Há duas etapas na luta pelo meio-ambiente, explica Sérgio Margulis, assessor especial do Ministério do Meio Ambiente, e com uma longa carreira no Banco Mundial, em Washington.
A primeira é do ganha-ganha, o combate aos desperdícios, o desenvolvimento de novas formas de energia.
O Brasil está bem no retrato em agricultura, florestas e energia. Trata-se de um marco mundial, reconhecido no BM, onde Margulis trabalhou durante 22 anos em meio-ambiente.
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" O grande desafio é quando existe uma dicotomia para resolver, o impasse entre a produção de energia e alimentos e a preservação do meio ambiente."
Segundo ele, o problema do aquecimento global é exclusivo dos países pobres. Os riscos já detonaram seus recursos naturais e ficou fácil, para eles, trabalhar metas de redução dos danos a partir da base alta em que já se encontram.
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Já o Brasil é prisioneiro do dilema. Dos países minimamente industrializados, é o que tem a matriz energética mais limpa. Mas está chegando nos limites da produção de energia limpa.
Por outro lado, existe pelo menos 128 milhões de hectares de áreas aptas para a agricultura, sem desmatamento, localizadas especialmente no Cerrado, na Pré-Amazonia e na Mata Atlântica. Isso traz um potencial de expansão imensamente maior do que a agricultura dos EUA.
No outro extremo, tem-se um país com os piores índices de pobreza do mundo, embora correndo atrás do prejuízo: o governo conseguiu atingir, em 2009, as metas de pobreza previstas para 2015. E os indicadores demonstram que a renda está se desconcentrando.Leia mais »