Dilma é Lula. Cadê Lula?...


O segundo turno tende a repetir o primeiro

É o social, estúpido! 

O fato de a eleição ter ido para o segundo turno não altera a probabilidade inicial de vitória de Dilma

A probabilidade de que um acontecimento caminhe em uma determinada direção não deve ser confundida com a intensidade desse acontecimento. 

As chances de vitória de Dilma não se alteraram, ainda que essa vitória possa ser de 51 ante 49% de votos válidos agora no segundo turno. 

É importante dizer isso porque nos últimos dias está ocorrendo uma confusão entre chance de resultado com intensidade do resultado. Para esclarecer isso basta um exemplo simples. 

Muitas vezes é fácil prever que o Banco Central vai aumentar os juros, o que muitas vezes é difícil fazer é prever qual será o tamanho do aumento dos juros. 

A direção do acontecimento é previsível, a intensidade dele, nem tanto. 

Repito, isso se aplica à provável vitória de Dilma. Continua>>>
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Datadvinhador e a luta de classes

Dilma, Lula!!!
Hora de fazer campanha para os pobres

O PT e Dilma perderam o apoio da classe média. 
Mesmo uma boa parte da nova classe “C”, lulista, afastou-se de Dilma – assustada com a boataria religiosa e com a campanha de calúnias.

O “Datadvinhador” (instituto mantido por esse Escrevinhador) já havia detectado essa tendência, através de duas pesquisas qualitativas.

1) Na sala de um dos meus filhos (escola particular liberal, “cabeça”, na zona sul de São Paulo), ele me conta, sou o único pai que não votará Serra ou nulo (marinistas) nesse segundo turno. “O engraçado, pai, é que os professores são quase todos Dilma”, estranhou o garoto, de 13 anos – o que me leva a concluir que permanecem firmes com a candidata de Lula os setores de classe média que têm tradição de sindicalização, e consciência aguçada de classe (como professores, bancários etc).

2) Numa festa recente de jornalistas bem empregados, numa das maiores corporações de mídia do país, a esmagadora maioria estava com Serra – relata minha mulher. Num grupo de 20 ou 30, só 2 se declaravam eleitores de Dilma. Mesmo assim, mantinham-se acuados, silenciosos – enquanto a maioria serrista era barulhenta. Nesse caso, nenhum espanto – o jornalista parece ser o profissional de classe média que melhor incorporou a agenda neo-liberal dos anos 90, e que mais se identifica com os patrões, tendo dificuldade enorme de se enxergar como trabalhador.
As minhas “qualis” não erram. 

E agora a pesquisa CNT/Sensus confirmou: Serra tem 70% dos votos e Dilma apenas 30% entre quem ganha mais de 20 salários mínimos (ou seja,, mais de 10 mil reais); na faixa até 1 salário mínimo. Dilma tem 53% e Serra 36%.

O corte de classe é impressionante. O mapa eleitoral da votação no primeiro turno – no Rio e em São Paulo – é outro indicativo. Dilma ganhou nas periferias paulistanas, nas cidades operárias da grande São Paulo, e Serra deu lavada no bairros centrais, grã-finos, e também naqueles da baixa classe média. No Rio, Serra liderou em boa parte da zona sul e na Barra. Dilma deu lavada na zona Oeste e na Baixada Fluminense.

Alguns gênios do marketing eleitoral acham que “o PT precisa se comunicar melhor com a classe média”. Pelo que ouço na rua, penso um pouco diferente: a classe média quer sangue, quer arrancar dedo de petista como fez no Rio em 2006. A classe média e boa parte da elite acham que Dilma é um monstro, “uma terrorista, que nem pode ir pros Estados Unidos” (como disse um amigo do meu filho, repetindo o que deve ter ouvido dos pais). Diante disso, como perguntava Lênin: que fazer?

Já disse aqui: 
A campanha de Lula deveria aprofundar o corte de classe. 
Jogar pesado. 
Dizer a verdade: 
Serra é o candidato dos ricos, Dilma dos pobres. 
O PT parece fugir da luta de classe – mas a danada está sempre atrás dele…

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O Serra é do DEM

O Serra é do DEM!
Quando a gente conhece uma pessoa é preciso um tempo para saber se é gente boa
No aperto é que a gente vê o caráter da pessoa e foi assim que a Dilma nos mostrou que:
O Serra é do DEM!
O Serra é do DEM!
Se a pessoa vem do NINHO pouco importa pois a Regina e o Guerra do MEDO vão bater na tua porta.
O Serra é do DEM!
O Serra é do DEM!
Quando a gente conhece uma pessoa é preciso um tempo para saber se é gente boa. Um aperto bem dado num debate deixa exposta a verdade.
O Serra é do DEM 
PERIGOSO PARA A DEMOCRACIA.

Salve DILMA guerreira mulher brasileira que vai continuar a caminhada iniciada por um ex operário chamado Lula.
Mulheres e homens 
– UNIDOS – 
JAMAIS SEREMOS VENCIDOS!
Salete Cesconeto de Arruda



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Blog do Charles Bakalarczyk: Como José Serra trata os trabalhadores

Blog do Charles Bakalarczyk: Como José Serra trata os trabalhadores: "José Serra (PSDB), para engambelar o eleitor mais desavisado, promete um salário mínimo de R$ 600,00 e um aumento linear de 10% nos benefíc..."

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Leonardo Boff para Dilma Rousseff

 O feminino e a política atual


A reflexão antropológica dos últimos anos tem mostrado que masculino-feminino não são entidades autônomas, mas princípios ou fontes de energia que continuamente constroem o humano como homem e mulher. Estes são resultado da ação destes princípios anteriores e subjacentes que se realizam em densidades diferentes em cada um deles.
O feminino no homem e na mulher é aquele momento de integralidade, de profundidade abissal, de capacidade de pensar com o próprio corpo, de decifrar mensagens escondidas sob sinais e símbolos, de interioridade, de sentimento de pertença a um todo maior, de cooperação, de compaixão, de receptividade, de poder gerador e nutridor e de espiritualidade.
O masculino na mulher e no homem exprime o outro pólo do ser humano, de razão, de objetividade, de ordenação, de poder, até de agressividade e de materialidade. Pertence ao masculino na mulher e no homem o movimento para a transformação, para o trabalho, para o uso da força, para a clareza que distingue, separa e ordena. Pertence ao feminino no homem e na mulher a capacidade de repouso, de cuidado, de conservação, de amor incondicional, de perceber o outro lado das coisas, de cultivar o espaço do mistério que desafia sempre a curiosidade a a vontade de conhecer.
Observe-se: não se diz que o homem realiza tudo o que comporta o masculino e a mulher tudo o que expressa o feminino. Trata-se aqui de princípios presentes em cada um, estruturadores da identidade pessoal do homem e da mulher.
Continua sendo o drama da cultura patriarcal o fato de ter usurpado o princípio masculino somente para o homem fazendo com que ele se julgasse o único detentor de racionalidade, de mando, de construção da sociedade, relegando para a privacidade e para tarefas de dependência a mulher, não raro, considerada um apêndice, objeto de adorno e de satisfação. Ao não integrar o feminino em si, se enrijeceu e se desumanizou. Por outra parte, impedindo que a mulher realizasse o seu masculino, fragilizou-a e lhe fez surgir um sentimento de implenitude. Ambos se depauperaram e mutilaram a construção da figura do ser humano uno e diverso, recíproco e igualitário.
A superação deste obstáculo cultural é a primeira condição para uma relacionamento de gênero mais integrador e justo para cada uma das partes.
O movimento feminista mundial colocou em xeque o projeto do patriarcado que dominou por séculos e desconstruiu as relações de gênero organizadas sob o signo da opressão e da dependência. Inaugurou relações mais simétricas e cooperativas. Tais avanços deixam entrever os albores de uma virada no eixo cultural da humanidade. Esboça-se por todas as partes um novo tipo de manifestação do feminino e do masculino em termos de parcerias, de colaboração e de solidariedade nas quais homens e mulheres se acolhem em suas diferenças no horizonte de uma profunda igualdade pessoal, de origem e de destino, de tarefa e de compromisso na construção de mais benevolência para com a vida e a Terra e de formas sociais mais participativas e solidárias.
Mas no momento atual, vivemos uma situação singular da humanidade. Como espécie, estamos num novo limiar. O aquecimento global, a exaustão dos bens e serviços naturais, a escassez de água potável e o estresse do sistema-vida e do sistema-Terra no colocam esse dilema: ou nos parimos como outra espécie humana, com outra consciência e responsabilidade ou iremos ao encontro da escuridão. O Brasil, dada a sua situação ecogeográfica privilegiada, deve assumir seu lugar central na construção do novo equilíbrio da Terra ou corremos risco de um caminho sem retorno.
É nesse momento que se exigem como nunca antes na história a vivência dos valores do feminino, da anima, como os descrevemos acima: dar centralidade à vida, ao cuidado, à cooperação, à compaixão e aos valores humanos universais.
Dilma Rousseff, como mulher, desperte para sua missão histórica única. Sua candidatura é providencial para o Brasil e para o equilíbrio da Mãe Terra. Que os eleitores, homens e mulheres, ao elegê-la Presidenta, se tornem artífices de um processo de regeneração e de um destino bom para todos.

[Leonardo Boff escreveu com Rose Marie Muraro, Feminino e Masculino (Record) 2002.]
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Lula “Deus escreve certo por linhas tortas

Durante evento no Piauí ontem, o presidente Lula agradeceu aos eleitores do Estado, por não reelegerem parlamentares que votaram contra a prorrogação da CPMF - Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - no Congresso, em 2007. 
Lula culpou a oposição pelo fim do imposto e atribuiu a decisão de acabar com a contribuição à ideia dos adversários de prejudicá-lo. 


"Quero agradecer a vocês, porque vocês derrotaram duas pessoas aqui neste Estado”, disse. 
"Tiraram R$ 120 bilhões da saúde pensando que iam me prejudicar. Eu tenho como pagar um plana de saúde particular [...] Prejudicaram o povo pobre desse país”... 


"Deus escreve certo por linhas tortas"...