Como criar sua marca na internet


Autor do livro 'Eu 2.0', o especialista em marketing pessoal Dan Schawbel dá dicas para melhorar sua imagem em redes sociais
DANILO VENTICINQUE
Na internet, qualquer pessoa pode virar uma grande marca. Partindo dessa máxima, e usando algum conhecimento sobre redes sociais, o americano Dan Schawbel se tornou um dos mais jovens especialistas em marketing pessoal na internet. Sua história é um caso bem-sucedido de suas teorias: aos 25 anos, ainda com feições de adolescente, trabalha como consultor para empresas multinacionais e tornou-se referência sobre o assunto para revistas de negócios tradicionais, como a Forbes e a BusinessWeek - tudo isso graças a muitos contatos em sites de relacionamentos e a um blog com dicas de carreira. Os posts, que no início eram um passatempo, deram origem ao livro Me 2.0 ("Eu 2.0", sem previsão de lançamento no Brasil). Em entrevista a ÉPOCA, Schawbel explica a importância de criar uma marca pessoal sólida e dá dicas para usar a internet a seu favor na vida profissional.


ÉPOCA - O que você chama de "marca pessoal"? 

Dan Schawbel
 - Marca pessoal é o modo como vendemos nossa imagem para os outros. Criar a sua marca na internet é controlar a maneira como você é visto online e se tornar conhecido pelas suas paixões e especialidades. O termo “marca pessoal” surgiu em 1997, mas é mais relevante hoje por causa da competitividade do mercado e da explosão das redes sociais. Tanto uma multinacional com uma marca famosa quanto uma pessoa comum podem ter perfis noFacebookTwitter, etc. Com isso, ficou óbvia a ideia de que qualquer pessoa pode virar uma marca, o que antes só valia para celebridades como Brad Pitt ou Oprah Winfrey


ÉPOCA - Qual é o primeiro passo para construir uma marca pessoal sólida na internet?

Schawbel
 - Para começar a construir sua marca online, o primeiro passo é descobrir qual é a sua marca. Se você não definir bem seu foco e escolher um nicho, você não vai conseguir se destacar da multidão. A marca deve se basear em duas coisas: a sua paixão e a sua especialidade. Ser apaixonado por um assunto vai permitir que você trabalhe duro o bastante para que sua marca seja notada, sem desistir no meio do caminho. Ser um especialista naquele assunto ajuda a preencher os requisitos para atender as necessidades do mercado e ganhar dinheiro fazendo o que você gosta. Você deve demarcar o seu território na internet para virar referência naquela área específica e ganhar oportunidades. 


Divulgação
FOCO
Para Schawbel, o caminho para se destacar na internet é criar um nicho

ÉPOCA - Qual é o erro mais frequente na hora de criar uma marca? 

Schawbel
 - O erro mais comum é pular etapas: criar e divulgar a própria marca sem antes descobrir qual é essa marca. Assim, elas acabam recriando a própria marca diversas vezes, o que exige tempo, energia e dinheiro. Se você dedicar seu tempo a descobrir qual é a sua marca, você se sentirá muito mais confiante e conseguirá passar sua mensagem com mais facilidade. Qualquer um pode criar um blog, mas poucos o fazem baseados em algo que realmente amam e no valor de mercado que isso pode trazer. 


ÉPOCA - Como as redes sociais podem aumentar (ou diminuir) as chances de conseguir um emprego?
 
Schawbel
 - 45% dos recrutadores usam redes sociais para checar os perfis de candidatos. O mais usado é o Facebook (ou o Orkut, no Brasil), o que pode trazer mais malefícios do que benefícios para a sua marca pessoal. É difícil mostrar suas qualidades. Há outro site, o LinkedIn, que é muito usado por recrutadores porque sua estrutura parece com a de um currículo. Na verdade, o poder das redes sociais depende das pessoas que as usam. Elas podem diminuir suas chances de conseguir um emprego se tiverem informações ou imagens que comprometam a sua marca, mas podem aumentar suas chances se você preencher todas as informações importantes e usá-las para fazer contatos – não com qualquer um, mas com pessoas que trabalham em empresas da sua área. 


ÉPOCA - Para quem está empregado, é possível desenvolver uma marca pessoal sem entrar em conflito com os interesses da empresa? Que cuidados tomar? 

Schawbel
 - Você não só pode investir na sua marca pessoal quando está empregado como faz isso sem perceber. Todos os bons resultados que você consegue aumentam a sua credibilidade e fazem de você alguém com quem os outros querem trabalhar. Quando o assunto é o mundo online, as coisas ainda estão um pouco obscuras: você é julgado de acordo com o que você faz, tanto online quanto offline. O que você publica na internet pode prejudicar a reputação da sua empresa fora da internet. Antes de criar um blog ou começar a participar de uma comunidade relacionada ao trabalho, o ideal é conversar com o seu chefe e pedir permissão. Sites de relacionamento ainda são novidades para as empresas, então é melhor ser transparente. E, se a sua marca online for relevante para a marca da sua empresa, uma pode ajudar a outra. 


ÉPOCA - Qual é a importância de aparecer entre os primeiros resultados para o seu nome ou profissão no Google? Como fazer para melhorar essa posição? 

Schawbel
 - Sites de busca são a principal maneira para procurar informações sobre marcas. Se você aparece no primeiro lugar em uma categoria, a percepção das pessoas é que você merece estar lá. A maioria só olha para os três primeiros resultados, então a meta é escolher as palavras às quais você quer ser associado e otimizar seu conteúdo para que o seu nome apareça entre os três primeiros. É como uma lista de livros mais vendidos. Quanto maior o ranking, mais você vai vender e mais atenção você vai chamar. Para melhorar os resultados, você pode produzir conteúdo, tentar aparecer na imprensa, escrever para blogs de outros e criar websites sobre as suas atividades. 



ÉPOCA - Ainda falando sobre os resultados de sites de busca, pessoas que têm nomes muito comuns estão em desvantagem? 

Schawbel
 - É mais difícil se destacar se você tiver um nome comum do que se você tiver um nome diferente. Os “John Smith” [equivalente americano a “João da Silva”] do mundo devem usar suas outras iniciais, nomes do meio e apelidos, ou cercar seu nome com palavras-chave sobre suas áreas de atuação. Você precisa decidir como quer ser chamado, porque depois de escolher um nome, é assim que vão te chamar e é difícil mudar isso. 


ÉPOCA - Qual é a melhor maneira de se aproximar de futuros empregadores na internet? 

Schawbel
 - O melhor é não mandar e-mails e mensagens em redes sociais imediatamente, pois eles devem receber centenas dessas mensagens todos os dias e você não vai se destacar. Em vez de fazer isso, faça uma busca por eles noTwitterLinkedInFacebook e outras redes. Descubra de quais comunidades ou sites eles participam, entre nessas comunidades e interaja com todos. Depois de algumas semanas, você pode mandar mensagens e eles estarão mais abertos ao contato, por já saberem quem você é. 


ÉPOCA - Quais são as diferenças entre um bom currículo online e um bom currículo impresso?

Schawbel
 - Um currículo ou portifólio online deve ser consistente com os seus materiais impressos. Na verdade, você pode imprimir o seu perfil de um site como o LinkedIn e usar como seu currículo, pois lá há mais espaço para se destacar e parecer inovador. Eu diria que a única diferença é que você deve incluir sua foto no currículo online, o que no impresso às vezes não é permitido para evitar a discriminação. 


ÉPOCA - É possível usar o Facebook ou o Orkut como ferramentas de marketing pessoal sem deixar de lado o objetivo original, que é manter contato com os amigos? 

Schawbel
 - Redes sociais como o Orkut podem ser usadas para fortalecer sua marca porque deixam você se apresentar da maneira como quer ser visto. Depois de criar seu perfil, você vai querer melhorá-lo para atrair amigos, colegas e outras pessoas com quem você queira se conectar. A marca pessoal não diz respeito só à sua carreira, mas também à sua vida, o que inclui a interação social. 

PSDB/DEMO não gosta de pobre

Esse economista da dupla demo (p f l) psdb não gosta de pobre.

Para essa gente aumento do bolsa família, fortalecimento do mercado interno, crédito consigado, baixa do juro, aumento do salário mínimo muito acima da inflação, tudo isso ta errado.


Para o pessoal do demo (PFL), psbd bom foi o governdo de fhc que quebrou o brasil várias vezes, que vivia implorando emprestimo do FMI, que achatou os salários, que achatou as aposentadorias, que criou o fator previdenciario, etc.


Para essa gente o mercado resolve tudo! para que governo?


Será que essa gente do demo (PFL) e do psdb não enxergam que o brasil de LULA ta bem melhor.


Quando o povo comparar os governo de LULA e o do demo (PFL) psdb, Dilma vai ganhar a eleição no 1º turno.


Viva o Brasil de hoje! 

Sereno

Criminalização da Política


É pertinente questionar se foram corretas as decisões do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, de ter filiação partidária. O primeiro ingressou no PMDB. O segundo, no PT.


Parecem bons os argumentos de que, nesses casos, são ministros muito mais a serviço do Estado do que do presidente de plantão. Há uma discussão sobre a "profissionalização" e o "caráter técnico" dessas funções. Ao abrir a possibilidade de uma carreira partidária, esses dois ministros podem ser ver tentados a tomar decisões mais "políticas" do que "técnicas". "Políticas", no caso, seriam aquelas com o objetivo de obter algum ganho eleitoral ou de ficar bem na foto com a opinião pública.


Ou seja, ceder a uma tentação de popularidade e abandonar eventuais medidas duras que o técnico deveria tomar.


É uma discussão interessante e válida. Não dá para desqualificar esses argumentos. Mas também não dá para criminalizar a política. Por que a filiação partidária, que não significa decisão de disputar eleições, transformará "técnicos" em oportunistas? Por que "decisões políticas" são sempre ruins quando comparadas a "soluções técnicas"?


No auge da crise econômica, se Lula tivesse dado ouvido ao conselho de empresários, analistas e jornalistas, teria cortado gastos públicos, teria adotado "medidas técnicas" para enfrentar a tempestade. Ainda bem que não deu bola. Lula só teria aumentado a tormenta. Foram "decisões políticas" elevar os gastos públicos na crise e abrir mão de tributos, com redução do IPI para veículos e a linha branca (fogões, geladeiras etc.).


É bom lembrar que o político chega ao cargo pelo voto. É o titular de poder conferido pelo povo. Técnicos puros não precisam prestar conta ao eleitorado. Isso é bom?


É preciso qualificar a política, não demonizá-la. Ela é o melhor instrumento para melhorar a vida das pessoas. A criminalização da política não interessa à democracia nem ao povo.


Ainda sobre políticos e técnicos


Há um debate meio morno sobre a correção de o presidente da República indicar ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), que precisam ser aprovados em sabatina pelo Senado. Vivem aparecendo argumentos de defesa de indicações técnicas. Elas seriam feitas assim: eleições na categoria dos juízes, escolha de uma parcela pelo Congresso Nacional.


Ora, o presidente da República recebeu voto direto da população. A Constituição lhe dá o poder de indicar. E o Senado faz um contraponto --pode rejeitar o apontado pelo presidente. Parece um sistema mais adequado do que deixar a decisão por conta da corporação ou de uma disputa política no Congresso Nacional.


PT e PSDB


Petistas e tucanos são parecidos. No poder, eles sempre alegam que indicam técnicos. Na oposição, eles asseguram que o governo só faz nomeações políticas.



Kennedy Alencar, 41, colunista da Folha Online e repórter especial da Folha em Brasília. Escreve paraPensata às sextas e para a coluna Brasília Online, sobre bastidores do poder, aos domingos. É comentarista do telejornal "RedeTVNews", de segunda a sábado às 21h10, e apresentador do programa de entrevistas "É Notícia", aos domingos à meia-noite.

Energia - Tarifa Social

Famílias que consomem até 220 kwh/mês têm direito à Tarifa Social, sem necessidade de estar cadastrado em programas do governo federal. Basta apresentar uma autodeclaração. 


A decisão foi do desembargador federal Catão Alves e o desconto pode variar de 10% a 65%, beneficiando 18 milhões de famílias. 


As distribuidoras escondem a notícia.

Seu Lunga

1. Viram seu Lunga deitado, de olhos fechados, na sua cama, com a luz apagada e perguntaram: 

- Tá dormindo?
- Não, to treinando pra morrer!

2. Seu Lunga levou um aparelho eletrônico para a manutenção e o técnico perguntou: 
- Ta com defeito?
- Não, é que ele estava cansado de ficar em casa e eu o trouxe para passear. 

3. Estava chovendo e seu Lunga ia encarar a chuva, perguntaram:
- Vai sair nessa chuva?
- Não, vou sair na próxima. 

4. Seu Lunga acabara de levantar, aí veio um idiota e perguntou:   
- Acordou?
- Não. Sou sonâmbulo! 

5. Ligaram pra casa do seu Lunga e perguntaram: 
- Onde você está?
- No Pólo Norte! Um furacão levou a minha casa pra lá! 

6. Seu lunga tinha acabado de tomar banho e alguém perguntou: 
- Você tomou banho?
- Não, mergulhei no vaso sanitário! 

7. Seu Lunga tava na frente do elevador da garagem do seu prédio e chegou um conhecido e perguntou: 
- Vai subir?
- Não, não, to esperando meu apartamento descer pra me pegar. 

8. Seu Lunga chegou em casa com um enorme buquê de flores. A esposa perguntou: 
- Flores?
- Não, cenouras!

9. Seu Lunga estava no banheiro quando alguém bate na porta e perguntou:
- Tem gente?
- Não! É a merda que está falando! 

10. Seu Lunga chegou ao banco com um cheque e pediu pra trocar: 
- Em dinheiro? ?
- Não, me dá tudo em clipes!

11. Seu Lunga estava consertando o telhado da casa dele, passa um conhecido e perguntou:
- Tirando goteiras?
- Não. Amassando barro.

Prá raul dormir

De Raul Velloso:
Passados 20 anos da promulgação da Constituição de 1988, o governo conseguiu um feito impressionante. Pôs em prática um modelo de sustentação e expansão da demanda de consumo de um grupo gigantesco que, com base em dados de 2005, pode ser estimado em cerca de 40 milhões de pessoas, sem contar seus dependentes.
No ano passado, o total dos pagamentos diretos a essas pessoas alcançou a cifra chocante de R$ 378 bilhões, nada menos do que 2/3 do Orçamento federal.
Em comparação com 1987, esses pagamentos cresceram 72% acima da inflação e pelo menos 6% acima do PIB, implicando forte queda da poupança nacional.
Trata-se dos itens Previdência, pessoal e assistência social, exatamente os de maior peso individual nos pagamentos da União.
Se agregarmos a esses itens os desembolsos com saúde e as demais despesas correntes, chegaremos a um orçamento de gastos correntes provavelmente sem similar no exterior, cujo total se situa em pelo menos 83% do orçamento não financeiro da União.
Desse, aliás, apenas 5% se referem a investimentos, enquanto os restantes 12% correspondem ao pagamento de parcela do serviço da dívida.
Para gerir os rendimentos dessa massa, o governo toma basicamente quatro decisões ao longo do ano, todas alvo de muita discussão no Congresso e na mídia, por razões óbvias: reajustes do salário mínimo, dos benefícios do INSS acima de um salário mínimo, do valor individual do Bolsa-Família e dos servidores públicos.
Em resumo, o Orçamento federal virou uma impressionante "folha de pagamento", e ainda assim isso não o exime de críticas. Há dúvidas sobre o grau de proteção efetiva conferido aos segmentos mais pobres da população, pagam-se salários de servidores bem acima do setor privado em funções similares.
Existe óbvio inchaço da máquina pública. Constata-se também um baixo grau contributivo na Previdência. Do total de gastos do INSS, por exemplo, apenas 1/3 se refere a benefícios cobertos com contribuições dos potenciais beneficiários, caindo o resto no "colo da viúva".
Priorizar esse manto de proteção implicou, dentro do esforço de ajuste fiscal posto em prática nos últimos anos para equacionar o risco de insolvência pública, a imposição de uma carga excessiva de impostos e o completo abandono dos investimentos públicos, especialmente em infraestrutura de transportes.
Mais recentemente, ficou claro que, passado pouco tempo, a incidência de gastos públicos e privados crescendo forte e simultaneamente produz excesso de demanda sobre a produção interna, diante da precária herança de capacidade de produção, após tantos anos de investimentos pífios.
Isso ocorre mesmo em fases de cenário externo muito favorável, como o período 2002-2008, em que as taxas de câmbio e de juros caem sistematicamente, viabilizando a expansão do consumo e, especialmente, do investimento privado.
Daí para as pressões inflacionárias e sobre as contas externas é um passo, exigindo subida da taxa Selic e a interrupção do processo de investimento e crescimento contínuo da economia.
Na verdade, além de conferir primazia à ação anticíclica a cargo do Banco Central, o governo poderia ter aproveitado a crise atual para fazer ajustes no modelo de expansão dos gastos correntes. E, caso tivesse mesmo de aumentar o gasto, o certo seria deslanchar um programa de investimentos em infraestrutura e suspender qualquer aumento de pagamento individual sob os itens antes referidos.
E porque os investimentos respondem muito lentamente em vista de vários entraves hoje existentes, qualquer aumento de gasto corrente teria de ser feito sob a forma de abono, para que esse dispêndio adicional pudesse ser retirado à medida que se acumulassem novas pressões inflacionárias.
Assim, a construção desse gigantesco manto de proteção orçamentária a certos segmentos da sociedade está impedindo o crescimento sustentável do País e nos impôs uma grande armadilha.
De forma análoga ao que ocorre com o combate à inflação, continuar defendendo a ampliação do manto de proteção já não rende tantos dividendos políticos; mas retirar as vantagens já concedidas pode impor custos elevados.
Aqui, são tantos os eleitores beneficiados por pagamentos diretos do Orçamento que os políticos de visão limitada só enxergam uma rota - manter para sempre as pessoas nos feudos já conquistados e promover maiores aumentos reais de benefícios e salários.
Curiosamente, o Executivo federal, que deveria procurar atenuar esse dilema (pois está na posição de percebê-lo com maior clareza), promete, ao contrário, uma nova lei de consolidação de vantagens (uma "CLT social"), cristalizando-o cada vez mais.
Em vez de buscar uma mera consolidação via lei, a receita para garantir verdadeiramente os ganhos sociais, deveria primeiro investir, para só depois consolidar.
Só que mobilizar os vultosos recursos públicos exigidos pelos investimentos mais urgentes, incluindo os requeridos pelos megaeventos esportivos à frente, sem mexer nesse modelo ou causar inflação (alternativamente, queda no crescimento do PIB) é conversa pra boi dormir.

NOBEL DA FÉ

Ainda que não o tenham instituído, o Prêmio Nobel da Fé deve ser dado ao povo paraense.
Pela sua tenacidade na labuta cotidiana de transpor dificuldades e superar barreiras.
Pela sua crença em si mesmo, crença que o leva a conquistar vitórias almejadas e a realizar sonhos antes pensados impossíveis.
Pela sua crença em um Deus que silenciosa e invisivelmente se manifesta realizando cotidianamente o milagre da existência...
Sou defensor do respeito às diferenças, sobretudo quanto à opção de credo e religião.
Ninguém será salvo pela religião que pratica, mas pela prática de vida – religiosa e humana.
O Círio de Nazaré, em Belém do Pará, é a maior festa religiosa do mundo e a inequívoca demonstração da fé de um povo.
O Pará e a sua gente – incluindo todos, de todos os credos e religiões – merece ser laureada com tão importante premiação.
A fé é um dom de Deus e não patrimônio exclusivo de nem uma religião.
A magnitude do Círio de Nossa Senhora de Nazaré corresponde à grandeza da alma do povo paraense e ao imensurável tamanho da sua fé.


Uma fé que vibra e emociona.
Uma fé que contagia.
Uma fé que vai além da religião e que transcende os aspectos sócio-culturais.
O povo que adora a Deus está ali porque ama e venera Maria.
Ela é a Mãe de Jesus.
Em Caná da Galiléia teve uma festa de casamento.
E em dado momento o vinho acabou.
Foi Maria quem interveio privando os nubentes de um grande constrangimento.
Jesus operou seu primeiro milagre. Transformou água em vinho. E a festa continuou na sua alegria.
O filho sempre haverá de atender um pedido de sua mãe.
O Círio é mais ou menos isso: dois milhões de filhos de Deus pedindo algo à Mãe d’Ele.
O povo pede à Maria para que ela peça a Jesus.
A propbabilidade de que Ele a atenda é imensa, amazônica.
Só um detalhe há a interferir: ele se chama FÉ. Sem fé, nada feito.
E a fé dos devotos marianos não é coisa pequena.