe que pegou o filho e um amiguinho dentro do banheiro fazendo uma troca-troca? Só que, quando ela entrou, o filho queridinho e santo levada uma nítida desvantagem no ato. Mas o pequeno pecador não se abalou:
- Mas mãe, eu comi primeiro!!!

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O AI-1 HONDURENHO

O PIG perdeu as estribeiras, o PIG está descontrolado com o decreto baixado pelo ditador hondurenho.

Depois que os golpistas fecharam emissoras de rádio e tv e proibiram manifestações públicas, reuniões, a liberdade de expressão.


Quer dizer, depois que os golpistas baixaram o seu 1º ATO INSTITUCIONAL – o AI-1, o PIG está mais perdido do que cego em tiroteio.

E agora acirra o ódio para cima do Governo Brasileiro. E joga todas as cartas para responsabilizar o Brasil não pela entrada de Zelaya em Honduras, mas pela ditadura que se instalou de vez naquele país.


Veja o desespero agora do PIG.
A situação do PIG é o que pode ser chamado de “beco sem saída”:


"O governo de fato de Honduras firmou um decreto neste domingo que prevê o fechamento de meios de comunicação, a dissolução de reuniões públicas não autorizadas e a prisão de indivíduos que incitem à insurreição".


"Volta do presidente deposto a Honduras foi 'irresponsável', diz americano na OEA"



"A volta clandestina do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, ao país foi 'irresponsável' e não serve aos interesses do povo, disse nesta segunda-feira (28) o representante norte-americano na OEA (Organização dos Estados Americanos), Lewis Anselem".


"EUA qualificam volta de Zelaya como 'irresponsável'".

E, por fim, destaca o que o ministro da Defesa de José Serra no Governo Lula, Nelson Jobim:

“Não há possibilidade de movimento armado em Honduras”.

O PIG oscila entre o ódio e medo.


O PIG brinca com lama... e com fogo.


Obama encurralado


Nunca havia estado por tanto tempo e tão perto de Barack Obama quanto na semana passada, na entrevista de encerramento da reunião do G20 com o norte-americano em Pittsburgh (Pensilvânia).
Obama é um craque. Mas é também um homem sob visível e inimaginável pressão.
Suas mandíbulas e dentes se espremem a ponto de notarmos as contrações internas em sua pele escura do lado de fora. É visível também o esforço de concentração, com o olhar no vazio, que antecede cada uma de suas palavras.
Obama lida com problemas que nenhum de nós pode experimentar a dimensão.
Enfrenta a pior crise econômica em seu país desde os anos 1930 e um desemprego que se aproxima rapidamente de 10%. Por isso, seus índices iniciais de aprovação caíram mais rapidamente (para cerca de 50%) do que os de qualquer outro presidente na história recente.
Obama também luta internamente para fazer aprovar a universalização da cobertura de saúde a todos os que vivem nos EUA, único país desenvolvido que não proporciona esse benefício básico a todos.
No front externo, o presidente vê centenas de americanos sendo mortos sob seu comando em duas guerras. Nenhuma provocada por ele, mas por George W. Bush, de resto também responsável pelos graves problemas econômicos em seu país.
Além disso, dificuldades geopolítcas cada vez maiores (também instigadas pelo unilateralismo de Bush) se descortinam rapidamente, do Iraque e Afeganistão ao Paquistão. A mais recente foi a descoberta de que o Irã constrói secretamente, escondida dentro de uma montanha, uma usina nuclear com fins supostamente militares.
Obama teve o cuidado de fazer a revelação sobre a usina ao lado dos líderes de França e Reino Unido. Não quis repetir o erro de Bush ao anunciar sozinho que o Iraque tinha armas de destruição em massa (que jamais foram encontradas).
O presidente dos EUA vem dando várias mostras de ser totalmente diferente de Bush e mais aberto ao mundo.
Reprodução
Fotos de cartazes e pessoas se manifestando contra o presidente Obama reunidos pela revista "New York" chamam o presidente de nazista, satânico, mentiroso, muçulmano e socialista
Fotos de cartazes e pessoas se manifestando contra o presidente Obama reunidos pela revista "New York" chamam o presidente de nazista, satânico, mentiroso, muçulmano e socialista
Apoiou a consolidação do G20 como fórum global de discussões econômicas em detrimento das grandes potências do G7 e a reforma do FMI; enterrou a ideia de instalar em solo europeu o programa antimísseis de Bush (numa concessão aos russos); e, mesmo em relação a Cuba e Venezuela, vem adotando uma postura de mais conciliação e menos confronto.
A grande pena é que talvez os EUA ainda não estejam preparados para Obama.
O presidente vem sendo alvo de uma campanha sistemática para desfigurar sua imagem e políticas. Com a ajuda da mídia conservadora norte-americana e do conservadorismo inerente a seu país, essas distorções vêm ganhando corpo, voz e musculatura nessa nossa era de sensacionalismo midiático.
A repercussão não é nada desprezível.
No caldo da aguda deterioração econômica nos EUA, onde os sinais de recuperação são ainda muito incompletos, as campanhas negativas, bem feitas e coordenadas, já pintaram Obama como nazista, socialista e até satânico.
Obama está há menos de um ano no poder. Há tempo ainda pela frente, assim como haverá eleições parlamentares em 2010. O maior revés seria o Partido Democrata de Obama perder a forte liderança que tem hoje na Câmara e algumas cadeiras no Senado.
Se a economia não decolar logo, Obama corre um sério risco de passar de grande inovação a uma falsa caricatura.


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Fernando Canzian, 42, é repórter especial da Folha. Foi secretário de Redação, editor de Brasil e do Painel e correspondente em Washington e Nova York. Ganhou um Prêmio Esso em 2006.Escreve às segundas-feiras.