Dilma Roussef: Eu pretendo reduzir a inflação e não a meta de inflação

São coisas distintas.
Faremos uma política de combate a inflação que leve em conta também o fato que nós não vamos desempregar neste País. Ponham na cabeça isto!

Eu não estou falando que vou fazer o arrocho que eles - fariam - falaram. 
Pelo contrário, estou dizendo que vou manter o emprego e a renda.
Não falei que irei reduzir meta de inflação, que eles cantaram em prosa e verso.


Tão pouco concordo com choque de gestão.
Eu sei o estelionato que "choque de gestão" é.

Dilma - se sentindo confiante - Roussef

Os dentes, por Fernando Brito

no Tijolaço
duas
A colunista Monica Bergamo, da Folha, publica hoje as histórias dos brasileiros que teriam resolvido ir para Miami por causa da eleição de Dilma Rousseff.


É um bom contraponto à matéria que publicada ontem com Marinalva Gomes Filha, a agricultora de Paulo Afonso, na Bahia, que não quer sair de lá e está feliz da vida porque ganhou uma dentadura e um cisterna para guardar água.
Pena não terem sido publicadas juntas, lado a lado.
Claro que a história dos “emigrantes” é, essencialmente, conversa fiada feito a pobre Lobão e sua decadência. Afinal, se o Brasil “está virando uma nova Cuba”, é preciso providenciar os “exilados em Miami” para compor o cenário, tão falso quanto aquele Aécio de papelão para osselfies de seus fãs.
Aquela senhora, Deborah Albuquerque,   que apareceu nas redesxingando os eleitores da presidenta de “imbecis e miseráveis” e dizendo que, como era rica, ia morar em Orlando, a cidade do Disneyworld, admite que era balela a sua bravata e que “tem uma carreira aqui” de, diz a matéria, de “modelo, atriz e jornalista”. Vai, afinal, vai ficar por aqui atuando como a sub-celebridade autointitulada “Barbie Fitness”.
A Dona Nalvinha  também vai ficar por lá, cuidando de sua plantação de pimentão, alface, coentro e pimenta de cheiro, esperando a água voltar a chover sobre o sertão e o dentista público voltar de férias para que lhe faça uma prótese mais confortável ao uso.
Ninguém, a não ser quem sempre quis ir, vai embora.
Uns ficarão bradando seu inconformismo por, já tendo tudo, não quererem que gente como a Dona Nalvinha possa dizer que “A bolsa [família] me acudiu a fome e a cisterna mata minha sede”.
Estourando seus champagnes enquanto praguejam por lhes faltar nem sabem dizer o quê, são incapazes de entender que ela possa ter razões muito mais práticas para dizer: “não tenho do que reclamar, não, moço” .
Dizem que ela é “bovina” na sua ignorância, como devem ser “bovinos” os outros 188 eleitores da seção onde votou D. Nalvinha, que deram 92% dos votos a Dilma, como milhares e milhões de outros que não têm quase nada, nem dentes, mas têm gratidão aos governos que, pela primeira vez, não os olharam como lixo.
Enquanto eles, que têm muito, menos humanidade, não são capazes de ter alguma gratidão ao país que lhes deu o que possueme uivam como lobos.
Os dentes de D. Nalvinha são subsidiados com o dinheiro dos impostos, mas o reluzente branco do sorriso da Deborah Barbie também continuará sendo, porque abatem-se seus bons cuidados no imposto de renda,
Mas os de Nalvinha são menos vorazes.

Entrevista: Henrique Pizzolato

"A política sempre foi suja"
Acrescento: A imprensa e o judiciário, ainda mais



Pizzolato responde em liberdade por falsidade ideológica – ao ser abordado na casa de um sobrinho em Maranello, quatro meses após fugir do Brasil, o ex-diretor mostrou um passaporte em nome do irmão, morto há mais de três décadas. A Polícia Federal brasileira também o indiciou por falsidade.
La Spezia foi o primeiro refúgio do ex-diretor na Itália. Depois de esperar o horário de almoço dos carabinieri, recuperou seus documentos. Diante do prédio, Pizzolato disse que não falaria com jornalistas brasileiros. O repórter o informou que estava a serviço do Estado. Por 30 minutos, Pizzolato reiterou sua inocência e disse que o mensalão foi “criado” para minar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “A política é suja.”
Estado –  O sr. viveu um momento duro?
Pizzolato: Não. Na verdade, vivi melhor que no tempo que estava no Brasil. No Brasil, eu não poderia sair do meu apartamento. As pessoas me agrediam, me molestavam. As pessoas, quando eu passava pela calçada, me agrediam.
Estado – Hoje, o sr. é livre. 
Pizzolato: Sempre fui um homem livre. Não fiz mal algum. Temos todas as provas no processo. Não foi um processo pela Justiça. A política é suja e sempre foi assim. Isso é triste. Eles acham que podem fazer o que querem com as pessoas. Não se pode prender uma pessoa, destruir uma família para ter mais poder.
Estado - O sr. se sente uma vítima?
Pizzolato: Da má Justiça do Brasil. A liberdade de imprensa não se pode confundir com a liberdade de calúnia. Depois, com isso, fizeram um processo. Antes de o processo começar, a imprensa já tinha me condenado. E não era algo simples. Me lincharam em praça pública ao ponto de que eu não poderia me mover. Minha família estava sendo molestada. Não leram os documentos. A Folha, O Estadão, a Globo. Todos tinham os recibos do processo. Uma auditoria foi realizada e tudo foi usado em marketing. Não era um banco pequeno. Era o maior da América Latina e com todos os controles. Eu não tinha autonomia para mover um centavo. Tudo era feito com computadores. Mas fizeram uma história. Todas as contas foram aprovadas e não por uma pessoa ou duas. Mas pela auditoria interna, externa, o tribunal de contas, a Bolsa de Valores e ainda com ações em Nova Iorque. Ninguém encontrou que faltava algo.
Estado - O Mensalão então não existe?
Pizzolato: Com o dinheiro do Banco do Brasil não faltou um só centavo. Era impossível que alguém pegasse o dinheiro. Trabalharam com a fantasia popular. Era como se alguém pudesse sair de um banco com uma mala de dinheiro. Os bancos não trabalham mais assim. Agora, para cobrir a outras pessoas, fizeram uma história para fazer oposição. Se você quer fazer política, faça com propostas. Me crucificaram.
SAIBA MAIS

Mensagem dominical de Paulo Coelho




Quem é o mestre?
Um discípulo perguntou a Nasrudin:
- Como você se tornou um mestre espiritual?
- Todos nós já sabemos o que precisamos fazer em nossas vidas, mas nunca aceitamos isso - respondeu Nasrudin. Para entender esta verdade, precisei passar por uma situação curiosa.
"Certo dia, eu estava sentado na beira de uma estrada pensando no que fazer, quando chegou um homem e postou-se diante de mim. Para afastá-lo dali, eu fiz um gesto, e ele o repetiu. Achei aquilo engraçado, e fiz outro gesto;ele me imitou, e acrescentou um novo movimento.

Coluna dominical de Paulo Coelho





A arvore dos problemas
O carpinteiro terminou mais um dia de trabalho. Como era final de semana, resolveu convidar um amigo para beber algo em sua casa.
Ao chegar, antes de entrarem, o carpinteiro parou por alguns minutos, em silêncio, diante de uma árvore que ficava no seu jardim. Em seguida, tocou seus ramos com ambas as mãos.
Imediatamente seu rosto mudou. Entrou em casa sorrindo, foi recebido pela mulher e filhos, contou histórias, e saiu para beber com o amigo, na varanda.
Dali, podiam ver a árvore. Sem conseguir controlar sua curiosidade, o amigo perguntou o que fizera antes.

Jânio de Freitas: outras dívidas eleitorais

no Folha de São Paulo
Pela quarta vez, o estímulo procedente da Polícia Federal para as tendências do eleitorado não resultou. E as investigações desses estímulos, também não.
Logo depois de definidos os disputantes do segundo turno, os três passageiros de um táxi aéreo foram presos pela PF ao descerem no aeroporto de Brasília. Revistados, dizia o primeiro noticiário que um tinha R$ 80 mil, outro levava R$ 30 mil, e R$ 6 mil o terceiro. Esse total de R$ 116 mil foi baixando nos dois ou três dias em que ainda houve noticiário a respeito. Os três voltavam de Belo Horizonte, onde haviam trabalhado na campanha de Fernando Pimentel.
Fernando Pimentel? Petista.

Josias de Souza: Falta ouvir "Deus" no caso do juiz "Todo Poderoso"




Condenada a pagar indenização de R$ 5 mil ao juiz João Carlos de Souza Corrêa, a agente do Detran Luciana Silva Tamburini precisa recorrer ao STF. Há no processo um erro celestial. A sentença que manteve a condenação em segunda instância, no Tribunal de Justiça do Rio, anota: “Ao apregoar que o demandado era 'juiz, mas não Deus', a agente de trânsito zombou do cargo por ele ocupado, bem como do que a função representa na sociedade.''