Humor

Ronaldo Fenômeno está a uma frase de igualar marca de Pelé

Churrascaria Porcão - Incansável em sua busca por recordes, Ronaldo Fenômeno está prestes a superar mais uma marca histórica. "Caso solte mais uma de suas sábias palavras em público, Ronaldo alcançará a marca imbatível de Pelé", asseverou Paulo Vinícius Coelho. "Era um recorde que parecia não ter concorrentes para os próximos cem anos, mas Ronaldo é mesmo fenomenal", disse o comentarista da ESPN. "Ele criticou a organização da Copa que ajudou a organizar, disse que tem mais é que 'baixar o cacete' nos black blocs e ressaltou que 'uma Copa não se faz com hospitais'. Ou seja: Ronaldo está em ótima fase", concluiu Paulo Vinícius.

Desde ontem, o Fenômeno está concentrado no Parque São Jorge, numa suíte duplex com banheira de hidromassagem e teto espelhado, onde treina em tempo integral. "Começamos pelo módulo Vicente Matheus. Já avançamos pelas declarações de Neto, Marcelinho Carioca e Andrés Sanches", explicou o treinador Emerson Leão. "Temos certeza de que Ronaldo terminará a Copa com mais um recorde", rugiu.
Para aumentar suas probabilidades, Ronaldo prometeu acumular mais funções incompatíveis. Além de agenciar Neymar e comentar as atuações de Neymar na TV Globo, além de participar do Comitê Organizador da Copa, ser garoto-propaganda e cabo eleitoral de Aécio Neves, Ronaldo será também personal trainer de si mesmo, apontador do jogo do bicho e membro honorário do Greenpeace.
Em nota oficial, Galvão Bueno anunciou que desistiu de bater o recorde de Pelé. "Faço isso em nome do imenso carinho que tenho pelo craque Rroooonaaaaaaaaaaaaaldo", explicou.

O craque confirmou ontem sua presença na Flip deste ano, onde lançará uma Antologia Poética escrita a quatro mãos com Pelé.

by The i-piauí Herald

Greenpeace a serviço do PSDB

A ong internacional e o principal partido de oposição no Brasil (PSDB) unidos contra o País

Alertados por Stanley Burburinho no twitter, muitos usuários das redes sociais puderam notar que o Greenpeace Brasil entrara na campanha anti-Copa, incitando indígenas a participar do protesto que aconteceu em Brasília nessa semana.
Questionados qual era a relação da copa com o objeto social da ONG se limitaram a dizer que “fizeram estudos sobre gastos sobre a copa e a relação com o meio ambiente”, sem citar quais seriam os métodos usados no tal estudo e que conclusões os motivariam.
Como se sabe e já foi explicado aqui no Blog no artigo O Ecochativismo Financiado, o Greenpeace é uma ONG internacional que recebe gordas doações, entre outras, da Fundação Rockefeller, controladora de empresas petroleiras e do mercado de energia hidrelétrica nos EUA, que costuma fazer intenso ativismo em países que não são alinhados ao governo dos EUA, como Russia, China e Brasil, por outro lado tem uma relação complacente com os EUA e aliados, como no caso do escandaloso vazamento de óleo no Golfo do México, a ONG se calou vergonhosamente.
Agora rasgam a própria fantasia de “defensores do meio ambiente” para fazer campanha contra a copa no Brasil. Não houve nenhuma manifestação contra a copa pela ONG em 1994 nos EUA, que dizimou quase toda a sua população indígena, que é um dos mais produz gases do efeito estufa e se nega a assinar protocolos de redução de emissão desses gases. França e Alemanha que investiram em usinas nucleares e desmataram seus países também não foram alvo do Greenpeace nas copas de 1998 e 2006, respectivamente.
O motivo dessa adesão do Greenpeace aos protestos anti-copa foi agora revelado, Aécio anunciou Fabio Feldman, membro do conselho internacional do Greenpeace como coordenador do programa ambiental. Você, amigo do Blog, acredita em coincidências?
Ao selar alianças com Aécio, o Greenpeace segue os passos de Ronaldo e ataca a copa do mundo. Embora não reconheça em público, tá ficando claro que Aécio orienta quem é cooptado pelo PSDB a atacar a copa. Os tucanos continuam apostando no quanto pior melhor para esconder a sua incapacidade de criar propostas para contrapor ao projeto de país do PT.
Eu vejo e acompanho a copa desde a época da ditadura. Só a partir de 2003 tive um presidente que eu apoiasse, mas nunca deixei de torcer pelo país ou pela seleção brasileira. Torcer contra o país é ir contra si próprio, contra a própria família, só quem é podre de rico pode torcer contra o país e não sofrer consequências, já torcer contra a seleção brasileira é só viralatice mesmo, coisa de gente mal-amada.
E o Greenpeace que chegou a me enganar até meados dos anos 80, mostra a sua verdadeira cara, que já denunciamos aqui desde 2011, é uma farsa e representa interesses corporativos inconfessáveis. Uma ONG que tenta manter países em desenvolvimento na idade da pedra enquanto europeus e americanos aumentam suas riquezas.
LEN About LEN
Químico, microempresário, consultor de empresas, libertário de esquerda e agnóstico. Sem compromisso algum que o impeça de exercer de forma irrestrita o seu direito de liberdade de expressão e de criticar jornalistas, veículos de comunicação, partidos políticos, autoridades e personalidades públicas.

Poema do dia

SONHOS... - Florbela Espanca
Sonhei que era a tua amante querida,
A tua amante feliz e invejada;
Sonhei que tinha uma casita branca
À beira dum regato edificada...

Tu vinhas ver-me, misteriosamente,
A horas mortas quando a terra é monge
Que reza. Eu sentia, doidamente,
Bater o coração quando de longe

Te ouvia os passos. E anelante,
Estava nos teus braços num instante,
Fitando com amor os olhos teus!

E, vê tu, meu encanto, a doce mágoa:
Acordei com os olhos rasos d'água,
Ouvindo a tua voz num longo adeus!


Florbela D'Alma da Conceição Espanca nasceu no dia 8 de dezembro em 1894 em Vila Viçosa (Alentejo). Demorou para ser reconhecida como boa poeta. Com uma vida bastante confusa, sobretudo nos casamentos, teve apenas dois livros publicados em vida, Livro de Mágoas e Livro de Sóror Saudade. Florbela de suicidou no dia 8 de dezembro de 1930 em Matosinhos.

É a eleição - estúpido!

Nos anos oitenta, a Abril defendia a Copa no Brasil

por Rodrigo Vianna

A dica veio pelo facebook. O Blog do Silvinho encontrou o texto publicado nos anos 80, na revista Placar.

Na época, a Abril não se preocupava em municiar a mais virulenta campanha, jamais vista, contra uma Copa do Mundo.

O artigo – que reproduzimos em tamanho original ao fim deste texto - era assinado por Juca Kfouri. E vejam o que ele dizia:

“o velho argumento de que é melhor construir escolas e hospitais é falso”.

Ou: “não há um só argumento razoável para que não sejamos nós os promotores da maior festa do esporte mundial”. 

O argumento de que não podemos sediar Copa porque Educação e Saúde não funcionam tão bem é falso. Já dizia a Abril dos anos 80. Quem raciocina por conta própria sabe que não há dinheiro do Orçamento federal no estádio do Itaquerão – por exemplo. É financiamento do BNDES. Financiamento que será pago.

Mais que isso: o dinheiro gasto com estádios e outras obras (25 bilhões de reais) não representa um mês de gastos com Educação!

No entanto, o Brasil foi envenenado – durante os últimos 2 ou 3 anos – com reportagens que davam a entender: “como fazer uma Copa, se a saúde pública não funciona bem?”

O governo Dilma (por covardia ou acomodação) não fez esse debate. E o Brasil vai pra Copa com milhares de pessoas acreditando no falso argumento.
Jamais vi alguém reclamar da “Sala São Paulo” (a luxuosa sala de concertos construída no meio da crackolândia paulista, voltada para o público da música clássica). Jamais vi reportagem contestando gastos com teatros municipais frequentados só pela elite do Rio ou São Paulo.

Daqui a 20 anos, estudiosos vão-se debruçar sobre esse período, e ficará clara a campanha violenta e descabida contra um espetáculo mundial.  

Por que a Abril era capaz de trazer artigos como o de Juca nos anos 80, e às vésperas da Copa de 2014 participa da vergonhosa campanha contra o mundial? Não há dúvidas: a direita brasileira  é capaz de qualquer coisa para voltar ao poder. É capaz de arrasar com a auto-estima do povo brasileiro. E quem deveria desmontar essa farsa, e comandar esse debate pelo outro lado, omitiu-se de forma também vergonhosa. O que me espanta é que ainda tenhamos mais de 50% de apoio à Copa.

O povo brasileiro, por sua conta, resiste à campanha avassaladora. Quem quer resistir pode (e deve) ler os argumentos de Juca Kfouri, nos anos 80. Argumentos de quem tinha a chancela da família Civita para escrever o que escrevia. 
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Política

Quem tem medo da participação popular?


A proposta do governo da formação de Comitês de Participação Popular foi seguida por editoriais furibundos da mídia, como se se estivesse atentando contra os fundamentos essenciais da democracia brasileira. Os mesmos editoriais e colunistas que passam todos os dias desqualificando os políticos e a política, o Congresso e os governos, reagem dessa forma quando se busca novas formas de participação da cidadania.

O que está em jogo, para eles, é o formalismo da democracia liberal, aquela que reserva para o povo apenas o direito de escolher, a cada dois ou quatro, quem vai governá-los. É uma forma de representação constituída como cheques em branco pelo voto, sem que os votantes tenham nenhum poder de controle sobre os eleitos,  no máximo puni-los nas eleições seguintes. Um fosso enorme se constitui entre governantes e governados, que desgasta aceleradamente os órgãos de representação política. Cada vez menos a sociedade se vê representada nos parlamentos que ela mesma escolheu, com seu voto.

Acontece que as formas atuais de representação política colocam, entre os indivíduos, a sociedade realmente existente, e seus representantes, o poder do dinheiro, mediante os financiamentos privados de campanha. Grande parte dos políticos são eleitos já com a missão de representar os interesses dos que financiaram suas campanhas.

Criou-se assim um círculo vicioso: processos viciados de eleição de políticos já nascem desmoralizados. A direita adora porque é fácil desgastá-los. E política, governos, Estados fracos, significa mercados fortes, onde reina diretamente o poder do dinheiro.

Os Conselhos de Participação Popular são formas de resgatar e fortalecer a democracia e não de enfraquecê-la. Toda forma de consulta popular fortalece a democracia, dá mais consistência às decisões dos governos, permite ao povo se pronunciar não somente através do processo eleitoral, mas mediante seus pronunciamentos sobre medidas concretas dos governos.

Quem tem medo da participação popular é quem consegue neutralizar o poder da democracia mediante sua perversão pelo poder do dinheiro, do monopólio privado e manipulador da mídia. Tem medo os que se apropriam dos partidos como máquinas eleitorais e de chantagem política para obtenção de cargos, de favores e de benefícios.

O povo não tem nada a temer. Tem que se preocupar que esses Conselhos sejam eleitos da forma mais democrática e pluralista possível. Que consigam a participação daqueles que não encontram formas de se pronunciar pelos métodos tradicionais e desgastados da velha política. Especialmente daquela massa emergente, dos milhões beneficiados pelas políticas sociais do governo, mas que não encontram formas de defendê-las, de lutar por seus interesses, de resistir aos que tentam retorno a um passado de miséria e de frustração.

Só tem medo da participação popular quem tem medo do povo, da democracia, das transformações econômicas, sociais e políticas que o Brasil iniciou e que requerem grande mobilizacoes organizadas do povo para poder enfrentar os interesses dos que se veem despojados do seu poder de mandar no Brasil e bloquear a construção da democracia política que necessitamos.

por Emir Sader na Carta Maior

Charge do Duke

Pessimismo

Há greves e greves, por Josias de Souza

Há greves e greves. A dos metroviários de São Paulo começou como um legítimo movimento de servidores públicos por melhorias salariais. E virou um desafio à Justiça, à ordem pública e à paciência do contribuinte. Uma esculhambação.
Os metroviários pediam um reajuste salarial cenográfico de 35,47%, logo rebaixado para 12,2%. O governo de São Paulo oferecia 8,7%. Deu-se o desacordo. E a corporação cruzou os braços. Até aí, tudo legítimo.
No domingo, a Justiça do Trabalho tachou a paralisação de abusiva. Por quê? Quando trabalhadores de uma empresa privada fazem greve, prejudicam o patrão e a clientela. Quando a paralisação afeta um serviço público essencial, é preciso garantir um atendimento mínimo à população que paga a conta.
O Tribunal Regional do Trabalho endossou o reajuste oficial de 8,7%, mandou cortar os dias parados, ordenou a volta ao trabalho, suspendeu a estabilidade no emprego e impôs à desobediência uma multa diária de R$ 500 mil.
Em assembleia, os servidores decidiram dar de ombros para a Justiça. Empurraram a greve para o seu quinto dia e organizaram protesto em coligação com o Movimento Catraca Livre e a turma dos sem-teto. Fizeram isso sabendo que levavam à mesa as arcas do sindicato, a legitimidade da greve e os empregos.
Ainda no domingo, o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino Prazeres, riscou o fósforo. Munido de autocritérios, disse que a greve tinha apoio popular. E soprou a labareda:
“Tem uma Copa do Mundo aqui, é o maior evento esportivo do mundo. O governo do Estado tem eleições no fim do ano. Tem que negociar. Temos que enfrentar o governo”, disse, sob a proteção da imunidade sindical.
Ao “enfrentar o governo”, o companheiro Prazeres empurrou o governador Geraldo Alckmin para uma encruzilhada. Ou agia ou desmoralizava-se. Optou passar o ponto na lâmina e mandar ao olho da rua quatro dezenas de grevistas.
“O governador joga gasolina no fogo”, reagiu o sindicalista Prazeres, antes de participar, nesta segunda, de reunião em que os grevistas pediram água. Ensaiaram uma concordância com o reajuste 8,7%, desde que os dias parados fossem pagos e as demissões anuladas.
Consultado por seus prepostos, Alckmin bateu o pé. Mandou dizer que não faria concessões ao aparelho do companheiro Prazeres. Em nova assembleia, os metroviários suspenderam a greve por 48 horas.
Avisaram que, desatendidos, podem retomar a paralisação na quinta-feira, dia do início da Copa. Beleza. De grevistas, passaram a chantagistas. Ninguém é obrigado a reverenciar o bom senso. Entre os privilégios do sindicalismo está o poder de escolher o caminho de suas corporações para o inferno.
Agora, já está entendido que há greves e greves. Servidor que cruza os braços à custa do sossego do público, à margem da lei, com remuneração dos dias parados e sem o risco do desemprego, esse servidor não faz greve. Inscreve-se numa colônia de férias.
Num penúltimo esforço para evitar confusões, o Tribunal Regional do Trabalho determinou, na noite desta segunda-feira, o bloqueio dos bens e das contas bancárias do Sindicato dos Metroviários de São Paulo.
Com essa decisão, o tribunal instalou, por assim dizer, uma catraca nas arcas da casa sindical. Uma maneira de evitar que a multa de R$ 500 mil por dia de desobediência seja levada no beiço. Se tudo continuar assim, os atores vão acabar apelando para a sensatez.
Comentário
Há Jornalistas e jorna-istas. Josias de Souza é um jornalista. Se a greve for num Estado ou Cidade administrada por um petista tudo bem, vale tudo. Se o Estado ou Cidade for administrada por um tucano, aí são outros quinhentos.