Gilmar Dantas Mendes é o maior exemplo que o STF tem que mudar

- *O judiciário é o mais corrupto dos poderes - 

Sou obrigado a lembrar, aqui, de uma frase de Wellington.
Quem acredita nos bons propósitos do ministro do STF Gilmar Mendes acredita em tudo.
Wellington me ocorreu depois de ler a entrevista que Mendes concedeu à Folha. Nela, ele chama a atenção dos brasileiros para o risco de um STF “bolivariano”, que faça o que o Executivo quer.
Que é necessário rever os critérios de nomeação para o STF, não está em discussão.
Mas Gilmar é a prova viva desse drama nacional.
Ele foi nomeado por FHC por suas afinidades extraordinárias com o PSDB, comprovadas ao longo de todos estes anos.
Tivesse FHC, ou algum sucessor tucano, a oportunidade e o tempo de nomear todos os juízes do STF, teríamos 11 Gilmares.
E agora, só agora, ele se dá conta de que é preciso desatrelar os juízes do Executivo?
Isso é demagogia. Isso é cinismo.
Num mundo menos imperfeito, a Folha, na entrevista, teria questionado Gilmar sobre sua própria indicação por FHC.
Mas este mundo, e a nossa mídia, é pleno de imperfeições.
Num antigo e altamente elogioso perfil para uma revista da Folha feito por Eliane Cantanhede, as simpatias de Gilmar pelo PSDB eram destacadas, e num tom triunfal, positivo, meritório.
Dou um passo adiante em relação ao STF.
Os juízes não podem ter a relação cúmplice que ao longo destes anos todos mantiveram com a imprensa.
Gilmar se deixou fotografar, feliz, ao lado de jornalistas como Merval Pereira e Reinaldo Azevedo em lançamentos de livros claramente partidários.
Numa democracia, a Justiça fiscaliza a imprensa e a imprensa fiscaliza a Justiça.
No Brasil destes últimos anos, a Justiça e a imprensa viveram num ambiente de absoluta, vexatória, despudorada cumplicidade.
O juiz Ayres de Britto, hoje aposentado, chegou ao cúmulo de prefaciar um livro de Merval sobre o Mensalão.
Isso conta muito sobre o caráter de ambos.
Em algum momento em que a sanidade se restabelecer sobre a República, se entenderá a gravidade da parceria Merval-Ayres Britto.
Nestas eleições, Gilmar foi o Gilmar velho de guerra.
Rejeitou, com um argumento risível, uma decisão do TSE de conceder direito de resposta à campanha de Dilma depois de uma daquelas já clássicas denúncias sem provas da Veja.
Seu argumento, essencialmente, era que o acusado teria que provar a inocência para merecer retratação.
Atendeu a um telefonema de FHC em favor de um candidato ficha-suja ao governo do Distrito Federal, ele que se dissera escandalizado quando alegadamente foi procurado por Lula em 2012 sobre os prazos de julgamento do Mensalão.
Alguma coisa séria tem que ser feita na composição do STF.
O Supremo tem que estar acima de partidos.
Gilmar é o maior exemplo disso.
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Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Reeleição foi vitória da ascensão social

- o resto é manobra das elites conservadoras e choro de mau perdedor -

O título acima, que damos a essa nota, é do primoroso artigo do arquiteto e urbanista Joaquim Cartaxo, secretario de formação política do PT do Ceará. O título inteiro do artigo do Cartaxo é “Ganhou na eleição a ascensão social de muitos. O resto é manobra das elites conservadoras”. Como nós concordamos com as duas versões de títulos, e em gênero, número e grau com o que diz o Cartaxo, recomendamos a leitura desse seu texto, mais uma análise da eleição nacional encerrada domingo pp. e quando se aproxima o fim de semana.

Getúlio, Dilma, a Oposição e a história

por Cesar Maia - Ex-blog

1.  Getúlio foi eleito em 03/10/1950, com praticamente 50% dos votos. Seus adversários da UDN e do PSD tiveram mais ou menos 30% e 20%.  Após eleito o general Canrobert ministro da guerra do presidente Dutra, lhe deu 3 conselhos,(ver Getúlio 3 de Lira Neto): a) não nomear para ministro da guerra,(exército), o general Estillac Leal presidente do Clube Militar, nacionalista e com idéias de esquerda; b) se afastar de Ademar de Barros que estava contaminado pela corrupção; c) cuidado pois podem assassiná-lo para que Café Filho assuma o governo.

2.  Os dois partidos da coligação vitoriosa tinham apenas 25% dos deputados dos 304, –PTB-51  e PSP-24.  Getúlio abriu o governo para o PSD, ( 37% dos deputados que ficou com 4 das 7 pastas civis), e até trouxe um ministro da UDN que não reconheceu como tal. A UDN elegeu 27% dos deputados e os pequenos partidos 11%.

3. Criou uma assessoria econômica discreta no Palácio do Catete, toda ela de esquerda com Romulo de Almeida, Jesus Soares Pereira.... O ministério que ele qualificava de “experiência”, era um saco de gatos, e fragilizado de saída com a qualificação que Getulio lhe deu.

4.  No final de 1951 com menos de um ano de governo, adotou 3 medidas de Natal : a) elevou o salário mínimo em quase três vezes,( de 380 para 1.200), no Rio e em S.Paulo; b) taxou adicionalmente a remessa de lucros em 8%; c) e decidiu negar a ONU e aos EUA o envio de tropa à guerra da Coréia. Euforia popular como se fosse uma segunda eleição.  A inflação que no governo Dutra vinha na média de 7%, passou a 12% no ano da eleição de 1950, e assim ficou em 1951 e 1952, mas dobrou em 1953 e 1954 para uns 25%. 

5.  A UDN transformou-se num partido golpista que recorreu ao TSE contra a posse de Getúlio por ele não ter conseguido a maioria absoluta, embora a Constituição não exigisse isso. É famosa a frase de Lacerda durante a campanha: Getúlio não pode ser candidato. Se for não pode ser eleito. Se for eleito não pode tomar posse. Se for empossado tem que ser derrubado. 

6. Espera-se que os primeiros movimentos pós-eleitorais do PSDB agora em 2014 não tragam de volta essa analogia.  Que a banda de música dos juristas da UDN não venha a ser a banda de musica dos cientistas sociais do PSDB.

7.   Na série de artigos reunidos em livro, “ 18 Brumário de Luis Bonaparte” ,(Napoleão III que restabeleceu o império na França através de plebiscito), Karl Marx afirma: "A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”.

8.  Mas a história ensina, em relação as formas adequadas e inadequadas que os líderes tratam as conjunturas. Especialmente em dois casos: nas conjunturas favoráveis, imaginando que são permanentes, e nas desfavoráveis imaginando que devem ser rompidas a golpes de força.

Portas abertas

Os socialistas insatisfeitos com os rumos e passos da cúpula do PSB - leia-se família Campos -, foram informados que as portas do PT estão abertas para a entrada e retorno - Luiza Erundina - ao partido.
Tapete vermelho e espaços políticos seriam garantidos aos que se decidam por unir forças para ajudar o governo da presidente Dilma Roussef.
Um dos interlocutores do PT definiu o espírito e tratamento que será dado aos neos-petistas oriundos do PSB:
"A casa é sua"



Pra desopilar

A esposa chega para o marido e diz:

- Amor, temos que abrir os olhos do nosso filho, alertar, mostrar que ele não deve casar com aquela bruxa.

- Eu não vou dizer nada. Quando foi para gente se casar, ninguém me alertou?...



Tucano togado enlameia STF

Gilmar Mendes -indicado ministro do STF por Fhc -, não cansa de fazer política no tribunal. Depois de garantir a roubalheira que o financiamento das campanhas eleitorais pela iniciativa privada - caixa 2, corrupção eleitoral -, o imoral quer impedir que a presidente Dilma Roussef exerça o seu direito constitucional de indicar os ministros do Supremo.

Haja cara de pau!

Abaixo a entrevista desse desqualificado:

na Folha (seria a folha de papel higiênico?)

Entrevista - Gilmar Mendes

O STF não pode se converter em uma corte bolivariana

Ministro diz que Supremo poderia deixar de ser contrapeso institucional e apenas chancelaria o executivo caso o PT indique 10 de seus 11 membros

VALDO CRUZ

O STF (Supremo Tribunal Federal) corre o risco de tornar-se uma "corte bolivariana" com a possibilidade de governos do PT terem nomeado 10 de seus 11 membros a partir de 2016.

A afirmação é do único personagem dessa conta hipotética a não ter sido indicado pelos presidentes petistas Lula e Dilma Rousseff: o ministro Gilmar Mendes, 58.

Indicado por Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 2002, ele teme que, a exemplo do que ocorre na Venezuela, o STF perca o papel de contrapeso institucional e passe a "cumprir e chancelar" vontades do Executivo.

A expressão bolivarianismo serve para designar as políticas intervencionistas em todas as esferas públicas preconizadas por Hugo Chávez (1954-2013) na Venezuela e por aliados seus, como Cristina Kirchner, na Argentina.

"Não tenho bola de cristal, é importante que [o STF] não se converta numa corte bolivariana", disse. "Isto tem de ser avisado e denunciado."

Sobre a eleição, Mendes fez críticas a Lula ao comentar representação do PSDB contra o uso, na propaganda do PT, de um discurso do petista em Belo Horizonte com ataques ao tucano Aécio Neves.

Lula questionou o que o Aécio fazia quando Dilma lutava pela democracia e o associou ao consumo de álcool. Ao lembrar do caso, Mendes disse: "Diante de tal absurdo, será que o autor da frase também passaria no teste do bafômetro? Porque nós sabemos, toda Brasília sabe, eu convivi com o presidente Lula, de que não se trata de um abstêmio", afirmou.




Pense antes de publicar

Trisha Prabh (14 anos - EUA), bem sabe a dificuldade de ser adolescente, e nesses tempos de internet...
Depois de descobrir que a área do cérebro responsável pela tomada de decisões só é completamente formada mais ou menos aos 25 anos, ela criou o software Rethink (Repense).
O sistema é simples:
Quando detecta uma mensagem suspeita, ele pergunta: "Você gostaria de revisa-la, repensa-la antes de publicar?"
Nas escolas que utilizam o Rethink diminuíram em 93% esse tipo de mensagem enviadas pelos alunos.