Fernando Brito - escrito para sua filha

Escrito sobre a caneta

Disse a você que cabia um mundo dentro de qualquer pequena coisa, um simples objeto do dia-a-dia.
A caneta estava à mão e – que malandragem a minha! – a escolhi como tema.
Caneta é fácil!
Inda se fosse um prego, uma tampa de lata, um pedaço de biscoito, talvez precisasse ser poeta. Mas  caneta?
Caneta cabe um infinito dentro!
Mas a se a caneta é fácil, não é óbvia.
Não é uma caneta e pronto!
Um pedaço de plástico, com um canudo também de plástico por dentro, cheio de tinta, com uma ponta roliça – feita daquele palavrão, tungstênio – e uma tampa, é claro, pra tampar.
Não, isso seria fazer pouco caso da caneta, como quem olha uma pessoa e diz:  olha, lá estão cabeça, tronco e membros!
Caneta tem jeitos, intimidades, profundezas.
Está vendo esta da qual falamos?
Aparentemente transparente?  Pois ali dentro estão terras e mares, pessoas e bichos, amores, ódios, tristezas e sorrisos, como numa Arca de Noé onde sobrevivem à nossa falta de tempo.
Estão ali apertados, presos, olhando invisíveis, como que nos pedindo para que os libertemos, para voltar a ser m-a-r, a ser g-a-t-o, a ser c-ã-o, a serem os nomes que se confundem com eles próprios.
Veja aquela coluna azul, esta atmosfera de tinta onde estão estes viventes dos três reinos (quem disse que pedra e água não vivem?) .
Para que eles sobrevivam, a caneta deve ser azul como um céu carregado de ar profundo.
Caneta que não é azul, é arremedo de caneta. Perde a vida profusa que toda ela deve conter.
Caneta preta? Cor de máquina, de computador, de letra de forma pré-moldada, de documentos e jornais, de verdades absolutas que não querem resposta, contestação. Preto é letra de forma, certa demais.
Vermelho é o contrário, cor de coisa errada, de nota baixa, condenação de nosso próprio escrito.
Roxo? Verde? Funéreo, um e plácido o outro, ambos demais. Já imaginou uma declaração de amor, um carinho, em roxo? Uma saudade, um adeus, em verde claro?
Azul, tem de ser azul a minha caneta, azul profundo e discreto, para que quem brilhe e chame a atenção seja a palavra escrita.
Além da cor, é importante para a boa expressão o estado da tinta. Como ensinam os professores de física, todo líquido toma a forma  daquilo que o contém.
E o que contém a tinta deitada sobre o papel é a palavra, se amoldando, líquida, ao que se quer dizer, sem faltar pedaços ou se derramar pelas bordas, deitada ou de pé conforme o talho do escrevinhador.
Além do estado físico adequado, deve a tinta gozar de bom estado de nervos.
Fria e esquecida nas gavetas, ela resseca; quente demais, tem o mau hábito de estourar, de preferência no bolso das camisas novas, de vez que canetas devem ser conduzidas sempre perto do coração.
Agora tratemos das vantagens da caneta sobre o lápis na escrita, na qual reina absoluta, deixando ao seu primo o império dos desenhos.
A tinta é indelével, como diziam as embalagens engraçadas dos tinteiros de antigamente, enquanto o grafite se apaga com a borracha.
De um lado, isso condena o arrependimento e o erro com a punição do rabisco evidente, envergonhante.
De outro, dá-nos a sensação de eternidade: risco na pedra, entalhe na árvore, destinados a sobreviver ao escritor e seus sentimentos.
Todos nós queremos ser vistos, queremos ser lembrados. Quem não quer uma máquina fotográfica, uma filmadora? E como, por nascimento ou idade, uma certa hora acabamos sendo mais bonitos por dentro que por fora, a caneta acaba nos dando os melhores retratos, os mais expressivos, os mais verdadeiros.
Canetas têm múltiplas utilidades. Além de escrever, servem para tirar cera do ouvido, emprestam suas tampinhas para esgravatar a sujeira das unhas e transmudam-se em zarabatanas para os moleques atirarem bolinhas de papel na nuca dos professores. Mas, além disso, já foram – ainda são – tantas outras coisas…
Já foram espadas, flechas de Cupido, cetros de reis sábios, chicotes de tiranos, serviram de grades de prisão, alfanjes no pescoço dos condenados, chaves para algemas de presos, tanta coisa…
São objetos poderosíssimos que, com um ajuste ali, outro aqui, vêm desafiando os séculos.
Dizem até que são encantadas, varinhas de condão detentoras do poder misterioso de materializar os nossos sonhos.
Termino aqui esta minha ode à caneta, que escrevi com uma delas, no ônibus, e passo a limpo no computador.  Corrijo, assim, discretamente, as vacilações da mente e a insegurança da mão humanas.
É que a caneta, ela sim, é uma máquina perfeita, delicada demais para um bruto como eu.

Política - a força do canalhismo

Em entrevista ao Wall Street Journal, o Blablarino solta a franga
Promete entregar o BC - Banco Central - a banca, e transformar a Petrobras em Petrobrax
Em entrevista à publicação norte-americana, pré-candidato à Presidência defendeu “revisão” da Petrobras e “Banco Central independente” 

O pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, deu uma entrevista ao periódico norte-americano The Wall Street Journal nesta segunda-feira 21 em que apresentou uma nova faceta quanto a políticas econômicas. De acordo com a publicação, o ex-governador de Pernambuco “está adotando propostas pró-mercado na tentativa de derrubar a atual presidente Dilma Rousseff nas eleições presidenciais de outubro”.

Entre os pontos defendidos por Campos está uma “revisão” da Petrobras. Apesar de não falar em privatização, o pré-candidato disse que a estatal “deve ter uma gestão profissional”. “(A Petrobras) precisa ser protegida de qualquer tipo de influência política”, afirmou Campos sobre a medida do governo federal de forçar a estatal a vender diesel e gasolina a preços abaixo do mercado para ajudar no controle da inflação.

O jornal norte-americano ainda destacou as propostas de Campos para o Banco Central. Isso porque, à publicação, ele se mostrou “inclinado” a apoiar um Banco Central independente “para ajudar a aumentar a confiança na maior economia da América Latina”. Na opinião do pessebista, a medida encorajaria “os investidores e ajudar o Brasil a retomada do crescimento rápido”. Atualmente o BC tem autonomia operacional, mas está vinculado ao Ministério da Fazenda.

O jornal ainda apresentou o ex-ministro do governo Lula como “um economista pouco conhecido fora de sua casa, na região Nordeste do Brasil”. “Ele alugou um apartamento em São Paulo e está a gastar um tempo considerável no Sudeste para construir o reconhecimento do seu nome”, diz o texto.

O Wall Street Journal destacou, enfim, que Eduardo Campos se apoia na “economia estagnada” e no “desejo” da população de mudança para tentar vencer as eleições. “No ano passado, milhões de brasileiros saíram às ruas em várias cidades para protestar contra o aumento dos preços e serviços públicos pobres”, afirma a reportagem ao comparar as manifestações com o “fraco” crescimento econômico do Brasil. “Seu Produto Interno Bruto cresceu 2,3​% em 2013 e deverá crescer ainda mais lento este ano”, explica o periódico.

“As pessoas percebem que (Dilma) não deixou o Brasil melhor, que as mudanças pararam de acontecer e que os fundamentos econômicos perderam consistência”, complementa Campos.

(Renan Truffi)

Choque de gestão tucana em São Paulo

Jornal GGN - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou ontem (21) uma multa de 30% a mais na conta dos moradores da Grande São Paulo que gastarem mais água do que a média dos últimos meses. A medida passa a valer já no próximo mês.
A medida do governador de São Paulo foi anunciada durante uma visita a cidade de Franca, no interior do estado. Hoje (22), o sistema que abastece a capital paulista, Cantareira, registrou a marca de 11,9% do volume útil disponível nas represas, a mais baixa da história.
A conta para a escassez de água vai para o bolso da população. Em fevereiro, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) já havia iniciado uma campanha para a economia de água, oferecendo um desconto de 30% na conta de quem economizar 20% da média mensal. Nesse período, cerca de 75% dos consumidores conseguiu reduzir o consumo de água e quase metade conseguiu os 30% de bônus, segundo divulgação do secretário Mauro Arce à rádio CBN.
Outra medida de Alckmin anunciada é a interligação do sistema Cantareira com um braço da represa Billings, que abastece parte da região do ABC paulista, com a intenção de aumentar a oferta de água. Segundo o governador, a operação deverá ter início nos próximos meses.
Geraldo Alckmin não especificou quanto de consumo a mais gerará a multa de 30% na conta de água.
Com informações do Portal Vermelho e G1 Ribeirão e Franca.

Brasil começa a desafiar 'visão medieval' sobre maconha





Boletim de notícias da Rede Brasil Atual - nº 28 - São Paulo, 22/abr/2014
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Congresso incluído, Brasil começa a desafiar 'visão medieval' sobre maconha


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Alckmin anuncia multa de 30% na conta de água para quem aumentar consumo

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50 anos do golpe - Dois livros que tratam sobre a ditadura são lançados nesta semana



Boletim diário da RBA





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