por Zé Dirceu

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Não combinaram com os Russos
Paulo Bernardo
Reza a lenda que, às vésperas de um jogo da Seleção Brasileira contra os russos, em 1958, o técnico brasileiro instruiu a equipe numa elaborada estratégia em campo. Depois de uma série de dribles, Garrincha deveria passar a bola para o Vavá marcar. Ao que o mestre das pernas tortas respondeu com malícia: “Vocês já combinaram tudo isso com os russos também?”.

A história pode ser transportada para o caso da Telefônica. Apesar das exigências das autoridades para que a operadora sanasse seus problemas de panes nos serviços de banda larga no Estado de São Paulo, o Speedy, a empresa foi alvo de novo apagão neste início de semana. O assunto levou o próprio ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a cobrar os investimentos que evitassem novas panes.

Aliás, a interrupção da 2ª. feira não foi nem a primeira, nem a segunda vez que a Telefônica interrompeu os serviços de banda larga. Em junho de 2009, um apagão no Speedy deixou boa parte dos 2,7 milhões de usuários sem Internet. Na ocasião, a operadora chegou a ser proibida pela ANATEL de comercializar os serviços entre junho e agosto de 2009, até que as falhas fossem apuradas e corrigidas.

Rotas alternativas


Para Bernardo, a empresa deve investir em rotas alternativas. Também tem de garantir uma gestão dos sistemas que evite panes semelhantes.

Segundo a empresa, o apagão do início da semana teria sido causado por dois equipamentos (roteadores) que fazem a conexão da rede brasileira com sites internacionais. Ainda assim, para Bernardo, o episódio foi “lamentável”. O ministro prometeu consultar o presidente da Agência Nacional das Telecomunicações (ANATEL), Ronaldo Sadenberg, sobre as providências que serão tomadas pela agência. "Tem que fiscalizar, tem que cobrar (...) Tem uma repercussão econômica", completou.

Segundo estimativas da consultoria Teleco, a Telefônica tem mantido os seus investimentos no Estado de São Paulo entre R$ 2,2 bilhões e R$ 2,4 bilhões por ano desde 2008. No primeiro trimestre deste ano, foram R$ 373 milhões, ou apenas 4,4% a mais que no mesmo período do ano passado. Ainda que vultosos, pelo visto, eles não têm dado conta do recado. O mercado vê a questão sob outro ponto de vista.

Falhas de procedimento

Para o presidente da consultoria, Eduardo Tude, São Paulo é um caso típico em que não apenas a rede cresce rapidamente, mas o seu uso também. “As pessoas estão dando novos usos à Internet e exigindo muito mais do serviço”, comenta. Segundo ele, panes como as da Telefônica no início da semana são causadas, não necessariamente por falta de investimentos, mas por problemas de procedimento. “Quando se expande uma rede muito rapidamente, e ela passa por sucessivos up grades, um novo equipamento que é adicionado pode ter incompatibilidade com o software e gerar uma falsa informação, que é transmitida para outros roteadores”, exemplifica.

Segundo ele, em 2009, quando a ANATEL suspendeu a venda do serviço Speedy por alguns meses, a punição levou a operadora a perder a segunda colocação em market share de acessos à banda larga para a NET. “No regime de competição, uma suspensão como a que foi aplicada, dado que a operadora apresentava falhas reincidentes, é prejuízo na certa”, comenta. O trâmite, explica o engenheiro com mestrado em telecomunicações, tem início com uma sindicância da Agência e pode chegar à suspensão da comercialização do serviço vendido pela operadora.

Com a pane desta semana, na Agência, a informação é de que seus técnicos estão analisando o ocorrido e deverão instaurar um processo administrativo. Mas, fica a pergunta: será o bastante? Por onde anda a ANATEL, que, até aqui, pouco tem se pronunciado a respeito? Já a Paulo Bernardo, todo o nosso apoio.

As Festividades no Nordeste e a Copa

O Nordeste, como todos sabemos, por sua formação, é a matriz da formação brasileira, seja no aparato burocrático que lá chegou e se montou a estrutura do que mais tarde seria o Estado brasileiro, seja na unidade na diversidade da sua formação cultural. Assim como na construção da sociedade brasileira, com seus ranços, avanços e transformações.
Pela formação étnica originária, há um senso religioso muito intenso, mas, há, também, um calendário de festas que, curiosamente, entrelaçam sagrados e profanos. Em dezembro, celebra-se o natal, não apenas em família, mas com festas em inúmeros municípios com bandas regionais e até mesmo artistas da MPB.
No Reveillon, a celebração continua. Depois, antes de iniciar o carnaval, há uma série de pré-carnavais. Quando finda-se a quaresma, seguindo a tradição originária da festa, celebra-se o carnaval, a festa pagã, como chamava nos primórdios. Quando o calendário oficial do carnaval termina, não termina no NE, pois as cidades que não fazem carnaval, comemoram as micaretas. Na verdade, a micareta era uma festa eminentemente baiana, mas ultrapassou as fronteiras da Bahia e invadiu toda a região e, hoje, vai além das fronteiras nordestinas, pois outros estados também realizam-na.
Finalmente junho chega, a celebração, neste caso, também inova e ganha vertentes. Por mais que o calendário das festividades no NE tenha sido originário do sagrado, hoje as celebrações não ganham mais tais vertentes, elas profissionalizam a cada ano e, a vocação do nordestino para gostar de festas, consagra cada vez mais bandas e artistas regionais.
Se no passado, artistas saíam da região para virem para o SE, a fim de serem conhecidos além do regional, hoje, esta realidade mudou consideravelmente. O intenso trabalho de divulgar uma região imensamente permeada de brasilidade, de aceitar a inovação, mas não abrir mão de sua identidade, permite por parte de muitos, o agradecimento destes que de lá saíram e abriram o caminho para os que, a cada ano chegam e, com talento ou não, celebram os festejos nordestinos.
Portanto, com imensas festividades, junho e meados de julho encerram o calendário intenso de festividades que acompanham a região. A tradição junina de comidas típicas, de pular fogueira, dançar quadrilha e dançar forró até o Sol raiar, assim como o carnaval, atrai multidões. Se temos o maior carnaval do mundo, em junho, temos o maior São João do mundo, ambos reconhecidos pelo Guiness.  É o Nordeste e sua vocação para a celebração, eu diria. Mas tais celebrações não existiriam com tanta intensidade se não houvesse na construção cultural comum, o celebrar.
Mas, assim como o carnaval que inova a cada ano sem sair da tradição de seus respectivos estados, no São João, também acontece a mesma coisa, temos toadas, forró tradicional, forró moderno, axé, MPB e sertanejo. É uma festa tipicamente do interior, mas as capitais também celebram. São mais de mil municípios em festa e com atrações de peso, são de São Joões badalados a são joões comuns.
O que tem a ver isto com a Copa? Ora, por ter toda a estrutura montada, será o lugar que o turista encontrará não apenas Sol para ir à praia, mas conhecerá um outro Brasil que, quando rodar o país acompanhando sua seleção, perceberá as diferenças regionais, suas formas culturais e não apenas isto, verá que todo o país celebra a vitória da seleção, mas verá uma região que tem vocação para receber e celebrar a vida com intensidade e alegria. Não que os outros não a façam, mas o costume de manter tradições no NE, fazem este diferencial, penso.
Por razões econômicas que beneficiem alguns que estão organizando a Copa, li outro dia num blog e até ouvi isto na TV, que querem tirar alguns jogos do NE e centralizarem no SE. Não há problema, isto não vai diminuir a vocação  da região e o nordestino não vai deixar de celebrar. Para que vocês compreendam o que estou a falar a acerca das festas, selecionei alguns São Joões para que conheçam nossa alegria e a forma de vivermos.
Para que possam compreender, as cidades fazem suas festas, mas onde está especificado o forró, está se referindo a festas particulares em algumas fazendas que montam estruturas e fazem uma festa com o estilo de blocos, ou seja, a pessoa compra a camisa e tem direito a entrada, comida e bebida inclusas.
Mariana Silveira

Poesia

VEM
CONVITE PARA O FIM DE SEMANA 
Deita do meu lado
E vem ver a Lua Cheia.
Joga o colchão no chão
Porque a cama é antiga e faz barulho.

Me abraça com mais força
Com os olhos cerrados de satisfação.
Joga a sua roupa no estrado
Porque corpos nus ardem com mais veemência.

Beija a minha boca de leve
E delicadamente morda os meus lábios vultosos.
Joga a responsabilidade para fora do quarto
Porque daqui você não sai tão cedo.

Nada de ducha pela manhã
Lavo o seu corpo
Com a minha saliva.

Nada de café ao amanhecer
Alimente-se com o meu corpo,
Até ficar exausta.

Olhe dentro dos meus olhos
Conte-me como foi a sua semana,
Deixe que eu entre na sua vida
Com passos curtos e silenciosos.

Mário Cardozo

A MISSÃO





Luzes e luzes se acendem lá longe no final da estrada. Caminhando calmamente, o viajante cansado e empoeirado consegue alcançar a entrada da cidade.
Cabeça baixa e quieto, senta-se num banco da praça principal e, com o coração elevado, dirige o pensamento ao Criador de todas as coisas.
Agradece esse momento de graça e, aliviado, descansa.
Quando acorda, coração e mente leves de qualquer sobrecarga, continua seu caminho à procura de alimento e abrigo. Sua jornada começa agora.
Seu trajeto é difícil. Ele prega o amor, a humildade, a caridade, a realidade.
Tarefa difícil essa, mas devagarinho alcança seu objetivo, o seu intento. Lentamente, corações endurecidos desabrocham, mentes perversas se acalmam e seu trabalho e esforço não são em vão.
Mas o melhor, em tudo isso, é que sua tarefa não está no seu falar mas sim, no seu fazer. Pouco a pouco, tudo e todos ao seu redor se transformam e então ele agradece cada minuto de seu árduo, mas gratificante trajeto.

Brasileiros contam segredos do Facebook




facebook
Stephanie Kohn

Hoje em dia, o sonho de muitos jovens é trabalhar em famosas empresas de tecnologia como o Facebook, por exemplo. Seja pela experiência, fama, salário ou por causa da infraestrutura e cultura “moderninha” da companhia, a rede social tem atraído centenas de profissionais de todas as partes do mundo.

Mas o que é preciso ser e fazer para trabalhar ao lado de Mark Zuckerberg? Além das qualidades já conhecidas e exigidas por empresas convencionais, é necessário ter agilidade e ser inovador. Danilo Resende, engenheiro de software brasileiro que trabalha desde 2009 na sede da rede social, nos Estados Unidos, conta que a empresa tem uma cultura que incentiva a inovação em ritmo acelerado e não está preocupada com as falhas que, eventualmente, aconteçam.

“O nível do trabalho desenvolvido no Facebook é bem alto, mas, apesar disso, falhas são recorrentes no dia-a-dia, já que é uma forma de deixar que os funcionários inovem e implementem novas ideias dentro da empresa”, conta Danilo, formado em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Campina Grande (Paraíba). Sua própria contratação ocorreu de forma inusitada, já que o engenheiro de software brasileiro foi recrutado pela rede social depois que um 'olheiro' da empresa viu seu desempenho em uma maratona de programação.

Outro brasileiro contratado pelo Facebook nos Estados Unidos por conta de seu desempenho em um concurso de programação é Victor Medeiros, formado em Ciência da Computação pela Universidade Estadual Paulista. E, assim como Danilo, ele conta que é cobrado pela agilidade. “Eles preferem que você crie um produto rápido e vá acertando os detalhes depois do lançamento, do que demore mais tempo para desenvolver algo redondo”, explica o engenheiro de software, que faz parte da equipe que cuida de privacidade na rede social e que já foi convidado para trabalhar na sede do Google, mas  negou a proposta.

Outro detalhe apontado por Danilo é que o Facebook costuma dar bastante autonomia aos funcionários, para que eles desenvolvam novos produtos e cuidem de todas as etapas de implementação. “A empresa ainda é pequena e tem muita oportunidade de crescer, o que faz com que cada engenheiro trabalhe em algum projeto bem importante”, comenta o brasileiro, que está na equipe responsável por anúncios e gerenciamento de campanhas da rede social.

Para os engenheiros de software, o trabalho na rede social também se diferencia pelo fato de que, por ter uma estrutura enxuta e não estar preocupada com a hierarquia, todos os profissionais têm chances de apresentar ideias, inclusive para o principal executivo da companhia, Mark Zuckerberg. “Eu diria que ele é bem mais acessível do que outros CEOs de empresas de tecnologia. Ele ainda é o líder dentro do Facebook e está sempre disposto a ouvir críticas ou sugestões sobre o produto”, comenta Danilo. Ele conta ainda que Zuckerberg faz questão de participar das reuniões semanais com a equipe e circula o tempo todo pelos corredores da companhia.

O ambiente de trabalho também é citado como um diferencial do Facebook para reter seus talentos. Na sede da empresa existem salas de jogos, restaurantes, cafeterias e até uma lavanderia gratuita. Danilo admite, no entanto, que nem sempre tem tempo para aproveitar todos os 'mimos' que a companhia oferece aos funcionários.

A política salarial não deixa a desejar. Além de oferecer uma remuneração acima da média de mercado, a rede social faz avaliações de desempenho dos funcionários a cada seis meses e, a partir delas, concede promoções e aumentos para a equipe. “Estou satisfeito com minha remuneração, eu diria que ela é razoavelmente maior do que o que eu receberia no Brasil. O bom é que além do salário, fazemos as refeições na empresa de graça, lavamos roupa de graça e ganhamos plano de saúde”, completa Victor.

Para saber mais como é trabalhar na rede social mais famosa do mundo, clique aqui e leia uma matéria que sobre os bastidores da sede do Facebook em Palo Alto (Estados Unidos).

Leia também: A história de outros brasileiros que fazem parte de grandes empresas de tecnologia (clique aqui) e como funciona o processo seletivo da maior concorrente da rede social, o Google (clique aqui).

Oração

à Nossa Senhora Aparecida

A Sensibilidade dentária

Saiba o porque e previna-se