Reforma política começa ser votada na próxima semana


A Comissão Especial  da Reforma Política marcou para a próxima semana o início da votação do relatório do deputado Henrique Fontana (PT-RS), que tem como eixo o financiamento público exclusivo de campanhas.

Na reunião desta quarta-feira (14), os deputados começaram a discutir o texto do relatório e ficou acertado que não serão mais apresentadas emendas, apenas destaques. O objetivo é garantir que eventuais mudanças no relatório sejam feitas de maneira coerente, combinada com os outros pontos da reforma. “Acredito que votaremos os destaques ao longo de umas duas semanas”, disse Fontana.

Em sua última versão, o relator incluiu no texto uma proposta de realização de referendo, em agosto de 2013, para que a população decida se aceita o modelo de financiamento e o sistema eleitoral aprovados pelo Congresso.

Novo sistema eleitoral
Ao longo de 2011, foram apresentados três relatórios. Conforme a última versão, o País poderá abolir o uso do quociente eleitoral em eleições. A regra, utilizada no Brasil há mais de 70 anos, determina o número mínimo de votos que um partido ou coligação precisa obter para ter direito a eleger um deputado ou vereador. 

Pelo relatório, todas as vagas para deputado e vereador passarão a ser divididas pelo método das maiores médias, a chamada Fórmula D'Hondt. Por essa fórmula, o partido que recebe a maior quantidade de votos garante a primeira cadeira na Câmara e tem então sua quantidade de votos dividida por dois. A próxima cadeira será assim distribuída à legenda que estiver com a maior quantidade de votos naquele momento.

Se a vaga for preenchida pelo mesmo partido que ocupou a primeira cadeira, a legenda terá novamente seu total de votos dividido, agora por três. Se a vaga for ocupada por outro partido, ele terá seus votos divididos por dois para a escolha dessa terceira cadeira.

Luiz Alves
Dep. Henrique Fontana (relator)
Fontana retirou do texto a proposta de que o eleitor pudesse votar duas vezes para deputado.

Assim, sucessivamente, o cálculo é feito até a conclusão da quantidade de vagas daquela unidade federativa na Câmara. Esse método já é utilizado no País depois da aplicação do quociente eleitoral. Com o fim do quociente, ele passará a ser a única fórmula utilizada para determinar quais serão os eleitos nas eleições para deputado e vereador. “É um sistema que democratiza mais, porque os partidos que não atingem o quociente eleitoral também podem ocupar uma vaga na Câmara”, disse Henrique Fontana.
Listas partidárias
O relatório também prevê que o eleitor vote apenas uma vez para deputado – em versão anterior, inspirada no exemplo alemão, seriam duas –, podendo optar por um nome ou um partido de sua preferência. O relator explicou que retirou de sua proposta inicial a ideia de que o eleitor pudesse votar duas vezes para deputado, porque a proposta foi considerada por alguns parlamentares como um favorecimento ao PT.

Por isso, ele propôs um sistema já utilizado em outros países no qual o eleitor pode escolher entre o candidato e a legenda partidária. Assim, se um partido tem direito a quatro deputados e recebeu 75% de votos em pessoas e 25% na legenda, serão eleitos o primeiro colocado da lista partidária e os três mais votados. A lista deverá ser definida por votação dentro de cada partido.

O parecer também prevê o fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais, o fortalecimento dos partidos políticos e o uso da internet para que a população apoie a tramitação de propostas em tramitação no Congresso.

Críticas
O processo, no entanto, deverá ser demorado. Já foram apresentados 23 destaques para a votação em separado de pontos específicos do relatório e outros ainda estão sendo elaborados pelos partidos que querem alterar o texto de Fontana. 

Para o deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ), o financiamento público só seria aceitável com um outro sistema eleitoral. "É incongruente tentar associar esse sistema de financiamento público ao sistema eleitoral de voto proporcional nominal que temos hoje e que, na minha opinião, não fica substancialmente alterado pela proposta do nosso relator. Só há dois sistemas que são compatíveis com o financiamento público: o voto proporcional por lista fechada ou o voto distrital", afirmou.

Sem pressa
Instalada no início de março do ano passado, com uma pauta de discussão que incluía 20 itens e dividindo o foco com uma comissão semelhante que funcionava no Senado (já encerrada sem a aprovação de um relatório), a comissão da Câmara nunca trabalhou para dar resultado a curto prazo, conforme gosta de repetir o presidente do colegiado, deputado Almeida Lima (PPS-SE).

“Desde que ficou definido que as mudanças não valeriam para as eleições de 2012, perdeu-se o sentido de pressa. Optamos por fazer um trabalho mais amplo e profundo para vigorar a partir de 2014”, declarou o deputado de Sergipe.

Para tentar popularizar o tema e ouvir a sociedade, a comissão realizou conferências regionais em Goiânia (GO), Porto Alegre (RS), Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Florianópolis (SC), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Salvador (BA), Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Campo Grande (MS).

Reportagem - Rodrigo Bittar e José Carlos Oliveira 
Edição - Juliano Pires

O pragmatismo político de FHC e de Lula são boas lições a serem seguidas.



Os próximos dois anos serão decisivos para a viabilização do crescimento sustentado brasileiro. E não serão anos fáceis.

Dilma Rousseff terá que enfrentar interesses poderosos ao mexer nos juros e câmbio. Terá o desafio de reerguer uma indústria combalida. Não haverá o benefício de taxas de crescimento robustas. E ainda se terá pela frente o tsunami monetário.
Por tudo isso, a prudência não recomenda excesso de auto-suficiência, muito menos no campo político.
Uma das características da gestora Dilma sempre foi o de mirar o objetivo final e tratar sem dogmatismo as ações necessárias para se chegar lá. E não perder tempo com aquilo que não fosse fundamental para o se alcançar o resultado final.
Deveria aplicar os mesmos princípios agora, juntando à sua visão estratégica o componente político.
Nesse exato momento, o Executivo pouco depende do Congresso. Já conseguiu o relevante, a aprovação da DRU (Desvinculação das Receitas da União). A presidente nada em popularidade, o Congresso em desgaste. Apesar do desempenho pífio do PIB, no ano passado, o desemprego é baixo.
Mas a política obedece muito mais às regras da teoria do caos do que às ações programadas. Daqui a um ano, o cenário econômico poderá ser o seguinte:
* economia estagnada, enfrentando o tsunami monetário;
* base política fragmentada;
* velha mídia partindo para o terceiro tempo da guerra;
* uma multidão de políticos ressentidos, achando ter chegado o momento da forra.
Dilma entra na nova batalha com a energia de um grande comandante. Esses momentos são cruciais para montar as estratégias para quando a guerra começar.
O pragmatismo político de FHC e de Lula são boas lições a serem seguidas.
por Luis Nassiff

Sim sou gordinha, e daí?


Minhas curvas são delineadas, tal estrada,
Meu sorriso é doce e terno, sou liberdade,
Carrego no olhar a ternura e a suavidade.
Adoro chocolate, um orgasmo verdadeiro,
Não me consolo num abraço traiçoeiro,
Não creio no valor frio, sórdido e rançoso,
Creio no amor superando tudo, esperançoso.

Sim sou gordinha, e daí?

Tenho um pouco de anjo, voar livremente,
Das bruxas herdei o feitiço e o encantamento,
Da mulher, a delicadeza e a feminilidade,
Da canção, um coração ditando poesia,
Da música, todas as notas, multiplicidade.

Sim sou gordinha, e daí?

Eu sou todos os sons que a vida interpreta,
Eu sou a harmonia da sinfonia que encanta,
Eu sou a força do viver edificando tudo,
Eu creio em mim e nos meus valores, contudo,
Não creio na falsa verdade do preconceito.

Sim sou gordinha, e daí?

Meu espelho não mente, não me engana,
Vejo nele refletido meu corpo e minha alma. 

fisgado do G +1 de Klariane Sulato

Papo juvenil

Garoto: Você é a garota mais linda e divertida que conheci!

Garota: Você só quer me levar para cama...

Garoto: Nosssssa...e inteligente também!!!

Um show de Chico

Chico Buarque de Hollanda canta comigo desde que nasci. Acompanha-me nos versos e reversos. Hoje já pouco me importa se ele sabe disso, mas ele é minha trilha sonora e me deve direito emocional.
Ele me chama de mulher porque sua melodia é a constatação de que o outro, o que não mora em mim, ainda é capaz de me ver.
A primeira vez que vi Chico “ao vivo”, foi dentro do que é hoje o estacionamento do Espaço Mascarenhas, em Juiz de Fora. Ele já era meu homem idealizado – feito de letras, melodias, dor feminina e olhos verdes. E então ele e eu, cada um em seu lugar emocionalmente delineado, já cantávamos juntos as mulheres tristes, as mulheres emancipadas, as mulheres abandonadas, as mulheres no tapete atrás da porta.
E ele só, em brado retumbante, já exaltava também sozinho os homens sem chão das mulheres que partiam. Das mulheres que davam o troco.
E os Pedros Pedreiros e seus fabulosos fardos.
Depois ele voltou, no Cine Teatro Central, inaugurando aqui o seu maravilhoso “As Cidades”. Mas ainda havia nele a pública timidez que intimidava as garotas e excitava as mulheres. Eu ainda era mais ou menos garota, mais ou menos mulher.
Mas o homem que subiu no palco do VivoRio, todo de preto, e com uma alegria travessa é outro? Claro que não. Nem eu, esputefata ali, era outra. Somos apenas mais velhos.
Sim. O Chico que vi está mais velho, à vontade e generoso com o público. E em se tratando de Chico, isso é manchete.
Seu novo disco está lindo. Postei aqui uma defesa à música Querido Diário porque ela é esplêndida e foi mal interpretada pelos maus intérpretes.
Mas sinto Senhores: eu disse também que nossos ouvidos sempre precisam se acostumar com o novo. Pois não há nada de novo no novo CD do Chico que não seja absolutamente belo.
Chico fez um show impecável. Além das dez músicas do novo CD, cantou mais dezoito dos seus clássicos.
Fez parceria com Wilson das Neves em Sou Eu; emocionou a platéia com Desalento (vai e diz a ela que eu entrego os pontos), trouxe de volta a Geni e – apaixonado por uma moça jovem – não deixou de relembrar no palco a música que sempre haverá de ser da Marieta, porque cantada com sua voz, na Ópera do Malandro: O Meu Amor.
Chico largou o violão e andou pelo palco, microfone em punho, para cantar, cantar e cantar, ineditamente.
Chico flertou com o Rock.
Chico fez Sinhá.
E, principalmente, Chico fez um clássico.
Um clássico de se assobiar: Se eu Soubesse (Mas acontece que eu saí por aí, e aí larari, lairiri…)
Um clássico para apaixonados.
Que Alegria!
da Joana

Demo paladino da moral e ética tinha rádio exclusivo para falar com criminoso


Aparelho usado pelo líder do DEM no Senado foi habilitado em Miami para escapar de grampos telefônicos

MURILO RAMOS E ANDREI MEIRELES 
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Carlinhos Cachoeira (à esq.) e Demóstenes Torres (à dir.) (Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr e Waldemir Barreto/Agência Senado)
Carlinhos Cachoeira (à esq.) e Demóstenes Torres (à dir.)
O empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, habilitou em Miami 15 aparelhos de rádio, da marca Nextel, e os distribuiu entre pessoas de sua mais estrita confiança. De acordo com a Polícia Federal, o propósito de Cachoeira era evitar que escutas telefônicas, legais ou ilegais, captassem suas conversas com os comandantes de uma rede de exploração ilegal de máquinas caça-níqueis em Goiás e na periferia de Brasília. Nos relatórios da investigação, o grupo contemplado com os rádios é chamado de “14 + 1”. Entre os 14, há foragidos e os que foram presos com Carlinhos Cachoeira durante a Operação Monte Carlo, da PF. O “1” é o senador Demóstenes Torres (GO), líder do Democratas no Senado Federal.
Nesta quarta-feira, ÉPOCA ouviu o senador Demóstenes, em seu gabinete no Senado. Ele estava acompanhado de seu advogado Antonio Carlos Almeida Castro, o Kakay. Indagado se havia recebido um aparelho de rádio para conversas exclusivas com Cachoeira, Demóstenes pediu licença para ter uma conversa reservada com seu advogado antes de responder à pergunta. Cinco minutos depois, disse à reportagem que, por recomendação do advogado, não faria declarações sobre o assunto. A interlocutores, no entanto, o senador goiano confirmou que recebeu o aparelho de Cachoeira, que foi usado exclusivamente em conversas entre os dois. Segundo Demóstenes, nos quase 300 diálogos com Cachoeira, gravados pela Polícia Federal com ordem judicial, não há nada que o comprometa. “São conversas entre amigos, só há trivialidades.” Foi por meio dessas escutas que os investigadores descobriram que Cachoeira deu a Demóstenes uma geladeira e um fogão importados como presente de casamento, como ÉPOCA revelou em primeira mão há duas semanas. 
De acordo com a investigação, Carlinhos Cachoeira resolveu habilitar os 15 rádios Nextel em Miami porque arapongas lhe asseguraram que, assim, eles escapariam de grampos telefônicos. Segundo o Ministério Público Federal, Cachoeira seguiu orientação do delegado da Polícia Federal Fernando Byron e do ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, também presos na Operação Monte Carlo. “Para azar deles e sorte da sociedade, a Polícia Federal conseguiu realizar a interceptação telefônica. E isso mudou todo o rumo da investigação”, afirmou o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, na decisão judicial que autorizou a operação Monte Carlo.
da Revista Época

Ex-funcionário da Microsoft compara Windows a um banheiro


Bill Gates
Um ex-funcionário da Microsoft deixou Bill Gates sem jeito ao discordar da maneira como o CEO conduzia o desenvolvimento do Windows, e ainda comparou o sistema operacional a uma privada.
 
Como engenheiro na empresa, Hillel Cooperman sugeriu mudanças no Windows em 2003. Ele disse que diferentes recursos de softwares poderiam ter diferentes tipos de design. Gates afirmou que não era necessário o desenvolvimento de diferentes interfaces, e que era melhor reaproveitar a mesma em diferentes programas.
 
Cooperman, que relatou a história em seu blog, argumentou que as pessoas não são robôs e podem entender diferentes interfaces, e que o importante é fazer a experiência do usuário ser boa.
 
Então, ele fez uma comparação que deixou Gates sem jeito. "Um chuveiro, uma privada e um bebedouro têm mecanismos para controlar fluxo de água, o lugar de onde vem a água, uma espécie de base para segurar a água e um ralo, mas não combinamos todos em um só para reduzir a curva de aprendizado", disse Cooperman.
 
Ao ouvir o comentário, Bill Gates ficou em choque. Depois de um tempo, o CEO da Microsoft respondeu: "Isso é grosseiro."
 
A vontade de Gates venceu. Há cerca de cinco anos, Cooperman deixou a Microsoft, mas viu que, aos poucos, a empresa entendeu o seu ponto e passou a criar experiências diferentes para diferentes funções - o Windows 8, com interface para PCs e tablets é um bom exemplo disso.
do Olhar Digital