Crônica

Somos netos do Trabalho e da Escola, não da riqueza
por Fernando Brito
zenogueira
O cidadão à direita na foto é meu avô, José Nogueira de Oliveira Sobrinho.
A foto é de 1929. Ele, de 1910.
Achada nos guardados de minha mãe, depois de sua morte, provocou uma cena interessante.
Meu filho de dez anos, nascido quase duas décadas depois de sua morte, chorou diante da descoberta de que “ele era pobre”.
E era, mesmo, pintor de paredes, como se vê nas roupas velhas, pintalgadas, e no chapéu improvisado com que evitava – nem todos – os pingos de tinta nos cabelos.
Mas era algo que o orgulhava, muito mais do que pudesse envergonha-lhe a pobreza.
Tanto que a foto, no verso, com a grafia trêmula dos mal-letrados, era dedicada a sua “queridinha Innocência, como prova de sincera amizade”, que viraria casamento no ano seguinte.
Minha faxineira, que estava comigo quando revirei as caixas e achei a foto, trouxe da filha – jovem adulta e já mãe – reação semelhante à do Pedrinho.
“Fernando, minha filha não acreditou que alguém mandasse uma foto para a namorada assim, vestido de farrapo e mostrando que era pintor de parede.”
É, uma foto mostrando que era pobre.
Ou, quem sabe, para a jovem moça do interior, mostrando que era trabalhador?
Os anos seguintes mostrariam o que ele – e ela, que se tornaria também trabalhadora – podiam alcançar com isso.
A chegada ao Rio, de segunda classe de trem, sem uma muda de roupa, porque na viagem roubaram seus poucos baús de papelão.
Com a ajuda do Sebastião, o Compadre, ao seu lado aí na foto, conseguiu se instalar na “capital”.
A casa de cômodos terrível, em Botafogo, depois uma melhorzinha, na Penha e, afinal, o conjunto do Iapi, moradia decente e boa.
A pobreza, agora convertida em vida modesta, nunca lhe foi uma vergonha, com apenas uma reserva pequena de mágoa pelo apelido de “Zé Galinha”, ainda quando vivia no interior e andava com as ditas cujas penduradas pelos pé numa vara, a vender pelo vilarejo de Conservatória.
Ao contrário: o trem da madrugada, as pilhas de costura feitas a pedal na velha Singer – que depois ganhou um motorzinho, que maravilha- por minha avó para a Casa Boneca, loja boa da Rua Voluntários da Pátria, o aprendizado dele, a melhorar a arte, sabendo fazer decapê, ouro velho, asa de barata e tantas pequenas artes da pintura, tudo isso nos era contado com orgulho e, no final, com saudades.
Nada, porém, se comparava à felicidade de ter formado a filha professora.


Na mesa de domingo, esticada com tábuas e parentes, o elogio que se fazia a alguém cujo nome vinha à conversa, era “ah, conheço, é trabalhador”.
Não era “é esperto”, “é safo”, “tá bem de vida”, “tá podendo”.
A pobreza passada e a modéstia então presente nunca foram um problema, como também não viam o pouco (para eles, grande) progresso como virtude individual excepcional.
Havia milhares de outros assim, nas travessas que se espalhavam pelo Iapi, estreitas de só passar um carro, contrastando com as ruas principais do conjunto, largas e ajardinadas , hoje devoradas pelos “puxados”.
O trabalho e a educação eram valores presentes ali, com cada geração indo melhor em ambos mas, nem por isso, desprezando os que lhe foram degraus.
Não, a vida não era perfeita e sempre tinha alguém no descaminho.
Mas a regra era outra e até o “tio” oficial do Exército havia sido menino cavalariço, a quem a farda permitiu estudar.
Nos víamos, orgulhosamente, como uma continuidade, o desdobrar de um processo de progresso que era coletivo desde a família até a rua, o bairro, a cidade, o país.
Um caminho em que o esforço não era sacrifício.
Onde o trabalho, mesmo modesto, não era uma danação.
Onde aprender – tudo, na escola, nos livros, no jeito de empunhar o martelo pela ponta do cabo ou consertar os “fios de ferro” feitos de pano e viviam arrebentando – não era inútil, nunca.
Duas gerações, desde aquela foto, chegaram à universidade e ao trabalho intelectual.
Somos os netos do trabalho e da educação.
Mas estas modesta virtudes, por obra dos donos do mundo, foram deixada para trás.
Viramos “consumidores”, em lugar de cidadãos.
Meu pobre avô, com suas roupas respingadas de tinta e o salário mínimo, não pode ser visto com um homem feliz.
Mas era, e eu sou feliz e grato por ele.



编年史

我们是劳动和学校的孙子不是财富,

费尔南多·布里托
zenogueira
公民的权利的照片是我爷爷,何塞诺盖拉奥利维拉Sobrinho。
这张照片是1929年从它1910年。
在救我的妈妈发现,他去世后,他挑起了有趣的一幕。
我十岁的儿子,近二十年在他死后出生的发现面前哭“他是个穷人。”
它甚至,刷墙,如旧衣服,有点的,有临时帽子避免看到 - 不是全部 - 墨淋漓的头发。
但是,这是一件骄傲的,远远超过你能惭愧贫困。
正因如此,在照片的背面,与虐待教育颤抖的拼写,是献给他的“亲爱的清白,因为真挚友谊的证明”,将婚姻变成下一年。
我的清洁女工谁与我同在的时候我滚箱子,发现照片,带来了她的女儿 - 一个年轻的成年人,并且已经母亲 - 类似于Pedrinho反应。
“费尔南多,我的女儿不相信有人将照片发送给他的女朋友这么破布衣服,表明它是墙上的画家。”
它是一个图象表示,这是不佳。
或者,对于年轻女士的内饰,表明它是工作?
接下来的几年中会显示什么,他 - 她,谁也做的工作 - 能达到它。
抵达里约,没有换洗的衣服,二类车,因为行程偷了他的几个纸箱箱子。
塞巴斯蒂安的的帮助  康帕德雷他身旁的画面出现,它成功地解决了“资本”。
可怕的房间,在博塔弗戈,然后在佩尼亚一个melhorzinha并最终整个IAPI,体面的住房和良好的房子。
贫困,现在转换成温和的生活,从来就不是一个耻辱,与由绰号“鸡乔,”伤只有一小储备,即使他住在与上述走去挂的站在一棒,在卖村学院。
相反,在早上的火车,老踏板歌手做缝纫电池-谁以后赢得的引擎,通过maravilha-我奶奶的  娃娃屋,国土志愿者街好店,学习它,以改善艺术,知道剥离回来,旧金,价格便宜的机翼和绘画的许多小艺,这一切都与骄傲接触,最终,小姐。
但没有什么可以比较具有形成女儿老师的幸福。

在周日的表,用拉伸板和亲戚,称赞这事的人的名字来说话,是“哦,我知道,是一名工人。”
这是不是“很聪明”,“是明确的未来,”“没关系的生活”,“'再能。”
过去的贫困,然后这个谦虚从来就不是一个问题,但也没有看到小(对他们来说,大)进度独特的个性化的美德。
有成千上万的其他使遍历点缀IAPI,只有狭窄的通一辆车,相较于整体的主要街道,宽,景观美化,今天吞噬“拉”。
工作和教育是当前值出现,每一代做的更好,但两者,即便如此,嘲笑他几步之遥。
不,生活并不完美,总是有一个人在贪污。
但规则是另一个,甚至“叔叔”军官曾男孩新郎,谁允许统一研究。
我们看到对方,自豪地,作为一个连贯性,改进的过程,是从家庭到街道,居委会,城市,乡村集体展开。
在其中的努力是不能牺牲的一种方式。
在这里的工作,即使是少量的,不是诅咒。
在哪里学习 - 一切,在学校,在书本上,在由电缆的末端挥舞锤子的方式或修复的“铁丝”布做的,住崩溃 - 这是不是无用的,永远。
两代人从画面,来到了大学和知识分子工作。
我们的工作和教育的孙子。
但是,这些温和的美德,由世界所有人的力量,被抛在后面。
我们把“消费者”,而不是公民。
我可怜的祖父,他的衣服溅满墨水和最低工资标准,不能被视为一个快乐的人。
但我是,我很高兴和感激它。

Diálogo - Mensagem da presidenta Dilma pelo Dia do Trabalhador

Famílias maviosas e seus capangas no mpf e judiciário intensificam perseguição a Lula

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A oposição midiática, empresarial, partidária, financeira e togada desesperada com a possibilidade de Lula ser novamente candidato a presidente em 2018, apela.

247 - Ganha fôlego, neste fim de semana, a caçada judicial e midiática ao ex-presidente Lula, que é potencial candidato do Partido dos Trabalhadores à presidência da República, em 2018; reportagem de Época, da família Marinho, traz, em sua capa, uma denúncia do Ministério Público contra Lula por "tráfico de influência", em favor da construtora de Marcelo Odebrecht, que leva seu sobrenome; a tese do MP é que Lula receberia vantagens da empresa, como viagens internacionais, para ajudar a abrir portas no governo para a empreiteira; a investigação inicial, que condena a diplomacia comercial de um ex-presidente, algo comum no mundo inteiro, já garantiu pelo menos uma condenação; em Época, Lula é "o operador"; detalhe, caso foi aberto há apenas 11 dias




PT lança ofensiva contra silêncio sobre a Zelotes


Deputado Paulo Pimenta (RS-PT) relator da subcomissão especial da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, criada para acompanhar o caso, "tenta romper o muro de silêncio que se vai construindo em torno da Operação Zelotes", diz Tereza Cruvinel, colunista do 247; ele terá hoje um encontro com o procurador Frederico Paiva e com o delegado Marlon Cajado, da Polícia Federal, responsáveis pelas investigações do mega-esquema de corrupção no Carf, em busca de informações; segundo a jornalista, deputados da subcomissão suspeitam que eles "venham enfrentando dificuldades para prosseguir com as investigações. Já tiveram pedidos de quebra de sigilo e de prisões preventivas negadas pelo Judiciário, por exemplo"; e "por isso vem crescendo, na Câmara, a defesa da instalação de uma CPI Mista do Carf" 



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Já foi tarde

- Agindo como uma ratazana que abandona o barco carregando um bom pedaço do queijo. No caso em questão, o queijo é o mandato de senadora. Bem a altura do que ela revelou ser - uma oportunista -. ***A caminho do PSB e de uma nova candidatura à prefeitura de São Paulo, a senadora Marta Suplicy formalizou nesta terça-feira sua desfiliação do PT. Na carta que encaminhou à legenda, ela anotou que os






Meerkat e Periscope

Os dois aplicativos são bastante parecidos – até demais, diga-se de passagem. O Meerkat surgiu primeiro e virou febre durante o festival South by Southwest, realizado todo ano no Texas, nos Estados Unidos. Pouco tempo depois, o Twitter resolveu dar uma resposta à altura e anunciou o lançamento do Periscope. Ambos os aplicativos fazem exatamente a mesma coisa: transmissão de vídeo em tempo real. E
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Para ter um bonsai bonito e saúdavel basta alguns cuidados simples, confira: Local adequado Assim, você precisa escolher um local onde o sol incide diretamente no bonsai, de preferência o sol da manhã ou final da tarde, com no mínimo de duas a três horas de exposição. Procure evitar o sol do meio dia quando a intensidade dos raios é bem maior. Evite locais fechados com
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