O sertão vai virar mar

À esquerda, instalação de uma das bombas responsáveis pelo bombeamento das águas do Velho Chico, em Cabrobó (PE); à direita, situação da Represa Jaguari, que integra o Sistema da Cantareira da Sabesp
Considerada uma das 50 maiores obras hídricas do mundo, o Projeto de Integração do Rio São Francisco, não é só motivo de orgulho e de esperança para os mais de 12 milhões de brasileiros que hoje precisam de água.
O empreendimento, o maior do Brasil nessa área, ficará na história de vida da maior parte dos mais de 10 mil trabalhadores distribuídos nos inúmeros canteiros pelo sertão a fora. Participar da construção dos grandes canais, dos túneis que vão interligar cidades e estados e dos reservatórios que irão abastecer centenas de municípios é um fato histórico para os operários.
Mesmo com experiência acumulada em outras obras também de grandes dimensões, os operadores de máquinas pesadas Tiago Santos, de 33 anos, e José Weliton, de 41 anos, participar da construção do Projeto São Francisco tem um gosto diferente. Os dois são pernambucanos de Petrolina, de onde saíram para operar máquinas e veículos pesados em Brejo Santo, no interior do Ceará. Com vastas experiências, os dois toparam logo de cara o convite que uma empresa lhes fez, desde que mudassem para o local da obra.
Brejo Santo, onde Tiago e Weliton estão, é a segunda etapa das obras do projeto. Lá estão em construção dois grandes reservatórios, que começam em Jati (CE). É no local que as águas do São Francisco ficarão depositadas até serem distribuídas para outros estados. “Valeu à pena vir para cá”, diz Tiago, que depois de seis meses decidiu levar a família para o Ceará. Seu colega pensa em fazer o mesmo. Para os dois, a principal satisfação é ver o sertanejo atendido com o que mais necessita que é a água.
“Para mim é uma grande satisfação ter participado da obra, pois ela é benéfica para nosso povo”, diz Tiago.
“Vou ter orgulho em dizer aos meus filhos e netos que estive em uma obra dessa”, acrescenta o operador.
Seu colega também tem o mesmo sentimento. “É a nossa população que está sendo beneficiada”, observa Weliton. Segundo os trabalhadores, muitos dos operários que voltaram para o Nordeste para trabalhar na obra, sentem o mesmo que eles.
O Projeto de Integração do Rio São Francisco é a maior obra desta natureza no País. São mais de 470 km de construção linear, orçadas em 8,2 bilhões de reais. O Eixo Norte, percorrido pela Agência PT de Notícias, começa em Cabrobó, onde está a embocadura do rio. Lá, já estão sendo instaladas duas das oito bombas, com 100 toneladas cada, da Estação de Bombeamento (EB). A obra está em fase de conclusão.
As instalações tem a altura de um prédio de 12 andares uma aparência semelhante ao edifícios da Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Dentro está a sala de controle, considerada o coração da estação. Outras duas obras semelhantes estão em Salgueiro e Terra Nova.
Quando concluídas, as três estações juntas elevarão água a 176 metros acima do nível do Velho Chico. O líquido ficará armazenado em 27 reservatórios e todos os rios da região serão perenizados, garantindo o abastecimento do sertanejo o ano inteiro, mesmo com a estiagem. A EB de Salgueiro é uma das obras mais difíceis. Para que fosse realizada, foi preciso abrir uma gigante cratera em uma rocha formada há milhares de anos.
Trabalho parecido é executado em São José das Piranhas (PB), para a abertura dos 15 quilômetros dos túneis Cuncas I e II. Para encerrar esta parte da construção, que é a maior desta natureza na América Latina, faltam apenas 800 metros de escavação. A obra foi visitada pela presidenta Dilma Rousseff, em dia 13 de maio.
Até 2015, a população de 325 comunidades por onde os canais de integração terão a mesma água que será distribuída por várias cidades do Nordeste. O projeto também vai atender aos sertanejos que foram retirados de suas terras para que as obras pudessem ser realizadas. Eles foram reassentados nas chamadas Vilas Produtivas Rurais (VPR) e contam com escolas, posto de saúde e casas com quase 100 metros quadrados. Além disso, terão um hectare de terra irrigada para cuidar de suas culturas.
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Mas não foram beneficiadas apenas as populações das cidades onde há obras foram. Moradores de outros municípios, como de Orocó (PE), deixaram outras ocupações para trabalhar no Projeto São Francisco. Floriano Freire não deixa sua barraca de frutas e cebola à margem da BR-428, mantida há 40 anos. Porém, incentivou seus filhos a procurar emprego na construção. A satisfação foi dupla: o rapaz foi empregado e, desde o início dos trabalhos em Cobrobó, sua venda cresceu bastante. Não teve coisa melhor que as obras”, diz Floriano. “Tinha gente aqui que só andava de bicicleta. Hoje, anda de moto”, conta o vendedor.
Legado – Diariamente, pesquisadores da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), percorrem a caatinga onde estão os canteiros de obras. O objetivo é fazer inventários, resgate e monitoramento da fauna. Para que fossem firmados convênios com várias instituições, o governo destinou um R$ 1 bilhão do orçamento do projeto para a preservação do meio ambiente.

Além da Univasf, trabalham na área, técnicos do Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna), que resgatou mais de 13 mil animais na região. Quase todos foram devolvidos para a natureza, segundo o Ministério da Integração. Dentro das condicionantes ambientais, consta a pesquisa arqueológica que, ao longo do projeto, já resgatou 90 sítios históricos
da Agência PT

Shakira, Copa e glamourização

Um dos jeitos de aproveitar os tempos de Copa do Mundo é observar de perto o processo de glamourização do futebol. Esse clipe novo da Shakira eu acho que é um bom exemplo disso. A gente vê e dá vontade de sair jogando e “consumindo” futebol.
E nem falo com uma intenção de xingar o futebol e a Copa (ainda que eu veja como mais danoso do que benéfico), mas de sacar esse processo mais ou menos sutil que já vem acontecendo o tempo todo.
Ninguém só fuma, casa, joga futebol ou vai pra guerra. Cada engajamento nosso vem sempre acompanhado de seu respectivo “mundo de Marlboro” — são motivados também por algum tipo de encantamento estético e construção narrativa.
Enfim, vamos sendo cooptados pelo processo de glamourização da guerra, do heroísmo, da bebida, do cigarro, do consumo, do amor romântico, da ironia, da identificação por gênero, da posição política, da orientação sexual, da profissão, da religião, da família, da infância, da natureza, da ciência, da militância… A lista é infinita.
Xingar é até OK, mas acho que desenvolver um mínimo de clareza sobre isso é melhor. Até porque, se formos só xingar, o trabalho não vai acabar nunca.
Intencionalmente não linkei o clipe da Shakira porque na minha visão ele não vale seu tempo e é possível entender o texto sem vê-lo. Pra entender melhor essa decisão, recomendo os artigos:
Nota dos editores: esse é um post despretensioso, um formato rápido com o qual pretendemos experimentar para compartilhar com vocês ideias e recomendações que valem sua atenção.
Fábio Rodrigues

Trabalha em espaços de aprendizado sobre como melhorar a vida e as relações, como ter melhor equilíbrio emocional e encontrar uma felicidade mais genuína – sem oba-oba, com o pé no chão da vida cotidiana. Coordenador do lugar e do CEBB Joinville, professor do programa Cultivating Emotional Balancedesenhista e professor de desenho, baixista na bandaVacine, pai do Pedro | www.fabiorodrigues.org

Receita da oposição

Aécio Neves à frente, é a que levou a Europa a recessão
Há semanas, bem antes da eleição para o Parlamento Europeu e dos seus resultados – que mostraram o Velho Continente dando uma guinada para a direita e, em alguns casos, para a extrema-direita -, a nossa direita e mídia tupiniquins vêm anunciando que a União Europeia sairá da recessão porque cortou gastos governamentais e diminuiu o déficit público, saneando suas contas públicas.
Um exemplo, segundo eles, a ser seguido pelo Brasil. Pregam estes profetas da nossa direita que, a exemplo da Europa, nós deveríamos cortar salários, gastos sociais e benefícios previdenciários.  Eles nos dão, assim, uma ideia do que nos esperaria caso a oposição vencesse e governasse o Brasil.
Para se ter essa ideia precisa do que eles pretendem trazer, caso vençam em outubro, basta observar os dados sobre a Europa atual: o desemprego na Zona do Euro, hoje da ordem de 11,9%; crescimento do PIB em não mais que 1%; inflação em 0,7% com risco de deflação; e a recessão, que entre eles já perdura por uma década – aliás, como aconteceu também com o Japão.
Sem contar os altos e alarmantes índices de desemprego: como, por exemplo, na Espanha 25,9%; na Itália 12,7%; na Grécia 26,1%; e na França, com seus  3 milhões de desempregados e 2 milhões empregados precários.
Alarmados? Pois é isto que a oposição quer para nós e o que virá se ela vencer a eleição nacional em outubro próximo. Daí a insistência do candidato dos tucanos a presidente da República, senador Aécio Neves (PSDB-MG) – estimulado por economistas como o ex-presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga -  no emprego das medidas impopulares que promete.
É evidente que tal pacote prometido por Aécio, que inclui o tarifaço no setor de energia e combustíveis – tal como na Europa – trará recessão e desemprego para o Brasil e desmonte da rede de proteção social. Sem resolver nossos atuais desequilíbrios econômicos e sociais, pelo contrário, trará para o país uma nova fase de desnacionalização e privatização da economia.
O cerne dessa proposta: por que acenam, prometem e comprometem-se com a adoção das tais medidas impopulares? Para preservar a hegemonia do capital financeiro, rentista e patrimonial sem resolver o problema central da nossa economia que é o seu financiamento, hoje inviabilizado pela pagamento dos juros da dívida interna – em média 11% e que consomem 5% do PIB. Um financiamento inviabilizado, também, pela atual estrutura tributária regressiva e indireta que penaliza a renda do trabalho e premia a especulação, o rentismo, o capital financeiro e a alta concentração de renda.
Não se iludam, meditem sobre essas propostas da oposição, mas reflitam sobre o que vamos colocar aqui, uma questão muitas vezes repetida aqui no blog pelo ex-ministro José Dirceu: sem enfrentar a questão do sistema financeiro e bancário de indexação de nosso economia, do controle de capitais, do câmbio e do papel do Estado, temas sobre os quais a oposição se cala, não avançaremos. E o mais grave: podemos é retroceder.
da Equipe Blog de Zé Dirceu

Semideuses, poderosos e intocáveis


Ministros do STF são nomeados pelo Executivo, ganham cargos vitalícios e detêm super-poderes

O Supremo Tribunal Federal, com seus ministros de mandatos praticamente infinitos a partir de nomeações de viés político e abrangências decisórias ilimitadas, compõem a mais perfeita prova de que há um lixo autoritário explosivo, intocável, produzido bem antes mesmo da ditadura militar e que é preservado incólume por que a grande maioria dos congressistas é formada por uma corja de rabo preso e ninguém tem peito de dizer certas verdades que contrariem os senhores das nossas liberdades e dos nossos direitos.

 
 
 
Esse escândalo recente espetacularizado com o anúncio da aposentadoria precoce do ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes traz de volta essa incongruência herdada da Constituição de 1891: um ministro nomeado com base em articulações políticas ganha poderes indiscutíveis para o resto da vida e só é obrigado a pendurar a toga aos 70 anos.
 
 Marco Aurélio Mendes de Faria Mello foi nomeado por seu primo, o então presidente Fernando Afonso Collor de Mello, quando tinha 44 anos: terá 26 anos de poder quase discricionário. José Antônio Dias Toffoli, ex-advogado do PT, foi empossado no Supremo um mês antes de completar 42 anos. Terá 28 de casa, comida e roupa lavada com os maiores proventos da República e poderes incomensuráveis. Gilmar Mendes saltou do governo FHC em 2002, aos 47 anos.  Fica com a toga por 23 anos.
 
O STF é o píncaro do judiciário e onde a escolha de um ministro é atributo do presidente, apesar da sabatina no Senado, que dificilmente reprovaria uma indicação. Mas não é o único: O Superior Tribunal de Justiça, que tem indicações fatiadas em três segmentos, também garante os mandatos até os 70 anos.
 
Nos tribunais de contas, as indicações são negociadas no Congresso: vários ministros e conselheiros são ex-parlamentares ou resultam de acordos políticos, como o que fez ministra do TCU a mãe do então governador Eduardo Campos. Ana Maria Arraes,  que obteve o diploma de bacharel em direito aos 51 anos, foi nomeada para o TCU em 2011, já com 64 anos, 13 anos depois de graduada pela Universidade Católica da Bahia, e a um ano do prazo limite para ser indicada.
A vitaliciedade dos cargos nas cortes superiores não é uma regra geral no mundo ocidental. Os membros dos tribunais constitucionais europeus exercem mandatos por tempo certo, como é o caso de Portugal, Alemanha, Espanha e Itália. Nas cortes da Alemanha e na sul-africana os ministros têm os maiores mandatos, doze anos; na italiana e na espanhola, nove; na Colômbia e no Chile, oito anos; e em Portugal, seis anos com direito a uma recondução.

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Emir Sader estreia coluna na RBA: 'Guerra e paz na Colômbia'

Boletim de notícias da Rede Brasil Atual - nº55 - São Paulo, 02/jun/2014
http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/blog-na-rede/2014/06/guerra-e-paz-na-colombia-3006.html

Guerra e paz na Colômbia

Confira artigo de estreia de Emir Sader na RBA. Há uma tradição longa de abstenção na Colômbia, mas não se esperava que, quando o tema da paz e da guerra está no centro das decisões, tanta gente deixasse de votar

http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/copa-na-rede/2014/06/copa-na-rede-6-razoes-para-voce-ficar-hexaconvencido-a-nos-seguir-1393.html

Copa na Rede: 6 razões para você ficar hexaconvencido a nos seguir

http://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2014/06/em-paralelo-a-copa-sao-paulo-sedia-mundial-de-futebol-de-rua-7991.html

Em paralelo à Copa, São Paulo sedia Mundial de Futebol de Rua

http://www.redebrasilatual.com.br/saude/2014/06/nos-hospitais-privados-brasileiros-88-dos-partos-sao-cesariana-diz-estudo-da-fiocruz-8744.html

Nos hospitais privados brasileiros, 88% dos partos são cirúrgicos, diz estudo

http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2014/06/a-inversao-de-papeis-na-historia-da-prisao-do-cacique-babau-5412.html

A inversão de papéis na prisão do cacique Babau. Tupinambás não vão retroceder um milímetro

http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2014/05/da-regeneracao-moral-ao-corte-de-recursos-danos-de-1964-a-educacao-foram-permanentes-777.html

Da 'regeneração moral' ao fim de projetos, danos de 1964 à educação foram permanentes

http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2014/05/comecam-as-articulacoes-para-escolha-do-sucessor-de-joaquim-barbosa-5733.html

Começam as articulações para escolha do sucessor de Joaquim Barbosa

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Saida de Barbosa enfraquece oposiçao togada

por Percival Maricato

Não existem juízes, em qualquer tribunal, que não sejam influenciados por suas convicções pessoais e ideológicas em questões de maior relevância social. Pode-se dizer que alguns são mais legalistas, formalistas, técnicos, preocupados em atender as finalidades das leis, outros são mais políticos, ideológicos. Mas neutralidade mesmo, só aparece em questões eminentemente técnicas, de menor importância (exemplo: um carro bate atrás do outro que parou no farol: o que bateu, exceto em situações excepcionais, é o culpado e deve indenizar).

Em certas matérias, condenações de políticos de determinado partido ideológico ou decisão sobre célula tronco, por exemplo, percebe-se como o tecnicismo tende a perder para a ideologia, religião ou formação pessoal.

A neutralidade é um mito que as facções ideológicas exigem apenas quando interessa. Veja-se o caso da Suprema Corte americana, onde a partir de 1981, Reagan e sucessores, preencheram as vagas que iam surgindo com juízes sectariamente conservadores. E estes corresponderam, dando as respostas que deles se esperava. Desde então a sociedade americana vai numa direção e a Suprema Corte na outra, age como uma âncora, dificultando mudanças.

No Brasil Collor e FHC nomearam juízes indisfarçavelmente conservadores para o STF, com tranquilidade. Collor indicou até mesmo um parente. Posteriormente, a mídia e os setores sociais que se identificam com esses juízes bradaram protestos ante a ameaça de indicação de outros mais progressistas por Lula e Dilma. Mas por que motivo, mudando a orientação política do governo federal, mudança essa ditada pela maioria da população, não pode referido governo indicar juízes mais progressistas? Ainda mais obedecendo as regras do jogo, submetida a indicação a aprovação do Senado? Para evitar a grita, perceba-se que Lula e Dilma indicaram apenas nomes acima de qualquer suspeita, exceto Toffoli, que apesar de preparado, trabalhou no governo petista.

A saída de Joaquim Barbosa do STF, nomeado paradoxalmente por Lula, é oportunidade de dar mais uma arejada na Corte. Temos um time conservador em Gilmar Mendes, Celso de Mello, Fux e Marco Aurélio, juízes mais progressistas como Lewandowski e Toffoli e outros mais para o centro, técnicos, formalistas, como Barroso, Zavaski, Carmem Lúcia e Rosa Weber.

Já se viu como o STF é importante para o país, na medida em que não apenas decide sobre temas relevantes, muitos que caberia ao legislativo se pronunciar, mas também é fundamental para a reforma do judiciário, sem o qual o país tem mais dificuldades de avançar. Dos três poderes, é um dos que vive seu pior momento, marcado pelo corporativismo, lerdeza, corrupção e etc.

Barbosa era um ponto fora da curva. Além de conservador, era arbitrário, deselegante, qualidades negativas que se tornaram positivas para comentarias de direita. Ou seja, ele estava certo em romper e mandar as favas os "rapapés e falsos refinamentos" com que se tratam os demais magistrados, procuradores e advogados. Estupidez vira franqueza e virtude, a ideologia explica. Muito provavelmente até Gilmar Mendes prefere vê-lo distante.

Além de progressista, o que se espera é que o novo ministro seja um "jurista de renome e ilibada reputação, como ocorreu nos casos de Zavaski e Barroso. Ou seja, que tenha ambas as qualidades: competência e mente arejada. O país precisa continuar sua trajetória, não precisa de âncoras que o prenda ao passado.

Pergunta do dia

Alguém pode responder agora, sem pestanejar, uma única medida tomada pelo verme enquanto presidente do STF que tenha contrariado os realmente poderosos do Brasil?
Ele não legitimou a Satiagraha por que, medo do Dantas?

Leia também: O verme sai pela porta dos fundos