Politica é para ser feita com debate de ideias e não com manifestações de ódio, por Sérgio Medeiros R.

A cada dia, a grande imprensa (segundo sua própria concepção – o maior partido de oposição) para referenciar seus candidatos, divulga em suas páginas, um discurso do mais brutal e letal ódio ao Partido dos Trabalhadores.

Neste espetáculo, todo dia elegem como seus heróis, políticos ou comunicadores, com discursos vazios de conteúdo, mas cheios de ódio, que com o dedo em riste, à semelhança dos imperadores no Coliseu de Roma, indicam os cristãos a serem atirados às feras, isso, pelo simples fato de serem cristãos (adversários) e impedirem seu acesso ao poder.

Este discurso, dirigido às pessoas simples do povo, suscetíveis a tais influencias e instigações, e para nós, sociedade civil em seu mais amplo aspecto, é algo mais que lamentável, é terrível, significa que, nossa humanidade (coletiva), florescerá num período mais distante na história.




Pão e circo.

Eles (os mercadores do ódio) não são responsáveis pela distribuição do pão – nem de seu irmão gêmeo em dignidade – o emprego, e, talvez por isso, estes já não faltem na mesa da maioria dos brasileiros (vide a noticia que o Brasil foi retirado do quadro da fome pela ONU).

Entretanto, como donos dos meios de comunicação, se esmeram em oferecer um dos circos mais cruéis – pouco diferente das arenas e coliseus em que os cristãos eram atirados às feras.

De suas iniciativas emergem atos inomináveis, linchamentos, discursos do ódio (preconceitos de classe social, contra minorias, racistas, homofóbicos), ou simplesmente tendentes a destruição dos contrários na politica (Partido dos Trabalhadores) – não remetem para um debate de ideias, aonde se identificaria a origem do pão e de sua subtração por tanto tempo à grande população pobre deste país.

Triste conduta de nossa grande imprensa.

Neste cenário, muitas vezes como meros assistentes, torcemos de forma quase desesperançada (mas logo nos erguemos, cada vez com mais força e determinação), para que nunca falte o pão, pois, o discurso do ódio, encontra terreno fértil nestes períodos de escassez de alimentos, e libera os instintos mais baixos e que levam a desumanização dos “homens”.

O debate sério e politizado (embate de ideias e propostas) eleva a sociedade de patamar civilizatório, entrega, para ser exercido de forma consciente, nas mãos do povo, seu destino.

Por isso toda forma de ódio deve ser condenada, pois revela o não humano, configura-se em sua negação.

É preciso combater esta politica traduzida e divulgada na grande mídia, que em seu discurso, traz a semente da violência, da desconstrução do outro pelo ódio, e gera apenas mais violência, permitindo que a generosidade seja atacada como ingênua e exaltando o poder coercitivo, alijado de qualquer razão, como sendo o caminho da pacificação.

Não entendem que violência gera violência, e, os exemplos de torturas inomináveis no período da Ditadura Militar e em linchamentos ocorridos recentemente, comprovam as consequências de tais discursos, libera o que tem de mais abjeto e primitivo em indivíduos, indivíduos estes, que se ressentem da falta dos atributos de humanidade, ou seja, solidariedade, respeito, dignidade, amor, que deveriam ser inerentes a todos, para assim serem chamados de homens.

Infelizmente, nesse teatro, ao contrário dos dramas literários, não há catarse, não nasceremos limpos após estes embates irem ao fundo de nossas almas, isso porque a mentira e ódio que emanam destes ditos “órgãos de comunicação”, envenenam o ambiente e retiram a capacidade dos indivíduos nela imersos, de poderem ter a necessária compreensão de sua própria e intrínseca humanidade e assim exercerem seu livre arbítrio na direção do bem e do amor ao próximo (algo que considero acima de religiões, e que, juntamente com a razão , forma a figura do homem - no plano religioso, considerado como cunhado a imagem e semelhança de Deus).

Mas, ainda que não de forma hegemônica, aos poucos se vislumbra, neste cenário, uma claridade cada vez mais intensa.




Ainda há muita raiva e ódio.

Porém, graças ao contraponto da internet (isso sim um verdadeiro Davi contra Golias - pequenos blogs lutando incessantemente contra o poder imenso da grande mídia), as pessoas, aos poucos, estão compreendendo que, ao contrário do que se dizia, até mesmo estes políticos do PT (considerados culpados, em processos muitas vezes totalmente imersos no referido discurso do ódio, o que não permite aferir a extensão de sua culpabilidade) não carregavam toda a maldade do país nas costas, mesmo que se tente diuturnamente impingir essa imagem.

A realidade é dura, e totalmente diversa da mostrada nas telas das tVs, logo ali ela cobra seu preço, recém saídos das ruas, dos protestos, das passeatas, muitos dos que eram apresentados como portadores dos atributos das vestais (puras), tiveram retirados seus mantos midiáticos, e o que se viu nos deixou cheios de espanto e repulsa, revelaram-se, desnudaram-se, e assim foram vistos, com as mãos cheias da mentira que diziam combater*.

É isso, não busquemos, neste teatro, respostas claras, muito menos esclarecimentos ou caminhos, a verdade real não se encontra exposta na grande mídia, ainda esta por ser desvendada e, certamente não o será por meio destes candidatos dos grandes conglomerados de comunicação, que se mostram a frente destes projetos de poder.

E isso tudo, por um singelo motivo, porque a mídia os escolheu...eles não foram escolhidos, não ungidos,... não são homens de Deus, escolhidos (no sentido de que todas as pessoas que respeitam e tratam os outros com dignidade podem ser assim chamados), só são escolhas do poder, para exercê-lo paras seus pares (parceiros econômicos), não para democratizá-lo e dirigi-lo ao povo.

Portanto, olhem ao seu redor, procurem todas as informações possíveis e escolham, sem ódio e de forma cuidadosa, seus destinos.

* A resposta de Luciana Genro a Aécio Neves, por sua contundência, revela o retrato desta distorção abjeta da mídia que protege seus candidatos e seus partidos de todas as informações capazes de revelarem o verdadeiro caráter de sua pretensões eleitorais, os quais nutrem contra seus adversários um discurso de ódio. (Demóstenes Torres, mensalão do DEM, mensalão Tucano, Privataria Tucana, Compra da reeleição, Cartel dos Trens em São Paulo, Aeroporto em proveito próprio, etc.).

Briguilinks do dia passado a limpo

— Enfim, juntos! — O que estamos a fazer aqui mesmo? — Era pra ser bom, né. — Juntos. — O plano era bom. — Juntar. — Cá estamos, juntos. — E agora? — Não era pra ser bom? — Não tá bom? — Pensei ser melhor. — Já foi melhor, né… — Antes do junto… — Mas agora nossa história é aqui. — Mas nós nem estamos aqui. — Tudo tem a nossa cara, não vê? — E nós, cá, não existimos. — De quem é
— Mal te enxergo nessa distância. — Logo estaremos de mãos dadas. — Perambeira, óleo e pó em meu coração, boca e vistas. Não te quero, não te gosto e não te vejo como há tempos vi. — Vem me ver. — Não tenho olhos mais para isso. — Lembra de mim. — Não tenho cabeça mais para isso. — Pense no que posso te dar. — Barganha? — Isso! Por você, tudo! — O que estas a me oferecer? — Te dou o
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247 – Foi recolhida de circulação na tarde desta segunda-feira 22, em entrevista coletiva do ex-presidente Fernando Henrique e do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, em São Paulo, a tese que ambos haviam divulgado em benefício da adversária Marina Silva, do PSB. Assim como deram a senha, em uma declaração pública, no caso do ex-presidente, e em entrevista a um jornal, como fez Fraga,
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O jornalismo tendencioso da Globo e da grande mídia revela um complô para derrotar Dilma por Pedro Porfírio O uso da mídia oligopolista como arma para desestabilizar a candidatura de Dilma Rousseff salta à vista, por que é feita na maior sem-cerimônia, e mostra a que grau de baixeza chegou a partidarização do jornalismo. A Globo resolveu jogar todos os seus programas na tentativa de minar a
Hoje a amanhã serão dias de grande ansiedade na campanha. Os boatos vão se espalhar a toda a velocidade. Porque a mídia está completamente atarantada com a rapidez da dissolução da candidatura Marina Silva. O Datafolha publicado hoje sobre o Ceará dá mostra desse processo. Em pouco mais de duas semanas, Marina cai de 24 para 18%, o que é perder um a cada quatro eleitores. 
Muito do que a gente vive é sonho. Sem sonhos, a gente não chega a lugar algum.
A linha básica de sua argumentação sobre o assunto é que a corrupção não era investigada antes e agora é. Daí a diferença. É, de certa forma, um raciocínio educativo. O brasileiro médio se acostumou erradamente a pensar que corrupção só existe no Brasil. Mais especificamente: só em governos populares, de Getúlio a Jango, de Lula a Dilma. 
Chegamos na reta final de campanha, momento em que devemos intensificar e estreitar ainda mais a comunicação direta com a população, momento em que todos os dirigentes, deputados(as), prefeitos(as), vereadores(as) e militantes devem dedicar maior tempo às atividades de rua, momento de mostrar os avanços e as conquistas do nosso governo, momento também de mostrar que vamos fazer mais e melhor no
De tudo que Dilma disse nesta campanha eleitoral, talvez sua manifestação mais importante tenha sido a seguinte: “Marina ficou 27 anos no Partido dos Trabalhadores. Todos os seus mandatos ela obteve graças ao PT. Dos 12 anos aos quais ela se refere, oito ela esteve no governo ou na bancada do partido no Senado Federal. Eu acredito que não é possível que as pessoas tenham posições que não honram a

Dilma foi à TV pedir um teste de DNA no programa de governo de Marina

WERNER COIFFEUR - Após ter acesso aos números da pesquisa Marie Claire para a corrida presidencial, Dilma Rousseff resolveu diversificar seus ataques a Marina Silva. "A candidática tirou as sandálias da humildade no último debate e fez com que Eduardo Jorge e Levy Fidelix concordassem pela primeira vez: foi um futum desgraçado! Êta mulherzinha para ter chulé", declarou a presidenta, enquanto erguia um Tenys Pé Baruel Canforado. Os mercados reagiram mal à denúncia e o índice Bovespa caiu 3 pontos.

Em seguida, Dilma apresentou um dossiê, feito pela Polícia Federal, sobre as cutículas de Marina. "Minha santa periquita do bigode oxigenado, aquilo ali já é um bife!", disse a mandatária. "Também pedi para a Abin apurar o boato de que ela tem caraca no sovaco. Não vai ficar pedra pome sobre pedra pome", ameaçou.




A presidenta convocou a base aliada para pressionar por uma CPI que investigue o penteado da candidata do PSB. "Ela está sempre de cabelo preso. Por quê? É oleoso? Aí tem coisa e o Brasil precisa saber!", atacou.

Merval Pereira especula que o chulé de Marina alterará drasticamente a corrida presidencial. "Trata-se de um fato novo que coloca em xeque o poder de desodorização do governo petista", analisou.
do The i-piauí Herald

Dos teatros da vida, por Jader Pires

O soltar das mãos

— Ande logo! Sai já da minha casa!

— O amor embotado que se mostra em manto de violência.

— Me machucou, agora dou-lhe o troco!

— Te dei a liberdade de não mais conviver comigo que já não quer mais.

— Me machuca!

— Uma dor que de dentro pra fora de manifesta. É outra a coisa que lhe entrego, e não mal querer.

— Eu não sou passado!

— Tampouco pode ser meu futuro.

— Esquecerei o teu rosto e não lembrarei nunca mais da tua voz!

— Retribui com muro a quem te oferece nova caminhada.

— Tirou de mim o chão!

— Eu estou te dando todo o solo do mundo para pisar.

É inútil voto útil em Marina

247 Candidata do PSB segue em queda, mas recuperação de Aécio Neves, do PSDB, ainda é lenta; dado do momento é a volta da possibilidade de eleição ser decidida em 1º turno, a favor da presidente Dilma Rousseff; ela teria, segundo apuração da revista Fórum com um dos partidos em disputa, 40% contra 22% de Marina Silva e 17% para Aécio; tucanos graduados como ex-presidente Fernando Henrique e ex-presidente do BC Armínio Fraga, que aventaram hipótese de fortalecer Marina Silva para derrotar o PT, recolhem tese de circulação;


"Tudo o que precisamos agora é ter garra para chegarmos ao segundo turno", conclamou FHC; "Parem de investigar", retrucou Fraga a jornalistas, em São Paulo, que o questionaram sobre suas declarações simpáticas a Marina feitas ao jornal O Globo; a 13 dias das urnas, eles descobriram que "não melindrar" a postulante do PSB, como queria FHC, não ajudou nem a ela nem a Aécio; há tempo de empolgar a militância tucana outra vez?
Continua>>>

Eu não voto em Dilma para derrotar Aécio ou Marina

"Eu voto em Dilma porque acredito no seu projeto de Brasil Sem Miséria"

@blogdoailton

Voto útil do PSDB em Marina se tornou inútil

247 – Foi recolhida de circulação na tarde desta segunda-feira 22, em entrevista coletiva do ex-presidente Fernando Henrique e do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, em São Paulo, a tese que ambos haviam divulgado em benefício da adversária Marina Silva, do PSB. Assim como deram a senha, em uma declaração pública, no caso do ex-presidente, e em entrevista a um jornal, como fez Fraga, para que os tucanos não incomodassem a adversária Marina Silva, do PSB, agora ambos sustentam que é preciso empolgar a militância do PSDB para levar o candidato Aécio Neves a ultrapassar a ex-ministra e, assim, ele próprio atingir o segundo turno, no qual mediria forças com a presidente Dilma Rousseff. Em outras palavras, a tese envergonhada do voto útil tucano a favor de Marina, miou.




Enquanto FHC chegou a declarar, ao lado do candidato do partido, Aécio Neves, que não queria "melindrar" a candidata do PSB, Fraga disse ao jornal O Globo, no último final de semana, que "claramente não é fácil" para Aécio chegar ao segundo turno. Num impulso a Marina, também disse, ao mesmo veículo, que "genericamente" a adversária tem o mesmo programa econômico do postulante tucano. Vindas de quem vieram, uma vez que FHC foi quem lançou Aécio, e Fraga ganhou do candidato a nomeação antecipada como ministro da Fazenda, em caso de vitória tucana, as declarações soaram como senhas de confusão no ninho tucano. Afinal, a orientação do maior quadro político e do principal nome econômico seria mesmo a deixar Marina passar sem incômodo sobre Aécio em nome do objetivo maior de derrotar o PT? Ou ocorreu apenas um mal entendido?

Agora, porém, a luz das tendências registradas nas pesquisas dos maiores institutos, já se sabe que os movimentos de FHC e Fraga foram inúteis para a campanha do próprio PSDB. Também nesta segunda 22, o portal Fórum, editado pelo jornalista Renato Rovai, noticiou que uma das campanhas presidenciais trabalha com um quadro eleitoral que marca 40% de intenções de voto para a presidente Dilma, contra 22% para Marina e 17% para Aécio.

No segundo turno, de acordo com a mesma fonte, a presidente já estaria com seis pontos percentuais adiante da adversária do PSB. A estarem certos, esses indicadores apontam que, ainda numa situação de empate técnico, a candidata do PT teria apenas 1% a menos do que a soma de seus adversários. Dilma estaria, assim, a apenas um ponto de vencer em primeiro turno.

Para que exista o chamado voto útil, o partido que abre mão de pedir o sufrágio para seu próprio candidato tem de enxergar num postulante de outra legenda chances de reais de bater o que esse mesmo partido considera como o mal maior. Na prática, os tucanos deixariam de votar em peso em Aécio para que Marina tivesse mais chances de superar Dilma. No entanto, os números estão mostrando que a candidata do PSB vai, dia a dia, perdendo intenções de votos. Aécio, na mão contrária, parece ter estancado sua própria sangria. Ele fez bem o movimento de voltar a concentrar-se em Minas Gerais, seu berço político. Dessa forma, desde a semana passada passou a reduzir perdas e, até mesmo, a recuperar pontos importantes. Combinado com o declínio de Marina, a estabilização com viés de alta de Aécio devolveu-o ao páreo.

Fernando Henrique, que havia, sem meias palavras, determinado que o alvo preferencial do PSDB deveria continuar a ser Dilma e o PT, nesta segunda 22 voltou atrás.

- Eu não sou marqueteiro. Quem tem de avaliar o caminho a seguir neste momento são o Aécio e os marqueteiros dele. Da minha parte, o que eu acho é que temos de ter garra para chegarmos ao segundo turno com o nosso candidato. O que será do segundo turno, veremos depois. Por isso é que a eleição tem dois turnos.

A declaração foi dada ao final do almoço-debate do Lide - Grupo de Líderes Empresariais, presidido pelo empresário João Doria Jr. Com a presença recorde de 602 executivos de grandes empresas, que faturam anualmente mais de R$ 200 milhões por ano, FHC foi aplaudido de pé. Para entusiasmar, o próprio Doria fez uma defesa enfática de Fernando Henrique, atacando, sem citar nominalmente, seus sucessores petistas, Lula e Dilma:

- Tenho orgulho de ter o presidente Fernando Henrique conosco. Dos outros, não tenho.

O próprio FHC manifestou sua fé de que Aécio pode vencer as dificuldades da reta final e alcançar o segundo turno. Fraga, que falou antes, não parecia tão animado, mas, ao menos, evitou citar semelhanças entre a plataforma econômica tucana e a de Marina Silva. Como se sabe, o ex-presidente do BC foi 'nomeado' por Aécio como seu futuro ministro da Fazenda, em caso de vitória.

- O País já está em recessão. É relativamente fácil sair dela, mas para isso precisamos da confiança da sociedade, disse Fraga.

Os tucanos, assim, se mostraram unidos, diante de uma plateia de elite, o chamado PIB nacional. Mas a festa de comunhão em torno e Aécio não foi completa. Pesquisa Lide-FGV, feita entre os comensais, apurou que 53% acreditam que Marina será eleita presidente, contra 35% de projeções a favor de Aécio e apenas 12% de manifestações com o prognóstico de vitória da presidente Dilma.

À luz deste tipo de resultado, a nova pergunta que não quer calar é: a 13 dias das urnas de 5 de outubro, a estratégia de fortalecer Aécio e deixar Marina com seus próprios problemas vai mesmo empolgar da base, o corpo e a mente dos tucanos?