Ela e um rato

- Bom dia. Sou o Galdino, departamento de zoonose, com quem estou falando?
- Bom dia. Seu Galdino, tem um rato aqui olhando prá mim.

- Com quem eu falo, por favor?
- Aqui é a Marilú Antunes e... Aiiii!, ele andou na minha direção. Socorro!
- Calma, dona Marilú, nós vamos resolver isto. A senhora pode me dizer onde está?
- Trepada em cima do tanque de lavar roupa, seu Geraldino...
- Galdino, dona Marilú. Preciso saber o endereço e mais informações.
- Ai, meu Deus! Pode falar, seu Galdino. Acho que o rato está meio tonto...
- A senhora botou veneno aí?
- Eu não, quem pôs foi o seu pessoal aí da Zoonoses quando veio aqui há pouco tempo...
- E como é o veneno, dona Marilú?
- Parece uma gelatina e era alaranjada, mas agora está preta. Será que perdeu a validade? Aiii!, o rato virou-se para o outro lado... O senhor sabe se rato sobe em tanque, seu Geraldino?
- Galdino, dona Marilú. Sobe não, fique calma. Ele comeu o veneno?
- Olhei lá no pratinho e ele quase acabou...
- A senhora pode descrever o rato que está à sua frente, dona Marilú?
- Descrever, seu Galdino? É um rato enorme, um monstro horrível e nojento... Ugh!
- Qual o tamanho?
- Enorme, seu Geraldino. O rabo então... aiii!, é horrível...

Dila nos socorra ds ataques ao Estatuto do Desarmamento


mpressiona como o Estatuto do Desarmamento é sistematicamente hostilizado no Congresso Nacional (ver matéria abaixo). Espero que Dilma reúna forças para preservar as restrições ao acesso às armas de fogo, apostando no avanço do processo civilizatório.
O conservadorismo, disfarçado na máxima segundo a qual “o cidadão de bem tem o direito de se defender”, aposta que a melhor  política de segurança publica é armar as pessoas. Miram no modelo norte-americano, na cultura do bang-bang, do belicismo, esquecendo que nem o Tio Sam suporta mais tantas armas e matança.
Mais armas, mais lucros. Essa é a lógica da indústria das armas de fogo.
Mais armas, mais violência. Essa é matemática que a cidadania tem de considerar.
Se queremos mais segurança, temos de cobrar do poder público, não estimular as pessoas a conservar um arsenal.
Segundo a ONU, 42% dos homicídios, em todo o mundo, são cometidos com armas de fogo. A OEA revela que, nas Américas, 75% dos homicídios, em 2010, foram cometidos desta maneira.
No Brasil, 70% dos homicídios são cometidos com armas de fogo. Tomados em apartado os homicídios dolosos, 88% foram cometidos com armas de fogo.

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José Dirceu: conheça o joguinho da mídia


Não é novidade, mas é sempre bom alertar e mostrar como a grande mídia age contra o governo. Temos um exemplo hoje na capa do Estadão: “Dilma cobra metas para viabilizar reeleição”.

Para começar, o que Dilma faz é o que vem fazendo desde o início do governo: cobrar e garantir que as ações e obras do governo estejam sendo realizadas. Ou seja, o que Dilma faz é governar.  

Mas não é só no título enviesado que o noticiário faz seu joguinho. Notem que certa imprensa promove uma campanha sem dó nem piedade contra atraso em obras do governo. Só faltam dizer que a Copa vai ser adiada.

Aí, o governo toma providências sobre essas e outras obras. E o que essa mídia faz? Acusa o governo de fazer pré-campanha visando 2014. Ou seja, é pura oposição política. Ou a imprensa diz que o governo não faz nada ou diz que só faz pensando em 2014. É muito descarado.

Outro exemplo é o reajuste no preço da gasolina. A mídia anuncia, mesmo sem nenhuma confirmação, que o governo vai aumentar o preço da gasolina. Não só anuncia como faz campanha aberta para que o aumento aconteça logo.

E o que acontece? Sob essa campanha da imprensa, o preço da gasolina sobre ilegalmente nas bombas. Aí a mídia critica o governo pela falta de fiscalização.

É por essas e outras que devemos sempre ficar atentos ao ler o noticiário, que era muito diferente nos tempos do governo tucano no Brasil. A grande mídia mais uma vez mostra explicitamente de que lado está.

O combate ao crime tem exigido uma ação firme e uma presença forte do governo federal nas regiões de fronteira”, afirma Dilma


No programa Café com a Presidenta desta segunda-feira (21), a presidenta Dilma Rousseff falou sobre o Plano Estratégico de Fronteiras e os bons resultados que tem alcançado na prevenção e na repressão ao crime organizado. Para ela, essa “é uma das grandes contribuições que o governo federal dá para a segurança pública no nosso país”.
“Mesmo sendo a área de segurança pública uma responsabilidade constitucional dos estados, o governo federal tem o dever de participar, na sua área de atuação, para a melhoria da segurança pública por meio de programas. Por exemplo: o programa de construção de presídios de segurança máxima, as ações de inteligência levadas a efeito pela Polícia Federal e pelas Forças Armadas, que permitem desmontar as quadrilhas que atuam no Brasil, e a proteção de nossas fronteiras”, acredita Dilma.
Segundo a presidenta, desde o início do plano, há um ano e meio, foram apreendidas 360 toneladas de drogas, 2,2 mil armas, 280 mil munições e 20 toneladas de explosivos. Além de terem sido desarticuladas 65 organizações criminosas, com a prisão de mais de 20 mil pessoas, o que indica, para Dilma, que as ações combinadas das Forças Armadas, como a Operação Ágata, e das Forças de Segurança, como a Operação Sentinela, estão funcionando bem.
“Se essas drogas não tivessem sido apreendidas, teriam sido levadas para as grandes cidades e também para o interior do nosso país, alimentando redes de tráfico de entorpecentes e o crime organizado. (…) Imagine que esse armamento poderia estar hoje nas mãos dos criminosos. É por isso, Luciano, que vamos continuar agindo com muita firmeza para proteger as nossas fronteiras e a população do nosso país”, completa.
Confira a íntegra

Depois dessa os Laguardianos cortam os pulsos


Ibope: PT é o partido 'mais querido'

O Instituto Ibope divulgou uma pesquisa neste domingo (20) onde o Partido dos Trabalhadores (PT) foi considerada a legenda “mais querida” dos brasileiros. Segundo levantamento publicado no jornal O Estado de São Paulo, o partido obteve 24% da preferência dos entrevistados pelo país. Atrás do partido do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma Rousseff está o PMDB, que obteve 6% dos votos. Em seguida, aparece o PSDB com 5%. 

Paulo Coelho: das 3 formas de amor...Eros


Em 1986, enquanto fazia o caminho de Santiago com Petrus, o meu guia, passamos pela cidade de Logroño enquanto se realizava um casamento. Pedimos dois copos de vinho, preparei um prato de canapés, e Petrus descobriu uma mesa onde pudéssemos sentar junto com outros convidados.

O casal de noivos cortou um imenso bolo.

- Eles devem se amar - pensei em voz alta.

- É claro que eles se amam - disse um senhor de terno escuro que estava sentado na mesa. Você já viu alguém casar por outro motivo?

Mas Petrus não deixou passar a pergunta:

- A que tipo de amor o senhor se refere: Eros, Philos ou Ágape?

O senhor olhou sem entender nada.

- Existem três palavras gregas para designar o amor - disse ele. - Hoje você está vendo a manifestação de Eros, aquele sentimento entre duas pessoas.

Os noivos sorriam para os flashes e recebiam cumprimentos.

- Parece que os dois se amam. Dentro de pouco tempo estarão lutando sozinhos pela vida, vão montar uma casa, e vão participar da mesma aventura: isto engrandece e torna digno o amor. Ele vai seguir sua carreira, ela deve saber cozinhar e será uma excelente dona-de-casa, porque foi educada desde criança para isto. Vai acompanhá-lo, terão filhos, e se conseguirem construir alguma coisa juntos, serão realmente felizes para sempre.

"De repente, entretanto, esta história pode acontecer de maneira inversa. Ele vai começar a sentir que não é livre o suficiente para manifestar todo o Eros, todo o amor que tem por outras mulheres. Ela pode começar a sentir que sacrificou uma carreira e uma vida brilhante para acompanhar o marido. Então, ao invés da criação conjunta, cada um irá sentir-se roubado em sua maneira de amar. Eros, o espírito que os une, irá começar a mostrar apenas seu lado mau. E aquilo que Deus havia destinado ao homem como seu mais nobre sentimento, passará a ser fonte de ódio e destruição".

Olhei em volta. Eros estava presente em vários casais. Mas eu podia sentir a presença de Eros Bom e Eros Mau, exatamente como Petrus havia descrito.

- Repare como é curioso - continuou meu guia. - Apesar de ser bom ou ser mau, a face de Eros nunca é a mesma em cada pessoa.

A banda começou a tocar uma valsa. As pessoas foram para um pequeno espaço de cimento em frente ao coreto para dançar. O álcool começava a subir e todos estavam mais suados e mais alegres. Notei uma menina vestida de azul, que deve ter esperado este casamento apenas para que chegasse o momento da valsa, porque queria dançar com alguém com quem sonhava estar abraçada desde que entrou na adolescência. Seus olhos seguiam os movimentos de um rapaz bem vestido, de terno claro, que estava numa roda de amigos. Eles conversavam alegremente, não haviam percebido que a valsa tinha começado, não notavam que a alguns metros de distância uma menina de azul olhava insistentemente para um deles.

Pensei nas cidades pequenas, nos casamentos sonhados desde a infância com o rapaz escolhido.

A menina de azul reparou meu olhar e saiu de perto. E como se todo o movimento estivesse combinado, foi a vez do rapaz procurá-la com os olhos. Ao descobrir que ela estava perto de outras garotas, voltou a conversar animadamente com os amigos.

Chamei a atenção de Petrus para os dois. Ele acompanhou durante algum tempo o jogo de olhares, e depois voltou ao seu copo de vinho.

- Agem como se fosse uma vergonha demonstrar que se amam - foi seu único comentário.

Outra menina olhava fixamente para nós dois: devia ter metade de nossa idade. Petrus levantou o copo de vinho, fez um brinde, a garota riu encabulada, e fez um gesto apontando para os pais, quase se desculpando por não chegar mais perto.

- Este é o lado belo do amor - disse. - O amor que desafia, o amor por dois estranhos mais velhos que vieram de longe, e amanhã já partiram por um caminho que ela também gostaria de percorrer. O amor que prefere a aventura.

Na próxima semana: Philos e Ágape 

A última frese sussurrada


Desde o início, quando todas as coisas criadas na superfície da Terra deixaram a escuridão através do "faça-se a Luz", e a Luz se acendeu pela vontade do Criador que orienta a fé de cada um, estava implícito que a concessão da vida seria passageira. Com o passar dos tempos, as criaturas aprenderam a se acostumar com a presença de seus entes queridos e aí, quando um dia o mesmo Criador chama de volta um filho querido para a Sua companhia, os que ficam são obrigados a atravessar a frágil ponte que conduz o ser passageiro à porta de entrada para a sua vida eterna. E essa decisão, às vezes apressada, do Onisciente, Onipresente e Onipotente, só é aceita com muitas tristezas, muitas lágrimas por ser inevitável.

"A vida é uma contínua coleção de mudanças e a correria de cada dia e desafios impossíveis de recusar nos levam, involuntariamente, a desconsiderar as fabulosas oportunidades que temos de explorar os seus profundos mistérios e a esquecer a simplicidade de ser feliz e fazer o outro se sentir feliz ao nosso lado. A importância de entender que todos nós temos algo de valor em nossos corações a partilhar nessa vida é o que faz a diferença na transformação de um dia no dia seguinte. A vida não faz promessas quanto ao que surgirá no seu caminho nem dá garantias daquilo que vamos ter, ela só dá tempo para escolher e arriscar. Ninguém conhece os mistérios da vida ou seu sentido maior, todavia, para aqueles que estão dispostos a acreditar em sonhos e em si mesmos, a vida é um dom precioso em que tudo é possível, mas é imperioso nunca esquecer e aceitar que ela é passageira..."