Judiciário - o mais corrupto e explorador dos poderes brasileiros


Esta escultura do do dinamarquês Jens Galschiot deveria estar em frente a todos prédios desse podre poder aqui no Brasil

A Lei Rouanet e o roubo institucionalizado

A Globo, através da Fundação Roberto Marinho, captou R$ 147 858 580 desde 2003, primeiro ano do governo Lula, até 2015.
Os valores não foram atualizados.
A FRM foi criada nos anos 70 e é uma instituição privada, teoricamente sem fins lucrativos, voltada, diz o site oficial, para “a educação e o conhecimento”. Ela “se dedica à concepção e implementação de museus e exposições”.
Entre outros projetos, estão sob seus cuidados o Museu do Amanhã, o Museu de Arte do Rio, a nova sede do MIS no Rio e o Museu da Língua Portuguesa.
O DCM teve acesso a dados do Ministério da Cultura. A fundação é apontada na linha dos “maiores proponentes”.
O ano em que mais se captou foi 2011: 35,2 milhões de reais. A destinação era a revitalização da Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, o Paço do Frevo, o MIS e o Museus de Arte do Rio – Mar, todos no Rio de Janeiro. O MIS, sozinho, abocanhou 20,7 milhões.
Refinando, chega-se aos “incentivadores”, como se vê abaixo:
Captura de Tela 2016-06-05 às 19.08.05

Quem mais doou, segundo a planilha, foi a Globosat, com 9,5 milhões, seguida da Globo Comunicações e Participações. A Infoglobo entra com 700 mil.
Grana para fundações é restituída no Imposto de Renda. Quando a fundação é do próprio grupo, tem-se uma situação ganha-ganha. O dinheiro sai do caixa da companhia, livre do fisco, e entra numa fundação que lhe pertence. É quase lavagem. E é, em tese, legal.
Um ex-diretor do MinC ofereceu uma explicação sobre a generosidade com a Globo na aprovação de projetos. “O MinC foi leniente na gestão. Havia gente muito próxima do mercado em cargos chaves. Para se legitimar no lugar de Gilberto Gil, o ex-ministro Juca Ferreira teve de fazer várias concessões”, diz.
Ele continua: “As prestações de contas são frágeis. Não se analisa nada direito. É uma festa.”
A Lei Rouanet financia boa parte dos institutos e fundações privadas no país — do Itaú Cultural, passando pelo Alfa até o Instituto FHC. É um cipoal de altos interesses.
No final de maio, o DEM entrou com um pedido de CPI, fruto da histeria coletiva de uma direita lelé segundo a qual artistas petralhas tinham ficado milionários com o incentivo. Assim que surgirem os verdadeiros beneficiários e o partido descobrir que deu um tiro no pé, a comissão será enterrada rapidamente.
Assim como ocorreu com a investigação da Polícia Federal dos cem maiores captadores. Sergio Moro mandou anular o requerimento de um delegado ao Ministério da Transparência. Segundo Moro, a apuração, “se pertinente”, deve ser feita em um inquérito à parte na Lava Jato e com “objeto definido”.
P.S - Assim como fez com a investigação sobre o triplex de Paraty (Mossack & Fonseca), apareceu um Marinho no meio da sujeira Moro e MPF dão um jeito de esquecer. Vem logo um...Isso não vem ao caso.



Frases para vida inteira

O que magoa não é a mentira. É jamais poder acreditar em quem mentiu pra mim, sem razão, sem que eu soubesse o porque.

***

Na traição, pelo menos um é vitima.

***

Sou um imbecil. Jamais revelo os segredos dos outros.

***

Hoje,
que as memórias se esvaem 
e os amigos fogem de mim,
só tenho minhas poesias
como amigas
confidentes,
mesmo assim,
impertinentes,
sem rima e vazias
não inspiram a menor confiança:
elas também me traem.

Ivone Boechat

Rir é o melhor remédio

Informe publicitário

- Zica vírus pode ser transmitido com um beijo -

Oxi. Mas num tão dizendo que essa mulésta é transmitida pelummusquito? Quem é abestado pra beijar musquito? aff maria, que diabéisso?


Amanhã no Rio de Janeiro ato contra o golpe e em defesa do patrimônio nacional

pblic
O movimento foi organizado pelos petroleiros mais tem a participação de muitas outras empresas públicas, entre ela Furnas, Correios e Banco do Brasil.
O convidado de honra é Lula. Dilma será a grata surpresa?

IV Prêmio Casa Claudia - Design de Interiores e Paisagismo



Homenagem a Paulo Mendes da Rocha


Janio de Freitas - tempos de avanços

Michel Temer só anda em marcha a ré, nos recuos diários, mas outros avançam por ele. Avançam nos direitos alheios, avançam contra princípios e leis, avançam nos truques, malandragens e golpinhos em benefício próprio ou do seu grupo.

As notícias de que a dúvida assedia senadores pró-impeachment alarmaram parte da imprensa, que voltou ao ataque a Dilma, e levaram à criação de novos golpinhos pelos governistas. Encurtar o prazo do processo no Senado, como pretendido por Michel Temer, é um casuísmo indecente. E indicativo de que o governo prevê estar incapaz, em setembro, de se aguentar.

Na mesma linha é a atitude do relator Antonio Anastasia, comandado de Aécio Neves (PSDB-MG), que rejeitou a inclusão, nos elementos de defesa, das gravações e delação de Sérgio Machado. Seriam "estranhas ao objeto deste processo", diz ele. Trata-se de processo de impeachment e as falas gravadas tratam, em grande parte, do impeachment. Há toda a pertinência em figurarem na acusação ou na defesa. A recusa de Antonio Anastasia é uma arbitrariedade, pessoal e processual, e restringe o direito de defesa. Em linguagem mais à altura anã da atitude, é um golpe baixo.

"Eu acho" é o verbo e o tempo verbal mais apreciados pelos brasileiros. Serve para muito mais do que expor opinião. "Eu acho que tem que ser assim" é definitivo, não opina. E assim aparece em muitas das frases de Romero Jucá (PMDB-RR) que propõem "um pacto" para "delimitar" a Lava Jato "até aqui", e sustar no ponto em que está "a sangria" do meio político.

No Senado articula-se, porém, a limitação de "achar" ao sentido de opinião, para derrubar o pedido de Conselho de Ética para Jucá. Ambos também do PMDB, o presidente do Conselho, João Alberto Souza (MA), e Renan Calheiros (AL) são os patronos da nova lexicologia. Por "achar" que Nestor Cerveró devia fugir, uma fuga que não resultaria em "delimitação" da Lava Jato, Delcídio do Amaral foi cassado pela unanimidade do Conselho de Ética.

A propósito de Romero Jucá, a Lava Jato, rápida na prisão de Delcídio, não se distingue muito do Senado. Mas tem novidades próprias, em uma de suas especialidades. Condicionar o acordo de delação premiada de Marcelo Odebrecht à disposição do seu pai de "também falar" é uma forma brutal de coerção. O envolvimento de familiares é um método muito ao gosto das ditaduras, e foi prática comum na ditadura militar. Não é necessário invocar a Alemanha nazista, portanto, para atestar a indignidade desse método.

Por sua recusa, até há pouco, a admitir a delação premiada, Marcelo Odebrecht é mantido preso há um ano. Pode-se compreender que a Lava Jato queira ouvir também o ex-presidente Emílio, responsável pelos maiores saltos de crescimento e capacitação do grupo empresarial, hoje operando em muitos países. Mas, para ouvi-lo, pôr em suas mãos a liberdade ou a prisão do próprio filho, é moralmente inadmissível.

A outra novidade não está no método, já conhecido. Está em sua persistência, já com mais de dois anos. O possível acordo de delação premiada do presidente da OAS foi suspenso porque Léo Pinheiro nega qualquer papel de Lula na reforma do apartamento e nas obras do sítio. Estas, pedidas por Paulo Okamotto, e aquela decidida pela empreiteira, sem que houvesse venda. Ou Léo Pinheiro diz o esperado pelos interrogadores ou não haverá delação premiada, porque a Lava Jato não crê no que está dito. Se, contudo, há descrença, é uma razão a mais para investigar –o que a Lava Jato pouco faz ou nem faz– e não para coerção.

 

Como complemento desse ambiente que começa no Congresso e termina na arbitrariedade ou na cadeia, o ministro da Transparência, Torquato Jardim, diz esperar dos funcionários que não apoiem o governo de Temer "a dignidade de pedir suas exonerações". O ministro talvez não saiba que os servidores públicos federais são da União, não dos governos. Alheios à versão Temer: ame-o ou deixe o emprego. 

Da Folha de São Paulo