Marcos Coimbra: aos amigos, tudo...


Onde terão estado nossos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) nos últimos anos? Em que país moravam?
É fato que muitos só chegaram recentemente à Suprema Corte. E que, portanto, não seria razoável perguntar o que fizeram - e, especialmente, deixaram de fazer - no passado frente a casos e decisões que suscitam questões semelhantes às do julgamento do “mensalão”.
Como não exerciam a função, nada teriam a dizer.
Mas todos eram cidadãos e profissionais do direito com notório saber e elevada reputação. Muitos pertenciam à Magistratura ou ao Ministério Público. Alguns eram conhecidos professores. Outros tinham experiência na administração pública e no Congresso, como assessores de governos ou partidos políticos.
O que pensavam a respeito dessas matérias?
Sabemos, por exemplo, como votaram vários dos atuais integrantes do STF quando, em 2006, julgaram inconstitucional o dispositivo da Lei nº 9.054, que estabelecia uma cláusula de desempenho para os partidos políticos, limitando, na prática, o multipartidarismo caótico que temos.
Há seis anos, em seu voto, o ministro Ayres Britto foi enfático ao assinalar o prestígio que a Constituição confere aos partidos como forma de associação, sublinhando que ela tem por eles “especial apreço”. E sustentou que a Constituição assegura aos eleitos a liberdade de “escolher lideranças, participar de bancadas, atuar em blocos, participar de comissões (...)”.
Fez, portanto, a correta defesa da autonomia dos partidos e dos parlamentares.
Que diferença em relação ao voto que emitiu agora! Nesse, considerou espúria qualquer forma de coligação partidária que perdure após a eleição. Sabe-se lá com qual fundamento, condenou algo que a prática política mundial considera absolutamente normal.
Afinal, para ele, o eleito pode “atuar em blocos” ou não?
Alguns dos atuais ministros já pertenciam ao STF quando, em 1997, foi votada a Emenda Constitucional nº 16, que estabeleceu a reeleição.
Qual foi seu comportamento quando a imprensa denunciou a compra de votos de parlamentares para aprová-la? Quando conversas de deputados a respeito de valores recebidos foram gravadas e publicadas?
No caso, não se precisava elucubrar sobre se, em determinada votação, o governo comprou determinado voto. Ficava claro quem estava sendo comprado, por quanto e por quê. O beneficiário era óbvio, tinha o “domínio do fato” e a identidade do operador era inequívoca.
Algum dos atuais ministros ficou indignado? Externou sua indignação? E os que integravam o Ministério Público Federal, se manifestaram?
Se o fizeram, não ficou registro. Pelo que parece, preferiram um cauteloso silêncio. O inverso da tonitruância de hoje.
E quando votaram pela ausência de provas contra Collor? Quando consideraram que ninguém pode ser punido sem prova cabal? Estavam errados e estão certos agora, quando dispensam essa formalidade?
O que explica contradições como essas?
De uma coisa podemos estar certos: não foi em resposta aos “anseios da sociedade” que mudaram na hora de julgar o “mensalão”, ficando, subitamente, ferozes. O País sempre desejou firmeza e rigor.
Talvez alguém afirmasse “Antes tarde do que nunca!”. Mas seria muito grave se fossem apenas manifestações de um dos piores defeitos de nosso sistema jurídico: a seletividade na administração da Justiça.
Como está em outro aforismo: “Aos amigos, tudo! Aos inimigos, a lei!”.

Carí$$ima Regina Duarte, valoroso Izaías Almada

Eu não estou com medo. Não estou com medo nenhum. E sabem por qual razão? Eu não sou amigo do José Dirceu nem do José Genoino, nem do Delúbio Soares - teria orgulho em ser -...Não sou amigo dos chefes de quadrilha...E aí, como é que fica?

Já pensaram se a polícia militar chega onde moro chutando a porta e gritando:

SEU JOEL LEÔNIDAS TEIXEIRA NETO VOCÊ PUBLICOU NO SEU BLOG QUE O JUDICIÁRIO É O MAIS CORRUPTO E CÍNICO DOS TRÊS PODERES, TEJA PRESO.

Respondo:

É verdade! O judiciário é o mais corrupto e cínico dos poderes. É o mais corrupto e cínico dos poderes, muito além do que alguém possa imaginar, faço questão de reafirmar.

Porradas, cacetadas, coturnadas &%$#(*&@...preso por desacato a autoridade. Trancafiado numa cela fétida, tendo como cama o chão e pedaços de dentes quebrados e sangue coagulado, como pão. Dor, fome, frio...

E como vou fazer para provar minha acusação? Não provo. Faço como o ínfimo - stf - fez, cabe ao réu provar sua inocência - mas se for petista não adianta, será condenado do mesmo jeito -. Portanto para mim o judiciário é o mais corrupto e cínico dos poderes, e não há como ele provar que não é.

Se eu pudesse escolher, José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares, Izaías Almada e gente desta estirpe seriam meus amigos. Mas, sabemos que não escolhemos nossos amigos. Amizade é colheita.

Porém, posso escolher meus adversários. E todos eles tem algumas características em comum. São ricos, famosos, togados, hipócritas, cínicos e ladrões. Meus adversários são chamados de empresários, celebridades, juízes.

Não generalizo. Apenas 99% dos grandes empreiteiros, dos banqueiros, das famílias midiáticas, dos juízes são meus adversários, os demais não conheço.

Eu não tenho medo por que não tenho propriedades para defender?...
Por que não tenho nada para perder?...
Eu não tenho medo porque não tenho medo e pronto.

E rezo todos os dias pedindo a Deus e o Diabo para darem coragem a tucademopiganalhadagolpista para tentar mesmo o golpe. Aí veremos quem pode mais, o cidadão ou a corja da casa grande.


Caríssima Regina Duarte, eu também estou com medo

[...] Com medo não, com um medão danado… E sabe por qual razão, dona Regina Duarte? Eu sou amigo do José Dirceu e do José Genoíno… Sou amigo dos chefes de quadrilha… E aí, como é que fica?

Já pensou se a Polícia Federal chega à minha casa e pergunta: Senhor Izaías Almada, o senhor disse aí num desses blogues sujos que o senhor é amigo do Dirceu e do Genoíno? E eu respondo: é verdade, além do que está escrito, não tenho como negar.

Como é que eu vou fazer para provar a minha inocência? E se a PF e o MP enviarem a investigação para o STF? Tô lascado… Eu deveria ter escolhido ser amigo do Duda Mendonça, seria bem mais interessante e eu não estaria com medo, pois ele foi absolvido e não tem nada a temer…

Embora eu tenha medo como a senhora, dona Regina Duarte (aliás, que maravilha de discurso na SIP, hein? Foi a senhora mesmo que o escreveu?), fiquei aqui pensando por qual motivo o STF condenou meus amigos e absolveu o Duda Mendonça… Não são todos da mesma laia? Não estão todos envolvidos com o tal "mensalão"?

Saiba que eu também estou um bocado chateado com o Zé Dirceu e o Zé Genoíno, pois sendo meus amigos e chefes de quadrilha, os dois botaram a mão numa grana danada e não me deram nem um centavo, nem para uma caipirinha? E não fica por aí não. Tenho alguns amigos em comum com os dois maiores corruptos do Brasil e fui perguntar a eles quantos eles tinham amealhado do servicinho dos quadrilheiros? Sabe quanto? Nada, dona Regina, nadinha… E eu fiquei pensando, grandes amigos esses, heim? Botam a mão na massa e depois se esquecem dos amigos. Devem ter ido gastar tudo lá na Europa, escondidinhos, se bobear com passaportes falsos.

Por tudo isso eu tenho medo. Sabe que fui preso da ditadura civil/militar de 64, dona Regina? Depois de ficar 25 meses vendo o sol nascer quadrado e de umas boas sessões de tortura, a Justiça, no caso o STM e não o STF, mandou me chamar em juízo e disse: "senhor Almada, o senhor vai ser solto hoje, mas é porque nós queremos, o seu advogado não tem nada com isso, ele não manda nada aqui.."

Entendeu a mensagem, dona Regina? Por isso eu tenho medo, exatamente como senhora. Pena que eu não tenha propriedades para defender…

Izaías Almada é escritor, dramaturgo e roteirista cinematográfico, É autor, entre outros, dos livros "Teatro de Arena, uma estética de resistência", da Boitempo Editorial e "Venezuela, povo e Forças Armadas", Editora Caros Amigos.

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Blog do Charles Bakalarczyk: "Mensalão" como julgamento sem fim: O julgamento que não terminará __________________

Na verdade, como o julgamento foi principalmente político, embora dentro de todos os parâmetros da legalidade constitucional, ele não terminará em breve. Vai continuar. E o principal erro que poderemos cometer será utilizar esta jurisprudência contra os adversários da revolução democrática em curso, desejando e propagando que eles devem ser condenados sem provas, com linchamentos prévios pela mídia. Aliás, isto é impossível, porque eles é que tem o domínio funcional dos fatos através da grande mídia.

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12 verdades sobre o chá verde


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Judiciário o mais corrupto e cínico dos 3 podres poderes

- Quais três poderes?

- O Poder Econômico - grandes empresários, banqueiros e agiotas -, o Poder Midiático - donos de rádios, tvs, grandes portais da net, revistas e jornais - e o Poder Judiciário - advogados, juízes, promotores, procuradores -.

O poder econômico rouba descaradamente.

O poder midiático rouba e mente descaradamente.

O poder judiciário rouba, mente e corrompe a ideia e o ideal de justiça cinicamente.

- Dê um exemplo concreto do que afirma sobre o judiciário.

- Agora. No momento o ínfimo -stf - atropelou mais de 900 processos para julgar(?) a Ação Penal 470 - vulgo "mensalão -. Definiu o calendário para condenar o "núcleo político" do "maior esquema de corrupção montado no país -, antes do primeiro turno da eleição. E, por coincidência o final do julgamente será dois dias antes do segundo turno da eleição.

- Que tem demais isso?

- Nada. É apenas coincidência. Mas, vamos lá:

Ainda tem quem não concorde que o judiciário é o mais corrupto e cínico dos poderes. É um direito que lhes assiste.
Ah, me lembrei de mais uma. Num é que ontem José Genoino e Delúbio Soares foram condenados pela justiça federal de Minas Gerais por falsidade ideológica?

- Quem tem a ver com o julgamento no Supremo?

- É que neste processo na justiça federal de Minas Gerais eles não tiveram direito ao foro privilegiado. E a acusação faz parte do mesmo "mensalão". Dá para respeitar um cinismo desse? Eu respeito não. Numa hora o judiciário obriga o cidadão a ter foro privilegiado, noutra hora ele não tem direito a foro privilegiado...

Amigo, no cabaré da Chiquinha tem mais ordem e ética que no judiciário do Brasil.