Financiamento público de campanha

Orçadas em R$ 4,9 bilhões, eleições deste ano não sairiam por mais de R$ 1,155 bilhão, ou R$ 8,15 por eleitor

Acostumados com campanhas eleitorais cada vez mais caras, os partidos políticos terão de apertar o cinto se o financiamento público entrar em vigor nas eleições de 2016, como indicam os primeiros votos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que julgam uma ação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a esse respeito. Se a regra já estivesse em vigor, as campanhas deste ano para presidente, governador, senador e deputado (federal e estadual), orçadas em R$ 4,9 bilhões, teriam de ser produzidas com pouco menos de ¼ desse valor, ou R$ 1,155 bilhão.


O cálculo tem como base o Projeto de Lei do Senado 268/2011, apresentado como conclusão dos trabalhos da Comissão de Reforma Política e que serve de parâmetro para as discussões sobre o tema no Congresso. Nele, empresas estariam impedidas de doar às campanhas até 2% de seu faturamento bruto obtido no ano anterior à eleição.

Com a mudança, caberia ao Tesouro Nacional depositar os recursos em uma conta no Banco do Brasil em nome do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), responsável por fazer a divisão do dinheiro entre os partidos de acordo com sua representação no Congresso.

Para bancar os pleitos de dois em dois anos, os parlamentares chegaram à conclusão de que R$ 7 por eleitor (valores de 2011) seriam suficientes, ou R$ 8,15 considerando a inflação do período. Multiplicado pelos 141,8 milhões de brasileiros aptos a votar, o montante resultaria em R$ 1,155 bilhão, abaixo das despesas eleitorais de 2002, na época bancada por R$ 798 milhões, ou R$ 1,6 bilhão em valores de hoje.


Esse dinheiro mal pagaria a campanha dos 85 principais candidatos a governador dos 26 Estados e do DF. De acordo com levantamento do jornal "Folha de S.Paulo", a previsão de gasto desse grupo é de R$ 2,1 bilhões este ano. Segundo o TSE, para o posto de senador, os 178 candidatos planejam desembolsar até R$ 1 bilhão, enquanto, para os cargos de deputado federal e estadual, as despesas beiram os R$ 900 milhões.

Somente os 11 presidenciáveis projetam gastar R$ 918,4 milhões em 2014, 9,6% acima dos R$ 830 milhões declarados na campanha de 2010 e o equivalente a quase tudo (79%) que estaria disponível se o financiamento público já estivesse valendo.

À frente de campanhas políticas em oito países africanos e em toda América Latina, o presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos, Carlos Manhanelli, prevê algumas das mudanças que estão por vir quando o financiamento for público e tirar quase 80% do dinheiro hoje em circulação.

Autor de 17 livros, Manhanelli acredita que, em um cenário desses, a televisão e o rádio vão ganhar ainda mais importância. Como é hoje, diz ele, 60% do dinheiro arrecadado nas campanhas são investidos na propaganda da TV, 20% são destinados ao rádio, enquanto os 20% restantes garantem a confecção de bandeiras, santinhos, contratam cabo eleitoral, carros de som e comício, por exemplo. "Não tem jeito. A propaganda de um político funciona como a de um produto: a empresa (ou partido) diz quanto pretende gastar e nós planejamos as peças de acordo com esse valor."




Para o especialista, a alternativa para as campanhas majoritárias (presidente, governador e prefeito) será "abusar da criatividade" e transferir para a TV parte dos investimentos em comício, bandeiras, cabos eleitorais e carros de som. "É um consenso que a televisão é a grande prioridade, apesar da importância crescente das redes sociais."

Manhanelli lembra que as despesas com campanha crescem à medida que aparecem novas mídias. No final da década de 1920, por exemplo, o então governador de São Paulo, Júlio Prestes, fez a primeira inserção política brasileira no rádio. No final da década de 1950, as campanhas chegaram à TV. "E agora temos a internet. As demandas só aumentam."

Quem deve perder dinheiro e holofotes com a mudança são os candidatos a uma vaga no Parlamento. Sem espaço na televisão, o consultor sugere um estudo que radiografe as mídias mais eficazes na região em que o postulante a parlamentar pretende fazer campanha. Ele avalia que os maiores prejudicados serão os candidatos ao Senado, que precisam viajar por todo o Estado. "O jeito será colar no candidato a governador e presidente e costurar apoio com líderes regionais que falem em seu nome."

Especialista em reforma política no Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), o cientista político Antônio Augusto de Queiróz acredita que o financiamento público de campanha será mais facilmente assimilado pelos partidos se o Parlamento também aprovar o Voto em Lista, quando o eleitor vota em uma relação de candidatos indicados pelo partido e não em um candidato específico. "Ficaria muito mais barato porque a legenda focaria sua campanha em seu programa e não em cada personalidade politica. Um único marqueteiro seria suficiente para cuidar da divulgação dos compromissos da sigla e citar alguns nomes da lista.
Manhanelli concorda. "O nome do político não vai estar no foco. Então, o partido contratará uma produtora, que vai fazer a comunicação do partido como um todo e não do candidato. Em Moçambique funciona assim. Vai sair bem mais barato, sem dúvida."

A mudança nas doações pode chegar por meio de uma reforma política e até por um plebiscito, como sugere a presidente Dilma Rousseff. Mas os especialistas apostam mesmo em uma decisão do STF, que quase decidiu o assunto este ano. Já votaram favoravelmente à proibição das doações privadas o relator da ação, Luiz Fux, os ministros José Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso, além do presidente do Supremo, Joaquim Barbosa. Até agora, o único voto pelas doações foi do ministro Teori Zavascki. Embora Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski tenham antecipado seus votos em concordância com o relator, a votação foi suspensa em junho por Gilmar Mendes (que pediu vistas), e agora a alteração depende de sete votos e de toda a pressão que o Supremo vai sofrer dos parlamentares, parte deles contrária a qualquer mudança.

A novidade é menos moderna que a velharia, por Marcos Lima

Isso me assusta no renovador Aécio. Seja por um discurso que em diversas área, é indigente intelectualmente e faz pão e circo para uma classe média reacionária usando um idealismo digno da época da guerra fria, seja porque há um imenso vazio, um vácuo de qualquer idéia que não seja baseada em exemplos. Vamos aos fatos:


1) O revalida é um dos instrumentos do Conselho Federa de Medicina, usado para manter a reserva de mercado, restringindo o acesso de médicos estrangeiros ao país. Assim como a dificuldade de abrir faculdades de medicina, foi uma ferramenta para artificialmente limitar o número de médicos e aumentar o seu ganho. Aí, existem facoteóides, como se faltassem médicos no interior do Brasil, em locais distantes. Para citar: em Campinas, uma cidade de mais de 1 milhão de habitantes, há 75 km de São Paulo, uma das cidades mais ricas do país, HÁ 68 MÉDICOS DO MAIS MÉDICOS. Enfrentar o revalida foi um acerto, não um erro.

2) Como tudo que envolve Cuba, o candidato despreza números, e apela para ideologia. Primeiro, para a idéia de que relações internacionais devem se conduzir dessa forma: esmagando Cuba, ignorando seu sistema e princípios. A frente, se verá o reverso da coragem. Depois, " como financiamos o governo Cubano". Então é assim, importamos médicos somos comunistas por financiarmos o comunismo? FInanciamos o Comunismo Chinês então. Financiamos Guantánamo, afinal importamos I Phones. Enfim, é de novo meter ideologia, e ignorar os números: de novo, os números da saúde cubana e seus indicadores são invejáveis, até para nações desenvolvidas.


3) Ao contrário da coragem contra os fracos, Aécio e mais recentemente, o Armínio Fraga, defendem a fraqueza diante dos fortes. Segundo Aécio, " O Brasil se deixou conduzir por nações com pouco apreço pela democracia". Isso me preocupa, porque grava num é se essas nações são democráticas ou não, ao contrário do que sugere, mas perigoso é o Brasil de deixar conduzir por qualquer nação, ao invés de planejar sua inserção no mundo globalizado de acordo com seus interesses internos. Já Armínio, disse, e, vídeo, que o Brasil tem de deixar de lado a Venezuala, e se atrelar as " locomotivas do mundo". É de novo, uma defesa de subsmissão na política externa, que mistura de forma desonesta indigência intelectual com má fé pura. Primeiro, porque no mundo todo, o que se faz hoje em política externa, é pragmatismo. Ou seja: não é a política externa que deve servir de plataforma para projeção de ideologias e lemas, mas para defesa de seus interesses econômicos. Ou são burros os dois, Aécio e Fraga, ou são mal intencionados: veja os Estados Unidos, bastião da "Democracia" no mundo, e questionem se os EUA deixaram de se relacionar com os membros Árabes da Opep e seus sistemas ditatoriais. Portanto, há uma maldade: querer qualificar como matriz ideológica uma política que é também econômica, de inserção em mercados. Aliás: então isso quer dizer que China e Rússia, uma um país não democrático e outra uma democracia que anda migrando em direão a opressão, devem ser ignoradas? Outro ponto tosco do discuros: quem são essas locomotivas economicas e democráticas a quem vamos nos atrelar? O principal parceiro comercial brasileiro deste momento do BR é a China, que de democrática num tem nada. As democracias Européias e os EUA andam em crise faz tempo: como vão nos " rebocar"? Enfim, mais um susto: não se menciona, nesse tipo de discurso, nenhum dado concreto, por exemplo, pauta de comério e trocas com os países.




São esses, e mais, os exemplos que me deixam mais assustado. O PSDB tinha Bresser Pereira, Mendonça de Barros, já teve no passado Ciro Gomes. Me assusta o nível de indigência e pobreza intelectual que aingiu o discurso do partido, que agora nada mais é do que um pregação " Nós x o comunismo batendo na porta". Será que o PSDB emburreceu tanto assim?
Comentário sobre a frase "não vamos se submeter a Cuba dita por Aécio Neves na sabatina da Folha de São Paulo

Mais Médicos

"Não vamos nos submeter a Cuba
Afirma Aécio Neves, em sabatina no Teatro Folha - São Paulo.


Essa frase "ufanista" e "patriótica" é típica daquelas correntes de emails que os velhinhos anti PT mandam para toda a família, junto com as provas mostrando a casa da Dilma, a fazenda do Lula e a propriedade da Friboi...André Paulistano

O FMI dos BRICS

Em julho de 1944, representantes de 44 países se reuniram em um hotel em Bretton Woods, New Hampshire, Estados Unidos, para criar um novo modelo de relações comerciais e financeiras entre os principais países do mundo. Setenta anos depois, os países emergentes se cansaram de esperar uma mudança de regime das instituições financeiras internacionais que saíram daquela reunião e deram um passo à frente para mudar a ordem existente, e agora reivindicam seu novo papel na economia mundial.

Os presidentes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (que formam o acrônimo BRICS) assinam nesta terça-feira em Fortaleza, Brasil, a constituição de um banco de desenvolvimento, com um aporte inicial de 50 bilhões de dólares (cerca de 110 bilhões de reais) para formar o capital do banco e 100 bilhões (220 bilhões em reais) de capacidade de empréstimo, e um fundo de reservas de outros 100 bilhões para ajudar os países do grupo no caso de uma possível crise de liquidez, como as vividas em alguns países europeus durante a crise financeira. São 200 bilhões de dólares (moeda que será utilizada nas transações das duas organizações) para determinar o valor do grupo e dar uma demonstração de sua força econômica.


“A conclusão dessas duas iniciativas passará uma mensagem forte sobre a vontade dos BRICS de aprofundar e reforçar sua associação econômica e financeira”, destacou para a imprensa na semana passada o embaixador brasileiro José Alfredo Graça Lima. “As duas instituições financeiras criadas funcionarão de forma similar ao Banco Mundial (BM) e ao Fundo Monetário Internacional (FMI)”, afirmou.

Sem dúvida, a criação do banco é um passo decisivo para a consolidação do grupo. “É importante que as maiores economias emergentes tenham sido capazes de colocar em funcionamento um projeto assim, do contrário sua credibilidade como grupo seria questionada. É um primeiro passo evidente, mas agora precisam passar para a ação”, afirma Jim O’Neill, o inventor do termo BRIC há 13 anos, quando era economista-chefe da Goldman Sachs, e atualmente pesquisador no think tank Bruegel.

A iniciativa levanta dúvidas quanto a seu alcance e sobre quão efetiva ou ineficiente será a coordenação do grupo. Sua criação demorou quase dois anos devido a divergências internas, que finalmente foram resolvidas com uma participação em partes iguais no capital, apesar da intenção inicial de que a China fosse sócia majoritária, e com a sede da entidade em Xangai.


“A verdadeira questão é para que esses países realmente querem um novo banco e o que querem apoiar com ele. Não se sabe se é um mecanismo a ser explorado no sentido de assumir uma maior responsabilidade global, algo mais fácil do que conseguir mais representação no FMI ou no BM, ou se querem financiar conjuntamente projetos de infraestrutura nos países do grupo”, aponta O’Neill. “Não estou certo, só o tempo dirá.”

Em 2010, o FMI aprovou uma reforma de suas cotas para dar mais peso às potências emergentes no órgão, sobretudo a China. Mas a reforma está emperrada no embate entre democratas e republicanos no Congresso dos Estados Unidos e, a essas alturas, a iniciativa se tornou até obsoleta. “É realmente ridículo e decepcionante que o Congresso norte-americano não tenha aprovado a mudança das cotas. Na verdade, o peso dado na época a alguns países emergentes ficou velho e é cada vez mais evidente que a governança global atual está muito longe de ser boa”, admite O’Neill.

Até agora os BRICS não se destacaram por uma grande capacidade de coordenação no cenário internacional, apesar de sua constituição oficial como grupo em 2009 em plena crise financeira, ainda que o protagonismo na época tenha se concentrado no G-20, agora também em declínio. “A intenção é que o banco dos BRICS se torne, com o tempo, uma alternativa ao Banco Mundial e ao FMI e que seja um novo jogador entre as instituições financeiras globais. É um objetivo ambicioso, que exigirá um grau de coordenação e harmonia que nem sempre vimos nesse grupo”, acrescenta de Nova Délhi Vivek Dehejia, professor de Economia da Universidade de Carleton, do Canadá.


Em vários artigos, Nicholas Stern, presidente do Grantham Research Institute da London School of Economics e da Academia Britânica, defendeu, ao lado do prêmio Nobel Joseph Stiglitz, a necessidade de um novo banco de desenvolvimento que dê respostas às necessidades urgentes dos países emergentes em termos de infraestrutura. Lord Stern afirma que o gasto com infraestrutura nesses países deve aumentar dos 800 bilhões de dólares atuais (mais de 1,7 trilhão de reais) para pelo menos 2 trilhões (4,4 trilhões de reais) na próxima década.

“Do contrário, será impossível conseguir uma redução da pobreza e um crescimento inclusivo no longo prazo”, defende Stern em sua análise. As salvaguardas impostas pelo Banco e pelo Fundo em seu funcionamento, assim como as duras condições associadas a seus empréstimos, deram eficiência ao financiamento vindo desses organismos, mas não será fácil colocar em marcha um modelo de funcionamento do zero, e os desembolsos, para Dehejia, ainda vão demorar para acontecer. “Por hora, a importância é mais por seu simbolismo geopolítico, de que os BRICS são algo mais do que um acrônimo. Representa uma promessa, mas teremos de se esperar para ver como se concretiza”, acrescenta o economista indiano.

Eduardo Campos - Oposição ou dissidência?

Criticar até não poder mais o governo da presidente Dilma, para marcar uma posição oposicionista, mas poupar o ex-presidente Lula, para não perder os votos de petistas desiludidos com o governo, pode estar dando uma caráter dúbio à candidatura do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, do PSB, mas ele está convencido de que esta é a estratégia mais adequada.

Foi bastante explícito sobre isso numa declaração à revista “Piauí”, quando afirmou que não criticava Lula porque esperava que muitos eleitores do PT o escolhessem como alternativa a Dilma.
Merval Pereira - O Globo



Ontem, em debate promovido por “Folha de S. Paulo”, UOL e rádio Jovem Pan, insistiu em que discutir com Lula era uma armadilha em que o PSDB está caindo: “Você acha que eu vou entrar nessa do PSDB, de ficar debatendo com o Lula?”, indagou. “Nós vamos ficar fazendo debate com quem não é candidato?”.

Por trás dessa tentativa de dar um ar estratégico à sua postura, o que Campos esconde é o objetivo de ser trocado por Dilma como candidato petista à Presidência, situação semelhante à que acontece hoje em São Paulo, onde o candidato petista ao governo, Alexandre Padilha, está sendo “cristianizado” em favor do candidato do PMDB, Paulo Skaf.



A diferença, além de que Dilma está na liderança nas pesquisas, e Padilha não, é que o presidente licenciado da Fiesp não quer se confundir com o PT nem com Dilma, embora evidentemente não renegue eventuais votos de petistas dissidentes.

Já Campos gostaria de ser ligado a Lula para dar efetividade a seu plano de se transformar na terceira via da eleição presidencial, mas, ligando-se indiretamente a Lula, tem perdido o caráter de oposição, papel que deixou para o candidato do PSDB Aécio Neves, para ser quase um dissidente. Opor-se ao PT e a Dilma, mas aspirar a ser um herdeiro presuntivo do lulismo, pode ser uma tarefa excessivamente sutil para o eleitorado.

Plano Diretor Estratégico de São Paulo

Um desenho para São Paulo
por Fernando Haddad - prefeito
O mercado imobiliário, que sempre elegeu o bairro da vez, é chamado a participar de um processo em que a vez é da cidade

São Paulo aprovou o mais ousado e inovador Plano Diretor Estratégico (PDE) de sua história. Pelos próximos 16 anos, conviveremos com diretrizes urbanísticas que reorientam o desenvolvimento da cidade na direção do equilíbrio socioambiental e econômico.

Desde o Renascimento, as cidades ocidentais bem-sucedidas se organizam pelo alargamento da sua dimensão pública. O encontro das pessoas para a produção de mercadorias e serviços, de cultura ou de ciência, essência da vida urbana, depende disso. Na contramão, desde Prestes Maia, a cidade de São Paulo vem sendo privatizada, ou seja, negada enquanto cidade.

A começar por sua superfície. O solo de São Paulo é privado. As ruas pertencem aos carros. As calçadas são adaptadas para que automóveis tenham acesso às garagens. Os térreos dos prédios são vestíbulos desérticos que separam os moradores das ruas ameaçadoras.

A terra nua não dá lugar a parques ou equipamentos públicos, mas é tratada como estoque especulativo de riqueza.



Tudo muda com o PDE. O solo é tornado público. As ruas dão lugar ao transporte público e às bikes por meio de faixas exclusivas e ciclovias. As calçadas terão largura mínima nos novos empreendimentos para atender aos pedestres. Os térreos ganharão vida com a ativação das fachadas e comércio de rua.

O subsolo muda com a inversão de prioridades: em vez de número mínimo de vagas de garagens, o PDE impõe número máximo.

O "sobressolo" ou solo criado é integralmente municipalizado. Os proprietários fundiários terão direito a construir o equivalente a apenas uma vez a área do terreno.

Para atingir o potencial construtivo máximo de duas vezes no miolo dos bairros (que são preservados), ou quatro vezes nos eixos de transporte público (que são adensados), os empreendedores terão de adquirir esse potencial adicional mediante o pagamento de outorga à municipalidade. Com isso, a especulação imobiliária perde sentido, e a cidade se apropria da chamada mais-valia fundiária.

A outorga paga compõe um fundo de desenvolvimento urbano. De seus recursos, 30% serão destinados à moradia popular e outros 30% ao transporte público, mediante ampliação da capacidade de suporte.


A área destinada à produção de moradia popular é duplicada, com a demarcação de novas Zonas de Interesse Social (Zeis), e são definidos alinhamentos viários que garantam recuos destinados ao transporte público, ciclovias e calçadas largas.

Como o adensamento é induzido a deixar o miolo dos bairros para os eixos estruturantes, as avenidas radiais ganham nova função. Passam a ser vetores de deslocamento do desenvolvimento no sentido centro-bairro(s). A geração de empregos e oportunidades econômicas assumirão uma distribuição mais linear e centrífuga, rompendo os muros que separam centro e periferia. Avenidas perimetrais como Jacu-Pêssego e Cupecê ganharão importância.

O mercado imobiliário, que sempre elegeu o bairro da vez, com as consequências conhecidas, é chamado a participar de um processo em que a vez é da cidade. A visão de empreendimento privado como enclave dará lugar à produção de vida urbana com equilíbrio econômico e socioambiental.

Por fim e não menos importante: os rios. O PDE se reapropria das margens dos rios e define o conjunto de arcos que dará lugar a uma nova São Paulo: os arcos Tiête, Pinheiros, Jurubatuba e Tamanduateí.

É no Arco do Futuro que ocorrerá a maior transformação de São Paulo. Delineá-la é a próxima tarefa. As diretrizes estão dadas.

Gastronomia

Restaurantes cearenses proporcionam experiências com culinária de outros países
Durante um mês, a Copa do Mundo no Brasil, encerrada no último domingo (13), atraiu turistas de diversos lugares, que trouxeram, além de torcida animada, elementos da terra natal, possibilitando que os brasileiros tivessem um contato mais próximo com a cultura de outros países. Fortaleza, uma das sedes do Mundial, recebeu mexicanos, colombianos, uruguaios, costarriquenhos, holandeses, gregos, marfinenses, alemães e ganeses que tiveram suas seleções disputando na Arena Castelão, além de estrangeiros de outras nacionalidades que vieram para a Terra da Luz a fim de aproveitarem o campeonato e os pontos turísticos do Estado.

Mesmo com o fim do Mundial, os cearenses podem continuar apreciando a cultura de outras nações aqui mesmo, por meio da culinária. Restaurantes com gastronomia internacional oferecem sabores diferenciados e decorações temáticas que conquistam, gradativamente, o público cearense. O Diário do Nordeste Plus selecionou alguns desses espaços que podem proporcionar novas experiências ao paladar.


Cozinha Espanhola

A Casa Gaudí apresenta um menu com pratos que transitam entre a cozinha regional e a espanhola. Com nome e decoração inspirados nas obras do arquiteto catalão Antoni Gaudí, o restaurante tem como carro-chefe a tradicional Paella. O prato leva frango, camarão, lula, mexilhão e cortes bovinos, refogados com verduras frescas, e arroz de consistência cremosa com leves toques de açafrão. Além da Paella, o Cozido Madrilenho, feito com fava, linguiça defumada, paio, chorizo, verduras, grão de bico, batata e ovos cozidos, e a Tosta Espanhola, com jamón espanhol e molho de tomate fresco, também fazem sucesso entre os clientes do restaurante.

Segundo o chef Javier Fernandéz, proprietário da Casa Gaudí, hoje, o cearense tem a cabeça mais aberta para aceitar novos sabores, especialmente, a nova geração, que costuma viajar mais e ter contato com culturas diversas. “A tendência cultural de Fortaleza ficou atrás da cultura de farofa e baião de dois. O Ceará não é só isso”, avalia Javier, que se divide entre a administração da Casa Gaudí e a do restaurante Velasquez 41, localizado na cidade de Vigo, na Espanha.
Serviço:
Endereço: Rua Pereira Valente, 1569 - Varjota
Telefone: (85) 2181.6605
Horário de funcionamento: Terça a Quinta: 11h - 00h; Sexta e sábado: 11h - 01h; Domingo: 11h - 18h


Cozinha Árabe

O ambiente atrai logo ao olhar para a fachada. Internamente, a beleza do espaço permanece, sendo um ambiente ideal para casais e grupos de amigos que desejam experimentar a diversificada culinária árabe em um local aconchegante. O restaurante Zahlé-Mezze Libanesa, iniciado na cozinha da descendente de libaneses Silvana Moreira e, posteriormente, ampliado devido à boa recepção dos clientes cearenses, é aberto no horário de almoço todos os dias e, às sextas e sábados, conta com a Noite Árabe, que contempla buffet árabe e contemporâneo, apresentações de dança do ventre e decoração estilizada.

“A culinária árabe no Ceará é muito, muito bem aceita. Todos os pratos são ‘carros-chefe’, o pessoal gosta de tudo”, enfatiza Silvana.

Diariamente, os clientes podem ter experiências com os mais variados pratos, como kibe frito ou cru; carneiro; arroz marroquino; e charutinho de repolho. Para a sobremesa, doces como barazi, mamuly de tâmara ou de damasco e baklava estão à espera.
Cozinha Árabe

O ambiente atrai logo ao olhar para a fachada. Internamente, a beleza do espaço permanece, sendo um ambiente ideal para casais e grupos de amigos que desejam experimentar a diversificada culinária árabe em um local aconchegante. O restaurante Zahlé-Mezze Libanesa, iniciado na cozinha da descendente de libaneses Silvana Moreira e, posteriormente, ampliado devido à boa recepção dos clientes cearenses, é aberto no horário de almoço todos os dias e, às sextas e sábados, conta com a Noite Árabe, que contempla buffet árabe e contemporâneo, apresentações de dança do ventre e decoração estilizada.

“A culinária árabe no Ceará é muito, muito bem aceita. Todos os pratos são ‘carros-chefe’, o pessoal gosta de tudo”, enfatiza Silvana.

Diariamente, os clientes podem ter experiências com os mais variados pratos, como kibe frito ou cru; carneiro; arroz marroquino; e charutinho de repolho. Para a sobremesa, doces como barazi, mamuly de tâmara ou de damasco e baklava estão à espera.



Serviço:

Zahlé-Mezze Libanesa
Endereço: Avenida Santos Dumont, 2353 - Aldeota
Telefone: (85) 3224-1204/ 3086-8029
Horário de funcionamento: Todos os dias, de 11h30 às 15h; Noite Árabe às sextas-feiras e sábados, a partir das 19h
Página: facebook.com/pages/Restaurante-Zahlé-Mezze-Libanesa
do Diário do Nordeste