Menos perssuação

Acontece muito: Escrevo sobre monogamia e algumas pessoas acham que estou tentando convencê-las a abraçar o poliamor; escrevo sobre ateísmo e acham que estou tentando convencê-las a abdicar de seus deuses; etc etc.
Esse comentário é puro ego, um sintoma do narcissismo galopante do nosso tempo.
Nem tudo que alguém escreve, ainda mais se a pessoa nem te conhece, é sobre você, gira a sua volta, quer te convencer de alguma coisa. repita comigo:
Escrevo sobre estilos de vida alternativos não para convencer quem optou pela escolha da maioria (faz sentido tentar convencer alguém que deus não existe ou que a monogamia é castradora?) mas para mostrar às pessoas que já pensam como eu que a escolha da maioria é somente isso: uma escolha.
Que elas não precisam escolher o que todo mundo escolheu. que existem outras possibilidades, outros caminhos, outras opções.
Que elas não estão sozinhas. que não são as únicas que pensam como pensam. que não são loucas por rejeitar o caminho mais trilhado. que são livres. livres.
Se você está feliz com seus deuses e com sua monogamia e com as suas escolhas, então, eu fico sinceramente feliz por você. e te pergunto: por que veio se enfiar logo aqui, em plena conversa de uma pessoa insatisfeita com outras pessoas insatisfeitas? 
O assunto não é você. não é de você que estamos falando. não queremos te convencer de nada.
Fica em paz. e, se as suas escolhas algum dia começarem a te oprimir, você sabe onde estamos. sinta-se sempre livre para juntar-se a nós.
Se você é uma pessoa insatisfeita com as escolhas que nos foram impostas, dê uma olhada nos links abaixo:

Política - choque de realidade

Merval Pereira sofreu um. Por isso escreveu um texto puxão-de-orelha para turma do "todos contra o PT" - Serra, Aécio, FHC, Alckmin, Marina, Campos & Cia -. Confiram:

Na mesma semana em que o PT dá mais uma demonstração de unidade, reelegendo com larga margem o deputado Rui Falcão, candidato de Lula e Dilma, para sua presidência nacional, o PSDB repete comportamento autodestrutivo, exibindo suas divergências ao respeitável público a menos de um ano da eleição presidencial que pode ser a mais difícil para os petistas, mas que os tucanos teimam em facilitar para o adversário.
Não é que os petistas tenham escondido suas divergências, ao contrário. Há muito tempo o governo Dilma não era tão criticado pelas diversas correntes em que se divide o partido.
E houve até mesmo quem defendesse o fim da aliança com o PMDB, o maior trunfo que o governo Dilma tem no momento para tentar a reeleição. Os críticos, no entanto, a partir deste fim de semana, terão que se recolher à sua insignificância, pois a maioria se pronunciou.
O ex-governador José Serra, obcecado com uma candidatura à Presidência da República, que já tentou duas vezes sem sucesso, exibe a frustração pessoal de não poder tentar uma terceira vez, fazendo críticas públicas à legenda que ajudou a fundar.
Todos sabem, até mesmo Serra, que a maioria do PSDB considera que em 2014 a vez é do ex-governador mineiro Aécio Neves. Ao decidir permanecer no PSDB, em vez de se jogar em uma aventureira candidatura à presidência pelo PPS, tudo indicava que o ex-governador aceitara a realidade política que tem pela frente: encerrar sua carreira como deputado federal ou senador, mantendo o prestígio dentro do partido.
Ia tudo dentro do script combinado com as lideranças tucanas, entre elas, a maior de todas, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que já lhe dissera em particular o que declarou em recente entrevista: Serra tem que dar um tempo, a vez é de Aécio.
O próprio Aécio saiu em sua defesa, dizendo que ele tem todo o direito de sair pelo país fazendo palestras, e que sua imagem nacional só ajudaria o PSDB.
Mas, na última semana, a receita desandou. Em uma palestra para a juventude do PSDB, Serra simplesmente chutou o pau da barraca. Disse que o PSDB “tem necessidade de ser aceito pelo PT”.
E deu uma explicação psicológica adaptada às circunstâncias: “(...) o problema da Madame Bovary é querer ser aceita pelo outro lado. Ela vai à loucura, quebra a família e trai o marido com Deus e todo mundo para ser aceita. O PSDB tem um pouco do bovarismo”.
Serra tem até certa razão, e basta lembrar que nem ele nem Geraldo Alckmin usaram as conquistas do PSDB para se opor ao PT quando foram candidatos à Presidência, até mesmo escondendo o ex-presidente FH. Alckmin com aquele ridículo colete cheio de logos de empresas estatais é uma imagem inesquecível.
Mas, mesmo se a definição correta de bovarismo fosse a dada, a comparação não ficaria bem para ele. Afinal, quem foi que iniciou a campanha presidencial de 2010 querendo fazer-se passar por amigo de Lula, pensando em receber os votos petistas descontentes com a candidatura de Dilma?
Após usar o nome do ex-presidente em jingle na propaganda eleitoral (“Quando o Lula da Silva sair, é o Zé que eu quero lá”), sua campanha exibiu imagens em que Serra e Lula se abraçam.
Mas bovarismo, no sentido mais amplo que o psicólogo Jules de Gaultier deu em 1892, não é a tentativa de ser aceito pelo outro, ou pelo menos não é só isso. Na verdade, o bovarismo passou a designar fenômeno psíquico produzido pelo choque entre as aspirações de uma pessoa e a realidade que está acima de suas possibilidades.
É justamente o que ocorre hoje com Serra, político de inegáveis qualidades, que tem todo o direito de querer ser presidente, mas não aceita a realidade que o impede de atingir o objetivo.
O psiquiatra Joel Birman identifica na irritabilidade de Serra sintoma desse mal-estar provocado pela impossibilidade de realizar sonho que acalenta desde a juventude.

Os 500 maiores fundos globais do planeta recuperaram o volume de recursos anterior à crise de 2008

Papéis, papéis e mais papéis
A restauração em marcha

Os 500 maiores fundos globais do planeta recuperaram o volume de recursos anterior à crise de 2008; papéis de grandes corporações dos EUA acumulam um recorde de captação em 13 anos: US$ 910 bilhões. 

Na 5ª feira passada, em poucas horas, a Twiter inc valorizou-se em US$ 10 bilhões na Bolsa. 

Há uma restauração em marcha. E a proposta dos economistas de Aécio para 2014 é incluir o Brasil nela. 

De joelhos.

Conselho da Vovó Briguilina

Quando a mulher cansa não tem texto nem contexto
Não tem frases nem poesias
Não tem músicas nem declaração
Não tem presentes nem serenata que dê jeito.

Se tua mulher cansar...é melhor desistir de tentar reconquista-la e investir noutra relação.

Portanto...vê se não cansa a tua.

Aécio Neves e a blindagem midiática

por Luiz Carlos Azenha
O lançamento será nesta quarta-feira no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo.

Desvendando Minas, Descaminhos do projeto neoliberal é uma coletânea de 13 artigos sobre os governos Aécio Neves-Antonio Anastasia em Minas Gerais, um contínuo de quase 11 anos de poder marcado pelo que se convencionou chamar de “choque de gestão”.

Os organizadores são Gilson Reis e Pedro Otoni.

A ideia por tras do “choque de gestão” é que o Estado é perdulário, lento e incompetente para lidar com a maior parte de suas atribuições. Deve ser “enxuto, eficiente e gastar bem”, tirando o peso da carga tributária dos ombros dos empresários e soltando as amarras do espírito animal dos capitalistas. Estes, livres do peso do Estado, produzirão tanta riqueza que, eventualmente, haverá um efeito “trickle down” — de que tanto falava o ex-presidente Ronald Reagan. Ou seja, aquela riqueza acumulada no topo eventualmente irrigará toda a sociedade. Acompanhei de perto o governo Reagan, como correspondente nos Estados Unidos, a partir de 1985.

*Corrupção tucana - Quadrilha é acusada de cobrar para zerar dívidas de IPTU

Investigação aponta que suspeitos de fraude do ISS rebaixavam padrão de prédios de luxo para reduzir valor venal

A quadrilha acusada de desviar até R$ 500 milhões de ISS em São Paulo também é suspeita de receber propina para zerar dívidas milionárias de IPTU, omitir do cálculo do imposto acréscimos de área em reformas feitas por grandes empreendimentos, como supermercados e shoppings, e rebaixar a classificação de imóveis de luxo para diminuir o valor venal no ato da concessão do alvará de conclusão da obra. Os golpes aparecem em material apreendido pelo Ministério Público Estadual com o auditor fiscal Luís Alexandre Cardoso Magalhães, que aceitou delatar o esquema criminoso aos promotores, e com Vanessa Alcântara, sua ex-namorada. O grupo teria contado com a ajuda de ao menos um procurador do Município lotado na Secretaria de Finanças. Conversas gravadas pelo próprio Magalhães mostram o auditor dizendo a outros integrantes da quadrilha ter todas as certidões negativas de débito de empresas que conseguiram zerar o imposto. 


(Págs. 01 e Metrópole A13 e A14 do Estadão)

* O que os jornal esconde na manchete e nas notícias.

O que Eduardo Campos responderia

Fosse o presidenciável - dono do PSB - Eduardo Campos, entrevistado por Jó - um blogueiro sujo -.

Jó: Recordo que em Pernambuco você tem como aliado o PSDB. Após lançar extra oficialmente sua candidatura a presidência tem conversado com o caciques do partido - FHC, Alckmin, Serra e Aécio -, tendo em vista as denúncias da privataria tucana, o mensalão do PSDB, Alstom e agora o assalto ao ISS em São Paulo, que influência esses casos de corrupção terão no combate a corrupção?

Eduardo Campos: eu acho que nasce na sociedade um grande desejo de construção de um pacto que resgate novos valores para um novo ciclo político e econômico no Brasil. Se a gente for perceber, nos últimos 30 anos nós fizemos isso. A sociedade construiu um ciclo da redemocratização. [...] O Congresso não aprovou as eleições diretas, mas a gente foi pelo Congresso mesmo. E quebrou o regime autoritário. [...] Quem comandou esse ciclo foi o PMDB. Na sequência, o Brasil perdeu duas décadas pratricamente com inflação, instabilidade, falta de crédito lá fora, falta de visão estratégica. Aí veio uma nova onda de mobilização, que ocorre quando o primeiro presidente é eleito e é tirado, pelas razões que todos nós sabemos —o  impeachment do Collor, em 92. A juventude vai pra rua. E ali começa, com Itamar [Franco], o ciclo da estabilização econômica, bem seguido pelo presidente Fernando Henrique, que operou reformas que permitiram o terceiro ciclo, que foi conduzido pelo presidente Lula. [...] Então, nós tivemos esses três ciclos claramente puxados, a redemocratização pelo PMDB, o PSDB puxando o cliclo da estabilização econômica, e o PT o da inclusão social. E um não haveria sem o outro. Agora, nós percebemos que há um esgotamento dessa pactuação política. E é necessário um outro ciclo, onde a questão ética está no centro. A população nos paga 36% do PIB de tributo. Ninguém quer ver o tributo saindo pelo ralo como estamos assistindo aí essas fitas dos fiscais da prefeitura de São Paulo, coisas do gênero. Como vence isso? Não é só uma responsabilidade de quem está na máquina pública, não. É uma responsabilidade da sociedade como um tudo. Onde tem um corrompido há um corruptor. Alguém está corrompendo. Então, esse valor tem técnicas. Grandes empresas privadas tem auditoria, não tem? Por quê? Porque também tem no universo privado. Ou seja, a transparência é uma grande aliada, as ferramentas da tecnologia da informação são uma grande aliada do enfrentamento da corrupção, a premiação por êxito… Ora, quando a gente diz numa escola, nos fizemos em Pernambuco. Escolas integrais, que acho que a educação é um negócio estratégico, fundamental para você mudar esse país. Na hora que você, numa escola, define: se essa escola bater as metas no aprendizado dos alunos, o professor vai ter o 14º salário, podendo chegar até o 15º, a depender do resultado, o ambiente da escola muda logo. Ninguém quer ver aquele professor que não vai dar aula, ninguém quer mais aquela diretora que não faz circular os textos para debate mandados pelo nível central. Ou seja, temos que fazer inovação no serviço público, que vai permitindo reduzir a presença da corrupção. A corrupção está na humanidade. Mas acho que, hoje, com ferramentas de tecnologia da informação, transparência e um direito processual em casos de crime envolvendo dinheiro público muito mais célere do que tem hoje. Porque hoje, um bom advogado procrastina um processo por dez anos. Eu acho que a gente precisa rever algumas coisas do Judiciário no Brasil. Por exemplo: eu acho que a gente precisa discutir se é o caso no século 21 de termos ministros vitalícios. Nós podemos ter mandatos. Acho que o juiz precisa de estabilidade para cumprir seu papel, mas não necessariamente ministros vitalícios. Nós não podemos ficar com um Código Penal, quando envolve corrupção, com os mesmos trâmites de quando é uma questão que não envolve dinheiro público. Para a democracia é fundamental que o cidadão acredite que não cabe a ele resolver com as próprias mãos.”
O blogueiro tem certeza que Eduardo Campos quis dizer exatamente o seguinte: Sobre corrupção e o PSDB não tenho nada a declarar.