Hipocrisia fascista

 A foto ao lado é de soldados belgas lendo a Bíblia antes de enforcar mais uma criança. Isso aconteceu no Gongo em 1908.

Esta imagem representa muito bem o que acontece atualmente no Brasil, nas redes sociais e na vida real. Para começar bem o dia fascistas primeiro publicam vídeos, mensagens, salmos, canções e passagens do "Livro Sagrado", dão um pequeno intervalos e depois vem com a artilharia pesada de intolerância, assassinato de reputações, disseminação de mentiras etc. 

Na vida real fardados saem pelas periferias das grandes, médias e pequenas cidades do país matando pobres, pretos e putas.
Covardes!

Vida que segue

Reforma da previdência: me engana que eu gosto


Bolsonaro decreta sigilo de pareceres da previdência
Ministério da Economia blinda documentos que embasam a proposta enviada a Câmara Federal
Tijolaço - Só não é inacreditável a notícia de que Paulo Guedes decretou “segredo de Estado” sobre os pareceres e os números que embasariam sua proposta de mudanças na Previdência Social porque, no Brasil de hoje, é preciso acreditar em monstruosidades.
A explicação pífia de que estes estudos seriam “preparatórios” é absolutamente ridícula, porque eles já geraram uma ação de governo – a apresentação da PEC – e, portanto, já produziram efeitos e não se tratam de abstrações ou ensaios teóricos.
Sabe-se, graças à Instituição Fiscal Independente, que não é de R$ 1,1 trilhão a “potência fiscal” alegada por Guedes. Dizem os técnicos do Senado que é, na verdade, de R$ 670,9 bilhões, em dez anos. Nesta conta não está incluída a “mordida” nos abonos do PIS para quem ganha entre R$ 1 mil  e R$ 2 mil, que, isolada, jamais passaria no Congresso.
Mais da metade daquele valor apontado vem do adiamento das aposentadorias por tempo de contribuição, que sofram duplo desconto: o tempo extra, até que se completem os 62/65 anos do segurado, a nova fórmula de cálculo que estende para  toda a vida laboral – e não mais para os 4/5 melhores dos seus recolhimentos nos últimos 25 anos –  e ainda o brutal aumento para 40 anos de recolhimentos para que os segurados do INSS tenham direito a 100 desta média já rebaixada.
É daí, do trabalhador privado por tempo de contribuição – onde quase 90% ganham menos de R$ 2 mil mensais que virá mais da metade da “garfada”: R$ 352,2 bilhões.
Das pensões por morte do segurado, tira-se mais R$ 100 bilhões, diz o IFI e dos inválidos mais R$ 75 bilhões, enquanto a redução das aposentadorias rurais renderia mais R$ 50 bilhões.
A tal “justiça social” contida no aumento das alíquotas para os melhores salários dos servidores públicos da União, tão alardeada como mérito da reforma contribui com menos de míseros 3%  da economia: R$ 25,5 bilhões em 10 anos, brutos, e menos 28% disto, se compensado o valor da redução do IRPF, pois as contribuições previdenciárias são dedutíveis da base de cálculo.
Aliás, menos que a redução do IR recolhido com a faixa mais alta – de dois a cinco SM – que, segundo o IFI, “situa-se entre R$ 23,1 bi e R$ 32,5 bi, no período de 2020 a 2029”.
Tudo isso, porém, foi calculado com base nos resultados fiscais agregados de que se dispõe e não pelos ensaios específicos feitos pela equipe de Paulo Guedes.
Terça-feira, na Comissão de Constituição e Justiça, espera-se uma saraivada de cobranças pelo levantamento do sigilo imposto por Guedes às contas que embasariam seu projeto.
Mas, como somos o país onde o inacreditável acontece, é provável que a base do governo diga que não tem problema e que guedes, como aquele camelô do comercial de TV é a própria garantia de que as contas estão certa e salvarão Brasil.
Fernando Brito
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Para os bolsominions abestados, ser contra a conta cair no lombo dos mais pobres é estar "torcendo contra o país"...
Vão Tomar No Cu!
Vida que segue

Luis Nassif: Carvalhosa, o moralismo e a Lava Jato: uma questão de negócios

O que leva um advogado octagenário, bem sucedido, a se tornar um troll de Twitter, propondo o fogo do inferno para os ímpios, prisão para Ministros do Supremo e o escambau?
O advogado em questão é Modesto Carvalhosa, velho advogado comercialista paulista, da melhor estirpe quatrocentona. Conheço-o desde os idos dos anos 70, quando se discutia a nova Lei das Sociedades Anônimas. Jovem repórter do caderno de investimentos da Veja, eu ouvia Carvalhosa para obter frases de impacto, Fábio Comparato e jovens advogados de futuro, como Aryoswaldo Mattos Fiho, para conseguir análises e jovens.
Carvalhosa já tinha o estilo histriônico de hoje e o utilizava muito bem como ferramenta do seu marketing profissional. Conseguia espaço na mídia dando o lead e, através dele, incrementava seu escritório.
O Carvalho tuiteiro é apenas um upgrade do marcheteiro dos anos 70.
No Twitter, há duas maneiras de receber mensagens. Uma, seguindo o autor das mensagens. Outra, seguindo alguém que retuíte as mensagens de terceiros. Não sigo Carvalhosa e constantemente sou brindado com suas mensagens, sem que ninguém as tenha retuitado. Significa que as mensagens estão sendo impulsionadas. Isto é, alguém paga para que essas mensagens consigam alcançar outros públicos.
Nenhuma novidade. Acontece o mesmo com Augusto Nunes, José Roberto Guzzo e outros jornalistas que aprenderam a “lacrar” em mensagens curtas. Provavelmente sao agências a serviço do lavajatismo selecionando tuítes “lacradores”.
Mas, no caso de Carvalhosa, o buraco é mais embaixo.
Analise o tuíte abaixo.
A tal reportagem do Crusoé limitava-se a publicar um e-mail de Marcelo Odebrecht – provavelmente vazado pela Lava Jato – em que informa que existe um “amigo do amigo do meu pai”, que provavelmente seria Toffoli. O e-mail é do tempo em que Toffoli era Advogado Geral da União. E o e-mail não menciona nenhuma irregularidade ou tentativa de irregularidade.
Portanto, Carvalhosa sabe que não serviria sequer para uma manchete em jornal sério. Por que se comporta assim, então?
A idade estaria nublando a razão? Pelo contrário, Carvalhosa está mais atilado que nunca e descobriu no Twitter o maior impulsionador dos seus negócios advocatícios. Isto mesmo !
O bravo Carvalhosa é sócio da Lava Jato em uma reedição da class action, pela qual advogados espertos dos EUA arrancaram US$ 3 bilhões da empresa, com participação direta da Lava Jato. Poderá ser o maior negócio de sua bem-sucedida carreira de advogado.

Entendendo o golpe contra a Petrobras

Legalmente, uma empresa de capital aberto pertence aos seus acionistas. Há duas maneiras da corrupção incidir sobre a empresa.
A primeira, é quando a corrupção é em benefício da empresa. Isto é, permite fechar contratos, aumentar as vendas das empresas e o valor das ações. Se é propriedade de todos os acionistas, todos ganharam com a corrupção – mesmo sem estar diretamente ligado a ela. Logo, é justo que a empresa pague pelo praticado a quem perdeu – as empresas, clientes ou competidores vitimas da corrupção.
A segunda, é quando a empresa é vítima da corrupção. Se é vítima, significa que foi prejudicada.
A Petrobras claramente se enquadra nessa segunda situação.
Se foi prejudicada, o prejuízo incidiu sobre todos os acionistas. Ou se, TODOS os acionistas perderam.
Se uma parte desses acionistas aciona a empresa para ser indenizada, o valor da indenização incidirá sobre o conjunto restante de acionistas. Portanto, um grupo de acionistas espertalhões, assessorados por advogados espertalhões, estão avançando sobre o patrimônio dos demais acionistas que perdem duas vezes: pelos desmandos dos executivos da companhia, e pelas indenizações pagas a apenas uma parte dos acionistas.
Pode-se separar os acionistas entre os antigos e os que adquiriram as ADRs da Petrobras. Mas a lógica vale para todos.

O cálculo da indenização

Há vários indícios de que houve corrupção no acordo firmado com os órgãos americanos.
Primeiro, no cálculo da corrupção da Lava Jato. A Lava Jato inferiu que a corrupção foi de 3% sobre todas as obras do período, baseada na tal tabela Barusco – que indicou esse percentual de propina em algumas obras. Incluiu-se até um ajuste contábil nessa conta, o impairment, uma baixa no balanço ligada exclusivamente à queda nas cotações internacionais.
No início, imaginou-se que esses erros básicos de cálculo se deviam apenas aos exageros da Lava Jato, para mostrar serviço. Mesmo porque as propinas saíam da margem de lucro das empreiteiras.
Quando foi negociada a class action, percebeu-se a extensão da manobra: serviriam de base para os pedidos de indenização, nas ações abertas nos Estados Unidos.
Ora, era evidente que a queda no valor das ADRs  se deveram a dois fatores: queda nas cotações internacionais de petróleo (que obrigaram ao impairment, isto é, à readequação dos valores contábeis às novas expectativas de faturamento) e o terrorismo disseminado pela Lava Jato, inclusive levando provas documentais para o Departamento de Justiça processar a empresa.
Mesmo com todas essas manobras, os valores apontados não chegavam a US$ 1 bilhão. E a Petrobras, com aval da Lava Jato, pagou US$ 3 bilhões para acabar com as ações americanas. Não há nenhuma explicação para o valor pago. O acordo dependia apenas da concordância das partes – a Petrobras representada por Pedro Parente e a supervisão da Lava Jato.
E onde entra nosso bravo Carbonário, o Carvalhosa? Ele abriu uma class action para investidores brasileiros, nas mesmas bases do americano. Deu para entender seu empenho em defender a Lava Jato?
Não se trata da última batalha de um patriota em defesa de sua terra, mas a maior tacada de um advogado no fim da sua vida, explorando a indústria da anticorrupção inaugurada pela Lava Jato, e sem a menor preocupação com instituições, com o país e com a moralidade.
Luis Nassif
Vida que segue

Frase do dia


Eu tenho! Ele foi [É] o maior estadista deste país. Tirou milhões da miséria e combateu a fome. Esse é o maior crime para os capitalistas e seus asseclas, com o apoio de muitos que estavam ganhando um pouco mais e se achando elite ,esses mesmos que hoje estão calados diante da besteira que fizeram de colocar o bozo lá...
Essa culpa eu não carregoEu avisei! 
Mauricio Soares

Vida que segue

Sexta-feira Santa


  • (...) Semana Santa é aquela época na qual se comemora a tortura e assassinato político de um "comunista" que falava em os bens materiais?
  • Que fez "doutrinação ideológica" ao dizer que é mais fácil um camelo passar no buraco de uma agulha do que um rico subir aos céus?
  • Que agiu como um "terrorista" ao atacar os negócios dos santos sacerdotes, pastores de seu tempo?
  • É nesta semana que se celebra a ditadura militar do império romano e o governador Herodes, o "Mito"?
Fala a verdade caro "cidadão de bem": se você estivesse na Palestina vendo aquele homem apanhar [ser torturado] diria "Jesus Livre" ou "Vai pra Cuba"?


Vida que segue

Assassinato de reputações

O Brasil está tão acostumado a acordar com denúncias de corrupção e dormir com novas denúncias de corrupção, que a sociedade foi perdendo a capacidade de distinguir o falso do verdadeiro.
Esta dificuldade decorre em larga medida da falta de transparência de como o conteúdo de depoimentos ou provas são levianamente jogados na imprensa antes de qualquer chance de defesa, demonstrando que em vez de serem usados para instruir processos ou subsidiar acusações formais, os elementos estão sendo instrumentalizados visando antes de tudo o assassinato sumário de algumas reputações escolhidas a dedo.
É esta falta de transparência que coloca uma nódoa de suspeita no vazamento de e-mail que se tenta vincular ao ministro Dias Toffoli, presidente do STF.
Pelas posturas enérgicas que assumiu nos últimos tempos contra abusos de agentes estatais incumbidos de investigações criminais, inclusive, na Lava Jato, há sim um mar de dúvidas e incertezas obscurecendo o repentino vazamento de e-mail que busca macular sua reputação.
Para colocar mais pulga atrás da orelha, o presidente do STF integra a corrente contrária à prisão em segunda instância, tema caro à Lava Jato, e que, coincidência ou não, seria levado a julgamento no último dia 10 de abril, na semana do vazamento. Foi Toffoli também o responsável por autorizar recentemente a abertura de inquérito policial para apurar ataques à Corte.
Basta olhar com um pouco mais de atenção para perceber que, antes de colocar suspeitas sobre a reputação de quem quer seja, o episódio coloca sérias dúvidas sobre a própria falta de transparência de algumas investigações em curso no País.
Neste caso, alguém preso e condenado a muitos anos de prisão resolve celebrar acordo de delação premiada. O acordo é celebrado e homologado pela justiça. Quando o acordo é celebrado, já se sabe da existência de um e-mail escrito em linguagem cifrada, o qual, porém, a princípio, não notícia nenhuma relação espúria.
Muito tempo depois, porém, os investigadores resolvem esclarecer o conteúdo da mensagem, e mesmo sem haver nada de ilícito na conversa, o e-mail é vazado, levantando uma nuvem de suspeitas sobre a reputação do ministro.
Devemos convir que, ou bem os investigadores já se encontravam na posse deste e-mail há anos e nunca lhe deram muita bola, ou o colaborador ainda mantém consigo um arsenal de provas e vai decidindo ao seu bel-prazer o que, quando e como as disponibiliza aos investigadores, o que, há de se convir, seria ainda mais grave. Seja como for, por que um e-mail demoraria anos para aparecer? Qual a razão para ser esclarecido justo agora? Quem vazou e por quê?
Difícil acreditar em mera coincidência.
É no mínimo estranho que logo o ministro que mais vive às turras com a atuação de agentes investigadores sedentos por poderes ilimitados seja atingido pelo vazamento de um e-mail ressuscitado de forma tão intempestiva.
Mais estranho ainda é o e-mail não conter nada de ilícito, e mesmo assim ter sido vazado para a imprensa e publicado com ares de escândalo para deleite dos que não suportam ver o STF colocando limites aos arbítrios e desmandos do Estado policialesco que se instalou em alguns lugares do País. Ficou, ainda, por conta das mídias sociais, sempre elas, aumentar a temperatura e engrossar o coro visando a qualquer custo desmoralizar a Corte Suprema.
Quando atos levianos e irresponsáveis como este atingem a reputação da mais Alta Corte de Justiça do País é evidente que medidas urgentes devem ser adotadas, desde que dentro da lei e respeitado o devido processo legal.
Mais do que isto, é preciso fazer cessar o assassinato de reputações que está em curso há alguns anos no País, devendo ser investigados com rigor os responsáveis por estes vazamentos criminosos, capazes que são de arruinar biografias em átimos de segundo, minando a própria credibilidade das instituições, tão necessária para que o combate ao crime possa se dar em respeito às normais legais e constitucionais vigentes.
por Antonio Carlos de Almeida Castro e Fábio Tofic Simantob advogados criminalistas
Vida que segue

Mensagem da madrugada


As pessoas sofrem
Por esperar das coisas
A sua eterna permanência
Sendo que a essência da vida
É absolutamente o contrário disso
Na vida tudo se transforma, tudo muda

A morte é que não se transforma, não muda, não vai e não vem, sempre está, é permanente.

Vida que segue