Honestos e leais cabem num fusca



Para Desonestos, desleais, covardes e golpistas ladrões da Democracia transatlântico é pequeno para cada um dele. A vontade de roubar nunca cessa, já dizia minha Vó Briguilina.

Leiam com atenção a ironia do jorna-lista Josias de Souza:
Manuel Bandeira decifrou a alma brasileira quando discorreu sobre o anseio de estar em Pasárgada, um lugar onde era amigo do rei. Em essência, é o que todo brasileiro médio deseja.

Se o brasileiro for parlamentar, dispensa todas as outras maravilhas da terra idealizada pelo poeta —do banho de mar à mulher desejada na cama escolhida— se tiver cargos, verbas públicas e alguma influência no palácio do rei.

Dilma Rousseff, a monarca da Pasárgada petista, conseguiu a proeza de afugentar aliados. Ofereceu mundos e, sobretudo, fundos. Mas seu rol de amigos foi reduzido, na comissão especial do impeachment do Senado, a uma minoria vexatória.

O processo de impeachment da rainha foi admitido por 15 votos a 5. O placar seria de 16 a 5 se o presidente da comissão, Raimundo Lira, não tivesse preferido, por elegância, se abster de votar.

A esse ponto chegou Dilma: seus aliados na comissão do impedimento cabem num fusca. Todos sabem de antemão que, levado ao plenário na próxima quarta-feira, a continuidade do processo de afastamento será aprovada.

É o golpe da maconha intrujada, Lewandowski! por Armando Rodrigues Coelho Neto

Como defensor dos direitos humanos, eu não desejaria ao Jair Bolsonaro um julgamento feito por aqueles que ora julgam Dilma Rousseff. Nem gostaria de ver o Jair Bolsonaro vivendo um "Apolo 11" controlado pelo torturador Brilhante Ustra. Menos ainda ver o ministro Ricardo Lewandowski diante de um juiz suspeito, processado, com duvidosas contas na Suiça.

Feita a ressalva, eu diria aos dois que todas as atrocidades feitas durante o nazismo e ou contra os negros durante a escravidão ocorreram dentro da lei. Do mesmo modo, mulheres cujos clitóris são mutilados ou tem suas vaginas costuradas mundo afora; crianças forçadas a casar muito cedo e corriqueiramente são violentadas são fatos protegidos por lei nos países que adotam tais práticas.
Nesse sentido, a referência legal é relativa. Aliás, nos casos de erros contra a pessoa os ritos são dentro da lei. Os casos decididos por juízes parciais e ou impedidos se dão dentro da lei. Escudar-se na aparência de legalidade para negar o golpe em curso soa como temeridade. Que o tal argumento parta do Bolsonaro, do Eduardo Cunha, do Paulinho da Força, tudo bem. Na Suprema Corte, não!
Uma simplória análise desse circo capitaneado por Eduardo Cunha tem cara do golpe da maconha intrujada, muito comum entre policiais corruptos. Algum caso já deve ter chegado à Suprema Corte. Algo assim como, a presidente Dilma Rousseff que não pagou mensalão e... desculpe (!)... o maconheiro não pagou a propina, o policial intruja a droga. Como policial, testemunha, juiz não gostam de maconheiro, tudo corre dentro da lei: advogado, ampla defesa, figurino constitucional...
Pois bem, senhor Ricardo Lewandowskii, a Dilma não deu os seis votos que Eduardo Cunha tentou extorquir para abafar o zum-zum das contas dele na Suiça. Aliás, ao que consta, descobertas pelos suíços, pois a "Farsa-a- Jato" foi criada pra caçar Lula/Dilma/PT e não pra vasculhar a vida do Presidente da Câmara. A CPI dos Precatórios, a Operação Macuco e Banestado falam por si.

Meme do dia



Maranhão pode anular o golpe

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Agora cabe ao novo presidente da Câmara Federal, Waldir Maranhão (PP-MA), decidir sobre um recurso da presidente Dilma Rousseff para anular a votação da admissibilidade do impeachmnt. Em petição de 25 de Abril, o advogado-geral da República - AGU -, José Eduardo Cardozo requereu que os autos do processo volte a Câmara e que seja declarada a nulidade da votação.

"A decisão do Supremo de afastar o Eduardo Cunha do cargo mostra clarissimamente. Indiscutível. Ele agia em desvio de poder", reafirmou ontem Cardozo."

Imediatamente após o STF decidir por unanimidade afastar Eduardo Cunha da Presidência da Câmara, ele mandou um duro e direto recado para Michel Temer:

"Com uma canetada, Maranhão pode agora levar o impeachment à estaca zero"

Maranhão votou contra o golpe no dia 17 de Abril.

Os golpistas estão em pânico.

Afastamento tardio de Cunha evidencia o banditismo, por Jeferson Miola



Passeio sideral
Ganha uma viagem à lua, Marte ou aonde o homem consiga chegar quem descobrir algum motivo que não existia em 15 de Dezembro de 2015, quando Rodrigo Janot - Procurador-Geral da República -, pediu o afastamento de Eduardo Cunha ao STF - Supremo Tribunal Federal -, que passou a existir ontem 05 de Maio de 2016 para o ministro do Supremo Teori Zavaski finalmente determinar o afastamento do deputado Eduardo Cunha (Pmdb-RJ), da Presidência da Câmara dos deputados.
Em 15 de dezembro de 2015, o Ministério Público pediu ao STF o afastamento de Cunha, cuja extensa ficha criminal já era de conhecimento público. Apesar de ser réu na justiça, Cunha não só manteve o mandato parlamentar como foi preservado na Presidência da Câmara dos Deputados para acelerar o golpe de Estado.

A decisão do Teori chegou, portanto, com 125 dias de um atraso que parece ser intencional, deliberado. Neste intervalo de tempo, devido a esta complacência inaceitável, o mandato legítimo conferido à Presidente Dilma por 54.501.118 votos foi alvejado por um golpe de Estado perpetrado por uma "assembléia geral de bandidos comandada por um bandido chamado Eduardo Cunha", como relatou a imprensa internacional.

No artigo "o STF na engrenagem golpista", dissemos que a cumplicidade ativa – ou a cumplicidade por acovardamento – do STF com o golpe prova que a justiça não só tarda, mas também falha. No caso do impeachment sem crime de responsabilidade, o resultado da falha da justiça não é apenas a injustiça, mas é um golpe contra a Constituição e contra o Estado Democrático de Direito. O STF é parte da engrenagem golpista. Alguns juízes que integram a Suprema Corte atuam partidária e ativamente em favor da dinâmica golpista. Outros juízes, ainda que não atuem abertamente pelo golpe, porém com seus silêncios, imobilismos e solenidades, também favorecem a perpetração do golpe.

A decisão do juiz Teori, que em dezembro de 2015 seria saudada e festejada como a afirmação da ordem jurídica e da moralidade pública, infelizmente é recebida neste 5 de maio de 2016 com um misto de decepção, nojo e descrença nas instituições. Cunha deveria ter sido afastado, cassado e condenado à prisão há muito tempo. Contudo, deixaram-no livre para destruir o bem mais valioso de uma democracia, que é o mandato popular de Presidente da República.

O afastamento dele, ocorrido somente ontem, e sem evidências diferentes daquelas que já existiam previamente, é mais uma prova de que a aprovação do processo de impeachment da Presidente Dilma não passou de um ato de banditismo comandado por um bandido.

O mundo inteiro sabe que está em andamento um golpe de Estado no Brasil; que o impeachment é um atentado contra a Constituição e o Estado Democrático de Direito. É por isso que os golpistas tentam, desesperadamente, mascarar uma fachada limpa do pós-golpe. Afastar Cunha é uma tentativa inútil de higienizar um pouco o chiqueiro do regime golpista. Com a iminência de completarem a farsa do impeachment no Senado, os golpistas têm pressa em se livrar do fardo chamado Eduardo Cunha para diminuir o constrangimento do principal sócio dele na empreitada golpista, o conspirador Michel Temer.

STF: Cumplicidade ou omissão?



Caso o STF tivesse tomado a decisão de afastar Eduardo Cunha quando a PGR - Procuradoria-Geral da República pediu (05 meses atrás) o golpe teria sido abortado, por que não fez isso?

  • Cumplicidade
  • Omissão? 
  • Os dois? 
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O contragolpe de Eduardo Cunha


Hoje visto como entulho para o eventual futuro presidente Michel Temer e seus parceiros do golpe no STF MPF, Psdb, Dem, Pps e pig, o afastado deputado e presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha (Pmdb-RJ) mandou recado curto e grosso ao conspirador:

"Quem deu o pontapé inicial do impeachment também pode dar o apito final. Basta confessar que cometeu desvio de finalidade ao aprovar o pedido porque Dilma e o PT decidiram que os seus três deputados no Conselho de Ética votariam contra mim. Faço questão de lembrar que não é aconselhável abandonar um companheiro no meio do caminho".

O quadrilhão do golpe sabe que Cunha fala sério e que tem bala na agulha para dar o contragolpe, se quiser hoje mesmo.

A briga pelo botim começou mais cedo do que eles mesmos imaginavam.

#QuadrilhãodoGolpe