Máscara virtual

 O artista espanhol Arturo Castro desenvolveu um aplicativo que consegue "substituir" o rosto de uma pessoa em tempo real com uma "máscara virtual".

Para mostrar a sua criação, artista o criou um vídeo dele mesmo onde é possível acompanhar as mutações instantâneas. 

Enquanto ele se move seu rosto se transforma na face de Michael Jackson, Barack Obama, Lady Gaga e outras pessoas famosas.

O espanhol construiu o aplicativo usando diversas ferramentas emprestadas de outras pessoas, por isso a versão inicial ainda tem certas limitações e não está disponível para o público.

Para ver a "substituição de face" veja o vídeo abaixo.


Faces from arturo castro on Vimeo.



De Sarney a Katia Abreu: uma tragédia brasileira

Mensagem encaminhada 
De: "Brasília, eu vi"

Quem vai dar a notícia a elas?

Até aqui, coube a José Sarney o papel explícito de estorvo a ser aturado, crise após crise, pela presidenta Dilma, como o foi, em tempos recentes, pelo ex-presidente Lula. Sarney é, de certa forma, a única herança realmente maldita deixada por Lula para Dilma, e muito embora haja sempre certa disposição seletiva da velha mídia em avacalhar o ex-presidente, o fato é que, na maior parte do tempo, os jornalistas o deixam em paz. Sarney tem uma complexa rede de aliados e apadrinhados em vários setores da vida pública, inclusive dentro das redações. Sarney também domina o bilionário setor elétrico, nomeia e desnomeia ministros, é tratado com enorme deferência pelo Poder Judiciário, tanto no Maranhão, onde ainda se mantém como senhor feudal, como nas altas cortes. No Superior Tribunal de Justiça, foi brindado, recentemente, com a anulação da Operação Boi Barrica, da Polícia Federal, cujo principal alvo era, justamente, Fernando Sarney, o filho mais velho do coronel e seu principal operador nos negócios da família.

Sarney tem sido, para desespero dos que ainda crêem na política como uma ação baseada na ética e na decência, uma espécie de poder moderador entre as necessidades dos governos do PT e os velhos interesses das oligarquias no Senado e, por extensão, no Congresso Nacional. Não obstante estar na origem de todos os mecanismos de produção de miséria, violência e exclusão do Maranhão, Sarney, como de resto, todos os demais do clã, posa ainda de astuto líder político capaz de apaziguar e cooptar alas descontentes do PMDB e mesmo da oposição. Como se os pilares dessa elogiada performance não fossem, no fim das contas, o domínio puro e simples das estruturas partidárias e o controle da máquina fisiológica que é, no fim das contas, o chicote que o velho coronel brande, aqui e acolá, com enorme habilidade.

A presença de José Sarney como protagonista de um governo popular nos envergonha a todos e, imagino, também a boa parte do PT, mas essa questão caminha para se tornar pequena diante do que vem por aí. Aos poucos, com a ajuda de colunistas amigos e interlocutores impregnados de pragmatismo dentro do Palácio do Planalto, a senadora Kátia Abreu, ex-DEM de Tocantins, atualmente, às vésperas de integrar o probo PSD, de Gilberto Kassab, vai se tornando a nova aliada do governo Dilma. O fato é que nos falta a medida certa da indignação, acostumados a que estamos ficando em achar que basta juntar gente cheirosa em marchas contra a corrupção para, enfim, bradar por um país melhor. Mas essa simples perspectiva – a de um indivíduo como Kátia Abreu pertencer a um governo dito de esquerda, ainda que de forma periférica – deveria servir para tocar fogo nas ruas.

Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, líder da ultra-reacionária bancada ruralista no Congresso, Kátia Abreu é a face visível e supostamente moderna de uma ideologia que, desde o descobrimento, moldou as principais relações políticas, econômicas e sociais brasileiras. Moldura esta, é preciso que se diga, que ainda nos confere uma realidade cruel e desumana, baseada numa doutrina escravocrata e excludente, cimentada sob os interesses do latifúndio, da monocultura e da devastação ambiental. Kátia Abreu é a representação física e institucional dessa cultura perversa que produz resultados econômicos vibrantes nos campos de soja e miséria humana em tudo o mais.

Ao admiti-la como aliada, Dilma terá apunhalado cada uma das 70 mil bravas camponesas que, na Marcha das Margaridas, foram lhe prestar apoio e solidariedade, no mês passado, em Brasília.



Veja: Lula x FHC

As imagens falam por si


por Rodrigo Vianna
Gilberto Maringoni fez um trabalho didático na “Carta Maior”: expôs as principais capas de “Veja”, de 1993 a 2010. O período cobre exatamente os dois mandatos de FHC e os dois mandatos de Lula.


A comparação visual é impressionante. Ao lado das capas, Maringoni faz uma pequena análise do conteúdo. Nem precisava. As imagens quase falam por si. Lula é tratado com desrespeito: pé no traseiro, barriga de fora, a faixa de presidente enrolada feito venda nos olhos do presidente. FHC aparece austero, professoral, um estadista.


Mais que isso. Os escândalos na era FHC levam para a capa os pivôs dos escândalos: Ricardo Sérgio, Mendonção, Sérgio Motta… Uma exceção: Eduardo Jorge, secretário particular aparece ao fundo da imagem resignada de FHC, sob a chamada de capa quase amiga: “as ligações e os negócios do ex-assessor que estão fazendo um estrago na imagem do presidente”. Ou seja, FHC não tem nada com isso, mas a revista alerta que o ex-assesor está atrapalhando a boa imagem do estadista. Assim, de amigo para amigo.


Os escândalos da era Lula são escândalos de Lula. Sempre. Lula carrega Zé Dirceu feito um peso já em 2004 (FHC jamais carregou Ricardo Sérgio nas capas de “Veja”; mas o livro do Amaury vem aí pra contar bem essa história); a imagem de Lula se desfaz na capa da revista, em 2005; depois, as manchetes do “Mensalão” (“Ele sabia?” , “Quando e como Lula foi alertado”), sempre com a figura de Lula na capa. Com FHC e a compra de votos para a reeleição, nada parecido. Ninguém perguntou se FHC “sabia”?


A obsessão com a estrela...
E a tentativa (obsessiva?) de arrasar a imagem do PT e dos movimentos sociais: a estrela petista na capa uma, duas, três vezes.  Sempre a se desmilinguir. O MST como grande inimigo. E o “polvo” (PT? povão?) a ameaçar a República (ou a ameaçar aqueles amigos de “Veja” que não conseguem voltar ao Palácio?).


As imagens coletadas por Maringoni são também, e isso me ocorre agora, as imagens de uma derrota clamorosa. Nunca um órgão de imprensa apostou tantas fichas em derrotar um presidente e um partido. Nem Carlos Lacerda foi tão longe contra Vargas, porque não tinha os recursos visuais das capas de “Veja”.


A turma do esgoto, instalada na Marginal Pinheiros, usou e abusou dos recursos visuais. E das mentiras (dólares de Cuba, contas de Lula no exterior…). E perdeu. Duas vezes. Ou três vezes, se contarmos 2002, 2006 e 2010.


E o medo do povo!
A história das capas de “Veja” é a história do preconceito (quem não se lembra da “mulher, nordestina” – cruz, credo – que pode decidir a eleição em 2006?). Preconceito derrotado. É a história de um discurso de ódio. Derrotado. “Veja” e sua máquina de manipulações foram derrotadas de forma espetacular. Isso é o mais impressionante na coletânea feita pelo Maringoni.


Isso tudo não absolve o PT e Lula de seus erros. Maringoni, aliás, nem é do PT. Faz opopsição pela esquerda, no PSOL. Mas é daqueles que não perderam o juízo e sabem que o inimigo principal não está no lulopetismo. Basta olhar para as capas de “Veja” para saber que ali está não apenas um inimigo feroz da esquerda e dos movimentos sociais. A “Veja” é inimiga do Brasil. Ela e suas capas odiosas e odientas. Derrotadas.


Tão derrotadas como Ali Kamel da Globo – com o delegado Bruno em 2006 e a bolinha de papel em 2010. Mas a “Veja”, é preciso reconhecer, foi muito mais longe que Kamel. Ele é mais sutil, mais inteligente. A “Veja”, não. É boçal. Bom saber e ver que a boçalidade odiosa de “Veja” foi derrotada.


O mais incrível é que “Veja” segue a alimentar o discurso de que o PT e o lulismo queremj calar a imprensa. Hehe. Se houvesse “projeto autoritário”, a “Veja” não estaria aí até hoje. Lula e o PT ganharam da “Veja”, na bola. Sem tapetão. 
O que choca é outra coisa: o lulismo e o PT seguem a alimentar o monstro. É o que diz Maringoni:


A visão de Veja é a visão da extrema direita brasileira. Tem uma tiragem de um milhão de exemplares e é lida por muita gente. Entre seus apreciadores está, surpreendentemente, o governo brasileiro. Este não se cansa de pagar caríssimas páginas de publicidade para uma publicação que o achincalha com um preconceito de classe raras vezes visto na imprensa. Freud deve explicar.”

Desafios do financiamento imobiliário

Nos próximos os principais serão dois:

  1. Como arranjar recursos 
  2. Como enfrentar a realidade próxima, de redução da rentabilidade da caderneta de poupança.
Criou-se consenso entre os especialistas que, mantidos os ritmos atuais de crescimento da poupança e dos financiamentos, os recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) dariam para mais dois anos.
Um outro problema será a próxima redução da rentabilidade da caderneta, assim que os juros da taxa Selic se aproximarem do piso.
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Para a faixa de 0 a 3 salários mínimos, não haverá problemas, segundo o presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Hereda. Há os recursos do FGTS e também as dotações do Tesouro para complementar a renda.
Os números da CEF dão ideia da explosão dos financiamentos: saiu de R$ 5 bilhões concedidos no período 2003/2004 para R$ 77 bilhões no ano passado. São mais de 4.100 contratos diários, no valor total de R$ 300 milhões por dia. Este ano é possível que se bata a meta de R$ 90 bilhões em financiamentos novos, com inadimplência inferior a 2%.
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Atualmente o crédito imobiliário responde por 4% do PIB. Há condições de chegar a 15% em poucos anos, mas dependendo das fontes de recurso.
Existem algumas soluções transitórias, dependendo da política monetária do Banco Central. Hoje em dia incide 20% de compulsório sobre a poupança, que poderia seria reduzido. Mesmo assim não esticaria em muito o prazo de esgotamento dos recursos, segundo o presidente do Banco Itaú-Unibanco Roberto Setubal.
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Outra saída seria a securitização dos contratos – ou seja, com base no recebimento futuro das prestações lançar fundos e captar mais recursos no mercado. Com as práticas bancárias brasileiras, diz Hereda, seria impossível repetir o desastre ocorrido nos Estados Unidos, onde o pecado maior estava na originação – isto é, na segurança de recebimento do primeiro contrato.
Atualmente existem cerca de R$ 4,2 bilhões em contratos securitizados. Há espaço para se chegar aos três dígitos, realimentando os recursos para financiamento habitacional. Essas companhias securitizadoras emitem CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) que já são adquiridos por investidores institucionais.
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Outro caminho perseguido é o dos chamados “covered bonds”. É um conjunto de títulos, tendo por base os financiamentos, mas que permanece na carteira dos bancos, que dá garantias adicionais aos tomadores. Com base nessa carteira são emitidas Cédulas Hipotecárias. Ao poupador poderia ser oferecido um mix entre caderneta de poupança e Cédula Hipotecária.
A questão central é que, enquanto a Selic estiver em patamares acima de 8% ao ano, inviabilizará qualquer crescimento do mercado de títulos privados.
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Esse é mais um dos pontos a confirmar o momento em que o Brasil se tornará uma China: quando a taxa de juros estiver em níveis internacionais e o câmbio competitivo. Aí uma montanha de recursos – hoje aplicada na rolagem da dívida pública – será realocada para investimentos privados e em infraestrutura.

Férias com criatidade é isto

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Álcool mata mais do que crak



FotoMORTES POR ALCOOLISMO AUMENTAM
Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revela que o índice de mortalidade entre dependentes de álcool está perto do registrado entre os usuários de crack. Segundo o documento, em cinco anos, 17% dos pacientes atendidos em uma unidade de tratamento da zona sul de São Paulo foram a óbito. 
'É um número altíssimo. Na Inglaterra, o índice não ultrapassa 0,5% ao ano', diz o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, coordenador do estudo. 
O estudo produzido entre usuários de crack demonstrou que 30% morreram num período de 12 anos.
 'Naquela mostra, a maior parte dos pacientes morreu nos primeiros cinco anos. Podemos dizer que os índices estão bastante próximos.’, completou. 
O trabalho será publicado na próxima edição da Revista Brasileira de Psiquiatria.
Se incluirmos as mortes de trânsito causadas bebida e mortes violentas [brigas], o álcool mata muito mais que todas as demais drogas [excluindo o cigarro].
E o pior de tudo é que as duas são "legais".

Não me deixes mais (Ne me quitte pas) - Fagner