Um nome guardado

Os envolvidos no processo tem razões para "guardar" o nome - se houver -. Mas, o jornalista Jânio de Freitas não. Desmerece o profissional.

No dia em que for contada a história verdadeira dos fatos cuja versão predominante prestou-se ao chamado julgamento do mensalão, entre outros possíveis personagens novos estará ao menos um que, por si só, muda a configuração e a essência da história conhecida.
 
Duas observações urgentes aqui. 

A primeira é de que não me refiro a Lula, como o personagem de relevância especial.
 
A outra é a de que não conheço os fatos completos.

Texto que dedico ao Laguardia e demais da sua laia

A mansão do Genoino [ em destaque amarelo ]
Brecht, num de seus melhores momentos, falou que o pior analfabeto é o analfabeto político, que aqui vou tratar por AP, por razões de espaço e de facilidade.
O AP, como sublinhava Brecht, facilita a vida da direita predadora, da plutocracia empenhada apenas em acumular moedas. O AP é facilmente manipulado pelos poderosos.
No Brasil, como se fosse miolo de pão para pombos, a direita – pela sua voz, a mídia corporativa – arremessa ao AP denúncias de corrupção, quase sempre infladas ou simplesmente inventadas.
E o AP é assim manipulado como se estivesse com uma coleirinha. Veja, Globo e Folha são mestras na arte de manobrar o AP.
Penso nisso tudo ao ver o drama pelo qual passa José Genoino. Mal saído de uma cirurgia delicada no coração, Genoino foi preso por um capricho de Joaquim Barbosa, um heroi do AP.
A filha de Genoino, Miruna, numa entrevista ao blogueiro Eduardo Guimarães, fez um pedido singelo. Pediu aos brasileiros que não se deixassem contaminar pela trinca suprema da canalhice jornalística brasileira – Veja, Globo e Folha.
Miruna, 32 anos, é uma professora. Herdou do pai a simplicidade. É quase que o contrário de Verônica Serra, a multimilionária filha de Serra.
“Tudo que meu pai fez, desde que saiu do Ceará, foi lutar por justiça social”, disse Miruna.

Um déspota de toga não é menos ilegítimo que um golpista fardado


A  justiça que burla as próprias sentenças, mercadejando ações cuidadosamente dirigidas ao  desfrute da emissão conservadora, implode o alicerce da equidistância republicana que lhe confere o consentimento  legal e a distingue  dos linchamentos falangistas.

Joaquim Barbosa age na execução com a mesma destemperança  com que se conduziu na relatoria da Ação Penal  470.

A personalidade arestosa que se avoca uma autoridade irretorquível mancha a toga com a marca da soberba,  incompatível com o equilíbrio que se espera de uma suprema corte.

Desde o início desse processo é nítido o seu propósito de atropelar o rito, as provas e os autos, em sintonia escabrosa com a sofreguidão midiática.

Poliamor e filhos

Sempre que falo de poliamor e relacionamentos abertos, alguém pergunta:
Mas e os filhos? mas e se eu quiser constituir uma família?
Sinceramente, a escolha de ter ou não ter filhos e a escolha de viver ou não relações abertas e poliamorosas são duas esferas bem diferentes.
1. seus filhos não precisam saber
A decisão de viver relacionamentos abertos não influencia em nada os seus filhos porque, antes de tudo, quem disse que eles precisam saber qualquer coisa da sua vida amorosa e sexual?
Assim como os filhos em geral não sabem quando os pais transam um com o outro, eles também não precisam saber quando os pais vão transar com outras pessoas. ou, digamos, se os pais, na privacidade do seu quarto, praticam dominação e submissão e estão se chicoteando.
Assim como o papai e a mamãe muitas vezes saem com amigos, para passear, jantar ou viajar, também poderiam estar saindo com esses mesmos amigos para namorar ou transar e os filhos não teriam como saber e, aliás, não teriam nada a ver com isso.
Muitos e muitos casais vivem e viveram longas e frutíferas vidas poliamorosas, ao mesmo tempo em que criaram filhos, sempre cuidando tanto para suas relações amorosas e sexuais não interferissem na sua esfera familiar, mas também, e isso é muito importante, cuidando para que sua família não interferisse em suas relações amorosas e sexuais.
Afinal, papai e mamãe também precisam de privacidade para viver suas vidas de adultos sexuais
2. e daí se os seus filhos souberem?

Revanche torpe

Novo capítulo exibe cenas que reacendem o arbítrio em julgamento de viés político e ambições ocultas

Não tenho nada a ver com o peixe, não sou petista, nem simpatizante, não participo, nem nunca participei do governo dessa coligação  heterogênea, mas não posso calar diante do circo montado em pleno feriado nacional, tendo como protagonista um ministro do STF que só saiu do anonimato e chegou lá por que o ex-presidente Lula quis fazer um carinho político aos afro-descendentes. E que agora cismou de ser a alternativa dos órfãos da ditadura e do império decadente. 

Não posso calar por que toda a espetaculosidade dessas prisões só serve para induzir à cidadania mal informada à idéia de que finalmente os corruptos estão indo para a cadeia, justo na hora em que certos desvios de conduta transpõem à fronteira, como no caso dos trens e metrôs de São Paulo, onde um dos envolvidos foi condenado na Suíça, embora aqui permaneça impune, em meio a queixas de que todos os pilares da Justiça brasileira, inclusive o Ministério Público, foram lentos e indolentes diante dessa roubalheira que atravessou três governos tucanos e somou mais do que bilhões.
Tudo nesse julgamento do Supremo cheira mal, independente do verniz que o escândalo ganhou já na fase de sua CPI, quando se calculava que seria bastante para levar Lula à renúncia ou tornar inviável sua reeleição.
Não posso deixar essa maquinação passar em branco por que cada um dos seus capítulos parece urdido sob as piores intenções e movido pelos ranços mais odientos de onde o jogo de cena produzido em laboratórios de alto teor conspirativo.

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Revoltante - Rafael Patto

Joaquim Barbosa é um sádico, tarado, pervertido, depravado. Que prazer doentio é esse que ele sente em espezinhar as pessoas?

Não basta impor penas injustas, é preciso torturar. (Torturar, talvez, até a morte).

Dirceu e Genoíno foram condenados sem que qualquer prova houvesse contra eles. Um casuísmo absolutamente inédito na história do processo penal no Brasil.

Foram condenados a regime semi-aberto. A permanência deles numa penitenciária em regime fechado É UMA ILEGALIDADE!!! Mais uma, depois de tantas que foram cometidas ao longo de todo esse julgamento de exceção.

Genoíno está com sua saúde muito fragilizada e ainda se recupera de recente cirurgia numa artéria do coração.

Condenar sem provas foi um absurdo. Executar as sentenças para cumprimento de penas, antes do trânsito em julgado de todo o processo, é outro absurdo. Forçar a barra para que réus submetidos ao regime semi-aberto - e que, portanto, poderiam se apresentar próximo de suas casas para cumprir ali a rotina de suas penas - fossem transportados em avião da Polícia Federal para Brasília foi mais um absurdo. (Mas sem o qual o espetáculo midiático perderia muito da sua "graça"...) E, finalmente, mantê-los presos, de maneira totalmente ilegal e arbitrária, em regime fechado é o mais recente absurdo desse serial de horrores que está sendo cometido pelo Supremo Tribunal Federal, espetacularizado pela imprensa e sorvido por seu "respeitável público" anestesiado e idiotizado.

Mentirão e a previsão de Luis Fernando Verissimo

...quando exumarem esse processo do mensalão daqui a alguns anos, como agora fazem com os restos mortais do Jango Goulart, descobrirão traços de veneno, injustiças e descalabros que hoje não dão na vista ou são ignorados. O que só desgravará alguns dos condenados quando não adiantar mais nada.