Você é competitivo?

Competimos para buscar o melhor emprego e, depois que conseguimos, o novo objetivo é conquistar reconhecimento e uma possível promoção. Disputamos uma vaga na universidade com milhares de outros estudantes. Queremos ser o campeão do jogo de tabuleiro e torcemos para nosso time do coração golear na partida de domingo. Competitividade é, sim, uma palavra que assusta boa parte das pessoas, mas pode ser extremamente saudável. "Antes mesmo de nascermos, os espermatozoides disputaram o óvulo da mãe para apenas um vencer", brinca Liamar Fernandes, Master Coach licenciada pela Sociedade Brasileira de Coaching.

A competitividade pode ser encarada como algo positivo.
A pessoas assim têm foco para alcançar seus desejos

Competir é um comportamento herdado evolutivamente – desta forma, os mais competitivos conseguiam sobreviver e ter vantagens sobre grupos. José Roberto Marques, Master Coach Senior e presidente do Instituto Brasileiro de Coaching, afirma que na maioria das vezes ser competitivo é útil, porque quem tem essa característica costuma ser mais produtivo. "Geralmente são pessoas positivas, focadas e com a força interna muito grande para estarem nos primeiros lugares". E quando se mostra uma alta performance, é normal que se tenha cargos maiores.

Competitivos x Competidores

O especialista reforça, no entanto, que existe uma grande diferença entre os competitivos e os competidores (também chamados de competitivos extremos ou doentios). As empresas querem os profissionais que fazem parte da primeira categoria, não da segunda, "porque são altamente motivados, engajados, pacientes, persistentes, realistas, mais sensíveis e resilientes, não difamam, ficam felizes com as conquistas alheias e têm autoconfiança", enumera Marques.

Não são apenas vendedores e analistas de marketing que se encaixam neste perfil, mas também atletas. "Esportes exigem tensão para que a atividade se mantenha ativa e o praticante se sinta estimulado a ter o melhor desempenho possível. Ele se prepara física e mentalmente, mas é fundamental ter flexibilidade para superar a derrota, avaliar onde errou e transformá-la em motivação. Não pode ficar paralisado – isso, na realidade, se aplica a todos", diz Fabiano Fonseca da Silva, professor de Psicologia no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

É importante tomar cuidado com a ganância%3A será que vale tudo para alcançar seus objetivos%3F
Já os competidores podem ser considerados egoístas, narcisistas, individualistas, solitários, tensos nas relações e, ao mesmo tempo, inseguros. Não admitem o fracasso e são capazes de apelar para recursos antiéticos. "O problema é querer ganhar a qualquer custo. Quando se pensa em alcançar o topo, e não na experiência adquirida ao longo da trajetória, perde-se o sentido. Por isso é comum o recém-líder sentir um vazio logo depois que consegue o que almejava, afinal, seu único fim era competir", explica Ana Bock, professora de Psicologia Social e Educação da PUC-SP.

De acordo com a psicóloga, essa forma de competição é uma questão cultural constituída na sociedade capitalista, que precisa da concorrência. "Foi implementada pelo sistema e incorporada como valor, cuja proposta é aliar-se ao outro quando útil e combatê-lo quando for necessário tomar seu lugar", diz. Muitos veem o concorrente como um adversário a ser massacrado, mas não se dão conta de que tudo é possível justamente porque ele existe. Porém, pode acontecer de o sujeito roubar ideias ou puxar o tapete em situações de pressão – como é comum vermos em reality shows como o "Big Brother" ou em companhias onde a demissão em massa é uma realidade, porque o objetivo é apenas salvar a própria pele.

Ética e moral

A coach Liamar Fernandes recomenda dois pontos de reflexão para evitar se tornar um competidor: "qual é minha missão de vida?" e "quais são meus valores?" Algumas pessoas simplesmente enxergam o poder como status e gostam de estar em evidência de qualquer jeito, enquanto outras desenvolvem princípios fincados em contribuição social. "Não podemos falar que um está errado e o outro, certo. Mas esses competidores extremos vão encontrar problemas e serão considerados invasivos e desagradáveis". Marques concorda. "Com o tempo, o sistema exclui. Quem quer um líder arrogante, insensível e que não sabe ouvir?"

Na escola ou até mesmo depois de adultos, na faculdade ou em cursos de pós-graduação, não é raro ver aqueles alunos com a necessidade de tirar 10 em todos os exames – e que sofrem copiosamente ao se depararem com um 7,5. "Tem mesmo que ser o melhor? De quem é essa exigência? Pondere o que o faz feliz ou não", recomenda.

Fora do âmbito profissional, também não é saudável competir com amigos, irmãos, cônjuge ou filhos – seja para ver quem tem o emprego mais bem remunerado, a casa mais bonita, o carro do ano ou pela ânsia de ser mais jovem ou o filho mais amado. Neste caso, a angústia e a frustração por essa busca infindável – provavelmente fruto da imaginação e da baixa autoestima – são garantidas.

Ontem x hoje

Para bons resultados, é preciso, sim, ser competitivo, mas do tipo motivador. Eline Kullock, consultora de carreiras especialista em RH e Geração Y, traz uma curiosidade: os nascidos após a década de 1980 até meados de 1990 aprenderam a colaborar. "É uma cultura que cresceu com a internet e compreende a importância de compartilhar e cooperar. As legendas de palestras no Youtube e o conteúdo da Wikipedia são produzidos sem retorno financeiro nenhum, assim como as dicas no Foursquare, no Trip Advisor e em vários aplicativos e sites de viagem".

Como consequência, trabalham melhor em grupo. Quanto mais pessoas pensando, mais alternativas e menos medo de errar. "Os jovens estão acostumados com o videogame, em que o jogador precisa cometer algum equívoco para aprender com ele e, assim, completar a fase. Em outras gerações, enganar-se era quase o fim do mundo", conclui Eline. Não mais.
Por Larissa Drumond

Lula em cena, por Ruy Fabiano

Um dos temas da semana foi a reaparição de Lula no centro do poder – do qual, diga-se, jamais se afastou. Mas o simples fato de se ter exibido sem qualquer discrição, participando de reunião no Palácio da Alvorada com a presidente Dilma e alguns ministros, mostra que fazia questão de ser visto, no papel que exerce desde que transmitiu a faixa presidencial: o de tutor da presidente.
Não foi uma reunião qualquer. Durou cinco horas e, ao final, anunciou-se a troca de guarda na Casa Civil: saiu a senadora Gleisi Hoffmann, entrou o senador Aloizio Mercadante.
A saída de Gleisi estava prevista, já que deve se candidatar ao governo do Paraná. Mas a nomeação de Mercadante, que jamais se incluiu entre os favoritos de Dilma, é sinal de que Lula quer dar cunho mais político que administrativo à Casa Civil e quer se fazer mais presente na antessala da presidente.
Mercadante, assim como Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, é de seu staff pessoal. Com eles, Lula está agora no Palácio. A presença no encontro de Franklin Martins, que dá expediente no Instituto Lula, é outro sinal de que o presidente prepara-se para assumir papel mais ativo no governo, nesse período. É o PT no efetivo comando.
As relações do partido com Dilma sempre foram meio esquizofrênicas. Dilma não é petista histórica. Sua carreira na administração pública começa no Rio Grande do Sul, pelas mãos de Leonel Brizola, que a filiou ao PDT. Seu ingresso no PT deu-se posteriormente, pelas mãos de Lula.
É uma história conhecida, no relato de Lula, que disse ter se impressionado quando a conheceu, admirando seu jeito afirmativo. Trouxe-a para seu governo, deu-lhe o importante cargo de ministra de Minas e Energia e, depois, na crise do Mensalão, que fulminou a carreira de José Dirceu, colocou-a na chefia da Casa Civil.
De lá, à revelia do partido, tornou-a candidata à sua sucessão. Dilma chegou ao Planalto pela vontade pessoal de Lula – e contra a do PT. No auge de sua popularidade, Lula dizia, nos palanques e no horário eleitoral, que, na cédula eleitoral, “onde se lê Dilma, leia-se Lula”. Deu certo, mas

Com vocês, um analfabyte

Às vezes, acho que sou o único no mundo a não usar celular, a não ter página no facebook, a não acessar blogs e a nunca ter enviado ou recebido uma mensagem por Twitter, o que não me impede de eventualmente aparecer nessas redes dando opinião, recomendando produtos, ditando regras, dizendo coisas aceitáveis e até bobagens que muita gente curtiu.
Já tuitei, por exemplo, o elogio rasgado a um artista que admiro, tudo bem. Mas, e se eu tivesse falado mal dele? Pior foi a descoberta, que já contei aqui, da existência do que chamei de meu “fakebook”. Depois de não sei quanto tempo e de algum sucesso junto a inúmeros e desprevenidos seguidores, soube da fraude, reclamei e a página foi retirada do ar.
E se um amigo não tivesse me avisado? Como adivinhar o que é falso em meio a informações corretas e outras que poderiam ser? Censura, nem pensar. Mas não haverá um filtro para impedir esses e outros contos do vigário virtuais? É um dos problemas que a internet ainda não resolveu e que tira dela a credibilidade.
No entanto, não é por isso que sou um analfabyte, é por incompetência mesmo, o que me deixa “desconectado”, isto é, isolado de um mundo em que as pessoas cada vez mais passam horas diante dessas redes sociais vendo a vida passar. Foi-se o tempo do contato direto, do boca a boca, do olho no olho. É como se toda comunicação hoje tivesse que ser mediada por uma tecnologia: internet, TV, rádio.
Por isso, e porque não aguento mais o desprezo por não saber lidar com as novas ferramentas, estava decidido a me atualizar e entrar para o facebook. Mas aí li que uma pesquisa da Universidade de Princeton chegou à conclusão de que essa rede está em declínio e perderá 80% de seus usuários até 2017. O mais curioso é que o estudo usa o “modelo epidemiológico”, ou seja, trata o hábito ou mania como uma infecção, que se adquire por contágio, pelo contato com outras pessoas. Ou seja, como uma doença.
Eu já desconfiava, pelo menos nos casos crônicos, mas não disse nada com medo de que o doente fosse eu.
Duas cenas chamaram a atenção no acidente com o trem que descarrilou no Rio na quinta-feira. A primeira foi a foto do secretário estadual de Transportes às gargalhadas, enquanto as pessoas, num sol de 50 graus, caminhavam desesperadas pelos trilhos em busca de condução alternativa. De que será que ele ria tanto?
A outra foi a declaração do presidente da SuperVia elogiando a “rapidez” com que o tráfego foi restabelecido: “Nosso pessoal está de parabéns.” Ele se referia ao fato de que os trens voltaram a circular 13 horas depois. Será que estava falando sério ou era para rir também?

Aniversário de São Paulo

...me encantei com essa cidade cheia de mistérios encantos
...e ver todos os povos do mundo, junto e em um único lugar
...e principalmente aquela multidão de Nordestinos no Centro de são paulo
...o bairro da Liberdade com Japoneses pra todo lado
...coisa inédita para mim que sai do rio grande do sul
...e fiquei apaixonada por essa Cidade 
...e a magia da avenida são João com a Ipiranga
...tomara o nosso Prefeito Haddad consiga resgatar a alma dessa cidade que sempre foi tão acolhedora com todos que aqui fazem sua morada! 

30 anos das Diretas Já



Nós precisamos aprender a valorizar a democracia",

O orgulho e o encanto de ter minha vida e minha história misturadas com a de nossa São Paulo

Publicado em 25 de janeiro de 2013
Recordo-me como se fosse hoje meu 1º dia em São Paulo. Com 14 anos peguei uma carona e vim viver na cidade grande, nesta São Paulo capital de todos os brasileiros. Da minha pequena Passa-Quatro na fronteira dos mineiros com os paulistas, e onde lutamos em 1930 e 1932, para a maior cidade do Brasil. Eram tempos de sonhos e esperanças. Fui estudar no Colégio Paulistano da Rua Taguá, no bairro da Liberdade e trabalhar de office-boy na  praça da República.

Assim começou minha relação de amor e desamor com a pauliceia desvairada. Aqui aprendi a disciplina do trabalho e o profissionalismo, mas vi que muitas vezes o mérito era preterido em favor da origem social ou do poder. Vivendo em pensões, ganhando salário mínimo, muitas vezes sem dinheiro para qualquer diversão ou lazer, caminhava feliz pela cidade, que me atraía e eu admirava.
Aqui vi o presidente Jânio Quadros renunciar à Presidência da República em 25 de agosto de 1961, sete meses após havê-la assumido. E aqui vi o golpe militar de 1964. Aqui terminei o curso científico, fiz vestibular e estudei direito na PUC. Como a Justiça e o Direito só existiam nas salas de aula, comecei minha luta contra a ditadura.
Aqui comecei e sustentei minha luta contra a ditadura.
Fui preso e daqui saí em 1968 para o Forte Itaipu – depois São Vicente – do Exército. Voltei em seguida para São Paulo, para Osasco, para finalmente ser trocado pelo embaixador americano sequestrado Charles Burk Elbrick e sair do Brasil via Galeão, quando, em mais um dos seus tantos atos de exceção, a ditadura me baniu de meu país e cassou minha nacionalidade.
Vivi aqueles anos com paixão e alegria, sentindo-me privilegiado. Participei da  revolução cultural e política que começou aqui em São Paulo e foi violentamente abortada pela ditadura. Voltei, ainda em 1971, para minha São Paulo. Aqui vivi clandestino. Sai do país em 1972 para retornar, de novo clandestino, em 1974, quando vivi no Paraná, novamente na clandestinidade até 1979. Eu tinha uma alfaiataria, uma loja e uma fabrica de confecções e voltava todo mês a São Paulo para fazer compras.
A cada volta… a mesma alegria de 1961, da chegada… A cidade, que eu amava escondido, continuava a me fascinar. Depois da anistia em 1979 voltei a viver aqui, a trabalhar e a estudar. Terminei meu curso de Direito, tornei-me advogado, elegi-me deputado estadual, depois federal, fui candidato a governador em 1994 e só deixei a cidade para ser ministro do governo Lula.
A cidade deflagrou as Diretas Já e aqui o PT nasceu
Foram São Paulo e seu povo que deram início às Diretas Já – a maior campanha cívica popular da história do país – e foi aqui que o PT nasceu. Nestes últimos oito duros anos de injustiças vivi em Vinhedo, mas trabalhei aqui. A cidade continua a mesma, fascinante, desigual, acolhedora, violenta, sujeita à vontade dos que nela habitam. Mas continua fascinante e com as mesmas força, garra e esperança dos milhões de brasileiros e brasileiras, de homens e mulheres de todos continentes que aqui lutam e sonham por uma vida digna e feliz.
Não fui nem fiz diferente. Hoje, quando a nossa São Paulo comemora 459 anos, desejo boa sorte ao nosso prefeito, Fernando Haddad, o 3º que o PT elege, e que também faz aniversário com a cidade, neste 25 de janeiro. Muita paz e saúde prefeito Haddad, para o senhor e para todos os paulistanos. Agora praticamente chegou a hora, está muito perto (2014) de passarmos a governar não só a maior cidade do Brasil mas, também, o maior Estado, São Paulo.

Dirceu, Diretas Já e São Paulo

No ano passado, em 25 de janeiro, o ex-ministro José Dirceu escreveu no blog dele algumas lembranças de sua trajetória na cidade de São Paulo. Foi uma forma de homenagem ao município, no qual construiu boa parte de sua jornada política e também pessoal.
Hoje, neste 25 de janeiro, certamente Dirceu teria mais um depoimento a dar. O 460º aniversário da cidade é ainda mais representativo para ele por causa dos 30 anos do comício em São Paulo que deflagrou a campanha das Diretas Já.
Dirceu foi um dos principais articuladores, em 1983 e 1984, da coordenação da campanha das Diretas Já no PT. (Clique aqui para ler mais sobre as Diretas Já)
Dentre tantos capítulos importantes que ajudou a escrever na história do país nestas últimas décadas, temos certeza de que Dirceu se lembra com orgulho desta.
Como Dirceu ainda não recebeu autorização para escrever – ele vem sendo mantido ilegalmente em condições de regime fechado, embora tenha sido condenado, também injustamente, ao regime semiaberto –, repetimos abaixo o post publicado no ano passado.
A equipe deste blog aproveita para felicitar todos os paulistanos e moradores da cidade pelos 460 anos da cidade.
O orgulho e o encanto de ter minha vida e minha história misturadas com a de nossa São Paulo
Publicado em 25 de janeiro de 2013
Recordo-me como se fosse hoje meu 1º dia em São Paulo. Com 14 anos peguei uma carona e vim viver na cidade grande, nesta São Paulo capital de todos os brasileiros. Da minha pequena Passa-Quatro na fronteira dos mineiros com os paulistas, e onde lutamos em 1930 e 1932, para a maior cidade do Brasil. Eram tempos de sonhos e esperanças. Fui estudar no Colégio Paulistano da Rua Taguá, no bairro da Liberdade e trabalhar de office-boy na  praça da República.

Assim começou minha relação de amor e desamor com a pauliceia desvairada. Aqui aprendi a disciplina do trabalho e o profissionalismo, mas vi que muitas vezes o mérito era preterido em favor da origem social ou do poder. Vivendo em pensões, ganhando salário mínimo, muitas vezes sem dinheiro para qualquer diversão ou lazer, caminhava feliz pela cidade, que me atraía e eu admirava.
Aqui vi o presidente Jânio Quadros renunciar à Presidência da República em 25 de agosto de 1961, sete meses após havê-la assumido. E aqui vi o golpe militar de 1964. Aqui terminei o curso científico, fiz vestibular e estudei direito na PUC. Como a Justiça e o Direito só existiam nas salas de aula, comecei minha luta contra a ditadura.
Aqui comecei e sustentei minha luta contra a ditadura.
Fui preso e daqui saí em 1968 para o Forte Itaipu – depois São Vicente – do Exército. Voltei em seguida para São Paulo, para Osasco, para finalmente ser trocado pelo embaixador americano sequestrado Charles Burk Elbrick e sair do Brasil via Galeão, quando, em mais um dos seus tantos atos de exceção, a ditadura me baniu de meu país e cassou minha nacionalidade.
Vivi aqueles anos com paixão e alegria, sentindo-me privilegiado. Participei da  revolução cultural e política que começou aqui em São Paulo e foi violentamente abortada pela ditadura. Voltei, ainda em 1971, para minha São Paulo. Aqui vivi clandestino. Sai do país em 1972 para retornar, de novo clandestino, em 1974, quando vivi no Paraná, novamente na clandestinidade até 1979. Eu tinha uma alfaiataria, uma loja e uma fabrica de confecções e voltava todo mês a São Paulo para fazer compras.
A cada volta… a mesma alegria de 1961, da chegada… A cidade, que eu amava escondido, continuava a me fascinar. Depois da anistia em 1979 voltei a viver aqui, a trabalhar e a estudar. Terminei meu curso de Direito, tornei-me advogado, elegi-me deputado estadual, depois federal, fui candidato a governador em 1994 e só deixei a cidade para ser ministro do governo Lula.
A cidade deflagrou as Diretas Já e aqui o PT nasceu
Foram São Paulo e seu povo que deram início às Diretas Já – a maior campanha cívica popular da história do país – e foi aqui que o PT nasceu. Nestes últimos oito duros anos de injustiças vivi em Vinhedo, mas trabalhei aqui. A cidade continua a mesma, fascinante, desigual, acolhedora, violenta, sujeita à vontade dos que nela habitam. Mas continua fascinante e com as mesmas força, garra e esperança dos milhões de brasileiros e brasileiras, de homens e mulheres de todos continentes que aqui lutam e sonham por uma vida digna e feliz.
Não fui nem fiz diferente. Hoje, quando a nossa São Paulo comemora 459 anos, desejo boa sorte ao nosso prefeito, Fernando Haddad, o 3º que o PT elege, e que também faz aniversário com a cidade, neste 25 de janeiro. Muita paz e saúde prefeito Haddad, para o senhor e para todos os paulistanos. Agora praticamente chegou a hora, está muito perto (2014) de passarmos a governar não só a maior cidade do Brasil mas, também, o maior Estado, São Paulo.