A receita de Meirelles para liquidar a economia brasileira e viabilizar as privatizações, por J. Carlos de Assis

Não há a mais remota possibilidade de reverter a  depressão econômica brasileira com aumento de impostos e restrição aos gastos públicos. No entanto, insiste-se com essa estupidez. Estamos, inequivocamente, numa depressão, medida tanto pela contração do PIB – cerca de 9% em três anos – quanto pelo alto desemprego – cerca de 14% da população ativa, sem considerar o subemprego. Por que então o governo de Meirelles insiste em cortar gastos públicos e se revela inteiramente indiferente ao drama do desemprego?
Existem dois tipos de explicação para isso, que se complementam. Primeiro, é preciso compreender que o Governo da Ponte para o Futuro de Temer renunciou a qualquer tipo de políticas de desenvolvimento, já que seu foco central é somente a redução do espaço público na sociedade e na economia em favor da ampliação do espaço privado via privatizações. Trata-se de um objetivo em si, que traria, por conseqüência, a confiança do empresariado no Governo no sentido de retomar o investimento e, supostamente, o consumo e o emprego.
A apresentação dessas relações é simples, mas, contando eu mais de 40 anos de economia política, estou convencido de que a esmagadora maioria da sociedade não compreende o que tentamos  dizer. Nossa linguagem é obscura. Falamos em demanda no lugar de consumo,  de investimento público em lugar de gastos públicos de infraestrutura, de efeito multiplicador do investimento público deficitário em lugar de dizer simplesmente que o Governo deve meter o pé no acelerador de gastos para garantir o crescimento.
Como explicar para o cidadão comum, vítima do massacre ideológico sistemático de décadas a fio de propaganda neoliberal, que comprar a crédito pelo Governo é tão saudável quanto uma família recorrer a financiamento para equipar um pequeno negócio e tentar enfrentar o desemprego? É fundamental compreender que a maioria das crises, no capitalismo, começa pela redução do consumo. Sem consumo, inclusive consumo a crédito, empresários não vão promover a ampliação da produção. Isso, em conseqüência, leva à queda do investimento e do emprego.
Para enfrentar a crise é necessário, antes de tudo, aumentar o consumo do Governo, induzindo ao mesmo tempo o consumo final das famílias e o consumo intermediário (matérias-primas e insumos) dos empresários, os quais seriam estimulados a fazer novos investimentos. É evidente que, sem consumo, o investimento dos empresários não aumenta porque eles não tem perspectiva de vendas. É preciso que uma força de fora, o Governo, empurre o consumo, de forma a empurrar por sua vez investimento e emprego.
A contrapartida financeira do déficit do Governo, quando aplicado em ampliar investimentos em infraestrutura e gastos com serviços públicos, é o aumento da dívida pública, sem risco de inflação (o consumo está deprimido) ou de perda de credibilidade dos títulos públicos (a dívida cai depois de um período inicial de alta). Quando o Governo investe está automaticamente comprando bens e serviços do setor privado. O resultado é a retomada do crescimento global da economia. Aumenta a receita fiscal, reduzindo a dívida pública.
Refaçamos o circuito: consumo – gasto público – investimento – emprego – receita pública – consumo – redução da dívida. É um círculo virtuoso. Será que Meirelles e seus asseclas não sabem disso? É claro que sabem. Entretanto, se o objetivo ideológico do Governo é ampliar o espaço da privatização de empresas estatais, não faria nenhum sentido promover políticas de retomada do desenvolvimento a partir das próprias empresas públicas. Ao contrário, é preciso demonstrar de forma inequívoca que o setor público deve ser liquidado.

Juca Kfouri foi direto ao ponto

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Pergunta do jornalista do Extra Classe:

Na sua resposta você falou que hoje o Brasil não vive mais uma ditadura militar. Ousando um pouquinho, não acha que nós estamos entrando numa época de ditadura da toga?


Juca Kfouri: Acho sim. Eu acho e disse isso em praça pública, antes do impeachment. Acho que nós estamos vivendo um golpe em certos sentidos pior do que o golpe militar. Porque para que o golpe militar acontecesse foi necessário o uso da força. Terrível você viver em um país em que havia tortura, em que os opositores políticos eram mortos. Hoje, nós não vivemos isso, mas nós vivemos a implantação de um regime autoritário muito mais suave, muito mais imperceptível, que foi penetrando pelas camadas até culminar em um golpe de toga, parlamentar e midiático. Isso é muito claro. E que evidentemente é um golpe no qual o capital financeiro é quem dá as cartas. E tem uma porção de seguidores para manter essa situação e para fazer com que ela fique cada vez mais sólida no Brasil. Não tenho dúvidas de que é esse o quadro em que nós vivemos.

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Rir é o melhor remédio


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Em um bairro de classe média de Pindamonhangaba, haviam três vizinhas que sempre penduravam as roupas no mesmo varal, nos fundos de suas casas: Sofia, Júlia e Cláudia. 
Todas as vezes que chovia, Sofia e Júlia tinham que correr para pegar as roupas e, mesmo assim, elas já estavam completamente ensopadas.

— Assim não dá! — resmungou Sofia para Júlia, certa vez — Como será que a Cláudia faz pra saber quando vai chover? Ela nunca põe as roupas pra secar quando chove!

— Eu estou ouvindo tudo! — advertiu Cláudia, saindo de sua casa — Vocês querem mesmo saber como faço pra saber quando vai chover? Pois eu vou contar! Eu e meu marido dormimos completamente nus e, assim que eu acordo, olho pro pênis dele. Se estiver pro lado esquerdo, não vai chover! Então eu estendo as roupas tranquilamente. Agora, se o danado estiver pro lado direito, é chuva na certa! Aí eu deixo pra estender as roupas no dia seguinte!

— Tá brincaaaaaando! — exclamou Sofia, de boca aberta — Mas pera um pouco! E se o pinto dele estiver pra cima?

— Ah, vocês acham que eu vou lavar ou estender roupa nesse dia?


Poesia do dia

“Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa.
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, quero caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!"
*Mário de Andrade*



Repassando para que invejosos se mordam

😂🤣
Meu candidato à presidência da República em 2018 traz em seu currículo as seguintes distinções:

1. Aeronáutica lhe deu a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Militar, Ordem do Mérito Naval e Ordem do Mérito Aeronáutico – (Titulo perpétuo).
2. Grão-Colar da Ordem do Cruzeiro do Sul e da Ordem do Rio Branco – (Título perpétuo).
3. Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito - (Título perpétuo).
4. Grã-Cruz da Ordem do Mérito Judiciário Militar.
5. Grã-Cruz da Ordem da Águia Asteca (México).
6. Grã-Cruz da Ordem Amílcar Cabral (Cabo Verde).
7. Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada (Portugal).
8. Grã-Cruz da Ordem da Estrela Equatorial (Gabão).
9. Grã-Cruz de Cavaleiro da Ordem do Banho Reino Unido.
10. Grã-Cruz da Ordem de Omar Torrijos (Panamá).
11. Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito (Argélia).
12. Grande-Colar da Ordem da Liberdade (Portugal).
13. Grã-Cruz da Ordem de Boyacá (Colômbia).
14. Grão-Colar da Ordem Marechal Francisco Solano López (Paraguai).
15. Grão-Colar da Medalha da Inconfidência (Minas Gerais).
16. Grã-Cruz da Ordem do Mérito Aperipê (Sergipe).
17. Grã-Cruz com diamantes da Ordem do Sol do Peru (Peru).
18. Medalha do Mérito Marechal Floriano Peixoto (Alagoas).
19. Medalha do Mérito 25 de Janeiro, de São Paulo.
20. Medalha do Mérito Industrial do Brasil (Associação Brasileira de Indústria e Comércio).
21. Prêmio Príncipe de Astúrias (Espanha).
22. Prêmio Amigo do Livro, da Câmara Brasileira do Livro.
23. Prêmio Internacional Don Quixote de la Mancha (Espanha).
24. Medalha de Ouro "Aliança Internacional Contra a Fome", do Fundo das Nações Unidas contra a Fome.
25. Prêmio pela paz Félix Houphouët-Boigny da UNESCO, 2008.
26. Estadista Global entregue pelo Fórum Econômico Mundial em sua edição 2010, ocorrida em Davos – Suíça.
27. Prêmio L 'homme de l 'année (Homem do Ano), entregue pelo jornal Le Monde (França), edição 2009.
28. Prêmio Personalidade do Ano de 2009, entregue pelo jornal El País (Espanha);
29. Prêmio Mikhail Gorbachev.
30. Prêmio Chatham House 2009 do Reino Unido por sua atuação na América Latina.
31. "Brasileiro da Década" pela revista Isto é (2010).
32. Prêmio Norte-Sul do Conselho da Europa.
33. XXIV Prêmio Internacional Catalunha pelas políticas sociais e econômicas em seu mandato de Presidente do Brasil.
34. Ordem Nacional da República Benin, a mais alta condecoração beninense, na cidade de Cotonou.
35. Doutor honoris causa pela Universidade Federal de Viçosa.
36. Doutor honoris causa pela Universidade de Coimbra (Portugal).
37. Doutor honoris causa pela Universidade Federal de Pernambuco.
38. Doutor honoris causa pela Universidade Federal Rural de Pernambuco.
39. Doutor honoris causa pela Universidade de Pernambuco.
40. Doutor honoris causa pela Universidade Federal Fluminense.
41. Doutor honoris causa pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
42. Doutor honoris causa pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
43. Doutor honoris causa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
44. Doutor honoris causa pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
45. Doutor honoris causa pela Politécnica de Lausanne (Suíça).
46. Doutor honoris causa pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).
47. Doutor honoris causa pelo Sciences-Po (Institut d'Etudes Politiques de Paris).
48. Doutor honoris causa pela Universidade Federal do ABC.
49. Doutor honoris causa pela Universidad Nacional de La Matanza e Universidad Metropolitana de la Educación y el Trabajo (Argentina).
50. Doutor honoris causa pela Universidade de Salamanca (Espanha).
51. Prêmio Nelson Mandela de Direitos Humanos.
52. Prêmio Indira Gandhi.
E como se tudo isso fosse pouco, meu candidato recebeu na última semana outros 2 títulos de Doutor Honoris Causa de universidades da Bahia e Sergipe.
Você sabe de quem estou falando?

(Via Rodrigo Estrigoy - Facebook)

O que significa privatizar a Eletrobras, por *Joaquim Francisco de Carvalho


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A construção do Canal do Panamá começou em 1.881 e foi interrompida em 1.883, com a falência da empresa criada pelo diplomata francês Ferdinand de Lesseps, para promover e custear o empreendimento, tal como fizera com o Canal de Suez.
A obra ficou célebre na história dos grandes escândalos políticos e financeiros, a ponto de transformar a palavra “panamá” (entre aspas e com inicial minúscula) em sinônimo de negociata. Com a independência do Panamá, retomou-se o projeto e o canal foi aberto à navegação em 1.914; mas aí o pobre Visconde de Lesseps já tinha morrido, depois de ser fustigado pela Justiça francesa e desmoralizado pela imprensa.
Vejam como evoluem os costumes e padrões éticos, de país para país, de época para época. No Brasil, a partir do chamado Programa Nacional de Desestatizações (rebatizado de Programa de Parcerias de Investimentos), temos tido um rosário de “panamás”, cujos mentores, em vez de serem demitidos e ridicularizados como foi o Visconde de Lesseps, ocupam cargos importantes no governo e são homenageados nas colunas econômicas e noticiários de televisão. Quase todos, de simples professorezinhos de economia ou funcionários do BNDES e diretores da Eletrobrás e outras estatais, acabam transformados em empresários ou executivos de grupos poderosos.
Uma das primeiras contas de nosso rosário de “panamás” foi a desestatização da Light, que havia sido estatizada em 1.978, numa rumorosa operação em que a Eletrobrás assumiu uma dívida 1,2 bilhões de dólares e pagou 350 milhões cash ao grupo detentor da concessão, que aliás estava prestes a expirar. Para sanear as finanças e recuperar fisicamente a empresa, o Estado investiu de saída perto de US$ 2 bilhões e, depois, US$ 200 milhões por ano, em manutenção e reposição de equipamentos.
Já no governo FHC, com o Sr. José Serra no ministério do planejamento e seu amigo Mendonça de Barros na presidência do BNDES (a Sra. Landau cuidava das desestatizações), a Light foi desestatizada a favor da estatal francesa Électricité de France (EDF), associada à norte-americana AES e à Companhia Siderúrgica Nacional, então recém-comprada pelo grupo do Sr. Benjamin Steinbruch.
Curiosamente, os 2,2 bilhões de reais da época que o governo diz ter recebido, vieram em boa parte do próprio governo (BNDES, Eletrobrás e PREVI). Aliás, com a colaboração do genro de FHC, David Szilberstejn, que já o aconselhara no caso Light, o Sr. Steinbruch comprou (e depois revendeu) também a Vale do Rio Doce. Na época, a PGR não era como hoje, de modo que o Ministério Público não investigou esse “panamá”.

Golpe mata Bndes!


***
Lembram das aulas de História do Brasil na escola? Mais precisamente das “Reformas Pombalinas”?
Se não lembram em detalhes, não há problema nenhum:
- Isso porque estamos a testemunhar, justamente, a REENCENAÇÃO - em pleno Século XXI! - de um dos seus mais perversos desdobramentos para o nosso Brasil.
Duvidam? Acham que eu tô viajando?
Pois olhem a bomba golpista: (digo, a “bomba golpista” de hoje!)
G1: “Câmara aprova texto-base da MP que cria nova taxa para contratos do BNDES
Taxa de Longo Prazo (TLP) passa a valer em contratos do BNDES a partir de janeiro.
A TLP (Nota: MUITO mais alta!) substituirá a atual Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). (A nova taxa) precisa ser aprovada (...) para virar lei em definitivo (até) 7 de setembro”.