Uma homenagem ao ambulante Luiz Carlos Ruas, espancado até a morte na noite de Natal

O Índio do metrô que encantou
Singela homenagem que fazia muito bem, por Casé Angatu via Facebook
Conheci o Índio, vendedor ambulante, na Estação do Metrô Pedro II no final dos anos 90 quando lecionava na UNIABC em São Caetano do Sul. Na volta quase sempre passava pela barraquinha dele. Depois que deixei de trabalhar em São Caetano e ia andando do Tatuapé até a UNIFMU na liberdade para lecionar, por vezes, também dava uma passadinha por lá. 
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“Seu Índio” ou "apenas Índio” (o que já é muito) era uma figura única em sua simpatia ... gente pra lá de boa. Generoso permitia que pagassemos depois quando nao tinhamos dinheiro.
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Puxando pela memória um dia ele disse, me chamando também de Índio: 
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- “O Índio sabia que meu apelido é Índio?” Então perguntei:
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- “Você é Índio de onde?” Ele respondia, sempre sorrindo com aquela cara de gente boa:
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- “Sou lá do norte do Paraná (sempre entendia como Pará), mas não sei se sou Índio mesmo ... mesmo assim todo mundo me chama de Índio desde novo” ... e dava risada. Dizia eu:
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- “O senhor gosta de ser chamado de Índio?” Índio respondia:
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- “Gosto e muito” Eu falava:

- “Então você é Índio ... Seu Índio ... Isto que importa ... sua alma ...”
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Não lembrava o nome da cidade dele, mas lendo a matéria sobre o seu Encantamento, o nome é Guaraci (Paraná) – denominação Indígena para o Sol. Conversamos muitas coisas, entre elas a nossa idade. Lembro que nossa idade era quase a mesma ... e comentávamos: “Índio não envelhece...” e dávamos risada.
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Os anos passaram e não via mais o Índio, especialmente depois que mudei pra Bahia. Nem sabia que ele continuava na Estação Don Pedro.
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Fiquei com o coração doendo pela forma brutal como “Índio” Encantou no dia de natal - 25 de dezembro de 2016. Não irei comentar a brutalidade da morte porque não faz parte de nossa anga. Quando alguém nos faz crueldades como esta costumo dizer algo da sabedoria ancestral: "o que é seu está guardado e não sou eu quem irá lhe dar". 
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Como também sempre digo: "Não possuímos rancor, mas temos memória". Em nome desta memória de uma cidade (São Paulo) cheia de "Seus Índios" eu escrevo.
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Chorei e ainda com os olhos cheio de lágrimas escrevo esta pequena homenagem-lembrança ao Índio. O coração está apertado. Talvez por isto que escrevo este texto como forma de desabafar e, acima de tudo, sensibilizar neste mundo, por vezes, impermeável a sensibilidade.
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Na minha próxima estadia em Piratininga irei passar na Estação Don Pedro para, em silêncio, homenageá-lo. Homenagear o “Seu Índio” da Estação Pedro II.
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Sabe ... lendo e ouvindo o noticiário ... Índio Encantou como um Awa Gwarini Atã (Índio Guerreiro e Forte). Encantou defendendo outras pessoas que, como nós (com cara de Índio), sofrem preconceitos cotidianos. 
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Na minha lembrança e de muitos ficará a imagem dele como aparece na foto que copiei do noticiário ...sorriso fácil ... o Índio gente pra lá de boa. Nunca tirei foto dele porque não é meu costume e naquela época, quando conhecemos, fotografar não era "comum".
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Daqui a pouco irei conversar com as Encantadas das Águas e das Matas aqui em Olivença Indígena e Encantada...
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“Eu vi gemer lá na mata, ê 
Eu vi gemer lá na mata, ah
Seu Índio é Índio guerreiro 
que Tupã deixou na Terra para lutar pelo ideal
Viva nosso pai Tupã que ama muita gente”
AiÊNTÊN SEU ÍNDIO !!!*

Bolsa Michê x Bolsa Família

PF investiga chapa<br> Temer-Dilma

Os midiotas que foram as varandas bater panelas contra Dilma Rousseff, são os mesmos que condenam o Bolsa Família (Bolsa Esmola), e aplaudem o Michê gastar em guloseimas no avião presidencial o que daria para pagar 900 beneficiários do Programa.
Corja! 

Canalhas, canalhas, canalhas

Enquanto o Michê e sua quadrilha reedita a privataria tucana doando poços do pré-sal a preço de banana em fim de feira, a quadrilha de Curitiba quebra empresas brasileiras e comete crime de lesa-pátria para bajular o Tio Sam.

Ladrões, Ladrões, Ladrões!
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Dilma:

Caracas - Em entrevista à TV Telesur, da Venezuela, a presidente afastada Dilma Rousseff criticou o desmonte na Petrobras executado pelo governo de Michel Temer e diz que hoje o Brasil assista à "ampliação da desigualdade" com as medidas como o congelamento dos gastos públicos e flexibilização das leis trabalhistas. Sobre Temer, diz é categórica: "Ele não tem uma política própria. Ele apenas respalda a política do PSDB. O grupo político dele está sendo desmantelado com as investigações de corrupção". Dilma voltou a aponta as eleições diretas como única saída para a crise; "O Brasil só vai se recuperar desta crise se houver eleições diretas para presidente. Porque só a eleição direta pode repactuar o País", afirmou.

Michê e Ranieri, dois trapaceiros imorais

Por Eugênio Aragão

O que estes dois homens têm em comum? Michel Temer e Ranieri Mazzilli foram premiados pela mesma circunstância excepcional para chegarem ao poder: a situação de emergência política. A breve passagem de Ranieri na presidência interina a partir de 2 de abril de 1964, após o golpe desferido contra o Presidente constitucional João Goulart, rendeu-lhe o curioso apelido de "presidente-modess", aquele que fica no melhor lugar, nos piores dias, só para evitar o derramamento de sangue. O destino não foi clemente com Ranieri. Em menos de duas semanas, premido pela junta militar, deixaria o lugar para o General Humberto Castelo Branco, "eleito" pelo Congresso Nacional. Já para Michel Temer, o destino se fez ébrio: premiou sua traição e lhe entregou uma responsabilidade muito além do que seu minúsculo tamanho pode suportar. Permitiu-lhe corromper o exercício do poder republicano, vangloriando-se de que ser impopular, para ele, seria uma vantagem, porque poderia empurrar à sociedade medidas amplamente rejeitadas, sem se preocupar com a opinião pública. Além de traidor, golpista e indigente intelectual e tecnicamente, mostrou um caráter autoritário que lhe dispensa repassar o poder aos militares. Mas, assim como Ranieri, sentou-se, por um golpe e uma trapaça, numa cadeira que o voto popular não lhe franqueou.

Lava jato

As mentiras de Azevedo, por Janio de Freitas

À falta de resposta no Painel do Leitor, volto aos depoimentos contraditórios do ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo.

Seu advogado, Juliano Breda, disse em carta à Folha que "a mudança no seu [de Azevedo] depoimento perante o TSE ocorreu em razão da análise de uma prestação de contas dos partidos que se mostrou equivocada, e não em razão de um fato do qual ele teria conhecimento direto".

O despacho 84/2016 da Procuradoria Geral Eleitoral, de 16.12.2016, diz que no depoimento para a Justiça Eleitoral em 17.11.2016 Azevedo "apresentou versão com traços divergentes em relação às afirmações feitas no depoimento prestado em 19.9.2016", à Lava Jato.

Neste depoimento, Azevedo apresentou a história de um encontro seu com Edinho Silva e outro petista para acertar a doação de R$ 1 milhão à campanha de Dilma. Nas palavras da Procuradoria Geral Eleitoral (PGE), está claro que são duas declarações explícitas e contraditórias.

A segunda, quando em novembro Azevedo foi indagado pela PGE sobre a divergência, depois que a defesa de Dilma desmentiu-o e apresentou cópia do cheque de R$ 1 milhão nominal a Michel Temer. A Azevedo só restava desdizer-se.

Breda diz ainda que "os encontros com Edinho Silva realmente aconteceram, fato que o próprio ex-ministro já admitiu".

O plural não estava no artigo. E o encontro para Edinho Silva pedir (e receber) R$ 1 milhão foi inventado por Otávio Azevedo: Edinho e seu acompanhante o negaram e, mais importante, a negação está implícita no reconhecimento de Azevedo de que o dinheiro não foi dado para Dilma, mas a Temer.

O despacho 84 foi mais longe, ao questionar a possibilidade de "desatendimento aos termos daquele acordo" (de delação premiada, com a Lava Jato). Por isso, e por ser assunto criminal, não eleitoral, remeteu a ação contra Otávio Azevedo "à Procuradoria da República em Brasília, para a adoção das medidas que entender cabíveis", e à Procuradoria Geral da República.

Ainda há o caso da declaração de Otávio Azevedo, aos procuradores da Lava Jato, de doação a Aécio Neves de R$ 12,6 milhões, que depois reconheceu serem, na verdade, R$ 19 milhões. O primeiro valor dava cobertura ao declarado na (também falsa) prestação de contas da campanha de Aécio.